LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2016

 

Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura

Comentarista: Claudionor de Andrade

 

 

Lição 4: O trabalho e atributos do ganhador de almas

Data: 24 de Julho de 2016

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério(2Tm 4.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A missão do evangelista é falar de Cristo a todos, em todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ef 4.11

Evangelista, ministério primordial

 

 

Terça — Mt 4.23

Jesus, o evangelista por excelência

 

 

Quarta — Pv 11.30

Evangelista, um obreiro sábio

 

 

Quinta — At 21.8

Filipe, o evangelista

 

 

Sexta — 2Tm 4.5

O trabalho de um evangelista

 

 

Sábado — 2Tm 4.2

Evangelizando em todo tempo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 8.26-40.

 

26 — E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.

27 — E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração,

28 — regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.

29 — E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.

30 — E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?

31 — E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.

32 — E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.

33 — Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra.

34 — E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro?

35 — Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.

36 — E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?

37 — E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.

38 — E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.

39 — E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.

40 — E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesareia.

 

HINOS SUGERIDOS

 

127, 147 e 355 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Compreender o real significado da missão de evangelista.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Compreender que o evangelista é um ganhador de almas.
  • II. Mostrar os atributos de um evangelista.
  • III. Saber em que consiste o trabalho de um evangelista.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Professor, já na introdução da aula procure enfatizar que todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar pessoas para Cristo. Porém, na lição de hoje, vamos tratar a respeito do dom de evangelista. Este é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo Espírito Santo. Os que recebem esse dom são impulsionados, pelo Espírito Santo, a proclamar a salvação. Paulo, na epístola aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, apresenta o dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância. Atualmente, diante da iminente volta de Jesus, a Igreja necessita muito de evangelistas, pessoas comissionadas por Deus para anunciar o evangelho aos que estão perdidos, longe de Deus. Ore com seus alunos e peça que o Senhor levante evangelistas em sua classe.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Ganhar almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador.

Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado por Deus, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico. Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos.

Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro tão essencial à expansão do Reino de Deus.

 

 

PONTO CENTRAL

 

Evangelista é um dom ministerial.

 

 

I. EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS

 

Se a nossa principal missão é ganhar almas, é inadmissível uma igreja desprovida de evangelistas. Sem esse ministério, a igreja definha e perde a sua mais preciosa razão de ser.

1. Definição. A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação (Ef 4.11; At 8.6).

2. O evangelista no Antigo Testamento. A palavra hebraica que designa o portador de Boas-Novas é basar, que, entre outras coisas, significa mensageiro e pregador (Is 40.9; 52.7). Em hebraico, a palavra evangelho é besorah, que também significa boas notícias, a exemplo de sua congênere em língua grega.

3. O evangelista em o Novo Testamento. Na Igreja Primitiva, o primeiro discípulo de Cristo a receber o título de evangelista foi o diácono Filipe (At 21.8). Todavia, conforme podemos observar por todo o livro de Atos, a igreja, como um todo, agia e reagia evangelisticamente, haja vista a dispersão dos crentes de Jerusalém. Por onde passavam, anunciavam as Boas-Novas do Reino (At 8.4).

4. O evangelista na era da Igreja Cristã. A História da Igreja Cristã mostra que, em todos os reavivamentos, o Espírito Santo destaca a evangelização como o principal evento da igreja. Haja vista o ministério de Wesley, Daniel Berg, Gunnar Vingren e Bernhard Johnson. Ore para que o Senhor da Seara continue a despertar a Igreja a um novo avanço evangelístico.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

 

O evangelista é chamado e vocacionado pelo Senhor para ganhar almas.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“Evangelistas

No Novo Testamento, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas-novas de salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).

Filipe, o ‘evangelista’ (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do Novo Testamento. Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35). Muitos foram salvos e batizados em água. Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações. Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo.

O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1815).

 

 

II. ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA

 

Do obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.

1. Amor às almas. Paulo tinha um amor tão grande pelas almas que, por estas, chegava a sentir dores intensas, como se estivesse a dar filhos à luz (Gl 4.19). Por essa razão, afirmou que não poderia deixar de anunciar o Evangelho (1Co 9.16). Foi esse amor que constrangeu Filipe a evangelizar Samaria e a dirigir-se “ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza” para falar com um etíope (At 8.26).

O evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E, de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua missão.

2. Conhecimento da Palavra de Deus. Conhecendo profundamente a Palavra de Deus, Filipe soube como conduzir a Cristo o mordomo-mor de Candace que, de volta à Etiópia, vinha lendo o profeta Isaías. Eis como ele foi eficiente: “Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus” (At 8.35).

Lembre-se: o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15).

3. Espiritualidade plena. O batismo com o Espírito Santo é imprescindível ao exercício eficaz do ministério evangelístico (At 1.8). Filipe era um homem cheio do Espírito (At 6.2-4). E, por essa razão, teve um ministério pontilhado de milagres e atos extraordinários (At 8.6,7).

Quem evangeliza não se contenta com uma vida espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução.

4. Disponibilidade. Embora fosse casado, o evangelista Filipe estava sempre disponível a cumprir com excelência o seu ministério. Em Atos 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. E, nem por isso, descuidou de sua família; suas quatro filhas eram profetisas (At 21.8,9).

Filipe evangelizava tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

 

O evangelista possui alguns atributos que lhe são concedidos por Deus.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

 

Para auxiliar na compreensão do tópico, reproduza o quadro abaixo. Inicie fazendo a seguinte indagação: “Quais são os atributos de um evangelista?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando as qualidades, vá relacionando no quadro.

 

 

 

 

 

III. O TRABALHO DE UM EVANGELISTA

 

O trabalho básico de um evangelista consiste na proclamação do Evangelho, na apologia da fé cristã e na integração plena do novo convertido.

1. Proclamação do Evangelho. O trabalho prioritário e intransferível do Evangelista, enfatizamos, é pregar Cristo a todos, em todo tempo e lugar. Por esse motivo, não deve ele perder-se em burocracias inúteis e paralisantes. Noutras palavras, que o evangelista faça, de fato, o trabalho de um evangelista (2Tm 4.5).

Quem foi chamado ao ministério evangelístico deve permanecer fiel à sua vocação (1Co 7.20).

2. Apologia da fé cristã. A proclamação do Evangelho compreende igualmente a apologia da Fé Cristã (Fp 1.15,16). O verdadeiro evangelista deve estar sempre preparado, objetivando defender a fé cristã ante as nações e os poderosos. Os últimos capítulos de Atos mostram como Paulo, além de anunciar Cristo, soube como defender a esperança evangélica diante das autoridades judaicas e romanas. Destacamos, outrossim, o seu discurso no Areópago de Atenas (At 17).

Não se furte ao seu dever de apresentar a apologia da fé cristã. Estude, prepare-se e confie na presença do Espírito Santo.

3. Integração do novo convertido. Embora o evangelista não tenha responsabilidades pastorais efetivas, ele não pode descuidar-se da integração plena do novo convertido. Que cada alma ganha seja discipulada e incorporada também à igreja visível. O lado social do converso não pode ser ignorado.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

O evangelista tem como função proclamar o evangelho.

 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Evangelista

Aquele que é chamado para pregar o Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verbo euangelizo. Evangelizar significa trazer boas-novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1Co 15.1-4). A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja. Filipe foi chamado de ‘o evangelista’ (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso. Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40).

Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista como um acompanhamento de sua supervisão pastoral. Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que Deus chamava especialmente para essa tarefa.

Nos anos posteriores, os escritores dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de Cristo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.725,726).

 

 

CONCLUSÃO

 

Filipe destacou-se como o maior evangelista da Igreja Primitiva. Evangelizando a Judeia, chegou a Samaria. Portanto, que todos nós façamos com excelência o trabalho de um evangelista. A responsabilidade é de todos. Então, proclamemos Cristo a tempo e fora de tempo.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito da missão do evangelista, responda:

 

Defina o evangelista.

A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação.

 

Segundo a lição, qual o maior evangelista da Igreja Primitiva?

Filipe.

 

Em Atos 8, quais os lugares evangelizados por Filipe?

Em Atos capítulo 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia.

 

Quais os atributos de um evangelista?

Amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.

 

Quais as funções de um evangelista?

Proclamação do Evangelho, apologia da fé cristã e integração do novo convertido.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Evangelista, o agente das Boas Novas

 

Amar sem reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!

Antigo e Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista

No Antigo Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de “mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o caminho do arrependimento em amor e sinceridade.

Em o Novo Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o eunuco (At 8.26-40). “Entedes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista passou-lhe a explicar a Escritura.

Sagradas Escrituras: o fundamento de quem evangeliza

Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista carismático que honrem a Deus e ame o próximo.

O Evangelista consciente do seu ministério

Não nos referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do que para ministrar entre não-crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os seculares, com os não-crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário. Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.