LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

JOVENS

 

 

3º Trimestre de 2017

 

Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá

Comentarista: Reynaldo Odilo

 

 

Lição 13: O tempo de Deus está próximo

Data: 24 de Setembro 2017

 

 

TEXTO DO DIA

 

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia [...](2Pe 3.9).

 

SÍNTESE

 

Há sinais em toda parte que demonstram a proximidade do grande Dia do Senhor.

 

AGENDA DE LEITURA

 

SEGUNDA — Ez 30.3

O dia do Senhor está perto

 

 

TERÇA — Hb 10.37

Um poucochinho de tempo

 

 

QUARTA — Ap 12.12

Pouco tempo para o Diabo

 

 

QUINTA — 1Jo 2.18

A última hora

 

 

SEXTA — Hc 2.3

Certamente virá, não tardará

 

 

SÁBADO — Ap 1.3

O tempo está próximo

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • MOSTRAR que a volta súbita de Jesus é uma verdade basilar para o Cristianismo, e que esse anelado evento acontecerá em breve;
  • IDENTIFICAR os sinais que precedem o arrebatamento da igreja;
  • CONSCIENTIZAR de que o Dia do Senhor será um dia glorioso para todos os remidos.

 

INTERAÇÃO

 

Caríssimo professor, chegamos ao final do trimestre! Estou certo de que a sensação é a de dever cumprido. Espero, sinceramente, que a interação da qual desfrutamos por meio desta seção tenha abençoado o seu ministério de alguma forma. Vem aí um novo desafio! Que Deus o fortaleça e que seu ministério seja coroado com muitos frutos! “Ensinar pode, às vezes, parecer a tarefa mais difícil do mundo. Há tanto para fazer e tão pouco tempo para realizar e antes que você perceba já é hora de se preparar para o próximo ano. Apóie-se no fato de que você tem o apoio de um Professor divino que lhe ensinará todas as coisas e lhe lembrará o quanto você é amado” (Graça Diária para Professores, CPAD, 2011, p.83).

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Estimado professor, é de extrema importância que o interesse do aluno pelo assunto a ser estudado seja despertado já no início da aula. Sendo assim, selecione e leve para a sala imagens que retratem males como a fome, pestes, terremotos, etc. Essas imagens podem ser extraídas de revistas, livros ou da internet, dependendo da(s) ferramenta(s) que você, professor, tem à sua disposição. Exponha as imagens de forma gradativa, pois assim você conseguirá manter a atenção de todos até o fim da atividade. Enquanto expõe, incentive-os a comentar e pergunte: Por que todas essas tragédias ocorrem, se Deus é o Criador de todo o Universo e detém o controle da Natureza? Após as respostas, ressalte que esses flagelos proféticos são sinais que prenunciam o arrebatamento da Igreja, sendo eles o princípio de dores.

 

TEXTO BÍBLICO

 

1 Tessalonicenses 4.16-18.

 

16 — Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;

17 — depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

18 — Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

INTRODUÇÃO

 

Muitos questionam por que Deus não aparece logo na história e destrói, com isso, todo o materialismo e desobediência. A resposta que alguns apologistas dão é que, assim como o diretor de uma peça teatral aparece depois do último ato, quando as cortinas se fecham, assim Deus somente mostrará sua face ao mundo quando o espetáculo da vida chegar ao fim.

 

I. A VOLTA SÚBITA DE JESUS CRISTO

 

1. Uma verdade essencial. Diante de um mundo pós-moderno, afetado pelo liberalismo teológico, não é incomum encontrar interpretações equivocadas sobre a segunda vinda de Jesus, como acontecia no Século I.

Essa verdade doutrinária, porém, constitui-se no ponto culminante da história da Igreja, mencionada pelos profetas, por Jesus e por todos os apóstolos do Senhor. Com essa verdade, fica claro que a história não está à deriva, mas Deus está no controle de tudo e, com isso, começará a invasão final neste mundo natural, como parte da retomada definitiva do Reino.

2. O tempo se abrevia. A vinda do tempo de Deus para esta geração não tarda. As profecias bíblicas indicam que Ele certamente virá e não tardará (Hc 2.3; Hb 10.37). Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29), a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim (Mt 24.22). Essa é uma grande esperança para os cristãos, que o Senhor retorne logo para buscar sua Noiva, pois este mundo está indo de mal a pior.

3. Uma invasão aguardada. A essa invasão divina chamada “Arrebatamento da Igreja”, Paulo diz: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O momento da chegada do Noivo é aguardado com toda a expectativa, da mesma forma que havia expectação para o encontro entre Isaque e Rebeca (Gn 24) — uma bela alegoria. Aliás, foi essa a grande promessa esperada pelos heróis da fé no Antigo Testamento. Por isso, no Arrebatamento, eles ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16).

Está escrito que até mesmo a criação está em “ardente expectação”, aguardando a sua redenção (Rm 8.19,23). Inequivocamente, o mais afetuoso desejo dos cristãos é a vinda do Senhor, a qual deve ser o maior consolo da Igreja. Diante desse justo anelo, o Senhor prometeu: “[...] Certamente, cedo venho [...]” (Ap 22.20).

 

 

Pense!

 

O Arrebatamento da Igreja pode, realmente, acontecer a qualquer momento?

 

 

Ponto Importante

 

Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29). E essa foi a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim. O Noivo está às portas!

 

 

II. SINAIS QUE PRECEDEM A VOLTA DE JESUS

 

1. A convulsão da natureza. Aquilo que se deu na natureza enquanto Jesus estava na cruz acontecerá, em grande escala, neste tempo, como princípio de dores. Assim como durante o drama do Calvário “ao meio-dia começou a escurecer, e toda a terra ficou três horas na escuridão [... ]. A terra tremeu, e as rochas se partiram” (Mt 27.45,51b — NTLH), também no fim dos tempos haverá convulsão da natureza, em maiores proporções.

Jesus falou sobre isso no sermão profético, alertando que, antes de sua vinda, sobreviriam fomes, pestes e terremotos, em vários lugares (Mt 24.7). Isso denota a abrangência do juízo que pairaria sobre a humanidade. Nos últimos anos, a revolta da Natureza causou grande destruição. Estudos especializados demonstram que o número de terremotos no Século XX foi superior ao total de terremotos acontecidos em todos os tempos e que, somente entre 2000 e 2010, aconteceram mais de 200 mil terremotos na Terra. Por causa dos terremotos que aconteceram na Indonésia (2004), Haiti (2010), Japão (2011) e Nepal (2015) aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas.

Por outro lado, segundo agências da ONU, em 2015, 795 milhões de pessoas passaram fome no mundo. Nos últimos 25 anos, o número de países africanos que enfrentam crises alimentares duplicou. Com relação às pestes, elas, ao longo da história, já vitimaram mais pessoas que todas as guerras juntas. Nos séculos XX e XXI inúmeras foram as epidemias que atingiram o mundo: gripe aviária, gripe suína, ebola, aids, dengue, zika... E os cientistas avisam: as próximas epidemias podem ser com “supervírus”. O mundo está sendo preparado para o início do grande dia do Senhor. Estes são o princípio de dores.

2. Aumento da rebelião. Uma das características dos dias que antecedem a volta de Jesus é o aumento das rebeliões. Jesus mencionou “guerras, rumores de guerras, nação contra nação e reino contra reino” (Mt 24.6,7), o que demonstra uma crescente rebelião nas pessoas. Em 2014, pesquisa realizada entre 162 países demonstrou que somente onze não estavam envolvidos em guerras.

A Bíblia também menciona que essa rebelião alcançaria as pessoas individualmente, pois esse tempo trabalhoso seria marcado pela apostasia da fé, bem como pelo egoísmo, traições, desobediência aos pais,etc. Porventura não é isso que se vê cotidianamente? Os homens em rebelião contra o Altíssimo, e em profundo desamor, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos?

Hoje foram inventadas novas formas de pecar, que não existiam no passado. O homem se tornou, em regra, menos sensível e mais perverso. A violência familiar e social cresceu de maneira vertiginosa. É o fim dos tempos.

3. Tensões generalizadas. Nesta época, o conflito cósmico alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12). Por tal razão, Jesus previu o aumento da atividade diabólica, com o aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5,11) e perseguições aos crentes (Mt 24.9).

A lista dos falsos cristos e falsos profetas é grande, e não para de crescer. Somente nos últimos tempos, pessoas como Vissarion (Rússia), David Shayler (Inglaterra), Ernest L. Norman (EUA), Jim Jones (Guiana), Shoko Asahara (Japão), Marshall Applewhite (EUA), José Luís de Jesus Miranda (EUA) dentre muitos outros, intitularam-se Cristo ou seu profeta.

De outro lado, no Oriente Médio, em 1910, cerca de 13,6% da população era cristã, mas em 2010, esse percentual caiu para 4,3%, diante da ferrenha perseguição. Muitos têm sido mortos, fugiram, ou mesmo foram forçados a renegar à fé. Recentemente, alguns grupos terroristas têm assassinado cristãos e publicado o feito nas redes sociais. Satã está ativo no planeta Terra. A Igreja precisa despertar, pois o Noivo está às portas.

 

 

Pense!

 

Será que os fatos que tomam conta do noticiário cotidianamente refletem, por assim dizer, um solene aviso sobre a volta de Jesus?

 

 

Ponto Importante

 

O conflito cósmico alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12).

 

 

III. UM DIA GLORIOSO PARA OS REMIDOS

 

1. Vitória sobre a morte. A morte, o mais impiedoso e, ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da vida, tem assombrado os homens desde o início. Ela é impiedosa porque não retroage em face de súplicas, é justa porque retribui corretamente o pecado e é benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre. Se não fosse a morte, como dizia C.S. Lewis, o pecado “transformaria” os homens em demônios. O fato é que, mesmo diante de tudo isso, ninguém aceita a morte, porque Deus colocou no coração do homem o “anseio pela eternidade” (Ec 3.11 — NVI).

No dia do Arrebatamento da Igreja, porém, o corpo físico, sujeito a doenças e à morte, será transformado em corpo glorioso para, só assim, poder se relacionar, na dimensão do Céu, com o Senhor. Essa será a chancela da vitória sobre a morte (1Co 15.54).

2. Cerimônia festiva. O momento posterior ao Arrebatamento será marcado por grande alegria. A Igreja encontrará Alguém que almejava há muito tempo. Está escrito, em linguagem amorosa e poética, o sentimento desse encontro (Ct 2.9-12). Não há palavras mais sensíveis para descrever um encontro amoroso, que não se concretizara antes pelo impedimento das “grades” da corruptibilidade, as quais, naquele instante, já não existem. Será um eterno dia de primavera.

3. Para sempre com o Senhor. O desejo de Jesus em estar perto de sua igreja todos os dias e para todo o sempre será cumprido no dia do arrebatamento, pois a partir dali “estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.17). Cada cristão deve lutar arduamente para, naquele dia eterno, todos estarmos ali com Ele, em santo gozo e adoração. Maranata. Ora vem Senhor Jesus!

 

 

Pense!

 

Como será o momento triunfante em que a morte será absorvida pela Vida? Que emoções serão sentidas?

 

 

Ponto Importante

 

Palavras não conseguem descreveras emoções da Igreja quando entrar no Céu com Jesus, mas, sem dúvida, será inexprimível a alegria daquele eterno dia de primavera.

 

 

CONCLUSÃO

 

Essa incursão que o Senhor fará sobre a humanidade, embora não seja final e definitiva, será muito importante, pois culminará com o fim dos sofrimentos da Igreja, aquela que anunciou a cosmovisão do Evangelho, cumprindo seu mandato cultural e vivendo a contracultura do Reino. “Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor, dia nublado; o tempo dos gentios ele será” (Ez 30.3).

 

ESTANTE DO PROFESSOR

 

Comentário Bíblico Pentecostal. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.

 

HORA DA REVISÃO

 

1. O que é o tempo do Senhor?

É a volta de Jesus.

 

2. Cite pelo menos três sinais que apontam a iminente volta de Jesus.

A convulsão da natureza, o aumento da rebelião e as tensões generalizadas.

 

3. A convulsão da natureza aconteceu antes em qual evento da vida de Jesus?

A crucificação.

 

4. Por que a morte é o mais impiedoso e, ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da vida?

Ela é impiedosa porque não retroage em face de súplicas, é justa porque retribui corretamente o pecado e é benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre.

 

5. Pare e pense: você está preparado para a volta de Jesus?

Resposta Pessoal.

 

SUBSÍDIO

 

“O Senhor prediz guerras e grandes perturbações entre as nações (Mt 24.6,7). Quando Cristo nasceu, havia uma paz universal no império, o templo do deus Jano estava fechado; mas não pense que Cristo veio para trazer a paz, ou dar prosseguimento àquela paz (Lc 12.51). Não, a sua cidade e o seu muro devem ser construídos até mesmo em tempos difíceis, e até mesmo as guerras contribuirão para o avanço da sua obra. Desde a ocasião em que os judeus rejeitaram a Cristo, e Ele deixou a casa deles desolada, a espada nunca deixou esta casa, a espada do Senhor nunca se aquietou.

[...] Uma predição dos eventos da época: Em breve, ‘ouvireis de guerras e de rumores de guerras’. Quando houver guerras, elas serão ouvidas; pois cada peleja do guerreiro se dá com confuso ruído (Is 9.5). Deus tem uma espada pronta para vingar a disputa do seu concerto, do seu novo concerto, e assim se ‘levantará nação contra nação’, isto é, uma parte ou província da nação judia contra outra, cidade contra cidade (2Cr 15.5, 6); e na mesma província e cidade, um grupo ou facção se levantará contra outro, de modo que eles se devorarão, e serão despedaçados, um contra o outro (Is 9.19-21)” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. Volume 5, RJ: CPAD, 2010, p.312).