LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

JOVENS E ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 1993

 

Título: Avivamento — Uma necessidade nos dias atuais

Comentarista: Eurico Bergstén

 

 

Lição 5: Zorobabel recomeça a construção do Templo

Data: 01 de Agosto de 1993

 

TEXTO ÁUREO

 

Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: Ponde pois, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do Senhor, ponde o vosso coração nestas coisas(Ag 2.10,18).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Sob o poder de Deus, a Igreja torna-se imbatível no cumprimento das tarefas que Cristo lhe entregou.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ed 5.1,2

O poder da palavra profética

 

 

Terça — Ed 5.5

O poder de Deus sobre os anciões

 

 

Quarta — Ed 5.13-17

O poder de Deus sobre o rei Dario

 

 

Quinta — Ed 6.14

O poder de Deus traz prosperidade

 

 

Sexta — Ag 2.4

O poder de Deus sobre o ministério

 

 

Sábado — Ag 2.7-9

O poder de Deus sobre os recursos

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 

Esdras 5.1,2; Ageu 1.1,12; Zacarias 4.6-10.

 

Esdras 5

1 — E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.

2 — Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua filho de Jozadaque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.

 

Ageu 1

1 — No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:

12 — Então ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jeozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do Senhor seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor seu Deus o tinha enviado; e temeu o povo diante do Senhor.

 

Zacarias 4

6 — E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.

7 — Quem és tu, ó monte grande? diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele trará a primeira pedra com aclamações: Graça, graça a ela.

8 — E a palavra do Senhor veio de novo a mim, dizendo:

9 — As mãos de Zorobabel têm fundado esta casa; também as suas mãos a acabarão, para que saibais que o Senhor dos Exércitos me enviou a vós.

10 — Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? pois esses se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; os sete olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra.

 

OBJETIVOS

 

  • I. Mostrar aos alunos que, como povo de Deus, temos que buscar o revestimento de poder para enfrentar os dias maus.
  • II. Encorajá-los a cumprir as tarefas que, por quaisquer circunstâncias, deixaram de ser concluídas.

 

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LIÇÃO

 

Somente Deus poderia ajudar os filhos de Judá na duríssima tarefa de reconstrução do Templo. Tudo parecia conspirar contra eles. Mas, quando estavam prestes a deixar de lado a tarefa que lhes entregara o Senhor, eis que entram em cena Ageu e Zacarias.

Com uma mensagem incisiva e encorajadora, ambos levam o povo a reiniciar a construção do santuário. E, assim, os incrédulos ficaram sabendo que não se pode frustrar nenhum plano do Altíssimo.

 

MOTIVAÇÃO

 

Durante esta aula, mostre aos alunos como os heróis do Antigo Testamento venceram as dificuldades e desincumbiram-se das tarefas que lhes entregara o Senhor. Na lição de hoje, observamos como os filhos de Judá puderam reiniciar a construção do segundo templo. Qual o segredo destes homens? Eles buscaram ajuda no Todo-Poderoso e, assim, puderam cumprir integralmente a sua missão.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição estudaremos como Deus, depois de a construção do templo ter ficado parada por 15 anos, enviou socorro através do ministério de dois profetas, Ageu e Zacarias.

 

 

I. DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS

 

1. Deus levantou dois profetas. Primeiro veio Ageu (Ag 1.1), e depois levantou-se Zacarias (Zc 4.1,6). Não vieram atendendo convite de líderes de Jerusalém, mas o Deus dos céus os enviou. Chegaram de surpresa em Jerusalém, e ali entraram em contacto com os dois líderes, e também com o povo judeu (Ed 5.1). Vejamos:

a. ZOROBABEL, o líder político, recebeu uma mensagem pessoal. Deus, conhecedor da insuficiência espiritual de Zorobabel, e sabendo que este não tinha mais nenhum vigor para tentar modificar a situação imposta pelos inimigos, deu-lhe uma maravilhosa mensagem de encorajamento. A mensagem de Deus veio sob a forma de uma visão que Zacarias havia recebido. Deus lhe mostrara um castiçal com sete lâmpadas, símbolo da obra de Deus. O óleo que as lâmpadas precisavam tinha que fluir através de canos ligados a um vaso de azeite que ficava acima. O vaso de azeite, por sua vez, estava em contacto com duas oliveiras (Zc 4.1-4,13).

E o recado de Deus para Zorobabel foi: “Não por força e nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). As dificuldades, que pareciam “montes grandes” diante de Zorobabel, seriam como uma campina, uma planície (Zc 4.7). Deus ainda garantiu a Zorobabel que as mãos dele acabariam a construção do templo (Zc 4.9).

b. JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder espiritual do povo, recebeu também uma mensagem pessoal. Observamos na lição passada que ele estava com vestidos sujos. A mensagem de Deus para ele foi de perdão e de restauração. Deus lhe disse que havia feito passar dele toda a sua iniquidade, e que havia ordenado que fosse vestido de vestidos novos (Zc 3.4), e que se pusesse sobre a sua cabeça uma mitra limpa (Zc 3.4,5).

c. O POVO recebeu também uma mensagem de Deus. O profeta Ageu mostrou ao povo que os prejuízos materiais, que haviam sofrido, eram consequência da omissão frente ao dever que tinham com a casa do Senhor (Ag 1.6,9). Ageu falou-lhes do prejuízo que sofre o homem que busca somente a sua prosperidade material, e deixa a casa de Deus deserta (Ag 1.4). O profeta deu ao povo uma ordem estimulante: “Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa, e dela me agradarei, e eu serei glorificado” (Ag 1.8).

2. O resultado da mensagem dos profetas. O poder de Deus se manifestou através da mensagem destes homens de Deus. Assim, os dois líderes criaram coragem; e o povo, também, foi renovado pelo impacto da mensagem. Então Zorobabel ordenou que todos imediatamente voltassem à construção, “e começaram a edificar a casa” (Ed 5.2). Os profetas de Deus ficaram com eles, ajudando os líderes do povo na direção do trabalho.

Quando os inimigos vieram a eles perguntando quem havia dado ordem para edificar a casa, responderam que a ordem havia sido dada pelo próprio rei Ciro. Os olhos do Senhor estavam sobre o Seu povo e sobre a reconstrução do templo, e os inimigos não puderam impedir a obra até que fosse dado conhecimento dos fatos ao rei Dario, que agora reinava sobre todo o Império Persa (Ed 5.5). O rei Dario mandou que os seus escrivães verificassem o referido edito de Ciro e se ele havia dado ordem para a construção da casa do Senhor em Jerusalém. Feita a verificação nos registros dos editos dos reis da Pérsia, foi encontrada a ordem dada por Ciro, e, assim, o rei Dario confirmou a permissão para a reconstrução do templo.

3. O impulso espiritual dado pelos profetas continuou dominando os construtores até à conclusão da construção. Os profetas Ageu e Zacarias continuavam dando a sua cooperação. “Prosperando pela profecia do profeta Ageu e de Zacarias, edificaram a casa e a aperfeiçoaram, conforme o mandado do Deus de Israel” (Ed 6.14).

“E acabou-se esta casa” (Ed 6.15). Que grande bênção! O despertamento dado por Deus ao rei Ciro propagou-se e agora, com a ajuda dos profetas, foi renovado e levado a resultado glorioso. Toda honra e glória seja somente ao Senhor!

 

 

II. O MINISTÉRIO PROFÉTICO, UMA PROVA DA MANIFESTAÇÃO DE DEUS

 

Uma inesperada operação sobrenatural, por parte de Deus, solucionou o grave problema da reconstrução do templo.

1. Manifestações sobrenaturais no Velho Testamento. Há muitos exemplos no Velho Testamento. Vamos mencionar apenas dois:

a. MOISÉS, o grande líder que Deus levantou para libertar seu povo da escravidão do Egito, recebeu de Deus um preparo sobrenatural, o que lhe deu muita autoridade espiritual. Com a sua vara fazia grandes maravilhas (Êx 4.17).

b. ELIAS, o profeta de Deus, foi revestido de autoridade sobrenatural, para ajudar a Israel que havia sido levado à idolatria pelas suas lideranças políticas, em particular pelo ímpio Acabe, rei de Israel nos dias de Elias. Pôde, assim, realizar grandes milagres: fez com que não chovesse sobre a terra por três anos e meio, além de outros. O ponto alto de seu ministério foi o confronto com os profetas de Baal no monte Carmelo. Nesta ocasião, a manifestação sobrenatural do poder de Deus fez o povo clamar: “Só o Senhor é Deus!” (1Rs 18.39).

2. Manifestações sobrenaturais no Novo Testamento. Quando o Espírito foi derramado em sua plenitude, os dons espirituais começaram a entrar em ação, e passaram a ser a própria preparação divina para o ministério (1Co 12.4-6).

Os apóstolos eram revestidos desses dons, meio divino para a conversão de muitas almas. O apóstolo Paulo, enriquecido por Deus com muitos dons, escreveu para o evangelista Timóteo, representante da segunda geração, uma mensagem de exortação: “Não desprezes o dom que há em ti” (1Tm 4.16). Pouco antes de ser martirizado, Paulo voltou a escrever a Timóteo: “Desperta o dom que há em ti” (2Tm 1.6).

Paulo recomenda: “Procurai com zelo os melhores dons” (1Co 12.18) e “Procurai com zelo os dons espirituais, e principalmente o de profetizar” (1Co 14.1).

 

 

III. O MINISTÉRIO DE PROFETA À LUZ DA BÍBLIA

 

O profeta exerce a função ministerial, determinada por Deus. “Ninguém toma para si esta honra, senão aquele que é chamado por Deus” (Hb 5.4).

1. O profeta na dispensação do Velho Testamento. O profeta além de transmitir a mensagem de Deus para o povo era consultado pelo povo acerca de assuntos espirituais e até mesmo acerca de assuntos materiais. Exemplos:

a. Em Ez 20.2, os anciãos vieram a Ezequiel para que este consultasse o Senhor por eles; Deus por meio de Ezequiel lhes respondeu que por causa das suas abominações eles não receberiam respostas.

b. Em 1Sm 9.6,7, o profeta Samuel foi consultado acerca das jumentas do pai de Saul que se haviam perdido.

c. Em 1Rs 14.2,3 está registrada uma consulta sobre um doente, se ele levantaria ou não, e o profeta respondeu da parte de Deus (1Rs 14.4-7).

d. Moisés transmitia aos anciões o que Deus lhe falava (Êx 19.7,8).

Vemos que no Antigo Testamento o profeta era uma espécie de mediador entre Deus e o povo.

2. O profeta na dispensação do Novo Testamento. Entre os dons espirituais está o dom de profetizar (1Co 12.10). Estaria entre as consequências do derramamento do Espírito Santo que aconteceria nos últimos dias (At 2.17).

Ter alguém o dom de profecia não significa que seja profeta. O termo profeta designa quem tem o ministério de profeta. Este ministério de profeta é um ministério da Palavra, para o qual o ministro recebeu de Deus uma preparação especial do Espírito profético. Lemos em Atos 21.8,9 que Filipe tinha quatro filhas que profetizavam, e que depois de alguns dias veio a sua casa UM PROFETA, Ágabo (At 21.10). Existe, porém, uma diferença importante entre o ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. No Velho Testamento os profetas eram consultados pelo povo, e transmitiam-lhe a resposta de Deus. Mas a Bíblia diz: “A lei e os profetas duraram até João, e desde então é anunciado o reino de Deus” (Lc 16.16). Isto significa que com a vigência da Nova Aliança, acabou definitivamente a consulta a profetas. No Pacto, na Nova Aliança, temos Jesus como o UNICO MEDIADOR (1Tm 2.5). É importante notar que no Novo Testamento não há um único exemplo de alguém consultando um profeta. Diz a palavra de Deus: “Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus” (Tg 1.5). No Novo Pacto todos temos acesso a Deus por Jesus Cristo (Ef 2.18). Jesus é o único mediador (1Tm 2.5). É, portanto, um erro doutrinário quando alguém, que possui o dom de profecia, procura usá-lo para responder a consultas de qualquer natureza, como casamento, viagens, compra de imóveis, etc. Fica neste caso falando sozinho, porque Deus diz: “NÃO MANDEI OS PROFETAS E TODAVIA FORAM CORRENDO. NÃO LHES FALEI. E TODAVIA PROFETIZARAM” (Jr 23.21).

É fundamental que os obreiros ensinem à igreja acerca do uso correto dos dons, inclusive o de profecia.

 

QUESTIONÁRIO

 

1. Por quanto tempo esteve paralisada a construção do Templo?

Quinze anos.

 

2. Que profetas o Senhor levantou para animar os judeus na reconstrução do Templo?

Ageu e Zacarias.

 

3. Como atuava o profeta do Antigo Testamento?

No Antigo Testamento, o profeta além de transmitir a mensagem de Deus para o povo, era consultado pelo povo acerca de assuntos espirituais e até mesmo acerca de assuntos materiais.

 

4. Como atuava o profeta do Novo Testamento?

Exerce ministério da Palavra que, na Igreja de Cristo, tem a função de exortar, consolar e edificar.

 

5. Por que, hoje, não necessitamos mais consultar os profetas?

Porque possuímos a Palavra de Deus, que é a nossa única regra de fé e conduta.

 

SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR

 

SUBSÍDIO CRONOLÓGICO

 

Os eventos narrados nesta lição deram-se no 6º século antes de nossa era. Foi um dos períodos mais conturbados para a nação de Israel.

 

 

SUBSÍDIO PROFÉTICO

 

Com esta lição, aprendemos algo muito importante: a eficácia da mensagem profética. Sabiam os judeus, desde os primórdios, o quanto lhes era imprescindível o profetismo. Aliás, foi o movimento profético que evitou a ruína completa da nação judaica. Haja vista, por exemplo, os ministérios de Elias e Eliseu. Eles apareceram justamente num momento em que o paganismo ameaçava destruir as bases morais e espirituais das dez tribos. E, caso eles não tivessem aparecido naquele momento, as famílias que compunham o Reino do Norte não teriam condições de suportar as amarguras do exílio.

O mesmo se deu com respeito ao Reino do Sul. Encabeçado por Judá, este reino foi sendo solapado em suas bases espirituais. A idolatria havia chegado a tal ponto, que foi necessário o Senhor enviar diversos profetas para impedir a destruição de seu povo. Ora, se Satanás tivesse conseguido o seu intento, a vinda do Messias estaria irremediavelmente comprometida, pois o Senhor Jesus viria exatamente desta tribo.

Quando do retorno dos judeus do cativeiro, fez-se mister mais uma vez a pronta intervenção da mensagem profética. Agora, mais do que nunca, os judeus não poderiam ficar sem o seu santuário. Como a vida era difícil nos termos de Jacó, eles achavam-se tentados a retornar à diáspora para conseguir melhores oportunidades. Mas, graças a mensagem que Ageu e Zacarias lhes entregaram, viram-se encorajados a ficar em sua terra. Foi assim que os filhos de Israel puderam reiniciar a construção do Templo e mostrar a todos os seus inimigos a força que a fé pode exercer nestes momentos tão difíceis.

Observação: Diáspora é uma palavra originária da língua grega e significa dispersão.

Para maiores informações sobre o profetismo bíblico, leia o livro Merecem Confiança as Profecias? de autoria do pastor Claudionor Corrêa de Andrade e editado pela CPAD.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO

 

Assim como Israel não poderia ter subsistido sem a mensagem profética, o mesmo podemos dizer com respeito à Igreja de Cristo. Aliás, o sábio já havia advertido que, sem profecia, o povo se corrompe. Esta verdade é válida tanto ao Antigo, quanto ao Novo Testamento. Para impedir que a sua Igreja entrasse num processo de mundanização, eis que o Senhor Jesus lhe deixou os dons ministeriais. Acha-se nesta relação a investidura profética, conforme lemos na Epístola aos Efésios, 4.8-10.

Além dos dons ministeriais, encontramos ainda os dons espirituais, 1Co 12. Entre estes últimos, encontramos o dom da profecia que, conforme explicou o apóstolo Paulo, tem afunção de exortar, confortar e edificar. Mas, que relação podemos estabelecer entre os dons ministeriais e os espirituais? Os primeiros têm como função administrar a Igreja; os segundos objetivam a edificação individual de cada membro do corpo de Cristo.

Dá-nos conta a história eclesiástica que, todas as vezes que a igreja menosprezava estes dons, os seguidores do Nazareno tornavam-se presas dos adversários. Quando, porém, os cristãos dedicavam-se a buscar o avivamento espiritual, o Senhor Jesus reiniciava a distribuição dos dons de tal maneira, que nenhuma força era capaz de barrar a caminhada do Reino de Deus. Haja vista o que aconteceu com Martinho Lutero. Em seu tempo, a Igreja Romana era senhora absoluta de toda a Europa. Aparentemente, não haveria qualquer força capaz de derrotá-la. No entanto, o Senhor separa Lutero para empunhar o estandarte do Calvário. E, o que parecia impossível aconteceu. Eis que a arrogância papal é desafiada; os alicerces do inferno se abalam e a Palavra de Deus é propalada por toda a Europa.

Qual o segredo de Lutero? Em primeiro lugar, era um homem revestido de poder. Segundo o historiador Sour, Martinho Lutero era um autêntico profeta. Tendo em vista este grande poder espiritual, o romanismo não pôde silenciá-lo.

 

 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

 

O que nos ensina esta lição? Em primeiro lugar, que só poderemos reedificar as igrejas que, espiritualmente, se encontram enfermas se fizermos uso da voz profética que nos concedeu o Senhor. Se não nos reafirmarmos como profetas da atual dispensação, jamais alcançaremos os alvos que o Senhor estabeleceu para a sua igreja. Mas, como fazer uso da voz profética?

Antes de mais nada, devemos assumir nossa condição de povo de Deus. E, como povo de Deus, haveremos de nos mostrar comprometidos com o Santo Livro. Cada vez que os cristãos lêem a Bíblia; cada vez que a explanam, estão a exercer sua função profética. Eis a razão pela qual a Igreja Romana vedou o acesso do povo às Sagradas Escrituras.

Em seguida, devemos assumir cada verdade bíblica, por mais dolorosa que seja. Por acaso não agiu assim os reformadores? Levemos em consideração, de igual modo, os dons ministeriais e espirituais: eles realçam a voz profética: tornam-na mais poderosa. Estes recursos estão à nossa disposição. Se os usarmos corretamente, teremos o mesmo sucesso que Ageu e Zacarias tiveram naqueles dias tão difíceis. Que o Senhor nos ajude, pois, a exercer plenamente nossa função profética: para isto fomos chamados.