Título: Mordomia Cristã — Servindo a Deus com excelência
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 13: A mordomia da adoração
Data: 28 de dezembro de 2003
“Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes, e vinde perante Ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade” (1Cr 16.29).
O ato de adorar a Deus implica reconhecer a sua soberania e dar-lhe a glória que lhe é devida, com espontânea reverência e serviço amoroso.
Segunda — Êx 20.1-5
Adoração somente a Deus
Terça — 1Sm 2.1-10
Adoração na oração
Quarta — Sl 96.1-9
A excelência da adoração é Deus
Quinta — Ap 4.11
Adoração universal a Deus — céu, terra e mar
Sexta — Sl 136.1-26
Motivos para adorar a Deus
Sábado — Jo 4.21-24
Jesus ensina sobre a adoração
Efésios 1.4-6,11,12; 1 Pedro 2.5,9.
Efésios 1
4 — Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade;
5 — E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 — Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
11 — Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;
12 — Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo.
1 Pedro 2
5 — Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
9 — Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
No Salmo 92.1 o salmista declara: “Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo”. Render graças significa adorar a Deus por tudo o que ele fez. É depender de sua misericórdia para viver, e exaltá-lo por cumprir sua fidelidade em nossas vidas.
Cantar louvores significa adorar a Deus pelo que Ele é. Assim como elogiamos algo ou alguém a quem queremos dar destaque, por motivos infinitamente maiores devemos celebrizar o nome do nosso Deus na terra, porque só Ele é digno de honra, glória, poder e todo louvor.
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Reconciliação, adoção, salvação, perdão de pecados, saúde, paz, vida eterna: razões não faltam para o crente adorar a Deus. O principal motivo pelo qual o homem foi criado é atribuir ao Criador a razão da sua existência, da natureza e de tudo que ele possui. Os crentes pertencem a um povo separado a fim de que proclamem o evangelho para a glória de Deus, o único digno de todo o louvor. Deus não aceita adoração daquele que professa sua fé em Cristo e, contudo, continua a amar os prazeres do mundo, onde está o seu coração. Devemos adorá-lo com reverência, alegria e com um coração contrito, sincero e temente. Honramos a Ele mediante a nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade. A adoração pentecostal significa mais que se deleitar na experiência jubilosa do poder de Deus, tememos e ficamos admirados ao contemplarmos sua majestade e santidade, pois reconhecemos a nossa incapacidade e impureza.
Divida a turma em cinco grupos. Cada grupo deverá escolher o seu representante. Selecione alguns salmos de adoração a Deus e escreva as suas referências em tiras de papel. Dobre-as e peça a cada representante de grupo para vir à frente e sortear uma. Ao retornar aos seus lugares, os grupos deverão escolher uma forma de recitar o salmo. Você poderá dar algumas sugestões como: um integrante poderá recitá-lo de forma bastante poética; o grupo todo pode fazer uma dramatização enquanto um integrante narra o salmo; fazer a leitura em forma de um jogral. O importante é você estimular a criatividade de seus alunos, explore o máximo que puder, aproveite os espaços e os recursos que você tem a sua disposição.
INTRODUÇÃO
A mordomia da adoração se constitui numa doutrina essencial na vida da Igreja. Nesta lição, trataremos do culto a Deus através da adoração, como a Bíblia nos ensina. Trataremos também da sua prática na vida cotidiana da igreja.
I. MORDOMIA DA ADORAÇÃO A DEUS
A primeira verdade da mordomia da adoração é que ela é um privilégio concedido ao povo salvo para, deste modo, servir a Deus.
1. O ato de adorar a Deus. Na teologia bíblica não há espaço para adoração de coisas ou objetos. Existe uma palavra no hebraico bíblico ( histahawah ) que literalmente significa “curvar-se em humilde reverência e prostração”. Essa atitude indicava que todo israelita devia manter e administrar sua vida religiosa, como reconhecimento da soberania divina (Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29). No Novo Testamento, o grego usa a palavra proskyneo e o sentido é o de “prostrar-se diante de alguém maior, ou de render homenagem”.
2. A igreja e a adoração a Deus. O texto de 1 Pedro 2.4,5,9,10 indica que o crente em Jesus Cristo é conhecido primeiramente como adorador. O texto declara que exercemos um sacerdócio santo. Num sentido especial, tudo o que a igreja faz e realiza na vida diária em obediência às Escrituras se constitui numa forma de adoração (2Co 4.15; Rm 12.1; Hb 13.16).
3. Reverência e adoração. O ato de adorar deve ser precedido pela obediência aos mandamentos de Deus. Porém, equivocadamente, a maioria dos cristãos entende que reverenciar a Deus refere-se apenas à postura física. Mais do que prostrar-se, ou colocar, o rosto na terra, a autêntica reverência na adoração tem a ver com a atitude do coração. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado: a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).
II. RAZÕES PARA A ADORAÇÃO
O homem foi criado para adorar ao Criador de modo livre e espontâneo. Com a queda de Adão e Eva, esse senso de adoração foi completamente desvirtuado. Mas Deus providenciou a restauração da humanidade mediante a revelação de Seu Filho Jesus Cristo. Foi o próprio Jesus quem proveu essa recuperação humana abrindo o caminho para a adoração ao Pai, revelando-O de modo especial.
1. Revelação de Deus Pai. A Bíblia declara em Colossenses que Ele “é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15). Jesus foi e é a expressa imagem desse Deus grandioso que tornou-se conhecido através de seu Filho, o qual, sendo Deus, “humilhou-se e a si mesmo” “…pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.8,9). Jesus revelou o Pai a todos os homens.
2. Presença de Deus. A adoração no Novo Testamento é uma resposta à presença de Deus em Cristo Jesus. Um dos nomes de Jesus é Emanuel que quer dizer: “Deus conosco”. Deus se revela na pessoa de Cristo (Gl 4.8,9), por isso, podemos chamá-lo Pai (Rm 8.15,16; Gl 4.6).
III. ASPECTOS DA ADORAÇÃO CRISTÃ
1. Administrando o culto a Deus.
a) Leitura da Palavra. Hoje, a leitura individual com atitude de reverência produz paz interior e orientação espiritual para a vida cotidiana. A leitura pública ainda é um hábito positivo e indispensável aos cultos cristãos, como parte da adoração cristã. Na Bíblia, aprendemos que um dos maiores momentos de adoração ao Senhor ocorreu quando o sacerdote Esdras leu a Lei perante o povo (Ne 8.5,6).
b) Pregação e ensino da Palavra de Deus. Um verdadeiro culto de adoração a Deus não pode ficar sem ensino ou pregação bíblica. Através da exposição desta, o homem pode reconhecer Deus como seu único Senhor e Salvador (2Cr 34.30-33).
c) O cântico na adoração. Uma maneira de expressarmos alegria, gratidão e desejo de comunhão com nosso Senhor é através dos cânticos (Sl 136; Sl 126.3). Os cânticos devem ser inspirados em música e letra com conteúdo suficiente para elevar o povo à presença de Deus (Êx 15.1-21).
d) A oração na adoração. Outro elemento importante na adoração é buscar a sua face em oração. É o meio de comunicação entre os santos e o Senhor. A oração deve ser sempre acompanhada de ações de graças a Deus. O Novo Testamento apresenta dois tipos distintos de orações, a individual e a coletiva. A oração individual está relacionada à nossa intimidade pessoal e secreta com o Senhor (Mt 6.5-8; Lc 11.5-13). A oração coletiva reúne toda a congregação (Mt 18.19,20). Esse último tipo de oração promove união, confraternização e comunhão. Era o tipo de oração exercitada nas casas dos crentes primitivos quando ainda não tinham templos próprios (At 2.42,46; 4.23; 5.42).
e) Contribuição e adoração. A entrega dos dízimos e ofertas faz parte da adoração cristã (Sl 96.8). O texto de 1 Coríntios 16.1-4 contém os princípios e bênçãos dos que contribuem para a obra de Deus.
CONCLUSÃO
O homem foi criado para a glória de Deus, que deseja e espera receber o devido louvor de sua criação (Is 43.7). A adoração do crente deve ser direcionada única e exclusivamente a Deus (Mt 4.10), pois, nas Escrituras, encontramos as principais razões para assim procedermos, “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).
Subsídio Bibliológico
“Uma das frases mais comuns nas igrejas pentecostais é ‘louvor e adoração’. Duas palavras aplicadas constantemente como sinônimos de adoração ao Senhor. Na igreja do início deste século, a adoração era pessoal e individual; estava totalmente ligada às experiências da salvação, batismo no Espírito Santo, libertação, cura etc. O falar em outras línguas sempre caracterizou esta adoração espiritual, desde o dia de Pentecostes, quando se viram línguas repartidas sobre cada um dos discípulos de Jesus.
Hoje, no entanto, a maioria das reuniões de adoração é feita em grupos. Uma verdadeira multidão é capaz de adorar ao Senhor em unidade. A adoração é conduzida por equipes de ministros, e todos adoram juntos. Não há nada de errado nisso, no entanto, precisamos também voltar à prática de ajoelharmo-nos perante o altar e adorar a Deus individualmente. Temos dado muito valor ao coletivo e estamos esquecendo o individual. Não podemos nos esquecer jamais de que cada um de nós é templo do Espírito Santo (1Co 6.19) e que ministramos perante o Senhor (Ap 1.6).
A Bíblia diz: ‘Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia’ (Hb 10.25). Ou seja, quanto mais se aproxima a Segunda vinda do Senhor, mais deveríamos ir a igreja. A adoração em grupo é vital para a vida do cristão! E, ainda nesse contexto, não devemos esquecer da grande importância da adoração individual. Cada um de nós deve levar o seu louvor sincero a Deus com gratidão e alegria!” (De Volta para o Altar, CPAD, pp.136,140,141).
Comunhão com Deus: Relacionamento estreito que o crente passa a manter com Deus mediante o sacrifício de Cristo no Calvário.
Confraternização: Conviver ou tratar fraternalmente, ter os mesmos sentimentos, crenças ou ideias de outrem.
Desvirtuado: Tomar em mau sentido; torcer o sentido de; malsinar.
Exposição: explanação; narrativa.
Primitivo: De primeira origem; original, inicial, inaugural.
Providenciar: Acudir com medidas adequadas; prover; acorrer, acudir, atender, remediar.
Revelação: Divulgação de coisa ignorada ou secreta; o fato ou a pessoa assim descoberta.
Reverência: Respeito, marcado pelo temor, às coisas sagradas.
Sacerdote: Ministro divinamente designado, cuja principal função era representar o homem diante de Deus.
De Volta para o Altar, Thomas E. Trask e David A. Womack, CPAD.
O Que Você Pode Fazer na Plenitude do Espírito, Walter Brunelli, CPAD.
Métodos Criativos, Marlene LeFever, CPAD.
1. Cite a primeira verdade da mordomia da adoração.
R. É um privilégio concedido ao povo salvo para, deste modo, servir a Deus.
2. Para que o homem foi criado?
R. Para adorar ao Criador de modo livre e espontâneo.
3. O que expressamos através do cântico?
R. Alegria, gratidão e desejo de comunhão constante com o Senhor.
4. Como podemos administrar o culto a Deus?
R. Através da leitura, da pregação e do ensino da Palavra; dos cânticos, das orações e das contribuições.
5. Quais os dois tipos de oração apresentadas no Novo Testamento?
R. Individual e coletiva.