Título: Vida santa até a volta de Cristo — Conselhos para uma vida vitoriosa
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 10: A vinda de Jesus a e vigilância do crente
Data: 04 de Setembro de 2005
“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1Ts 5.6).
Na segunda vinda de Jesus, somente subirão os crentes que estiverem vigiando e orando em santificação.
Segunda — 2Tm 4.1
O julgamento dos vivos e dos mortos
Terça — Is 2.12
O Dia do Senhor contra os soberbos
Quarta — Is 13.6
O Dia do Senhor está perto
Quinta — Ez 7.19
O dia do furor do Senhor
Sexta — Jl 1.15
Dia como uma assolação
Sábado — Zc 14.7
Um dia muito estranho
206, 300 e 469 da Harpa Cristã
1 Tessalonicenses 5.1-11.
1 — Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva.
2 — Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.
3 — Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
4 — Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
5 — porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
6 — Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.
7 — Porque os que dormem de noite, e os que se embebedam embebedam-se de noite.
8 — Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade e tendo por capacete a esperança da salvação.
9 — Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
10 — Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
11 — Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
As seções da Lição Bíblica do Mestre têm por objetivo auxiliar o professor na elaboração de uma aula dinâmica, objetiva e didática. Mas, você sabe qual é a finalidade de cada seção da lição? Você usa esses recursos frequentemente?
Cada seção tem um propósito específico. Todas as seções juntas auxiliam na integração do conteúdo e evitam a dispersão de ideias. Desde a sugestão dos hinos até as respostas dos questionários, o professor encontra uma lição harmônica e integrada ao tema e aos objetivos da lição.
Use os recursos das seções, todavia procure adequá-los à realidade de sua classe e às condições de sua igreja.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
O texto da Leitura Bíblica está dividido em três seções que iniciam com a conjunção adversativa “mas” (vv.1,4,8). Cada um dos três parágrafos apresenta uma doutrina coesa em torno das necessidades espirituais dos crentes de Tessalônica.
Na primeira divisão, o apóstolo trata a respeito do tempo da segunda vinda. A fonte da metáfora está no ensino de Jesus registrado em Mateus 24.42-44. Os cristãos haviam perguntado a respeito do tempo da vinda de Cristo, e Paulo responde que eles já sabem com precisão que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite (vv.1-3).
Na segunda divisão, o apóstolo reafirma a identidade daqueles que estão em Cristo e exorta-os a vigiarem e serem sóbrios (vv.4-6). Pois, os que dormem e se embebedam não são capazes de discernir “os tempos e as estações” (v.7).
Na última seção, exorta mais uma vez a igreja. A vinda de Cristo é urgente, e, por isso, todos devem estar revestidos da armadura necessária para o encontro triunfal (v.8). Paulo assevera, com base no plano salvífico, a esperança e o destino eterno dos santos: “Deus não nos destinou para a ira, mas para aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (v.9,10). E, por fim, apela para a exortação e edificação mútuas (v.11).
Professor, que tal iniciar esta lição explicando aos alunos que a vinda de Jesus é certa? Enfatize que a nossa vitória está garantida. Depois, faça a seguinte pergunta: “Quando Jesus voltará”? Responda-lhes que a hora e a data ninguém sabe, só o próprio Deus. Afirme que embora desconheçamos o dia em que este grande evento ocorrerá, o Mestre revelou nas Escrituras Sagradas alguns sinais que o precederia. Escreva no quadro-de-giz os sinais relacionados abaixo. Depois, interrogue os alunos acerca destes sinais. Apresente as passagens bíblicas em que os mesmos podem ser encontrados. Solicite aos alunos que exemplifiquem e confirmem essas afirmativas bíblicas mediante fatos ocorridos em nossos dias. A participação ativa do aluno é muito importante para que haja uma melhor aprendizagem do conteúdo. Porém, não descuide do horário.
SINAIS DA VINDA DE CRISTO
1. Guerras e rumores de guerras.
2. Fomes em vários lugares.
3. Terremotos em vários lugares.
4. Surgimento de falsos profetas.
5. Apostasias.
6. Ganância, soberba, blasfêmias, esfriamento do amor, crueldade.
INTRODUÇÃO
Através desta lição, você terá a oportunidade ímpar de aprender acerca da volta triunfal de Cristo. Ninguém sabe o dia, nem a hora em que Ele virá. Por isso, a Bíblia adverte o crente a vigiar. A Igreja está agora aqui, mas não é daqui. Somos “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11). Então, não devemos nos acostumar com o mundanismo, mas sim preparar-nos para a vinda do Senhor em oração, vigilância, santidade e sobriedade.
I. “ACERCA DOS TEMPOS E ESTAÇÕES” (5.1,2)
1. O tempo de Deus. O Todo-Poderoso tem o tempo certo para todas as coisas. Aqui, Paulo exorta os crentes quanto à vigilância diante da iminente vinda de Jesus para os seus santos. No momento da sua ascensão ao céu, o Salvador também advertiu seus discípulos quando lhes respondia acerca da restauração de Israel: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7 — grifo nosso). Na realidade, Deus tem seu “tempo” ( cronos) . O Senhor tem o controle dos acontecimentos do universo, do mundo, da Terra e da História ( Kairos) .
2. “O Dia do Senhor” (v.2). Esta é uma expressão profética que abrange um período de tempo após a transladação dos santos para o céu no qual os justos juízos de Deus serão derramados sobre a Terra e seus habitantes impertinentes (Rm 2.2-10). De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse “Dia” começa quando o juízo e tribulação divinos caírem sobre o mundo no fim desta era (v.3). O período da tribulação está incluso no “Dia do Senhor” (Ap 6.15-17).
Este terá seu início num momento em que as pessoas estarão confiantes na paz e na segurança (v.3). O “Dia do Senhor” não é um “dia” de 24 horas, mas um longo período em que serão derramados os juízos divinos sobre os ímpios da Terra.
3. “Como o ladrão de noite” (v.2). Jesus utilizou-se de uma figura ao declarar que a sua vinda seria como um ladrão que, aproveitando-se da escuridão da noite e da dormência dos que estão em casa, arromba-a e leva objetos de valor sem que ninguém o perceba. Esse alerta aparece em outras referências bíblicas (2Pe 3.10). O “Dia do Senhor” e seus fatos escatológicos são constantemente mencionados pelos profetas do Antigo Testamento.
4. Falsa paz e segurança (v.3). Todos os homens de bem anseiam pela paz e segurança. Todavia, eles as têm buscado em lugares e fontes erradas. Paz real e duradoura sem Jesus é impossível, pois Ele é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6), “o Desejado de Todas as Nações” (Ag 2.7). A humanidade tem rejeitado a paz de Deus oferecida através de Cristo Jesus. Por isso, o ímpio não tem paz (Is 48.22). Então, na Grande Tribulação, o Anticristo apresentar-se-á como promotor universal da paz (Ap 6.2). Porém, sua máscara será tirada e a falsa paz desfeita, pois a seguir os juízos de Deus derramar-se-ão sobre a Terra (Ap 6.3-17).
II. A VIGILÂNCIA INDISPENSÁVEL (vv.4-8)
1. “Já não estais em trevas” (v.4). Os ímpios, por não crerem em Jesus, que é a Luz do Mundo (Jo 8.12), permanecem nas trevas espirituais. Estes nada sabem acerca do fim dos tempos, quando a humanidade sem Deus enfrentará terríveis sofrimentos no período denominado “Dia do Senhor”. Mas os que creem e andam em santidade não estão em trevas (Jo 8.12b), por isso, não serão apanhados de surpresa.
2. “Filhos da luz e filhos do dia” (v.5). Os filhos de Deus em Jesus Cristo são os “filhos da luz”. O Altíssimo é “luz” (Sl 27.1), por isso, seus filhos não podem viver em trevas — na prática do pecado. Deus nos tirou “da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Não andamos mais “de noite”, no sentido espiritual. Andamos na luz e temos comunhão uns com os outros (1Jo 1.7). É preciso resplandecer “como astros” no meio de uma geração perversa (Fp 2.15).
3. “Não durmamos, pois” (vv.6,7). No capítulo 4.13-15, o verbo dormir é sinônimo de morrer. Mas, nos versículos que estamos estudando, o sentido é o da indolência espiritual, do descuido em relação à vinda de Jesus. Muitos cristãos estão sofrendo com o sono espiritual, a indiferença e o despreparo.
4. Sejamos sóbrios (v.6). Você sabe o que significa ser sóbrio? Ser sóbrio é ser temperante. É ter domínio próprio, ser moderado, equilibrado, tanto na igreja quanto fora dela (Gl 5.16,22; 2Tm 4.5).
III. DESTINADOS PARA SALVAÇÃO
1. Livres da “Ira Futura” (v.9). Esta expressão, como você já aprendeu anteriormente em 1.10, refere-se à Grande Tribulação (Ap 6.17). Nesse “dia”, sobrevirão pragas sobre os adoradores da Besta. Surgirão muitas catástrofes ecológicas, ação de demônios nunca vista e outros eventos apocalípticos (Ap 16.1-21). Graças a Deus, a Igreja não passará pela Grande Tribulação. “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (v.9).
2. “Quer vigiemos, quer durmamos” (v.10). “Quer vigiemos” refere-se aos crentes que estiverem vivos no momento da vinda de Jesus. “Quer durmamos” refere-se aos servos do Senhor que já faleceram. Mas ao som da trombeta, ressuscitarão e subirão ao encontro do Senhor, precedendo os que estiverem vivos.
IV. EXORTANDO E EDIFICANDO UNS AOS OUTROS
1. A prática mútua da exortação e edificação (v.11). É preciso que os crentes se ajudem mutuamente. Ninguém é suficiente em si mesmo. Somos um corpo em Cristo (1Co 12.25-27). Através da consolação e da exortação, ocorre a edificação espiritual mútua, comunitária e fraternal.
CONCLUSÃO
Os eventos do juízo divino no “Dia do Senhor” sobrevirão de modo inesperado à humanidade distanciada e esquecida de Deus. Estes não poderão escapar do julgamento. Todavia, o crente fiel, não passará por isso, pois aguarda a vinda de Jesus. Que a nossa oração ao Senhor seja: “Amém! Ora, vem, Senhor Jesus”! (Ap 22.20b).
Subsídio Teológico
“A Vinda do Senhor" (1Ts 5.1-10)
1. O tempo da sua vinda. Paulo já explicava que não poderiam saber nem o dia nem a hora. Repete esse fato para reprimir aquela curiosidade que é natural dos homens e que já tinha sido a causa de muita perturbação e desordem na igreja. É uma verdade muito aplicável hoje. A palavra profética tem sido muito desprezada por pessoas que fixam datas, bem como todas as coisas absurdas que alegam ‘profecias’.
O ‘Dia do Senhor’ é a expressão comum no Antigo Testamento que descreve a vinda do juízo divino. Em particular descreve o julgamento de Israel e das nações, que terá lugar na vinda do Messias. Paulo declara como esse acontecimento será súbito e inesperado. O ladrão vem de noite, quando todos dormem e ninguém está preparado; de modo semelhante, quando Cristo vier, achará o mundo despreparado, e não esperando a sua vinda (v.3). Certamente, haverá sinais, mas os ímpios não os verão na sua verdadeira luz. Correrão para a destruição, sem prestar atenção aos sinais de ‘PARE’ deixados por Deus.
2. Os preparos para a sua vinda. Há três tipos de sono mencionado nas Escrituras: o sono natural, o sono da morte e o sono do descuido espiritual mencionado no texto (v.6). O que se diz do que dorme o sono natural pode ser dito do que dorme espiritualmente; não reconhece que há perigo, esquece-se de qualquer dever, não se comove por apelos e, talvez, nem reconheça que está dormindo” (PEARLMAN, Myer. Epístolas paulinas: semeando as doutrinas cristãs. RJ: CPAD, 1998, pp.187,188).
Catástrofe: Acontecimento inesperado de consequências trágicas e calamitosas.
Iminente: Que ameaça acontecer breve; que está em via de efetivação.
Impertinente: Que não vem a propósito; estranho ao assunto de que se trata; inoportuno.
Incluso: Incluído, que faz parte de algo.
Indolência: Negligência; desleixo; descuido.
Mútuo: Que implica troca ou permuta, ou que se permuta entre duas pessoas ou dois grupos.
PEARLMAN, Myer. Epístolas paulinas: semeando as doutrinas cristãs. CPAD, 1998.
TULER, Marcos. Manual do Professor da Escola Dominical. CPAD, 2003.
1. A que se refere o “Dia do Senhor”?
R. Ao período em que os justos juízos de Deus serão derramados sobre a Terra.
2. Que acontecerá, quando disserem “há paz e segurança”?
R. Haverá “repentina destruição”.
3. O que significa ser sóbrio?
R. Ser temperante, moderado.
4. A que se refere à expressão “Ira Futura”?
R. Refere-se à Grande Tribulação.
5. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Justifique sua resposta.
R. Não! “Deus não nos destinou para a ira…” (1Ts 5.9).