Título: A Igreja e a sua missão
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 13: Avivamento espiritual — A missão dinâmica da Igreja
Data: 01 de Abril de 2007
“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo” (1 Ts 1.5).
O avivamento espiritual da igreja deve ser preservado, para que ela prossiga renovada no Espírito e dinâmica em sua missão na Terra.
Segunda - At 19.18,19
Evidências de um avivamento
Terça - Rm 9.1
O Espírito Santo age na consciência
Quarta - Jl 2.28-32
O avivamento é uma promessa divina
Quinta - At 2.1-4
Precisamos viver e manter a experiência do Pentecostes
Sexta - 1Co 12.4-10
Precisamos de uma crescente manifestação dos dons do Espírito
Sábado - Gl 5.22
Precisamos de fartura do fruto do Espírito
1 Tessalonicenses 1.1-10.
1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
2 - Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações,
3 - lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do trabalho da caridade e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,
4 - sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus;
5 - Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza. Como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.
6 - E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo,
7 - De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
8 - Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma;
9 - porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro
10 - e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.
Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais, você e seus alunos, com certeza desfrutaram da bendita e poderosa ação do Espírito Santo sobre suas vidas. Todavia, a chama do avivamento deve permanecer brilhante, pois Deus deseja que a Igreja cumpra sua missão aqui na Terra integralmente. Um avivamento genuíno não implica somente em bênçãos pessoais para os membros, mas sim em salvação de almas. Através deste a igreja experimenta uma unidade maior de fé e propósito — uma genuína comunhão no Espírito, como na igreja em Tessalônica.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Desenhe a figura e o quadro sugeridos abaixo no quadro de giz. Após, explique que na figura estão as três grandes virtudes do cristianismo. Depois, leia com a classe as referências do quadro. Faça um pequeno comentário sobre as mesmas. Então peça que os grupos se reúnam. Eles terão um minuto para se reunir e três minutos para explicar o que Deus quer dizer com amor, fé e esperança. Conclua a dinâmica explicando que se vivermos continuamente na plenitude do Espírito Santo, como Deus deseja, o avivamento será um estado permanente, gerando fé, amor e esperança.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Avivamento: Avivamento é sempre o retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito.
Atos 17.1-12 relata o início e o crescimento da igreja em Tessalônica, cidade comercial da Macedônia, na Grécia. Naqueles tempos, houve um grande avivamento espiritual mediante a pregação da Palavra de Deus (1 Ts 1.5). Foi um movimento do Espírito tão maravilhoso que serviu de modelo para todas as demais igrejas da região (1 Ts 1.7).
I. A CHAMA DO AVIVAMENTO DA IGREJA TESSALÔNICA (1 Ts 1.1-3)
1. A chama do zelo e do fervor espiritual (v.1). O apóstolo Paulo identifica os destinatários da epístola como “a igreja dos tessalonicenses”. Ele difere no endereçamento quando diz “dos tessalonicenses”, e não “aos” tessalonicenses, indicando que aquela igreja tinha identidade própria. Ou seja, desde o seu nascimento, o zelo e o fervor espiritual daqueles cristãos era uma marca que os caracterizava.
2. A chama da fé ativa (v.3). Aqui vemos que a igreja creu e desenvolveu uma fé dinâmica e crescente: “a vossa fé cresce muitíssimo” (2 Ts 1.3). Nesse texto, estão três grandes virtudes do cristianismo: fé, amor e esperança. A expressão “obra da vossa fé” (v.3) não se contrapõe à justificação pela fé. Essa “obra” não é um ato de justiça que justifica o homem diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8,9). Na verdade, a “obra da fé” se refere ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo.
3. A chama do amor em ação. “Trabalho do vosso amor” (v.3). Não se trata de amor filantrópico, mas do amor gerado pelo Espírito Santo, como “fruto do Espírito” (Gl 5.22). Não é apenas de “um ato de amor”, mas do trabalho contínuo a favor do evangelho de Cristo.
4. A chama da esperança. A frase “paciência da esperança” (v.3) tem a ver literalmente com: “resistência, constância ou perseverança da esperança”. Só tem essa esperança quem sabe esperar em Deus. Aquela igreja enfrentou perseguições e adversidades, no entanto, o apóstolo a elogia pela capacidade que teve em manter acesa a chama da esperança. É nas adversidades que devemos manter a esperança, pois temos realmente o que esperar, segundo as promessas de Deus: “Fiel é o que prometeu” (Hb 10.23).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os crentes da igreja de Tessalônica adquiriram qualidades importantes para a vida espiritual, a saber: tiveram a fé fortalecida na tribulação (cf. 1.6); viveram a prática do amor cristão (cf. 1 Ts 3.6); experimentaram a “paciência da esperança”.
II. MANTENDO A CHAMA DO AVIVAMENTO ACESA
1. A chama inicial deve permanecer acesa (1 Ts 2.1). Afirma o apóstolo: “bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã”. Ele queria saber do resultado de todo trabalho pioneiro que ali fora realizado com muito sacrifício. Graças a Deus, o trabalho realizado não tinha sido inútil. O resultado era patente na vida daqueles irmãos. A igreja precisa manter acesa a chama do “primeiro amor”.
2. A chama da pregação precisa ser reavivada (1 Ts 2.13). O evangelho tem sido pregado com abnegação e fervor? Lamentavelmente, o que mais se vê são pregadores e mestres presunçosos, vaidosos, gananciosos e trapaceiros, que apesar de na aparência não demonstrarem nada disso, revelam-se nas atitudes. Aquele espírito amoroso e sacrificial que deve permear a mente e o coração dos pregadores, parece ter desaparecido. O evangelho como Paulo pregava era eficaz. A mensagem que aqueles crentes recebiam era a própria Palavra de Deus (v.13). Por isso, tornavam-se imitadores das igrejas de Deus (v.14). No versículo 20, Paulo fala de sua alegria pelos frutos resultantes de seu ministério para Deus, pois a igreja de Tessalônica era, de fato, a sua glória e alegria, na presença de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Quando a Igreja mantém acesa a chama do primeiro amor, os crentes são conduzidos à evangelização, produzindo muitos frutos.
III. A CHAMA DO AVIVAMENTO E A VOLTA DO SENHOR (1 Ts 4.13-18)
1. A chama da pureza moral (1 Ts 4.1-12). Paulo sabia que, enquanto a Igreja aqui estivesse, seus membros estariam sujeitos às tentações e pecados na sua vida cotidiana. Por isso, no texto bíblico acima mencionado, três coisas da vida do crente são tratadas pelo apóstolo: a pureza moral (vv.1-8), o amor fraternal (vv.9,10) e o trabalho honesto (vv.11,12). Quanto à pureza moral, fala da maldita realidade da prostituição em suas várias formas. Esse tipo de pecado da sociedade deve ser totalmente rejeitado por um crente que ama ao Senhor (1 Ts 4.1,2). O “amor fraternal” é o tipo de relacionamento que deve ser cultivado pelo cristão (1 Ts 4.9,10). Sobre a prática do trabalho honesto, devemos evitar atitudes que desabonem nossa conduta ou que representem engano, negligência e irresponsabilidade em nossas atividades diárias, sejam elas quais forem (1 Ts 4.11,12).
2. Corrigindo conceitos equivocados (4.13). Paulo soubera que entre os cristãos de Tessalônica propagavam-se equívocos doutrinários referentes à situação dos mortos em Cristo e acerca da volta do Senhor. A liderança da igreja tem a responsabilidade de esclarecer doutrinariamente os enganos dos crentes, bem como seu desconhecimento das doutrinas vitais da Bíblia. Foi justamente o que Paulo fez: “Não quero que sejais ignorantes acerca dos que dormem” (v.13).
3. A verdade acerca do estado dos mortos (1 Ts 4.14-17). A Bíblia ensina que, num determinado momento da sua vinda, o Senhor voltará apenas para a sua Igreja, constituída pelos vivos e pelos mortos em Cristo. Nesta fase, Jesus virá até as nuvens, e ouvida a voz de convocação para os santos (v.16), os “mortos em Cristo” ressuscitarão primeiro, e num “abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51), subirão ao encontro do Senhor nos ares. Os vivos ouvirão, em seguida, a chamada do Senhor, e já transformados do seu estado material para o espiritual, subirão ao encontro do Senhor, juntamente com os que foram ressuscitados (v.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Igreja avivada espera, a qualquer momento, a volta de Jesus em santidade, pois sem santificação ninguém verá o Senhor. Somente os santos serão arrebatados.
CONCLUSÃO
Nesta lição, destacamos o fato de que todos os valores doutrinários da Bíblia continuam tão atuais quanto foram no passado. O papel da Igreja, hoje, é manter acesa a chama do avivamento espiritual para preservar os ensinos e valores bíblicos.
Cristológico: Relativo a Cristo; fundamentado em Cristo.
Filantrópico: Relativo à filantropia; amor à humanidade; obras
de caridade.
Imperativo: Que ordena, ou exprime uma ordem.
Migração: Mudar periodicamente, ou passar de uma região para
outra.
COLEMAN, R. Como avivar sua igreja. RJ: CPAD, 2005.
HORTON, S. M. O avivamento pentecostal. RJ: CPAD, 1997.
ANDRADE, C.
Fundamentos bíblicos de um autêntico avivamento. RJ: CPAD,
2004.
1. Quais são as três virtudes do cristianismo?
R. Fé, amor e esperança.
2. Explique a expressão “obra da fé”.
R. Refere-se ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo.
3. Cite quatro chamas do avivamento em Tessalônica.
R. Chama do zelo e do fervor espiritual; da fé ativa; do amor em ação; da esperança.
4. Por que você acha que a chama da pregação precisa ser reavivada?
R. Porque ela faz com que os crentes preguem a Palavra de Deus produzindo frutos para a glória do Senhor.
5. Como deve ser a conduta do cristão em seu trabalho profissional?
R. Deve ser sobre a prática do trabalho honesto, evitando atitudes que desabonem sua conduta.
Subsídio Devocional
“Por que precisamos de avivamento contínuo
Uma igreja sem renovação espiritual constante cai na rotina, isto é, fica parada no tempo, no espaço e no trabalho. Ela pode até trabalhar, mas não avança, não progride, porque algum fruto que surja é destruído pelas contendas, inveja, ganância, desunião e outras obras da carne. Tal igreja não resiste, nem supera as rápidas mutações de comportamento da sociedade ímpia ao seu redor.
Tal igreja, ainda, perde a guerra espiritual contra a ‘carne’ e as potestades do mal (Gl 3.3; 5.17). O crente regenerado pelo Espírito Santo precisa também manter-se renovado pelo mesmo Espírito Santo (Tt 3.5; 2 Co 4.16). O avivamento espiritual não é só ter o fogo e o calor do Espírito Santo; é preciso continuar a avivar a chama do fogo espiritual (2 Tm 1.6 — lit., ‘aviva de novo a chama viva do fogo’).
As palavras do evangelista Billy Graham, em seu sermão, três dias após os atentados terroristas contra os Estados Unidos: ‘Prostemo-nos perante Deus, humilhados, contritos, arrependidos, confessando os nossos pecados como cristãos, para que venha sobre nós um avivamento celestial’. Precisamos de avivamento contínuo da parte do Senhor, para que sejamos vencedores. Somente um real e contínuo avivamento é capaz de restringir, deter e neutralizar na igreja a atual avalanche de secularismo, de mundanismo, de comodismo, de conformismo, de transigência com o erro, com o pecado e com o mal.
Segundo o modelo bíblico, o reavivamento resulta em santidade do crente em toda a sua maneira de viver (1 Pe 1.15). Se um avivamento não resultar nisso — nessa mudança de vida —, tudo não passará de mero entusiasmo, mecanicismo e emoção, como acontece com certos ‘avivamentos’ orquestrados pelos homens. O avivamento sob Esdras e Neemias, nesse sentido, obteve grandioso resultados (Ne 8; 9.1-38).
A santificação deve ocorrer em ‘todo o vosso espírito, e alma, e corpo’, conforme lemos em 1 Tessalonicenses 5.23. Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta — isto é, em nosso caráter, inteiramente —, e em nosso proceder, externamente. Mantenhamo-nos, pois, separados do mundo pecaminoso.
Preparemos, pois, ‘o caminho do Senhor’ para o avivamento — ou reavivamento — celestial, como proclamou João Batista (Jo 3.3)”.
(GILBERTO, A. Verdades Pentecostais. RJ: CPAD, 2006, pp.26,27,89).
Prezado professor, como já é do seu conhecimento, no passado Deus levantou alguns homens para trazer o avivamento espiritual para o seu povo. O Senhor não mudou. Hoje, em tempos de pós-modernismo, o Todo-Poderoso continua a levantar e a usar homens (“os homens são o método de Deus”) para que a chama do avivamento continue a arder em sua Igreja. Somente uma Igreja avivada poderá cumprir integralmente sua missão nesta Terra. Então, que você possa se colocar inteiramente nas mãos do Pai, orando como fez o profeta Habacuque: “Aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos” (Hc 3.2).