Título: As doenças do nosso século — As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby
Lição 10: A inversão dos valores
Data: 07 de Setembro de 2008
“Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (2Pe 3.3).
Os valores éticos e morais encontrados na Bíblia são absolutos e insubstituíveis, porque estão fundamentados na Palavra e no caráter de Cristo.
Segunda — Is 5.20
Os que invertem os valores morais não ficarão impunes
Terça — Terça — Is 5.23
Os que justificam o ímpio e condenam os justos encontrarão castigo repentino
Quarta — Is 10.1
Os que fazem leis injustas e perversas sofrerão as conseqüências de suas transgressões
Quinta — Is 33.1
Os desleais encontrarão castigo e juízo
Sexta — Is 1.4
A nação corrupta e blasfema sofrerá os danos de sua rebeldia
Sábado — Jd v.11
A motivação errada no ministério resulta em condenação
Mateus 23.13-19,28.
13 — Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais os homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
14 — Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso, sofrereis mais rigoroso juízo.
15 — Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
16 — Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
17 — Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o templo, que santifica o ouro?
18 — e o que jurar pelo altar, isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor.
19 — Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?
28 — Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
Prezado professor, observe os noticiários durante esta semana. Selecione algumas notícias na área da educação, política, religião, saúde e entretenimento. Faça uma análise dos valores difundidos por essas reportagens e pelos filmes, novelas e peças de teatro. Ao iniciar a lição dominical, use essas informações e partilhe com a classe suas reflexões. Contraste os valores difundidos pela indústria cultural com aqueles ensinados pelas Escrituras. Desperte o senso crítico de seus alunos. Deus o abençoe!
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, se possível, leia os capítulos 8 e 11 da obra Panorama do Pensamento Cristão (CPAD). As informações contidas nesses capítulos certamente o auxiliarão a ministrar a aula com mais segurança. No capítulo 8, os autores discutem a ética bíblica e a práxis cristã no contexto da comunidade eclesiástica e da sociedade, com uma interface com a cultura pós-moderna. No capítulo 11, outros autores discorrem a respeito do relacionamento crítico entre os cristãos, a cultura e a mídia de entretenimento. As obras de Charles Colson e Nancy Pearcey também serão úteis. Use a tabela abaixo para reforçar o tópico II da lição. Reproduza o gráfico conforme os recursos disponíveis.
OUTROS FUNDAMENTOS DOS VALORES CRISTÃOS
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Valores: Normas ou princípios morais que orientam a conduta das pessoas.
A palavra “valor” origina-se do latim e significa “ser digno”. “Valores”, no contexto desta lição, referem-se aos princípios éticos e sociais aceitos por uma pessoa ou grupo, isto é, ao comportamento humano; suas regras e padrões.
Atualmente, tem havido uma “inversão” desses valores: a ética e a moral cristãs, antes aprovadas pela sociedade, vêm sendo sistematicamente substituídas por princípios amorais mundanos (Is 5.18-25; Cl 2.8). Em 2 Pedro 1.3-10, a Palavra de Deus estabelece os princípios éticos, as virtudes e valores necessários à boa conduta dos filhos de Deus.
I. INVERSÃO DOS VALORES BÍBLICO-CRISTÃOS
1. Causas da inversão dos valores. Ao folhearmos alguns jornais e revistas seculares, constatamos o quanto os valores éticos e morais cristãos têm sido desprezados pela sociedade pós-moderna. Vejamos as causas:
a) Ascensão do relativismo moral. Segundo esta teoria filosófica, não existe norma moral ou ética válida para todas as pessoas. As normas variam de cultura para cultura, de pessoa para pessoa. Cada um vive conforme as regras que estabeleceu para si mesmo. Assim, há uma ética para o cristão, outra para o ateu e uma terceira para os que não se enquadrem nas anteriores. Não existe, de acordo com esse pensamento mundano, normas, verdades ou valores que sirvam para todas as pessoas em todos os lugares.
b) Manifestação social do pluralismo. O pluralismo reconhece que há uma multiplicidade de culturas, religiões e posições éticas e morais conflitantes. Essa doutrina filosófica, todavia, diz que essas posições contraditórias podem coexistir, como se cada uma delas trouxesse uma parte da verdade e, nenhuma a verdade completa ou absoluta. Assim, a verdade encontra-se em cada sistema religioso, filosófico ou moral. Então, segundo esse pensamento, o cristianismo traz uma parte da verdade, o budismo outra e assim sucessivamente Segundo o pluralismo, assumir e respeitar diferentes valores em uma sociedade em constante mudança é uma manifestação de empatia e tolerância com o outro.
c) Crescente mundanismo. O mundanismo faz constante oposição à Igreja e aos valores cristãos (Tg 4.4; 1Jo 2.15-17). A sociedade organizada e rebelada contra Deus, tem estabelecido suas próprias leis, sem a menor consideração aos mandamentos divinos. O que temos visto, infelizmente, é o sagrado e o religioso curvarem-se ante o profano e o secular; até mesmo em certas denominações evangélicas.
2. Os valores cristãos invertidos. Há uma lista considerável de princípios bíblicos que não apenas foram desvalorizados, mas ultrajados pela sociedade pós-moderna. Vejamos:
a) Quanto ao casamento: Atualmente, em algumas sociedades, já se aceita a abominável união entre pessoas do mesmo sexo. É um atentado contra a Palavra de Deus, a família e os valores cristãos. O Senhor instituiu e abençoou apenas a união entre homem e mulher (Gn 1.27,28; 2.22-24). Quanto aos que querem mudar a ordem natural da criação, (Lv 19.22; Rm 1.26-32) serão amaldiçoados. A Bíblia é implacável neste caso: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos… herdarão o Reino de Deus” (1Co 6.9,10 — NVI).
b) Quanto à família: As virtudes cristãs concernentes à família estão sendo substituídas por valores anticristãos: filhos que não respeitam os pais; pais permissivos quanto à moralidade; e a substituição do culto doméstico por entretenimentos perniciosos etc.
c) Quanto à igreja: Nesses “tempos trabalhosos”, muitas comunidades cristãs valorizam mais o “ministério” bem-sucedido do pregador que a santidade e o testemunho mantido por ele; mais o marketing ministerial do que os verdadeiros sinais do poder de Deus. Pregadores santos e tementes a Deus são preteridos por aqueles que buscam o louvor próprio em vez da glória de Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A ascensão do relativismo moral, a manifestação social do pluralismo e os valores cristãos invertidos são algumas causas da inversão de valores na pós-modernidade.
II. FUNDAMENTOS DOS VALORES CRISTÃOS
1. Os valores cristãos. Os valores cristãos estão pautados nas Sagradas Escrituras e são opostos aos do mundo. Enquanto cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontades, a cultura mundana nega a existência do Altíssimo, e seus adeptos vivem como se o Senhor realmente não existisse (Sl 14; 53).
2. Os três fundamentos. Os princípios cristãos possuem, pelo menos, três fundamentos básicos: são universais, absolutos e imutáveis.
a) Universais. Os valores cristãos são universais por estarem fundamentados na moral divina. Nosso Deus é um ser moral. Seus atributos atestam que Ele é santo (Lv 11.44; 1Sm 2.2), justo (2Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33). Portanto, o Senhor é o padrão moral daquilo que é santo — oposto ao pecado —, daquilo que é justo — oposto a injustiça —, daquilo que é bom — oposto ao que é mau, e daquilo que é verdadeiro — oposto à mentira. Tudo o que é puro, justo, bom e verdadeiro têm sua origem no caráter moral de Deus. Por conseguinte, os valores morais são universais porque procedem de um Legislador Moral universal.
b) Absolutos. Absoluto é aquilo que não depende de outra coisa, mas existe por si mesmo. Os valores cristãos são absolutos porque procedem de um Deus pessoal que não depende de qualquer outro ser para existir, Ele é eterno (Dt 33.27; Sl 10.16); existe por si mesmo (Êx 3.14), e tem a vida em si mesmo (Jo 5.26). Deus também é absoluto porque não está sujeito às épocas (1Tm 1.17; 2Pe 3.8; Jd v.25). Ele governa eternamente o Universo (Sl 45.6; 145.13), e seu reinado é de justiça (Hb 1.8).
c) Imutáveis. Imutável é a qualidade daquilo que não muda. Os valores cristãos são imutáveis porque o Senhor Deus é imutável. Ele não muda (1Cr 29.10; Sl 90.2), é o mesmo em todas as épocas (Hb 13.8; Tg 1.17). Suas leis se conformam ao seu caráter moral, pois Ele é fiel (2Tm 2.13). Portanto, devemos viver conforme a orientação de sua Palavra.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os valores cristãos são universais, absolutos e imutáveis, pois se fundamentam no caráter de Deus e nos princípios das Escrituras.
III. COMO REAGIR À INVERSÃO DE VALORES
1. Denunciar o pecado e os valores mundanos. Devemos confrontar com a Palavra de Deus, os princípios amorais e antiéticos difundidos através de filmes, peças teatrais, novelas, músicas e revistas (Hb 4.12; Ez 44.23). Certo diretor afirmou que “o cinema e a televisão suplantaram a igreja como grandes comunicadores de valores e crenças”. Mas, quais são a estes valores e crenças? Geralmente, são padrões e crenças anticristãs. A Igreja, “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), tem como missão, não apenas anunciar o evangelho, mas denunciar os pecados e os valores mundanos dos homens (1Tm 1.18-20).
2. Ensinar e viver os valores do Reino de Deus. Como Igreja do Senhor, temos a obrigação de viver e ensinar os mais elevados princípios éticos e morais do Reino de Deus (Lv 20.7; 1Pe 1.16). A verdadeira mensagem do evangelho não se conforma aos discursos politicamente corretos, mas aos elevados padrões da santidade divina (Mt 5.20, 48; 1Tm 3.15; 6.11).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O crente além de ensinar e viver os valores cristãos deve denunciar a inversão dos valores, o pecado e os valores mundanos.
CONCLUSÃO
Os elevados preceitos exarados na Palavra de Deus são imutáveis e servem de regra para orientar os homens em todas as gerações (Is 30.21; Mt 24.35; 2Tm 3.16). Esses valores são insubstituíveis, e devem ser coerentes com o testemunho cristão — a igreja deve viver o que prega e pregar o que vive.
Amoral: Diz-se da conduta humana que, suscetível de qualificação moral, não se pauta pelas regras morais vigentes em um dado tempo e lugar, seja por ignorância do indivíduo ou do grupo considerado, seja pela indiferença, expressa e fundamentada nos valores morais.
COLSON, C.; PEARCEY, N. E agora como viveremos? RJ: CPAD, 2000.
1. Descreva três causas da inversão de valores em nossos dias.
R. Ascensão do relativismo moral, a manifestação social do pluralismo e os valores cristãos invertidos.
2. Muitos valores cristãos foram invertidos pela sociedade mundana. Além daqueles que foram mencionados na lição, qual valor distorcido pelo mundo você considera o mais pernicioso para o Evangelho?
R. Resposta pessoal.
3. Cite os três fundamentos dos valores cristãos.
R. Universais, absolutos e imutáveis.
4. Justifique as razões pelas quais os valores cristãos são universais, absolutos e imutáveis.
R. Estão fundamentados no caráter de Deus e pautados nas leis divinas.
5. Como a igreja deve reagir à inversão de valores?
R. Denunciando a inversão dos valores, o pecado e os valores mundanos, e ensinando e vivendo os valores cristãos.
Subsídio Apologético
“Aceitando o Desafio
[…] A Igreja permanece verdadeira ao seu caráter preservando sua distinguibilidade. Ela não faz nenhum favor à sociedade adaptando-se à cultura popular prevalecente, porque falha em sua tarefa justamente no ponto em que deixa de ser ela mesma. A Igreja não tem uma ética social, mas é uma ética social, […] na medida em que é uma comunidade que pode ser claramente distinta do mundo. Pois o mundo não é uma comunidade e não tem tal história, visto que está baseado na pressuposição de que os seres humanos, e não Deus, governam a história. Quando a Igreja adota uma ética moral formada pela cultura popular prevalecente, está negando sua natureza. Antes, a Igreja tem de expressar a ética social que já encarna; tem de transmitir a história de Cristo, uma história que continuamente causa impacto nas relações sociais dos seres humanos […]”.
(PALMER, M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001, p.314).
Os princípios, leis ou normas que regem a vida cristã encontram-se nos inúmeros mandamentos morais, sociais e religiosos descritos nas Sagradas Escrituras. Podemos afirmar que a base da ética bíblica e dos valores cristãos é o santíssimo caráter de Deus. As Escrituras, nossa única fonte legítima da vontade de Deus, expressam a vontade de Deus para o seu povo. Os inúmeros mandamentos éticos e morais da Bíblia revelam a natureza santa, ética e moral de Deus. Portanto, o estudo dos valores e da ética cristã tem como base o caráter santo de Deus. Como você já sabe: Deus é santo (Lv 11.44; 1Sm 2.2), justo (2Cr 12.6; Ed 9.15), bom (Sl 25.8; 54.6), e verdadeiro (Jr 10.10; Jo 3.33).
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)