Título: O Deus do Livro e o Livro de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 7: A rebelião contra o Deus da Bíblia
Data: 16 de Novembro de 2008
“Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd v.15).
Deus julgará e condenará toda rebelião contra seu Filho, e toda desobediência contra a sua Palavra.
Segunda — 1Sm 15.23
A rebelião é como o pecado de feitiçaria
Terça — Mq 7.18
Deus perdoa a rebelião dos homens
Quarta — Gn 3.1-6
A rebelião no Éden
Quinta — Sl 9.17
Vaticinado o fim dos rebeldes
Sexta — 1Jo 2.18-23
Os anticristos no mundo
Sábado — Is 30.1
Ai dos rebeldes, diz o Senhor
1 Coríntios 10.1-9,11.
1 — Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,
2 — e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
3 — e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
4 — e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
5 — Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 — E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 — Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.
8 — E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil.
9 — E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.
11 — Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
Professor, o ateísmo é uma das maiores expressões da rebelião contra Deus. Portanto, é necessário que você procure estar bastante esclarecido em relação a este assunto. Existem os ateus práticos e teóricos. Os primeiros não reconhecem Deus em sua vida prática, isto é, vivem como se Deus não existisse. Já o segundo grupo pertence a uma classe mais intelectual e baseiam sua negação da existência divina em argumentos racionais e puramente humanos. Dentro desta classe, ainda há a seguinte divisão: ateus dogmáticos, céticos e capciosos.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Aproveite o tema desta aula para apresentar para sua turma o fim daqueles que se rebelaram contra Deus ao longo da História da humanidade. Pesquise em jornais, revistas e na internet e, depois, leve os dados recolhidos para a sala de aula. Se possível, confeccione com os alunos um painel ou mural a respeito do tema. Alguns dos nomes que você pode pesquisar são: Nietzsche, Jean Paul Sartre, John Lennon etc.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Rebelião: Ato de voltar-se contra algo ou alguém.
Na eternidade passada, certo “querubim ungido”, valendo-se do livre-arbítrio, decidiu rebelar-se contra seu Criador, intentando usurpar-lhe o trono. Todavia, esse maléfico plano foi radicalmente frustrado. Expulso do céu, Satanás, a falsa “estrela da manhã”, investiu pesado contra o primeiro casal no Jardim do Éden, induzindo-o também à rebelião.
Nos dias atuais, a rebeldia contra Deus está mais forte que nunca. Há uma orquestração diabólica nesse sentido, que envolve a ciência, a cultura, a educação, a tecnologia, as religiões, e todas as demais áreas da vida. Contudo, brevemente, Deus eliminará todos os agentes do mal, que se amotinam contra seu Eterno Governo.
I. A REBELIÃO CONTRA DEUS
1. A origem da rebelião. Segundo a Bíblia, Deus criou todas as coisas; visíveis e invisíveis. Ele criou seres espirituais para estarem ao seu lado: anjos, arcanjos, querubins, serafins, e outros. Ao que tudo indica, o Eterno os criou com livre-arbítrio, para atuarem junto a Ele nas esferas de suas ações. Entretanto, em determinado momento na eternidade, um desses seres (Ez 28.14), chamado “estrela da manhã” (Is 14.12) ou Lúcifer, encheu-se de orgulho e, com a clara intenção de suplantar a Deus, preceituou: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.14).
Foi aí que o Senhor, Deus Todo-Poderoso, decretou sua queda e definitiva condenação (Is 14.15-20). A Bíblia afirma que Jesus viu o seu fim (Lc 10.18), e a João, o Eterno revelou o destino final do “anjo rebelde” — o “lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Esta também será a sorte dos materialistas, ateus, agnósticos, e de “todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17; 50.22).
2. A rebelião do homem. Fora da esfera angelical, Deus também criou o universo, com bilhões de corpos celestes, planetas e estrelas. Em meio a tantas coisas grandiosas o Senhor escolheu justamente a minúscula Terra para nela estabelecer um ser inigualável, feito à sua imagem e semelhança (Gn 1.1,26,27). Deus criou o homem e a mulher para adorá-lo e servi-lo, não como autômatos ou irresponsáveis por suas ações, mas com plena consciência do que estavam fazendo. Todavia, infelizmente, ao invés de obedecerem ao Senhor preferiram ouvir a rebelde voz de Lúcifer. Assim, pelo primeiro casal de seres humanos entrou o pecado no mundo, e o pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). A rebelião do Ser humano é contínua.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia nos mostra que o pecado da rebelião originou-se em Lúcifer, quando desejou assumir o lugar de Deus.
II. POR QUE O HOMEM REJEITA O DEUS DA BÍBLIA?
1. Em razão de sua natureza pecaminosa. O Senhor não apenas criou o homem, mas se relaciona com ele particularmente, exigindo obediência e santidade (1Pe 1.14,15). Porém, a carne, isto é, a natureza humana corrompida pelo pecado, faz de tudo para contrariar e combater contra Deus (Gl 5.16,17; Rm 7.7-25). A Bíblia diz que “a imaginação do coração do homem é má” (Gn 8.21), e o Diabo, nosso adversário, cegou “os entendimentos dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4). Ele sempre usou a pecaminosa natureza humana, as religiões, as seitas, a cultura, o entretenimento, a tecnologia, a falsa ciência, e as estruturas econômica, social, e política, para afastar o homem do verdadeiro Deus.
2. Em razão das funestas atividades do “espírito do Anticristo”. O Anticristo ainda não está no mundo, mas muitos de seus seguidores já se encontram em plena atividade, inclusive realizando sua obra satânica de oposição a Cristo. Assevera-nos a Bíblia: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18).
Eis alguns dos instrumentos de rebelião utilizados por Satanás nesses últimos dias:
a) O relativismo. O relativismo moral domina o pensamento pós-moderno. Em nome de um falso pluralismo, e do “respeito às diferenças”, o Diabo vem convencendo os incrédulos de que nada é errado, tudo é relativo, e que o pecado não existe.
b) Leis infames. Na Europa, há leis que prevêem a prisão daqueles que usam os textos da Bíblia contra o homossexualismo (Lv 18.22; 20.13; Rm 1.27; 1Tm 1.10). Pior ainda: há países em que não se pode sequer ler os textos bíblicos que condenam a homossexualidade. No Brasil, tramita um “Projeto de Lei” — Lei contra a homofobia — com a mesma finalidade. Pastores poderão ser presos, se esse projeto, de origem satânica, for aprovado. A Constituição garante o livre direito à crença e à religião, mas o Diabo quer silenciar a pregação contra o pecado, instituindo o crime de opinião, a exemplo do que fizeram os piores ditadores, como Stalin, Mao Tsé Tung, e outros. É a rebelião contra Deus que assume aspectos mais insidiosos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O relativismo e as leis infames são dois instrumentos utilizados pelo Diabo para provocar a rebelião do homem contra Deus.
III. O FUNDAMENTALISMO ATEÍSTA
O fundamentalismo ateu é a expressão intelectual de diversos filósofos desses tempos pós-modernos. Todos se uniram, em suas idéias e seus escritos, para destruir os postulados da fé em Deus. A Filosofia tornou-se o martelo, usado pelo Diabo, para tentar esmigalhar as religiões, principalmente o cristianismo.
Vejamos algumas teorias de dois ateus modernos: Richard Dawkins e Michel Onfray.
1. Richard Dawkins. Os ateus estão desesperados com o avanço da pregação do evangelho. O biólogo Richard Dawkins, discípulo de Darwin, em seu livro Deus, Um Delírio, trata a Bíblia como um livro espúrio e perigoso, e procura, em vão, demonstrar que Deus é um mito. Ele propõe o fim da idéia de Deus, e de todas as religiões. Dawkins tornou-se um terrorista contra a fé, no Século XXI.
2. Michel Onfray. Discípulo de Darwin e filósofo francês, Michel Onfray é admirador de Friederich Nietzsche, que se considerava um anticristo e morreu louco. Ele diz que “só o homem ateu pode ser livre, porque Deus é incompatível com a liberdade humana… se Deus existe, eu não sou livre; por outro lado, se Deus não existe, posso me libertar…” (sic). Sua influência na França e na Europa tem aumentado. Na França, quase ninguém mais vai às igrejas. Apenas 7% dos ingleses frequentam algum tipo de culto. A Inglaterra, berço de avivamentos cristãos, é considerada, hoje, uma “nação pós-cristã”. “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?” (1Jo 2.22).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O relativismo e as leis infames são dois instrumentos utilizados pelo Diabo para provocar a rebelião do homem contra Deus.
IV. O FIM DA REBELIÃO CONTRA DEUS
1. A vitória de Cristo na cruz. A rebelião contra Deus tem dia e hora marcados para terminar. Satanás é um inimigo vencido. Sua derrota foi prevista no Éden (Gn 3.15), cumprida na Cruz (Jo 19.30), e ratificada com a gloriosa ressurreição de Cristo (Hb 2.14; ler Cl 2.15; Ef 6.12).
2. A vitória da Igreja. A Igreja se opõe a toda rebelião contra Deus. Somos exortados pela Bíblia “a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v.3). Essa batalha, de caráter espiritual, exige a participação de todos os cristãos (Ef 6.12). A Igreja tem vitória garantida sobre os inimigos de Cristo. Ele disse: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
3. A vitória final. A vitória do Senhor Jesus é certa e avassaladora. Deus intervirá definitivamente na História. A Bíblia nos mostra a vitória do Senhor de modo claríssimo e incontestável. “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd v.14,15; Rm 16.20; Ap 19.17-21; 20.10).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A rebelião contra Deus tem dia e hora marcados para terminar. Satanás é um inimigo vencido.
CONCLUSÃO
Não há uma rebelião anunciada contra os deuses das falsas religiões. Mas há uma guerra declarada contra o verdadeiro Deus, Jesus, seu precioso Filho, e sua Igreja. A razão é evidente: Os falsos deuses não pelejam contra o pecado, o Diabo, o mundo e a carne. Porém, o Deus da Bíblia e sua Igreja combatem tenazmente contra todos esses terríveis inimigos dos autênticos filhos de Deus.
Autômato: No texto, que age sem refletir,
mecanicamente.
Ratificado: Que se confirma; confirmado.
MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007.
1. Faça uma síntese da criação e queda do homem.
R. Deus criou o homem e a mulher para adorá-lo e servi-lo, mas com plena consciência do que estavam fazendo. Todavia, o homem optou por desobedecer-Lhe, ouvindo a voz de Satanás.
2. Por que o homem rejeita o Deus da Bíblia?
R. Por causa de sua natureza pecaminosa e das funestas atividades do “espírito do Anticristo”.
3. Cite dois instrumentos de rebelião usados pelo Diabo nos últimos tempos.
R. O relativismo e as leis infames.
4. Descreva, em poucas palavras, a influência do ateísmo de Michael Onfray na Europa.
R. Na França, quase ninguém vai mais à igreja; apenas 7% dos ingleses frequentam algum tipo de culto, levando a Inglaterra a ser considerada atualmente um país pós-cristão.
5. Cite dois textos bíblicos que confirmam a vitória final de Cristo.
R. Apocalipse 19.17-21 e 20.10.
Subsídio Devocional
“A Rebelião contra o Deus do Livro
Nesta lição, tratamos em geral da rebelião daqueles que estão fora da comunidade dos santos. Todavia, a Bíblia discorre sobre a apostasia, que é um tipo de rebelião, como veremos na explicação abaixo.
‘Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé Nele. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (cf. Lc 8.1 3; Hb 6.4,5); não é a simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e (b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13)’”.
(Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. p.1903)
Atribui-se a Tomás de Aquino um pensamento extremamente simples e profundo: “Se todo ser humano sente sede, pressupõe-se que exista água. Se todo ser humano carece de Deus, pressupõe-se que exista um Deus”.
A despeito de muitos filósofos buscarem argumentos racionais para negarem a existência divina, ao longo da história, muitos outros estudiosos também formularam argumentos comprovando que Deus existe. Dentre esses, podemos citar: o ontológico, que admite haver na mente do próprio homem o conhecimento básico da existência de Deus, posto lá pelo próprio Criador; e o histórico, que se baseia na evidência de que o homem é um ser religioso em potencial, e se a natureza do homem tende à prática religiosa, isto só encontra explicação na existência de um Ser Superior que originou tal natureza.
Contudo, o crente não necessita de tais argumentos, porquanto sua fé e convicção não estão fundamentadas em explicações racionais, mas na inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)