Título: 1 Coríntios - Os problemas da Igreja e suas soluções
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 11: A Ressurreição de Cristo
Data: 14 de Junho de 2009
"Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem" (1 Co 15.20).
Sem a ressurreição de Cristo o Cristianismo não existiria.
Segunda - Sl 16.10
A ressurreição de Cristo predita no Antigo Testamento
Terça - Jo 11.25
Jesus é a ressurreição e a vida
Quarta - At 2.23,24
O testemunho de Pedro acerca da ressurreição
Quinta - At 4.33
Os apóstolos - testemunhas da ressurreição de Cristo
Sexta - At 24.15
A ressurreição dos justos e injustos
Sábado - Ap 20.5,6
A primeira ressurreição
1 Coríntios 15.1-10.
1 - Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis;
2 - pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.
3 - Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 - e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
5 - e que foi visto por Cefas e depois pelos doze.
6 - Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
7 - Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos
8 - e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo.
9 - Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.
10 - Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.
Prezado professor, nesta lição estudaremos a doutrina da Ressurreição de Cristo. Todavia, o texto de 1 Coríntios 15, não trata somente da ressurreição de Jesus, mas também da natureza e características da ressurreição dos justos. No primeiro caso, Paulo apresenta (vv. 3-8) quatro eventos que compõem a essência do evangelho e da mensagem cristã: A morte, o sepultamento, a ressurreição, e as provas irrefutáveis da ressurreição de Jesus, segundo as Escrituras (vv.3,4). Portanto, nesses dias de confiança na razão e de incredulidade na religião, reafirmar a crença e as evidências históricas e doutrinárias na ressurreição de Jesus é indispensável. Deus o abençoe e boa aula!
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que Cristo foi feito "as primícias dos que dormem", e os que morrerem nEle, em sua vinda ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.
Pergunte aos alunos: Como será o corpo da ressurreição? Diga-lhes que será:
a) Visível (Lc 24.39);
b) Incorruptível (1 Co 15.42,54);
c) Palpável (Jo 20.27);
d) Corpo celestial (2 Co 5.1-4);
e) Vivificado (Rm 8.11).
introdução
Palavra Chave
Ressurreição: Tornar à vida.
Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé. Foi o que afirmou Paulo aos cristãos de Corinto que, embora muito bem doutrinados (At 18.1,11), ainda não criam na ressurreição do Filho de Deus. Por isso, o apóstolo escreveu o que viria a chamar-se o "Grande Capítulo da Ressurreição". Nessa passagem, encontram-se as provas irrefutáveis da ressurreição de Cristo e as bases escriturísticas da glorificação dos santos ao ressoar da última trombeta.
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
"Morrendo o homem, porventura, tornará a viver?" (Jó 14.14). Esta pergunta milenar do patriarca Jó, foi plenamente respondida quando "Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem" (1 Co 15.20). Nas Sagradas Escrituras, a ressurreição dos mortos, tanto a dos salvos, como a dos perdidos, é uma doutrina de suma importância.
1. Definição. A ressurreição pode ser definida como o retorno à vida de modo sobrenatural. A Bíblia afirma que os salvos ressuscitarão com um corpo transformado e glorioso (vv. 35-53), enquanto que os ímpios ressuscitarão com um corpo desprezível e vergonhoso (Dn 12.2). Cristo ressuscitou, retornando sobrenaturalmente à vida física (Mt 28.9,17). Quanto aos outros casos de ressurreição descritos na Bíblia, foram temporários, vindo a pessoa a falecer mais tarde. De acordo com a Palavra de Deus, a ressurreição pode ser compreendida, também, como a conversão a Cristo (Ef 2.1,5,6; 2 Co 5.17).
2. A ressurreição de Cristo é nossa garantia no presente. Quanto a isso, a Bíblia declara: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé" (v.14). Mas, Ele ressuscitou e: "se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas" (At 1.3).
3. A ressurreição de Cristo é a nossa garantia no futuro. "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem" (1 Co 15.19,20). A ressurreição dos que dormiram em Cristo, marcará o início da vida eterna de glória da Igreja com o Senhor no céu.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A ressurreição de Jesus é o fundamento do Cristianismo.
II. A PROFECIA DA RESSURREIÇÃO
A verdade da ressurreição dos mortos permeou de forma marcante as escrituras hebraicas. As três principais são: Jó, Davi e Daniel.
1. A profecia de Jó. Jó é considerado contemporâneo dos personagens do livro de Gênesis, numa remota antiguidade. Em seu livro, no capítulo 19 e versículos 25 a 27, o patriarca afirmou que após sua morte, ressurgirá e verá claramente o seu Redentor.
2. A profecia de Daniel. Considerado o principal escritor apocalíptico do Antigo Testamento, refere-se assim esse profeta: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" (Dn 12.2).
3. A profecia de Davi. O rei Davi, que também era profeta, já antevia, por inspiração divina, que o Messias provaria a morte, mas haveria de ressuscitar dentre os mortos (Sl 16.10; At 2.34).
4. A profecia do próprio Cristo. Em diversas ocasiões, o Senhor Jesus advertiu aos seus discípulos que Ele, haveria de ser entregue aos pecadores, e também morrer, a fim de resgatar a humanidade de seus pecados e iniquidades. Todavia, iria ressuscitar ao terceiro dia (Mt 16.21).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Bíblia ensina a doutrina da ressurreição de Cristo e dos justos.
III. O FATO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A ressurreição de Jesus é um fato bíblico e comprovadamente histórico.
1. O fato da ressurreição de Cristo. Assim o evangelista Lucas registra a ressurreição de Nosso Senhor: "E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra do sepulcro removida. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia" (Lc 24.1-6).
2. A declaração da ressurreição de Cristo. Dentre as diversas declarações de fé do apóstolo Paulo temos a da ressurreição de Nosso Senhor: "Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; pelo que sofro trabalhos e até prisões como um malfeitor, mas a Palavra de Deus não está presa" (2 Tm 2.8,9). Nesta declaração, o apóstolo destaca a filiação divina do Filho de Deus (Jesus Cristo), sua filiação humana e real (descendente de Davi) e também declara ser Jesus o pleno cumprimento das Escrituras ("o meu evangelho"). Aqui temos uma incontestável evidência da ressurreição de Jesus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A ressurreição de Jesus é um fato bíblico e histórico.
IV. AS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Conforme vemos na Palavra de Deus, a ressurreição de Jesus é um fato real e historicamente confirmado. Vejamos alguns desses testemunhos da ressurreição de Nosso Senhor.
1. Os evangelhos. Todos os evangelhos atestam que Jesus precisou morrer para resgatar-nos do pecado, mas ressurgiu com mui grande poder e autoridade (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10; Ef 1.19-22).
2. Os Atos dos Apóstolos. Cumprindo as recomendações de Jesus, os discípulos foram a Jerusalém, a fim de esperar a descida do Consolador. Eles se dispersaram quando da morte do Senhor, mas após a sua ressurreição voltaram a Jerusalém. No capítulo 1 de Atos, os discípulos presenciaram a ascensão de Jesus ao céu. Após o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro, eloquentemente, pregou acerca da ressurreição de Cristo (At 2.22-32). Com base na ressurreição de Cristo, os seus discípulos levaram o Evangelho até aos confins da terra.
3. Pedro e os doze. De acordo as testemunhas arroladas por Paulo, inicialmente o Senhor ressurreto foi visto por Cefas, também chamado Pedro, e em seguida pelos Doze (1 Co 15.5).
4. Os quinhentos irmãos. Esses "irmãos", mais de quinhentos, viram o Cristo ressuscitado (1 Co 15.6). A maioria destes ainda vivia quando Paulo escreveu esta epístola.
5. Tiago. Era irmão natural de Jesus. Antes, ele não acreditava que Jesus fosse o Messias de Israel (Jo 7.5). Jesus, já ressurreto apareceu a Tiago, que veio a tornar-se uma das colunas entre os santos (Gl 2.9).
6. Paulo. A última aparição do Senhor ressuscitado foi testemunhada pelo apóstolo Paulo, conforme ele mesmo testifica (1 Co 15.8). A partir daí, o que muito perseguiu a Igreja, agora muito a defende, até mesmo com o risco da própria vida (At 20.28-38). São todos testemunhos irrefutáveis da ressurreição de Nosso Senhor. Como recusar tais testemunhos? Em um tribunal marcado pela seriedade, seriam prontamente aceitos.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Foram testemunhas da ressurreição de Cristo: Paulo, os Doze, Tiago e Cefas.
CONCLUSÃO
Segundo a Palavra de Deus e os fatos nela revelados, o Senhor Jesus ressurgiu dentre os mortos. Ora, se Cristo ressuscitou, também ressuscitaremos quando do soar da última trombeta, anunciando o arrebatamento da Igreja. Foi o que o apóstolo deixou claro aos irmãos de Corinto (1 Co 15.51-54).
A morte física não é a autoridade final de nossa existência. Pois, como Cristo ressuscitou pleno de vida e poder dentre os mortos, também venceremos as ânsias da morte para estarmos com o Senhor para sempre (1 Ts 4.17).
Ânsia: Aflição, angústia.
Incontestável: Que não se pode contestar; indiscutível.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas. RJ: CPAD, 1995.
1. Cite duas garantias proporcionadas ao crente por meio da ressurreição de Jesus.
R. No presente (1 Co 15.14) e no futuro (1 Co 15.19,20).
2. Transcreva uma das profecias do Antigo Testamento concernente à doutrina da ressurreição.
R. "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno" (Dn 12.2).
3. Quais elementos são destacados no texto de 2 Tm 2.8,9?
R. A filiação divina do Filho de Deus (Jesus Cristo), e sua filiação humana e real (descendente de Davi).
4. Cite três personagens que viram o Senhor ressurreto.
R. Cefas, Tiago, Paulo.
5. Por que você crê na ressurreição de Jesus?
R. Resposta pessoal.
Subsídio Teológico
"A ressurreição de Cristo
Era o tema central da pregação da Igreja Primitiva. Devemos tê-la também como o centro de nossa mensagem, porquanto ela é a garantia de nossa própria ressurreição. A ressurreição de Cristo é a base de nossa fé e esperança. Uma das grandes afirmações do Novo Testamento encontra-se nestas palavras de Jesus: '... porque eu vivo, e vós vivereis' (Jo 14.19). Paulo classifica a ressurreição de mistério; algo que não havia sido revelado nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora é-nos descoberto: 'Eis aqui vos digo um mistério' (1 Co 15.51-54). Tal como o corpo de Jesus, o corpo ressurreto, do qual Ele é a vida animadora, não será nem este corpo mortal que hoje possuímos, nem o espírito desencarnado, mas um corpo espiritual. Um corpo real e espiritual".
(MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas. RJ: CPAD, 1995, pp.175-6.)
Receberemos do Senhor um corpo glorioso. A lei da gravidade não é mais forte do que nosso novo tabernáculo. Subiremos às nuvens para nos encontrar com o Senhor. Tudo o mais ficará preso à temporalidade e a gravidade deste mundo. Mas os salvos, juntos do Senhor, descansarão de sua militância; de nossas agruras terrenas não nos lembraremos mais (2 Co 5.1,2). Tudo será passado, e a única coisa importante será a eternidade que passaremos com o Senhor. Nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade. Nossos corpos naturais revestir-se-ão de espiritualidade. Não sentiremos mais cansaços físicos, pois nossos novos corpos não se enfadam. Não sofreremos mais as longas primaveras da vida, pois seremos revestidos de glória, jamais envelheceremos. O "mortal", diz Paulo, será "absorvido pela vida" (2 Co 5.1-4).
Maranata!
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)