Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

4º Trimestre de 2010

 

Título: O Poder e o Ministério da Oração — O relacionamento do cristão com Deus

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 12: Quando o crente não ora

Data: 19 de Dezembro de 2010

 

TEXTO ÁUREO

 

Então, aqueles homens israelitas tomaram da sua provisão e não pediram conselho à boca do SENHOR(Js 9.14).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A falta de oração na vicia dos crentes leva-os a decisões precipitadas.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Jn 2.1,2

O crente deve orar na angústia

 

 

Terça - Jn 2.9,10

O crente que ora, Deus responde

 

 

Quarta - Mt 10.16

O crente que não ora, não é prudente

 

 

Quinta - 1 Pe 4.7

O crente que ora é sóbrio e vigilante

 

 

Sexta - Js 9.14,15

O crente que não ora, se precipita

 

 

Sábado - Pv 12.15

O crente que não ora, não ouve conselhos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Jonas 1.1-5,11,12,15.

 

1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:

2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.

3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.

4 - Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.

5 - Então, temeram os marinheiros, e clamava cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, desceu aos lugares do porão, e se deitou, e dormia um profundo sono.

11 - E disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se acalme? Por que o mar se elevava e engrossava cada vez mais.

12 - E ele lhes disse: Levantai-me e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade.

15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.

 

INTERAÇÃO

 

Prezado professor, na lição de hoje veremos que além de orar, o crente precisa buscar a direção de Deus e cumprir a sua vontade. Muitos oram, mas não obedecem ao Pai. Jonas era um porta-voz de Deus. Ele tinha uma vida de comunhão com o Senhor, porém quando recebeu de Deus uma difícil tarefa, recuou e procurou fazer a sua própria vontade. O que Deus quer que você, professor, faça em sua classe? Não recue! Tenha coragem, cumpra a missão que lhe foi determinada pelo Senhor!

 

OBJETIVOS

 

  • Compreender que precisamos orar e obedecer a Deus.
  • Saber que quando o crente deixa de buscar a direção de Deus ele prejudica a si próprio e aos que o rodeiam.
  • Conscientizar-se de que através da oração e do estudo da Palavra o crente é dirigido por Deus.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, converse com seus alunos sobre conhecer a vontade do Pai mediante a oração. Explique que não basta conhecera vontade de Deus, é preciso executá-la com alegria. Depois, escreva no quadro-de-giz as frases abaixo e discuta com os alunos a respeito do crente que não ora:

 

O crente que não ora:

       Não cresce espiritualmente (Os 6.3).

       Deus não está em primeiro lugar em sua vida (Mt 6.33).

       Não é submisso ao Senhor (Rm 8.28).

       Não reconhece a Deus em todos os seus caminhos (Pv 3.6).

       Não aprende a confiar no Senhor (Sl 118.8).

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Obediência: Submissão à vontade divina, dependência.

 

Os benefícios de uma vida de oração são, de algum modo, conhecidos pela maioria dos crentes. Em geral, quando se estuda sobre oração, esses benefícios são destacados. É necessário que o cristão esteja ciente dos efeitos adversos na vida de quem é relapso nessa área. Há bênçãos divinas para os que se propõem a orar com regularidade e afinco; há também consequências desastrosas para aqueles que são negligentes nessa prática.

 

I. QUANDO O HOMEM ORA, MAS NÃO OBEDECE

 

1. Jonas desobedece a Deus. Jonas é um exemplo do crente que não quer fazer a vontade Deus. É de se esperar que um homem chamado por Deus dependa exclusivamente dEle para realizar o trabalho proposto. Todavia, como Jonas, muitos decidem por si mesmos o que fazer e o modo como fazer. Esquecem-se de buscar a direção do Senhor que os chamou, pois querem seguir a sua própria vontade.

2. Jonas foge da presença de Deus. Jonas tinha comunhão com Deus, conhecia a vontade do Senhor e sabia exatamente o lugar para o qual Deus o tinha chamado. Todavia, decidiu, por conta própria, ir para outro lugar, longe da presença do Senhor (Jn 1.3). A desobediência de Jonas quase causou a morte de todos no navio.

Através desse episódio, aprendemos que a nossa desobediência pode trazer prejuízos àqueles que estão próximos de nós. Ouça e obedeça à voz de Deus!

3. Jonas é jogado ao mar. Jonas estava consciente da sua desobediência. Ele sabia que a tempestade era por sua causa, por isso, não hesitou em dizer: “lançai-me ao mar”. Jonas tentava fugir da presença de Deus (Jn 1.12). Se não fosse a intervenção milagrosa do Senhor, ele teria perecido. Dentro da barriga do grande peixe, Jonas clamou a Deus. O Senhor que é grande em misericórdia, e está sempre disposto a perdoar, ouviu sua oração (Jn 2.1-9). Jonas teve de ir parar no ventre de um grande peixe para aprender a respeito da obediência. Pare um instante e reflita: O que é necessário acontecer em sua vida para que você se disponha a obedecer a Deus e ter uma vida de oração? Não seja como Jonas!

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A desobediência a Deus pode trazer prejuízos a nós e àqueles que estão próximos.

 

 

II. DEIXANDO DE BUSCAR A DIREÇÃO DE DEUS

 

1. Josué. Quando o povo de Israel estava se estabelecendo na terra que o Senhor havia prometido a seus pais, os moradores de Gibeão, com astúcia, vieram até Josué para fazer um acordo de paz (Js 9.1-15). Josué e os líderes do povo cometeram um grave erro: não buscaram o conselho de Deus (v.14). Assim, sem orar e buscar a direção divina, fizeram um concerto com os gibeonitas. Essa decisão imprudente trouxe os cananeus para dentro de Israel. Além disso, o povo de Deus precisou entrar em guerra para honrar o pacto que havia feito fora da direção do Senhor, a fim de proteger aqueles que os haviam enganado (Js 10.6-11).

2. Davi. Davi foi um homem que procurou viver em comunhão com o Senhor. Mas ele também teve seus deslizes, e por vezes, esta comunhão foi interrompida. Certa ocasião, Davi não consultou ao Senhor quando resolveu fazer um censo (2 Sm 24.1-25). Talvez o rei quisesse orgulhar-se do seu poderio militar. Todavia, quando o censo terminou, Davi sentiu-se mal e declarou: “Muito pequei no que fiz” (v.10). Davi caiu em si. Então, clamou ao Senhor pedindo-lhe seu perdão. Quando um homem não busca a direção de Deus, coloca-se em situações bastante desagradáveis e perigosas causando prejuízo a outras pessoas. A atitude errada de Davi fez com que setenta mil homens perdessem a vida (v.15).

3. Sara. Deus havia prometido um filho para Abraão e Sara (Gn 15.4). Tendo aguardado a promessa por muito tempo, Sara foi vencida pela impaciência. Ela quis agir por conta própria, tentando passar à frente de Deus. Sara não orou buscando a direção de Deus ao prover um filho para Abraão através de Agar, sua serva. A precipitação de Sara causou-lhe uma série de problemas (Gn 16.5).

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O crente que não busca a direção de Deus toma decisões precipitadas; prejudica a si mesmo e aos que estão próximos.

 

 

III. BUSCANDO CONSELHOS EM OUTRO LUGAR

 

1. Acazias. O reinado de Acazias sobre Israel foi caracterizado pela iniquidade. Ele abertamente desprezou o Deus de Davi, servindo a Baal-Zebube. Acazias após cair do alto de sua casa em Samaria ficou doente e recorreu a Baal-Zebube, a quem mandou perguntar se sararia de sua doença (2 Rs 1.2). Um homem que se afasta dos caminhos do Senhor chega a extremos inimagináveis, a ponto de consultar um deus sem condições de salvar ou de responder (Sl 115.4-8). Por intermédio do profeta Elias, Deus perguntou, a Acazias: “Porventura, não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?” (2 Rs 1.6). Acazias não temia ao Senhor e morreu em consequência da sua enfermidade.

2. Saul. Após a morte de Samuel, quando os filisteus se reuniram para uma batalha contra Israel, Saul resolveu consultar uma pitonisa, uma adivinha, que entrava em contato com espíritos demoníacos, para saber se deveria ou não entrar na guerra (1 Sm 28.7,8). Mais uma vez, pode-se depreender o profundo abismo no qual o homem sem Deus cai, de modo que aceita buscar conselhos em qualquer lugar, inclusive de agentes do inferno. Horóscopos, espiritismo, adivinhações, isso tudo é condenado pela Palavra de Deus (Dt 18.9-12; Lv 19.26,31; 20.6). Através da oração e do estudo da Bíblia, o crente é dirigido por Deus, não necessitando de nenhum outro subterfúgio para encontrar o caminho a seguir.

3. Roboão. Depois da morte de Salomão, Roboão tornou-se rei. Ele não procurou seguir o exemplo de seu pai, que pediu a Deus sabedoria para governar. Roboão, além de não orar e de não buscar os conselhos divinos, preferiu seguir os conselhos insensatos de seus amigos (1 Rs 12.8).

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Através da oração e do estudo da Palavra o crente é dirigido por Deus.

 

 

CONCLUSÃO

 

A falta da oração e da busca constante pela vontade de Deus levam o homem a uma vida que prejudica a si próprio e aos que o rodeiam, principalmente se este homem é um líder. Que o Senhor, em sua infinita misericórdia, nos dê forças espirituais para estar sempre aos seus pés, em oração, buscando sua direção para nossa vida e para o desenvolvimento do trabalho que Ele colocou em nossas mãos. Ele está sempre disposto a ouvir e atender àquele que o busca de coração (Jr 29.13).

 

VOCABULÁRIO

 

Relapso: que não cumpre com seus deveres.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. RJ: CPAD, 2006.

 

EXERCÍCIOS

 

1. O que podemos aprender através da desobediência do profeta Jonas?

R. Que a nossa desobediência pode trazer prejuízos aqueles que estão próximos de nós.

 

2. Qual foi o resultado da atitude impensada de Davi ao realizar o censo?

R. A morte de setenta mil homens.

 

3. Cite três exemplos, de acordo com a lição, de homens que buscaram conselhos, mas não de Deus.

R. Acazias, Saul e Reboão.

 

4. Após a morte de Samuel, onde Saul buscou a direção para o seu governo?

R. Saul buscou direção por intermédio de uma adivinha.

 

5. Mencione os meios petos quais o homem pode buscar a direção de Deus.

R. Oração e leitura da Palavra.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Bibliológico

 

A Resposta de Jonas a Deus

“Apesar da desobediência e presunção, o próprio Jonas experimentara a libertação misericordiosa de Deus e recebera uma segunda chance. Quando comissionado por Deus para ir a Nínive, Jonas fugiu na direção oposta. Quando lançado ao mar furioso e engolido por um peixe, ele teve a audácia de presumir que estava livre. Em lugar de oferecer um clamor penitencial e humilde por libertação, ele agradeceu ao Senhor porte-lo libertado (Jn 2.1-9). Mas Deus perseverou e comissionou novamente o profeta (Jn 2.10 — 3.2). O livro termina com um Deus gracioso ainda tentando persuadir Jonas a pensar corretamente na sua misericórdia (Jn 4.9-11).

Embora Jonas, como Israel, fosse recebedor da misericórdia de Deus, o profeta negou a mesma misericórdia para o mundo gentio. Ironicamente, estes pagãos a quem Jonas detestava por serem idolatras (Jn 2.8), mostrou mais sensibilidade espiritual do que o profeta. Jonas reivindicou ‘temer ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca’ (Jn 1.9). Mas suas ações contradisseram o seu credo. Enquanto Jonas tentou fugir do Criador do mar através do mar, os pagãos expressaram que temiam genuinamente ao Senhor por meio de sacrifícios e orações (Jn 1.16). Em contraste com Jonas que desobedeceu à palavra revelada de Deus e prevaleceu-se da misericórdia divina, os ninivitas responderam imediata e positivamente à palavra de Deus e humildemente se lançaram aos pés do Deus soberano (Jn 3.4-9)”.

(ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp. 467-8)