Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

1º Trimestre de 2010

 

Título: 2 Coríntios - “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas”

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

Lição 13: Solenes advertências pastorais

Data: 28 de Março de 2010

 

TEXTO ÁUREO

 

Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos(2 Co 13.5a).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Uma das responsabilidades pastorais é disciplinar a igreja com amor, a fim de que esta desenvolva-se espiritualmente sadia.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Rm 12.16

“Sede unânimes”

 

 

Terça - Rm 15.1

Suportai as fraquezas dos fracos

 

 

Quarta - Fp 2.3

“Nada façais por contenda”

 

 

Quinta - Fp 4.4

“Regozijai-vos, sempre, no Senhor”

 

 

Sexta - Cl 3.1

“Buscai as coisas que são de cima”

 

 

Sábado - Cl 4.6

“A vossa palavra seja sempre agradável”

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

2 Coríntios 12.19-21; 13.5,8-11.

 

2 Coríntios 12

19 - Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.

20 - Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis, e que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos;

21 - que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram.

 

2 Coríntios 13

5 - Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.

8 - Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.

9 - Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.

10 - Portanto, escrevo essas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação e não para destruição.

11 - Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.

 

INTERAÇÃO

 

Professor, chegamos ao final de mais um trimestre. A conclusão de uma etapa é sempre um bom momento para se fazer uma avaliação. Paulo, ao concluir a Segunda Epístola aos Coríntios também convida os crentes para uma auto-avaliação: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos” (13.5). O apóstolo exorta a todos para que façam exames espirituais periódicos a fim de ver se ainda estavam na fé. Havia na igreja um grupo que exigia “provas” de que Cristo falava por Paulo (2.13.3), agora é Paulo quem exige que eles se examinem e provem se estão vivendo mediante a fé em Cristo Jesus. Que você possa seguir triunfante o caminho da fé e conduzir seus alunos neste caminho, que levará até o Céu.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Refletir a respeito da firmeza e determinação do apóstolo Paulo.
  • Compreender que o objetivo da disciplina na igreja é edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.
  • Saber que o amor fraternal deve prevalecer na vida do cristão autêntico.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Para a finalização do trimestre, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o ao concluir a lição. Mostre aos seus alunos os principais temas encontrados na segunda epístola aos Coríntios. Conclua perguntando à classe o que aprenderam de mais significativo durante o trimestre e que gostariam de relatar à turma.

 

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Advertência: Ato de admoestar, aviso, conselho.

 

Nos capítulos finais desta segunda epístola, Paulo conclui a defesa de sua autoridade apostólica com uma série de advertências à igreja de Corinto e a prepara para a sua terceira visita pastoral. Na primeira visitação, ele a estabeleceu; na segunda, teve uma experiência dolorosa (2.1; 7.12). Agora, porém, apronta-a para uma visita conciliadora e, ao mesmo tempo, disciplinar (13.1,2). Sua responsabilidade pastoral era muito grande, por isso, esforçava-se para solucionar as dúvidas e consolidar a fé dos santos que viviam em Corinto.

 

I. PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)

 

1. Defender seu apostolado em Cristo (v.19). Paulo, mais uma vez, deixa claro que sua intenção não é se justificar diante de seus acusadores, mas defender seu ministério perante o Senhor que havia lhe chamado. Sua defesa, portanto, tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu Juiz, e sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para pregar e representá-Lo na terra.

2. O temor de Paulo em relação à igreja de corinto (v.20). O apóstolo afirma aos coríntios: “Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria” (v.20). A expressão indica sua preocupação com a igreja, pois alguns crentes achavam-se em falta diante da congregação e diante de Deus. Como poderia ele, sendo apóstolo e líder espiritual daquele rebanho, deixar as ovelhas sem a ministração da Palavra de Deus? Por que ele deixaria de usar sua autoridade apostólica em Cristo? Paulo estava ciente de que não podia, como pastor, deixar de tratar os pecados que haviam comprometido a qualidade espiritual daquele rebanho.

Portanto, ele toma atitudes disciplinares severas com relação aos seus membros, a fim de que por ocasião de seu retorno à igreja não encontrasse os mesmos problemas.

3. A situação da igreja de Corinto (vv.20,21). Os pecados que destruíam os alicerces dos coríntios tinham de ser eliminados: pendências judiciais, invejas, iras, porfias, difamações, mexericos, orgulhos, tumultos, imundícia, prostituição e desonestidade. Tudo isso evidenciava o quê? Eles ainda não estavam andando plenamente no Espírito.

Lendo a lista acima, nem parece tratar-se de uma igreja com tantos dons. Contudo, isso significa que a espiritualidade de uma igreja não pode ser avaliada pela quantidade de dons, mas pelo seu caráter e amor a Deus e ao próximo. Tais pecados estavam corrompendo os bons costumes, anulando a ética cristã e promovendo dissensões e divisões entre os santos. A disciplina de Paulo parece dura, no entanto, é amorosa, uma vez que ele menciona sua tristeza e frustração por aqueles que, porventura, não se arrependessem (v.21).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A defesa de Paulo tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu Juiz, e que a sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para falar e representá-lo na terra.

 

II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO (12.21; 13.2-4)

 

1. Promover a paz e o arrependimento dos pecadores (vv.12.21; 13.2). Paulo deseja fortalecer a fé e desenvolver o amadurecimento espiritual da igreja de Corinto. Para levar os pecadores ao arrependimento, teria de ser rigoroso em sua repreensão. Os problemas de ordem moral exigiam uma postura firme do apóstolo. Caso contrário, as ações diabólicas para destruir a igreja não seriam neutralizadas.

2. Afirmar o caráter cristão de seu apostolado (13.2,3). Considerando que seu apostolado tinha sido concedido pelo Senhor Jesus e que este era seu modelo de líder-servidor, nada mais coerente do que a postura rígida de Paulo contra os pecadores impenitentes. Assim como o Senhor Jesus agia com esses (Mt 23.13-33), o apóstolo também deveria agir, a fim de que os crentes em Corinto pudessem constatar o poder de Cristo em seu ministério.

A Bíblia afirma que o Senhor disciplina aos seus amados filhos, portanto, a correção dos pecados daquela igreja pelo apóstolo revelava o amor que ele, em Cristo, nutria por aqueles crentes.

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Os problemas de ordem moral exigiam uma postura firme. Caso contrário, as ações diabólicas para destruir a igreja não seriam neutralizadas.

 

III. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS (vv.5-11)

 

1. Paulo encerra sua carta com uma advertência (13.5). O apóstolo recomenda aos crentes que examinem-se e provem-se, a fim de verificarem se Jesus Cristo, de fato, habita neles.

Até o momento Paulo vinha defendendo seu ministério e sua fé, no entanto, agora, ele resolve testar os cristãos daquela igreja ao admoestá-los que realizem um autoexame. Ora, se Cristo verdadeiramente habita neles, não correm o risco de serem reprovados (v.5). Essa certeza é alimentada pela presença imanente de Cristo em suas vidas. Se não estão reprovados perante o Senhor, não há o que se duvidar da autenticidade do ministério apostólico de Paulo.

Paulo sabe que os fiéis não temerão uma autoavaliação e espera que, assim como reconheceram sua fé em Cristo, sejam capazes de reconhecer o relacionamento sincero e fiel dele com Cristo.

2. Paulo encerra sua carta com um desejo (13.7-9). Ele deseja que aqueles cristãos sejam aprovados nessa autoavaliação. Nesses versículos, o apóstolo demonstra que não pensava em sua própria aprovação, mas no bem estar espiritual da igreja. O desejo sincero de Paulo é evidente: “e o que desejamos é a vossa perfeição” (v.9).

3. Últimas recomendações (13.11). Parece contraditório regozijar-se após tantas advertências, mas eles deveriam estar felizes por serem disciplinados, porque isso revelava o amor de Deus Pai (Hb 5-11).

Paulo também recomenda que os coríntios busquem a maturidade cristã, a fim de que não sejam enganados por falsos mestres.

A expressão “sede consolados” quer dizer “sede encorajados”. O apóstolo desejava que sua carta servisse de motivação para a mudança de comportamento dos crentes daquela igreja. Por último, ele admoesta-os a serem de um mesmo parecer e a viverem em paz. Isto é, todos deveriam estar comprometidos com a verdade do Evangelho e unidos em prol da manutenção desse compromisso.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

A disciplina deve ter sempre, como objetivo, edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.

 

CONCLUSÃO

 

Após tantas defesas, advertências e recomendações severas, Paulo encerra sua carta usando um tom mais ameno e suave. O apóstolo enfatiza a síntese do evangelho mediante a gloriosa bênção trinitariana: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos” (2 Co 13.13). Que esta segunda carta aos coríntios possa produzir em cada crente uma reflexão a respeito de seu ministério, a fim de que possamos declarar como Paulo: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas” (2 Co 12.15).

 

VOCABULÁRIO

 

Sem ocorrências

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1.ed. RJ: CPAD, 2003.
HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2008.

 

EXERCÍCIOS

 

1. De acordo com a lição, como Paulo defende seu apostolado?

R. Paulo defende seu apostolado afirmando que o fazia “em Cristo e diante de Deus” (v.19).

 

2. De acordo com o tópico II da lição, qual era o objetivo da defesa de Paulo?

R. Paulo tinha como propósito fortalecer a fé e aumentar o proveito espiritual da igreja em Corinto.

 

3. Qual era a situação de Corinto?

R. A igreja de Corinto estava cheia de pecados, tais como: invejas, porfias, orgulhos, prostituição.

 

4. Com que advertência Paulo conclui sua carta?

R. Paulo recomenda aos crentes que examinem-se e provem-se, a fim de verificarem se Jesus Cristo habita neles.

 

5. Mencione as últimas recomendações de Paulo à igreja.

R. Regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de paz será convosco.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Doutrinário

 

“A Bênção Apostólica

1. Ele apresenta diversas exortações úteis. (1) Que fossem perfeitos ou estivessem unidos em amor, o que serviria grandemente para a vantagem deles como igreja ou sociedade cristã. (2) Que fossem consolados diante de todo sofrimento e perseguição que pudessem enfrentar por amor a Cristo, ou qualquer calamidade e desapontamento que pudessem encontrar neste mundo. (3) Que fossem de um mesmo parecer, o que ajudaria grandemente em relação ao consolo deles. Quanto mais afáveis formos com nossos irmãos maior será a tanquilidade em nossa alma. O apóstolo queria que dentro do possível tivessem a mesma opinião e parecer. No entanto, se isso não pudesse ser alcançado: (4) Ele os exortava a viverem em paz. A diferença de opinião deveria causar uma alienação de sentimentos - que vivessem em paz entre eles. Ele desejava que todas as divisões entre eles sejam curadas, que não haja mais contendas e iras entre eles e que evitem pendências, invejas, detrações, mexericos e outros inimigos da paz”.

(HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, pp.543-44)

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

 

Subsídio Teológico

 

“A Bênção Apostólica

Uma despedida. Ele transmite um adeus e se despede deles naquele momento, com calorosos votos em relação ao bem-estar deles. Para isso:

Ele apresenta diversas exortações úteis. (1) Que fossem perfeitos ou estivessem unidos em amor, o que serviria grandemente para a vantagem deles como igreja ou sociedade cristã. (2) Que fossem consolados diante de todo sofrimento e perseguição que pudessem enfrentar por amor a Cristo, ou qualquer calamidade e desapontamento que pudessem encontrar neste mundo. (3) Que fossem de um mesmo parecer, o que ajudaria grandemente em relação ao consolo deles. Quanto mais afáveis formos com nossos irmãos maior será a tanquilidade em nossa alma. O apóstolo queria que dentro do possível tivessem a mesma opinião e parecer. No entanto, se isso não pudesse ser alcançado: (4) Ele os exortava a viverem em paz. A diferença de opinião deveria causar uma alienação de sentimentos - que vivessem em paz entre eles. Ele desejava que todas as divisões entre eles sejam curadas, que não haja mais contendas e iras entre eles e que evitem pendências, invejas, detrações, mexericos e outros inimigos da paz.

Ele os anima com a promessa da presença de Deus entre eles: ‘... o Deus de amor e de paz será convosco’ (v. 11). Deus estará com aqueles que vivem em amor e paz.

Ele dá orientações para saudarem-se mutuamente e envia calorosas saudações daqueles que estavam com ele (v. 12). Ele deseja que testifiquem do amor de uns pelos outros pelo rito sagrado de um beijo de caridade, que era usado na época, mas que há muito deixou de ser costume, para evitar toda ocasião de libertinagem e impureza, no estado mais degenerado e decadente da igreja”.

(HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, pp.543,544)

 

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)