Título: As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 10: O governo do Anticristo
Data: 3 de Junho de 2012
“Filhinhos, e já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18).
O espírito do Anticristo já opera no mundo. Portanto, combatamo-lo com a Palavra de Deus e com a divulgação do Evangelho de Cristo até aos confins da terra.
45, 225, 566.
Segunda — 1Jo 2.18
A vinda do Anticristo
Terça — Ap 14.8
Babilônia: a sede do governo anticristão
Quarta — Ap 11.8
Jerusalém: a sede religiosa do Anticristo
Quinta — Ap 13.3,4,14,15
Os dois grandes sinais do Anticristo
Sexta — Ap 20.4
Os mártires do Anticristo
Sábado — Ap 19.19-21
A destruição do Anticristo
Apocalipse 13.1-9.
1 — E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.
2 — E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
3 — E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
4 — E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
5 — E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.
6 — E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
7 — E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação.
8 — E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
9 — Se alguém tem ouvidos, ouça.
Em Apocalipse 13, a Palavra de Deus apresenta-nos uma tríade do mal: O Dragão (o Diabo), a Besta que emerge do mar (o Anticristo) e a que emerge da terra (o Falso Profeta). O Apocalipse nos mostra que o Anticristo e o Falso Profeta são agentes utilizados pelo Diabo para estabelecer um falso governo de paz e, desde o início da era mundial, executar seu plano para destruir a humanidade. As Escrituras descrevem algumas características singulares para a realidade desse tempo, os últimos dias: Apostasia (2Ts 2.3,7); Grande Tribulação (Mt 24.29,30); e Revelação do Homem do Pecado (Dn 7.24,25; 2Ts 2.3,8,9).
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Prezado professor, use o esquema abaixo para explicar o terceiro tópico da presente lição. Mostre aos alunos que o governo do Anticristo se dará através de uma tríade apresentada no capítulo treze do livro de Apocalipse. Diga-lhes que tal período (A Grande Tribulação) será o mais assombroso da história humana. Apesar de a Grande Tribulação iniciar numa pretensa paz, iminentemente a humanidade será enlevada por uma repentina destruição (1Ts 5.3).
A TRÍADE MALIGNA
O Dragão
“Um gigantesco dragão de muitas cabeças e muitos chifres. Este dragão é identificado, no versículo 10 [Cap. 12], como Satanás. Assim como o cavalo vermelho, em 6.3, significa sangue e morte, também o vermelho deste dragão é uma referência ao fato de Satanás ser um assassino desde o princípio (Jo 8.44)” (Horton, pp.160,61).
O Anticristo
“Apesar de João não usar o nome ‘Anticristo’, o grego anti primariamente significa ‘em vez de’. Ele buscará ser o substituto daquele que foi Deus ungido. Noutras palavras o Anticristo não admitirá ser o Anticristo. Clamará ser o Cristo real, o fidedigno cumprimento das profecias que apontam para o rei que está vindo para implantar o seu reino” (Horton, p.172).
O Falso Profeta
“[…] O Falso profeta estará a frente da igreja apóstata durante a primeira parte da Grande Tribulação (os verdadeiros crentes já terão sido arrebatados para o encontro com o Senhor Jesus nos ares). Assim, o Falso Profeta tornar-se-á o líder do sistema religioso mundial que o Anticristo estabelecerá na última parte da Grande tribulação […]” (Horton, p.181).
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Governo: Capacidade ou possibilidade de exercer controle sobre um povo.
Se lermos atentamente os jornais, concluiremos que o cenário já está montado para a ascensão de um governo único no mundo. O que era apenas ensaio há três décadas, já começa a ser encenado no Ocidente com os aplausos do Oriente.
As nações, fustigadas pela globalização, suspiram por um líder com poderes ilimitados, a fim de reordená-las econômica e politicamente. É o que se depreende dos discursos proferidos nos organismos internacionais. O caos parece iminente.
Abramos, agora, a Bíblia. As profecias mostram-nos como fato o que parecia ficção: o guia mundial, a quem a Palavra de Deus denomina de Anticristo, está mais próximo do que supomos. Ele aguarda apenas o momento apropriado, para assumir o controle absoluto da terra sob a proteção de Satanás.
Igreja do Senhor, preparemo-nos para a volta de Jesus!
I. QUEM É O ANTICRISTO
A Bíblia apresenta o Anticristo como um personagem real. Não é lenda nem ficção literária.
1. Definição etimológica. De origem grega, a palavra Anticristo significa, etimologicamente, aquele que se levanta contra Cristo, colocando-se em seu lugar (1Jo 2.22).
2. Definição teológica. O Anticristo é o representante máximo de Satanás. É a sua mais perfeita representação (1Jo 2.18). Trata-se de um homem que, aliciado pelo Diabo, colocar-se-á à sua inteira disposição, com o intuito de governar o planeta em seu nome.
Ele é conhecido também como a “besta que sobe do mar” e o “homem da iniquidade” (Ap 13.1; 2Ts 2.3). Daniel no-lo mostra como o “assolador” (Dn 9.27).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O Anticristo, segundo as Escrituras, é um personagem real e não uma ficção.
II. O APARECIMENTO DO ANTICRISTO
1. Tempo. O Anticristo manifestar-se-á logo após o arrebatamento da Igreja. A sua chegada coincidirá com a Septuagésima Semana de Daniel (Dn 9.27). E o seu governo terá a duração de três anos e meio (Ap 13.5). Após esse período, enfrentará a ira do Cordeiro: a Grande Tribulação.
2. Lugar. A sede política de seu governo será a cidade que, no Apocalipse, chama-se Babilônia (Ap 14.8). A hermenêutica profética permite-nos identificá-la com a metrópole que, no passado, sediou o Império Romano. Quando este reedificar-se, o Anticristo haverá de tomar a cidade de Roma como sede administrativa.
Sua capital religiosa será Jerusalém que, espiritualmente, recebe do Evangelista os cognomes de Sodoma e Egito (Ap 11.8). Por ocasião da Septuagésima Semana de Daniel, o Santo Templo já estará reconstruído. E nele assentar-se-á o Anticristo como se fora Deus, reivindicando uma adoração que cabe apenas a Deus (Dn 9.27; Mt 24.15; 2Ts 2.4).
De Roma e de Jerusalém, a Besta que sobe do mar governará o mundo todo por quarenta e dois meses (Ap 13.5). Nessa empreitada, será sustentado pelo Dragão e pelo Falso Profeta.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo haverá de se manifestar ao mundo. Suas sedes política e religiosa serão a Babilônia (Roma) e Jerusalém, respectivamente.
III. O SUSTENTO DO GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo contará com o suporte de dois tenebrosos personagens: um espiritual: o Dragão; e o outro humano: o Falso Profeta.
1. O Dragão. O Dragão é identificado no Apocalipse como a Antiga Serpente (Ap 12.9). Conhecido também como Diabo e Satanás, foi o responsável pela primeira apostasia da humanidade, ao induzir Adão e Eva ao pecado (Gn 3.1-7). Nos últimos dias, seduzirá a raça humana a cometer a segunda grande apostasia da história: adorá-lo como deus na pessoa do Anticristo.
Os historiadores futuros certamente verão essa última rebelião da família adâmica como a Queda das quedas e a Apostasia das apostasias.
2. O Falso Profeta. Embora não passe de um embuste, o Falso Profeta será convincente e irresistível. Seus milagres e prodígios serão de tal forma grandiosos que até fogo fará descer do céu (2Ts 2.9; Ap 13.13). O apóstolo Paulo chama seus milagres de mentirosos. Ele realizará dois grandes sinais. O primeiro será uma falsa ressurreição: fará com que o Anticristo, dado como morto num possível atentado, volte à vida (Ap 13.3). Diante do acontecido, a humanidade exclamará: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (Ap 13.4).
Se o primeiro sinal causou admiração e espanto, o que não diremos do segundo? Ele ordenará aos que habitam na terra que ergam uma imagem à besta que sobrevivera à ferida mortal. Em seguida, dará vida à estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15). Com esses prodígios, convencerá todos a aceitarem a plataforma de governo do Anticristo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O Dragão e o Falso Profeta sustentarão o governo do Anticristo.
IV. A PLATAFORMA DE GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo usará de todos os artifícios, quer naturais quer sobrenaturais, visando:
1. A promoção da mentira. Representante do pai da mentira, o Anticristo terá por objetivo apagar toda a verdade que Deus imprimiu na Bíblia, na consciência humana e na história. Somente assim, conseguirá aprisionar a humanidade (2Ts 2.11). Ele já começou o seu trabalho relativizando a verdade, inclusive a teológica.
2. A promoção do pecado. O Anticristo é conhecido também como o “homem do pecado” (2Ts 2.3). Hoje ele promove o homossexualismo, o aborto e a eutanásia, como se tais pecados e iniquidades fossem virtudes teológicas. Amanhã, quando assumir o governo do mundo, promoverá o genocídio dos que não lhe aceitarem o sinal, e não haverá ninguém para levantar a voz contra esse crime (Ap 20.4).
3. A promoção do culto a Satanás. Durante o seu governo, constrangerá a humanidade a adorar o Dragão e seus demônios (Ap 9.20). A fim de que a idolatria, em seu mais alto grau, espalhe-se por toda a terra, o Anticristo levantar-se-á contra Deus e contra os que o adoram (2Ts 2.4).
4. A promoção de uma economia única. O Anticristo sabe que, somente controlando a economia do mundo, conseguirá subjugar a política internacional. Por isso, instituirá um código, conhecido como a marca da besta, para que sem o seu número ninguém possa comprar ou vender (Ap 13.16-18). Com a globalização da economia, os governos caminham nesse sentido, não pressentindo o que os espera num futuro bem próximo.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
As características do governo do Anticristo serão: a mentira, o pecado, a idolatria e a economia única.
CONCLUSÃO
Quando o Anticristo proclamar já ter alcançado todos os seus objetivos, o Dia do Senhor virá e ele sofrerá repentina destruição (1Ts 5.3). Isso acontecerá após o seu quadragésimo segundo mês de governo (Ap 13.5).
O que a Bíblia chama de Grande Tribulação abater-se-á sobre o reinado do Anticristo, levando-o à completa ruína. É a ira do Cordeiro sobre o império do mal (Ap 6.16).
Jesus Cristo destruirá o império do Anticristo, para implantar o Reino de Deus em sua plenitude: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).
Aura Mística: O conjunto de elementos sutis que caracterizam a
crença em entes sobrenaturais; misticismo.
Embuste: Mentira ardilosa.
Etimológica: Relativo a etimologia; estudo da origem e evolução
das palavras.
HORTON, S. M. Apocalipse:
As caisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD,
2001.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas:
Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
HORTON, S. M. (Ed). Teologia Sistemática:
Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2007.
1. Qual a definição etimológica da palavra Anticristo?
R. De origem grega, a palavra Anticristo significa aquele que se levanta contra Cristo.
2. Defina teologicamente a expressão Anticristo.
R. O Anticristo é o representante máximo de Satanás. É a sua mais perfeita representação (1Jo 2.18).
3. De acordo com Apocalipse 11.8, quais são os cognomes de Jerusalém?
R. Sodoma e Egito (Ap 11.8).
4. De acordo com a lição, como o Dragão é identificado no Apocalipse?
R. O Dragão é identificado no Apocalipse como a Antiga Serpente (Ap 12.9) e, também, é conhecido como Diabo e Satanás.
5. Quem destruirá o império do Anticristo?
R. Jesus Cristo.
Subsídio Teológico
“A Marca da Besta
Através da história, vem-se tentando identificar o Anticristo nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 616, para que se encaixasse com o nome de calígula. A igreja primitiva, unanimemente, rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de números do nome da besta. A única chave é esta: ‘é o número de um homem’. Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três para designar a Trindade. A tripla repetição — 666 — pode simplesmente significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2Ts 2.4; Ap 13.8)” (HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001, p.185).