Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: A verdadeira sabedoria se manifesta na prática
Data: 31 de Agosto de 2014
“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tg 3.13).
A verdadeira sabedoria não se manifesta na vida do crente através do discurso, mas das obras.
165, 225, 499.
Segunda - 2Cr 9.22
O rei mais sábio do mundo
Terça - Jó 28.28
Sabedoria e inteligência
Quarta - Sl 111.10; Pv 9.10
O princípio da sabedoria
Quinta - Dn 2.20,21
Deus é o dono da sabedoria
Sexta - Lc 2.52
Jesus cresceu em sabedoria
Sábado - Cl 4.5
Sabedoria para com “os de fora”
Tiago 3.13-18.
13 - Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
14 - Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
15 - Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
16 - Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
17 - Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
18 - Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
Na lição de hoje estudaremos a respeito das duas sabedorias apresentadas por Tiago — a que vem do alto e a terrena. O meio-irmão do Senhor dá início a este tema com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?” Atualmente vivemos na sociedade da informação, do conhecimento, mas seria este tipo de conhecimento a que Tiago se refere? Certamente que não. Tiago estava querendo mostrar que o verdadeiro sábio é reconhecido por suas obras, ações. Parece que os leitores do meio-irmão do Senhor estavam contaminados pelo orgulho do conhecimento. A altivez destes deu lugar à inveja amargurada, a ambição egoísta e a sentimentos facciosos. Que venhamos buscar a verdadeira sabedoria que nos ajuda a produzir frutos de justiça para Deus e que promove a unidade da Igreja.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Professor, providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Distribua as cópias e introduza a lição com a seguinte indagação: “Quem dentre vós é sábio e inteligente?”. Ouça os alunos com atenção. Em seguida explique que de acordo com os ensinos de Tiago, sábio é aquele que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de mansidão”. Após, utilize o quadro para mostrar o que é a verdadeira sabedoria e os benefícios que ela traz para nossas vidas e para a Igreja. Conclua mostrando os resultados nefastos da sabedoria diabólica para a igreja e para seus membros.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Sabedoria do Alto: Nesta lição, este tipo de sabedoria caracteriza-se pela capacidade de conviver de forma íntegra, ética e respeito para com todos.
Nessa lição aprenderemos que obter informação, ou conhecimento intelectual, não significa adquirir sabedoria. Algumas pessoas são bem inteligentes, mas ao mesmo tempo inaptas para relacionarem-se com outras pessoas. Hoje estudaremos a sabedoria como a habilidade de exercer uma ética correta com vistas a praticar o que é certo. Veremos a pessoa sábia como alguém que se mostra madura em todas as circunstâncias da vida, pois é no cotidiano que a sabedoria do crente deve se mostrar.
I. A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A NOSSA SABEDORIA É DIVINA OU DEMONÍACA (Tg 3.13-15)
1. Sabedoria não se mostra com discurso (v.13). Segundo as Escrituras, quem é sábio? De acordo com o que nos ensina Tiago, é aquela pessoa que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de mansidão”. Note que os conceitos de sabedoria, conforme expostos no texto, apenas podem ser provados pela prática. Quem se julga sábio e inteligente, para fazer jus aos termos, deve demonstrar sabedoria e habilidade na vida diária, tanto para com os de dentro da igreja, quanto para com os de fora.
2. Inveja e facção (v.14). Se para ocupar a posição de mestre a pessoa for motivada pela inveja, ou por um sentimento faccioso, de nada valerá o ensino por ela ministrado. O que Tiago apresenta na passagem em estudo não diz respeito ao conteúdo ministrado pelo mestre, mas à postura soberba e arrogante adotada por ele ao ministrá-lo. As informações podem até ser corretas e ortodoxas, mas a postura adotada pelo mestre lançará por terra, ou não, o discurso por ele proferido. O mestre, por vocação, compreende a sua posição de servo. Ele gosta de estar com as pessoas. Assim, naturalmente, ele ensinará o aluno com eficiência, mas principalmente, com o seu exemplo e respeito (Mt 23.1-39).
3. Sabedoria do alto e sabedoria diabólica (v.15). A fonte da verdadeira sabedoria é o temor ao Senhor (Sl 51.6; 111.10; Pv 9.10). Mediante a nossa reverência e confiança depositada no Altíssimo, o próprio Deus concede-nos sabedoria para vivermos. Mas não podemos nos esquecer da falsa sabedoria. Esta, afirma-nos Tiago, é “terrena”, “animal” e “diabólica”, pois não edifica, mas destrói; não une, mas divide; não é humilde, mas soberba. É na arena da prática que a nossa conduta pessoal demonstrará o tipo de sabedoria que obtemos — se do alto ou se terrena. Deus nos guarde da falsa e diabólica sabedoria!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A sabedoria do alto, divina, é evidenciada por nossas ações.
II. ONDE PREVALECEM A INVEJA E SENTIMENTO FACCIOSO, PREVALECE TAMBÉM O MAL (Tg 3.16)
1. A maldade do coração humano. “Quem quiser ser realmente o maior deve tornar-se o menor de todos, e aquele que desejar o lugar de governo tem de se apresentar como servo”. É o que ensina o Senhor Jesus nos Evangelhos (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45; Lc 22.24-27). Apesar de a vaidade e a ambição serem sentimentos que despertam desejos latentes no ser humano (Pv 17.20), os discípulos de Cristo não podem permitir que tais desejos os dominem.
2. A inveja e a facção instauram a desordem. Jesus de Nazaré sabia desde antemão que a vaidade dominaria o coração de muitos dos seus seguidores. Por isso Ele ensinava tal realidade nos Evangelhos. A Epístola de Tiago relata exatamente os problemas anteriormente abordados por Jesus. Nos dias do meio-irmão do Senhor, a “inveja” e o “espírito faccioso” assolavam as igrejas locais (Tg 3.16). Atualmente, muitos são os problemas dessa natureza em nossas igrejas. Injustiças e perseguições ocorrem em nossas comunidades até mesmo em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor nada tem com tais atitudes (Jr 23.30-40).
3. Obras perversas. Como é do conhecimento de cada salvo em Cristo, onde há “inveja” e “espírito faccioso”, o mal impera. Em um ambiente onde a perversidade e a malignidade estão presentes, muitas pessoas “adoecem” e até “morrem” espiritualmente (1Jo 3.15). Maldades contra o irmão, mentiras contra o próximo, mexericos e falatórios, enfim, são atitudes que as pessoas que passam a frequentar uma igreja local, naturalmente, esperam não encontrar. Tais problemas listados acima podem facilmente ser evitados (Rm 2.17-24). Depende apenas de cada um olhar para Jesus, depois para si mesmo e iniciar um processo de correção de suas imperfeições e más tendências. Agindo assim, o Senhor certamente dispensará sabedoria para o nosso bem viver (Tg 1.5-8).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Onde a sabedoria terrena e diabólica impera, há inveja, espírito faccioso, perturbação e toda obra maligna.
III. AS QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA (Tg 3.17,18)
1. Características da verdadeira sabedoria. O objetivo de Tiago em classificar as diferenças entre a sabedoria que vem do alto, e da terrena e demoníaca, é mostrar que ambas podem facilmente ser identificadas através da prática cotidiana. A primeira qualidade da “sabedoria que vem do alto”, ressaltada pelo líder de Jerusalém, é a pureza. O termo é um adjetivo grego, hagnós, que se refere àquilo que é “sagrado”, “casto” e “sem mancha”. A sabedoria que vem do alto é pura, não no sentido humano da palavra, mas algo que vem exclusivamente de Deus para nós.
2. Mais sete características. Após assegurar a primeira característica da sabedoria que procede de Deus, a pureza, Tiago elenca outras sete: paciência, moderação, conciliação, misericórdia, bons frutos, imparcialidade e verdade. Note que, de alguma forma, todas têm relação com o autodomínio, ou com o “domínio próprio” (Gl 5.22,23 — ARA). O Evangelho adverte-nos a ser mais humanos e parecidos com Jesus, ou seja, não autoritários, inflexíveis, coléricos, sem misericórdia, parciais com as pessoas e muito menos mentirosos. Isso porque tais más qualidades são provenientes da sabedoria demoníaca, animal e terrena (Gl 5.19-21). O Senhor nos chamou para o bem (Ef 2.10). Procuremos fazer o bem com amor e verdade (Gl 6.9).
3. O fruto da justiça (v.18). “Bem-aventurado quem tem fome e sede de justiça” (Mt 5.6). Já imaginou essa verdade compreendida e assumida por cada crente onde quer que este esteja? Já imaginou o tipo de mundo que teríamos se compreendêssemos as implicações reais dos termos “fome” e “sede de justiça”? Tiago diz que o fruto da justiça na vida do crente deve ser semeado na paz de Deus. Ele, porém, acrescenta que essa realidade é para os que, sabiamente, “exercitam a paz”. Em outras palavras, é preciso trabalhar pela paz. Seja sábio, semeie, portanto, o fruto da justiça e tenha paz!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A sabedoria que vem do alto é pura, moderada, misericordiosa, imparcial e repleta de bons frutos e obras de justiça.
CONCLUSÃO
A nossa conduta pessoal demonstrará se temos a “sabedoria do alto”, que é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia, de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia; ou se somos portadores da terrena, animal e diabólica, que produz inveja, espírito faccioso, perturbação e obras perversas. Qual o tipo de sabedoria está presente em sua vida? Fomos chamados a não tomar a forma deste presente século, mas para isso precisamos da sabedoria do alto. Só assim produziremos frutos que se coadunam com a sabedoria que vem do alto. Busque a verdadeira sabedoria no Senhor com fé e você será um testemunho vivo do poder de Deus!
RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição.
RJ, CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª
Edição. RJ, CPAD, 2009.
1. Segundo as Escrituras, quem é sábio?
R. De acordo com o que nos ensina Tiago, é aquela pessoa que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de mansidão”.
2. Qual é a fonte da verdadeira sabedoria?
R. O temor ao Senhor.
3. O que impera onde há “inveja” e “espírito faccioso”?
R. O mal.
4. Qual é a primeira qualidade da “sabedoria que vem do alto”, ressaltada por Tiago?
R. A pureza.
5. Quais são as sete características da sabedoria que procede de Deus, elencadas por Tiago?
R. Paciência, moderação, conciliação, misericórdia, bons frutos, imparcialidade e verdade.
Subsídio Bibliológico
“Sabedoria diabólica
Essa falsa ‘sabedoria’ é, principalmente, ‘diabólica’ (no grego daimoniodes), literalmente ‘demoníaca’. Utilizando este termo, Tiago não está dizendo que ela seja ‘do demônio’, no sentindo de ter se originado dele, mas que é ‘demoníaca’ em sua qualidade. Essa assim chamada ‘sabedoria’ tem sua verdadeira natureza exposta pelo fato de resultar em ‘perturbação e toda obra perversa’ (v.16). Ao invés de ser uma ‘sabedoria’ genuína, é simplesmente igual à mesma ‘concupiscência’ que ‘dá à luz o pecado’ (Tg 1.14,15), a respeito do qual Tiago anteriormente já preveniu seus leitores. O retrato que Tiago nos oferece daquilo que é considerado como ‘sabedoria’ pela maioria das pessoas é bastante perturbador, mas precisamos ser cuidadosos para não entendermos sua linguagem erroneamente. Ele não está sugerindo que não exista qualquer coisa boa na humanidade. O problema com essa sabedoria ‘terrena, animal e diabólica’ é que tem sua origem na alma humana. Sendo assim, participa dos desejos divididos dos ‘inconstantes’; é capaz de fazer o bem, mas também de muitas vezes levar a ‘toda obra perversa’ (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição, CPAD, 2009, p.876).
Subsídio Bibliológico
“As Ações Revelam as Origens da Sabedoria (3.13-18)
Esse capítulo começa com Tiago prevenindo contra a soberba de sermos ensinadores, e pode estar ampliando esse conceito nos versos 13 e 14. A maneira mais adequada de demonstrar que alguém é ‘sábio e inteligente’ não é simplesmente colocar-se à frente dos semelhantes e discursar sobre seus conhecimentos, mas através de mostrar ‘pelo seu bom trato, as suas obras de mansidão de sabedoria’. A verdadeira sabedoria espiritual somente poderá ser demonstrada através da consistência entre palavras e obras, uma consistência que não só expressa a vontade de Deus, mas que também pratica essa vontade no mundo. Se a motivação que leva alguém a ser um ensinador for ‘amarga inveja e sentimento faccioso’, mostrará que seus desejos interiores, em seu coração, ainda estão divididos e que ela ainda não aceitou a ‘sabedoria’ como um dom de Deus. Gabar-se de sua ‘sabedoria’, como sendo uma conquista pessoal, é o mesmo que iludir a si próprio e ‘mentir contra a verdade’” (ARRINGTON, French L; STRONSTD, Roger. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ, CPAD, 2009, p.875).
A verdadeira Sabedoria se manifesta na prática
Aonde há inveja, espírito faccioso e o mal, não se pode dizer que há ali uma sabedoria do alto. Tiago responde que ela “é terrena, animal e diabólica”. Onde existe esta sabedoria reina a inveja, o espírito faccioso, a perturbação e toda espécie de perversidade. É incrível o poder que os sentimentos ora citados têm em produzir danos terríveis à saúde psíquica das pessoas por eles atingidos. Imagine conviver num lugar durante anos, onde se presencie apenas a inveja, a disputa, a perturbação e a perversidade? E se este lugar for o ambiente que pensamos ser o mais perfeito do mundo, a igreja?
Sabemos que a igreja local não é um lugar perfeito. Basta que eu ou você esteja presente e logo perceberemos que realmente ela não é perfeita. Entretanto, há um abismo entre os defeitos naturais da uma igreja local e o ambiente eclesiástico que mina a saúde psíquica e espiritual de uma pessoa. Quando a igreja, que antes de tudo é a comunhão dos santos, não é mais um lugar de saúde espiritual, paz, harmonia, alegria e de comunhão com o outro, alguma coisa está errada. Pode ser com a pessoa ou pode ser com a própria instituição.
Esta aula é uma rica oportunidade de refletirmos sobre a saúde do nosso relacionamento pessoal com os nossos irmãos. Geralmente, passamos vários anos em uma única igreja local. É comum que em sua igreja, se ela é antiga, haja irmãos de 20, 30 ou até mais de 40 anos de congregados. Ao longo desses anos, pessoas encontraram ali aconchego espiritual para as suas vidas. Mas por outro lado, você encontrará pessoas há muito tempo em uma igreja local, se perguntadas, dizendo que não estão satisfeitas com a forma como aquela instituição lida com os segredos das pessoas, as suas privacidades, etc. Uma grande decepção está instaurada!
O nosso desafio, prezado professor, é expor a Palavra de Deus ensinando que este tipo de comportamento não pode ser normal entre nós, nem em nossa família e jamais em nossa comunidade cristã. Ainda que haja discordância, o que é normal, mas nunca pode haver dissimulação e desejo de fazer o mal entre um povo que diz amar a Deus e ao próximo. Quem faz estas coisas nada tem haver com o Evangelho, senão com a sabedoria animal, terrena e diabólica. Que o Senhor nosso Deus nos dê o privilégio e a alegria de viver a autêntica comunhão do Corpo de Cristo até Ele voltar!
Elaboração: Escriba Digital
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Sabedoria do Alto: Nesta lição, é está conectada com viver em obediência no dia a dia. É viver no mundo de Deus pelas regras de Deus.
Tiago se refere à sabedoria em duas passagens: 1.5, onde incentiva as pessoas a buscarem a sabedoria para agirem de modo correto quando estão sendo provadas. Da mesma forma como no AT, nesta passagem sabedoria refere-se aos propósitos e caminhos de Deus e, como consequência, a maturidade espiritual como resultado de quem a possui; e 3.13-18, onde Tiago compara a sabedoria terrena, não-espiritual e demoníaca com a sabedoria que vem do céu. Como no AT, aqui a sabedoria está ligada com o comportamento. O autor irá mostrar que pessoas com a sabedoria errada são egoístas e se envolvem em muitas discussões e brigas. Mas aquelas que possuem sabedoria divina são humildes e estão ansiosas para fazer o bem. Você aprenderá nesta lição que o verdadeiro sábio é conhecido por suas obras, ações e não pelo seu grau de intelectualidade.
I. A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A NOSSA SABEDORIA É DIVINA OU DEMONÍACA (Tg 3.13-15)
1. Sabedoria não se mostra com discurso (v.13). Esta passagem começa com uma pergunta: “Quem é sábio e entendido entre vós”. A palavra “sábio” (em grego “filósofos”) não se refere ao conhecimento acadêmico, mas a alguém com discernimento moral e habilidades para lidar com as dificuldades da vida diária. A posse da verdadeira sabedoria requerida por Deus, é cheia de boas obras e não apenas por palavras ou por mostrar seus graus universitários.
O conhecimento e a sabedoria não são a mesma coisa. O conhecimento é a coleta de dados e a sabedoria é usar dados de forma inteligente, com discernimento. Sabedoria é a capacidade de utilizar os dados de forma responsável. Uma pessoa que passa sua vida buscando o conhecimento, ou aquele que conhece a fundo um campo científico, pode não ter nada de sabedoria, enquanto que um pobre camponês que mal sabe ler pode ser sábio. O sábio descobriu a verdade sobre o mundo de hoje e a ordem da vida humana. Tem à vista e nunca se esquece do reino eterno de Deus, que é o resultado. Sabe que, para ele e para todos os homens, a vontade de Deus é suprema. Tem, portanto, o poder e o hábito de formar um julgamento justo sobre riqueza e pobreza, alegria e tristeza, bem-estar e dor, honra e desgraça, e todos os incidentes da experiência humana. Tem uma visão clara das leis que regem a conduta e princípios, que formam o caráter humano. Pois para Tiago, devemos olhar para a conduta de uma pessoa para saber se ela é sábia. A sabedoria que ele tinha em mente não era aquela que era resultado do que é pensado ou falado, mas o que é feito. A sabedoria que afeta apenas a mente e não afeta o nosso comportamento não é a sabedoria que vem do alto.
2. Inveja e a facção (v.14). Tiago destaca duas características da pessoa que tem uma sabedoria terrena, animal e diabólica: 1º Amarga inveja (v.14). Quanto desse fruto nocivo é encontrado em nossas igrejas. A inveja do progresso material de um irmão ou do seu crescimento espiritual ou posicional dentro da igreja, por exemplo. A inveja por parte de alguns daqueles que exercem cargos de liderança na igreja tem perturbado bastante o desenvolvimento da obra de Deus. Na vida do rei Saul encontramos a manifestação devastadora do ciúme e da inveja. Para Saul era inconcebível que as mulheres em Jerusalém cantassem: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares: ha verdade, que lhe falta, senão só o reino?” (1Sm 18.7,8). O que Saul não sabia era que ele mesmo, e não Davi, seria a vítima da sua atitude de inveja e ciúmes. O que começou com uma aparente “inocente” atitude de ciúme, desdobrou-se em raiva e consequente tentativa de assassinato, e com tudo isso, o temor: “E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul” (1Sm 18.12). 2º Sentimento faccioso (v.14). O espírito de facção no seio da comunidade cristã é de inspiração diabólica. O Espírito de Deus nada tem a ver com as divisões e partidarismos eventualmente surgidos na Igreja de Jesus Cristo. Para muitos crentes, hoje, a glória é pertencer a esta ou àquela igreja, a este ou àquele ministério, enquanto que para eles os demais crentes são cristãos de segunda categoria, isto é um desserviço ao reino de Deus e uma forma de rompimento dos sagrados laços do amor fraternal.
Esta tendência de criar facções e partidos dentro da Igreja de Jesus Cristo não é tão recente como alguns possam imaginar. Já nos primórdios da Igreja havia aqueles que estufavam o peito e arrogantemente diziam: “Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo...” (1Co 3.4). A esses o apóstolo Paulo censurou veementemente: “Ainda sois carnais. Pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?... Porventura não sois carnais?” (1Co 3.3,4).
3. Sabedoria do alto e sabedoria diabólica (v.15). Há uma “sabedoria do mundo” (1Co 1.20,21). Não se deve confundir conhecimento do mundo com sabedoria do mundo. Por certo, este mundo possui muito conhecimento, e somos todos beneficiados por ele, mas há pouca sabedoria. O ser humano é capaz de desvendar os segredos do universo, mas não sabe o que fazer com eles. Quase tudo o que descobre ou cria volta-se contra ele. Mais de um século atrás, Henry David Thoreau advertiu que possuíamos “meios perfeitos para alcançar fins imperfeitos”.
O mundo, por sua sabedoria, não conhece a Deus, e sua sabedoria rejeita o próprio evangelho de Deus. “Porque, a palavra da cruz é loucura para os que perecem” (1Co 1.18). Uma vez que o mundo afastou-se de Deus, perdeu a sabedoria. Todo aumento do conhecimento humano serve apenas para amplificar os problemas. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Pv 9.10). “Não há temor de Deus diante de seus olhos” (Rm 3.18).
Mas tal “sabedoria terrena” também é demoníaca. Começando em Gênesis 3, quando Satanás conseguiu enganar Eva, e se estendendo por toda a Bíblia, vemos uma “sabedoria de Satanás” operando em oposição à sabedoria de Deus. Satanás convenceu Eva de que ela seria como Deus. Disse-lhe que a árvore a tornaria sábia. Desde esse acontecimento, as pessoas continuam acreditando nas mentiras de Satanás e tentando tornar-se os próprios deuses (Rm 1.18-25). Satanás é astuto; é a antiga serpente! Tem uma sabedoria que desorienta e confunde o que não conhece a sabedoria de Deus.
II. ONDE PREVALECEM A INVEJA E SENTIMENTO FACCIOSO, PREVALECE TAMBÉM O MAL (Tg 3.16)
1. A maldade do coração humano. Onde o coração dos indivíduos é errado, também será achada uma variedade de pecados sem fim. Dito em outras palavras: nada bom pode jamais crescer numa atmosfera em que os homens estão em oposição uns aos outros. Um grupo, uma Igreja, qualquer associação de pessoas onde há inveja e contenda é um solo árido e estéril, no qual as sementes da justiça nunca podem crescer, e do qual não pode vir recompensa alguma.
Embora ainda crendo numa mudança, somos levados a compreender que quando a fé se extingue, é Deus que morre, tornando-se doravante inútil para muitos cristãos. E nessa inutilidade muitos que se dizem crentes permitem-se as mais detestáveis maldades do coração. Simplesmente porque se deixaram minar pelo mal e perderam o elo com tudo o que significava fé verdadeira. Sei perfeitamente que ninguém pode sondar o coração de ninguém, e o único que o pode fazê-lo parece ter morrido nesses corações. Essa talvez seja a única explicação para toda essa maldade hodierna vivida por muitos que se dizem cristãos.
2. A inveja e a facção instauram a desordem. Uma coisa leva inevitavelmente à outra numa sequência de e efeito. Se há inveja, então há confusão. O que é inveja? Eis uma explicação: “Inveja é o desgostar-se com ressentimento e ódio da boa fortuna ou bênção de outra pessoa”. Tiago chama a inveja de “amarga” (3.14). A inveja destrói a confiança mútua, desintegra a unidade e é de criação demoníaca. Como Tiago indica, a inveja transforma-se em facção. A expressão facção “demonstra algo de conotação negativa associada à palavra anarquia”. Além disso, o sentimento faccioso, ou ambição egoísta, invariavelmente leva a toda espécie de coisas ruins, porque seus motivos egoístas se sobrepõem e eliminam o amor a Deus e ao próximo. A ambição em si é uma força benéfica, que busca promover o bem-estar dos outros. Quando torna-se egoísta, a ambição leva à prática de coisas ruins. Ao observar a inveja e as brigas entre os coríntios, Paulo os admoesta por serem carnais (1Co 3.3). Os crentes, pelo contrário, devem ser companheiros de tudo que é espiritual.
As dissensões eclesiásticas sempre foram caracterizadas por pessoas dominadas com espírito faccioso, e quanto mais homens carnais são exaltados e transformados em heróis, ou se apresentam a outros como tais, maior é o desastre.
3. Obras perversas. No grego, o adjetivo é phaulos, que significa vil, depravado, indigno, ruim. O autor sagrado não enumera as coisas que ele tinha em mente, porque, provavelmente, deixa isso em aberto, para ser preenchido pela imaginação dos seus leitores. Podemos pensar em imoralidades, desonestidade, furtos dos fundos da igreja, desrespeito à autoridade, filhos desobedientes. O que tiver de entortar, será entortado, porquanto a base espiritual da igreja já foi destruída. Em suma, cada uma das “obras da carne” (ver Gl 5.19-22) será praticada. O estado da igreja local inteira tomar-se-á vil, contrário totalmente às exigências morais do evangelho. Onde sentimentos como inveja e facção existem, e especialmente quando existem no coração daqueles que almejam ser mestres, aí há perturbação e toda obra perversa. Aquilo que é um sentimento interior produz atitudes exteriores. “Perturbação” vem da mesma palavra que Tiago usou para descrever a pessoa “inconstante” (1.8) e a língua como um mal “incontido” (3.8). A ideia geral é de um estado de desordem, que expressa bem a situação em que ficam as igrejas quando predominam líderes e cristãos cujo coração está cheio de inveja amargurada e sentimento faccioso (3.14). Um exemplo é Babel, onde o Senhor “confundiu a linguagem de toda a terra”, evento seguido pela dispersão daqueles que antes eram um único povo (Gn 11.9). Além disso, tais sentimentos causam “toda a obra perversa” (“toda espécie de males” — NVI). Essa expressão genérica de Tiago engloba tudo aquilo que é vil, perverso, maléfico para a vida das comunidades cristãs. Veja a lista das obras da carne em Gálatas 5.20. As obras de Caim são chamadas de “más” e tiveram origem na inveja amargurada que nutriu contra seu irmão Abel (1Jo 3.12).
III. AS QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA (Tg 3.17,18)
É significativo o contraste entre a sabedoria do mundo e a “verdade que vem do alto” (1.17). Tiago elabora em sua explicação, proporcionando aos leitores uma visão gráfica das oportunidades que os irmãos tinham em suas mãos como homens livres.
Há oito palavras que descrevem a sabedoria que vem de Deus e que todos anseiam. Ao estudar estas palavras, você deve se perguntar se isso já está presente em sua vida. Concentre-se em maneiras que você pode aprender a produzir essas características, no futuro. Dessa forma, você se moverá em direção à sabedoria. Na verdade, quando você perceber a bênção que isso pode lhe dar, vai querer adotar.
1. A verdadeira sabedoria é pura. A pureza se constitui num dos aspectos da perfeição divina e de tudo quanto se relaciona a ela (1Jo 3.3; Mt 5.8). Não é suficiente apenas limpar a parte externa do copo, ou seja, removendo apenas os serviços mais visíveis, e deixar o interior sujo (com pecados secretos). Isso é o que fizeram os fariseus com a sua religião (Mt 23.25-26). Você precisa de uma transformação total que só o Senhor pode conceber.
O termo grego empregado no texto de Tiago é agné, geralmente está associado com purificação cerimonial. A purificação cerimonial era uma exigência do culto no judaísmo para agradar a Deus. Uma pessoa impura não podia participar dele. Até aqueles que eram designados para conduzir os vasos do Senhor tinham que ser puros (Is 52.11).
O cristão precisa se esforçar para manter um grau de pureza constante. João escreve literalmente: Que o sangue de Cristo “nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7 o verbo é limpo em tempo contínuo). Enquanto o cristão “andar na luz” da verdade e servir a Deus com sinceridade, o sangue de Cristo continuará a purificá-lo de todo o pecado que pode o manchar.
2. A verdadeira sabedoria é pacífica. O termo grego usado é eiréne e traz o sentido de um estado de ordem de segurança e isenção de ódios. Assim como a sabedoria ajuda a ter uma boa comunhão com Deus, através do sangue purificador de Jesus Cristo, também se manifesta em estabelecer a correta relação com outros seres humanos. Onde quer que a sabedoria do mundo crie conflitos, a sabedoria divina traz paz, porque a pessoa desenvolve um coração amoroso e pacífico, que contribui para uma comunhão harmoniosa, sem que haja ações judiciais, nem participação em controvérsias desnecessárias.
3. A verdadeira sabedoria é tratável. O termo sugere gentileza, uma forma de cavalheirismo com as pessoas. Isso significa também que devemos ser respeitosos com os sentimentos dos outros. Os portadores desta sabedoria são considerados moderados e cheios do Espírito de Deus. Não insistem na obtenção de seus direitos, mas estão atentos ao seu parceiro, com uma tendência para o perdão. Não é meticuloso com a letra da lei. Evita a dor e ferir os sentimentos de alguém. A raiz da palavra (amigo) é o amor, a essência de nosso Senhor, porque Deus é amor. A violência verbal e os ataques de alguns cristãos mostram que nada aprenderam do Cristo manso e humilde de coração (Mt 11.29).
4. A verdadeira sabedoria é tratável. A sabedoria divina é afável, fácil de dialogar e concisa. Não é rígida e pode persuadir. Está pronta para ouvir e se comprometer. Se esse tipo de sabedoria estivesse disponível em abundância no nosso tempo, um grande número de problemas familiares, pessoais e sociais seria facilmente resolvido. Quando as crianças escutam seus pais, quando as minorias têm certeza de que são a maioria, quando os jovens estão confiantes de que o maior reconhecimento é da sua presença, e quando as instituições de segurança marginais não são ignoradas, então há esperança de criar bons relacionamentos.
5. A verdadeira sabedoria é cheia de misericórdia. Tenha compaixão por aqueles que estão em apuros. Se você está sofrendo justa ou injustamente, imite o exemplo do filho de Deus, que sentiu a dor dos outros. Ainda seguindo o exemplo divino, aja segundo a sua misericórdia e compaixão. Quanto mais justa uma pessoa for, mais misericordiosa ela será. E quanto mais pecaminosa uma pessoa for, mais dura ela será.
6. A verdadeira sabedoria está cheia de bons frutos. A compaixão de um cristão vai além de uma mera emoção e atua fazendo boas obras. Uma coisa é ver alguém em necessidade e dizer algumas palavras, balançar a cabeça e dizer a outra pessoa como você se sentiu mal ao ver o sofrimento de alguém. Outra coisa, é ver alguém em necessidade e sacrificar o seu tempo, dinheiro e esforço físico para ajudá-lo.
Como o Bom Samaritano demonstrou misericórdia para com os feridos na estrada de Jerusalém a Jericó? (Lc 10.37). Como podemos mostrar a nossa misericórdia para com as pessoas que estão lutando? Num domingo, eu estava no caminho para a igreja para pregar e cantar louvores a Deus, quando percebi que uma família conhecida não era capaz de ir à igreja. Virei-me para ajudá-los a ir para o culto. A Sabedoria divina nos permite substituir as boas intenções em boas ações.
7. A verdadeira sabedoria é sem parcialidade. Esta é uma sabedoria inerentemente, estável e mostra uma forma condizente com a ação. A sabedoria que vem do alto nos capacita a ter uma visão firme, confiança total em Deus e em sua Palavra. É importante para nós ter uma mente aberta sobre coisas que ainda não estão totalmente analisadas. Além disso, estaremos prontos para contribuir com a nossa opinião em harmonia com qualquer outra verdade que possamos aprender, mas temos de reconhecer o fato de que os fundamentos da fé não são escuros e difíceis, pelo contrário, são fáceis de aprender. O discípulo fiel do Senhor confirma suas convicções. A hesitação, que é uma disposição mutável, não é útil para o crescimento cristão, para o serviço na vinha do Senhor. Nem é originada da sabedoria divina.
8. A verdadeira sabedoria não possui hipocrisia. Esta é uma sabedoria honesta. Não finja ser o que não é. Não coloque máscara para esconder motivos desonestos. Haja, sem a utilização de armadilhas ou truques psicológicos para ensinar a verdade. Não utiliza o engano para obter seus próprios fins. Não é uma sabedoria hábil em disfarçar e ocultar seus verdadeiros propósitos e motivos. A sabedoria cristã é honesta; nunca pretende ser o que não é; nunca faz uma comédia para obter seus fins.
Finalmente, Tiago diz algo que toda Igreja, todo agrupamento e toda irmandade cristã deveria lembrar e ter escrito em seu coração: “O fruto de justiça se semeia em paz para aqueles que fazem a paz”. Esta é uma expressão extremamente concisa. Comecemos lembrando que paz (Gr. eirene) significa relação correta entre homem e homem, significa um estado no qual os homens se acham numa ininterrupta amizade e camaradagem entre si.
Nada de bom pode jamais crescer numa atmosfera em que os homens estão em oposição uns aos outros. Um grupo, uma Igreja, qualquer associação de pessoas onde há amargura e contenda é um solo árido e estéril, no qual as sementes da justiça nunca podem crescer, e do qual não pode vir recompensa alguma. O indivíduo que perturba as relações pessoais, que é responsável por contendas e rancores se excluiu a si mesmo da recompensa que Deus outorga aos que vivem conforme a sua vontade. Sem corretas relações entre homem e homem a justiça não pode existir, e todo esforço humano em prol da justiça resulta inútil e estéril.
CONCLUSÃO
Pelas características gerais descritas e os aspectos particulares da sabedoria, podemos concluir que a verdadeira sabedoria é antes de tudo um conceito prático, é um conhecimento que não nasce da especulação, mas da experiência. Geralmente, os idosos a possuem porque já passaram pelo curso da existência, por isso podem oferecer bons conselhos. Desta forma a ministração da justiça no antigo Israel era feita por um grupo de anciãos, pessoas experientes que ocasionalmente se transformavam em juízes e julgavam em lugar público, à porta de entrada da cidade (Rt 4.1-2). A sabedoria em sua essência é o respeito ao Senhor e o levar Deus a sério, obedecê-lo aqui na terra, pois do contrário teremos de nos defrontar com Ele no dia do juízo (Hb 4.13; 11.6).
BIBLIOGRAFIA
Barclay, William. Comentário do Novo testamento - Tradução: Carlos Biagini;
Bui, Reinaldo. Devocional em Tiago - Apostila;
De Oliveira, Raimundo. Lições Bíblicas Maturidade Cristã. 1º Trimestre de 1989. CPAD;
Kistemaker, Simon J.. Comentário do Novo Testamento - Tiago e Epistolas de João Cultura Cristã;
Nicodemus, Augustus. Interpretando a Carta de Tiago. Editora Cultura Cristã;
Revista de Adulto - Tiago a Fé em Ação - Editora Cristã Evangélica;
Seckler, Lou. Aprenda A Viver - Lições Do Livro De Tiago;
Wiersbe, Warren W.. Comentário Bíblico expositivo - Novo Testamento. Volume 2. Geográfica Editora.