Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas convicções cristãs
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição 12: Eu creio que a vontade de Deus é perfeita
Data: 22 de Março de 2015
“E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2.17).
A vontade de Deus sempre é perfeita, santa e agradável, e ser obediente a ela faz com que nos sintamos realizados e conscientes da bondade e generosidade dEle para conosco.
SEGUNDA
Quem faz a vontade de Deus (Mc 3.35)
TERÇA
Nascido pela vontade de Deus (Jo 1.13)
QUARTA
Chamado ao ministério pelo vontade de Deus (1Co 1.1)
QUINTA
Mudando a forma de pensar (Rm 12.2)
SEXTA
Jesus se entregou para fazer a vontade de Deus (Gl 1.4)
SÁBADO
Generosidade por causa da vontade de Deus (2Co 8.5)
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, porém como podemos conhecer sua vontade? Deus revela a sua vontade de muitas formas; precisamos apenas buscá-la. “Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.17). Quando reconhecemos que estamos dentro da vontade do Pai ficamos mais confiantes, pois não há quem possa vencer o Senhor. Nossa força está nEle. Se buscarmos a sua vontade e agirmos de acordo com ela, somos poupados de muitas dificuldades e tribulações e experimentamos as bênçãos decorrentes da obediência. Então, incentive seus alunos a buscarem conhecer a vontade de Deus através de uma vida de constante comunhão com o Senhor (Ec 9.8).
Professor, reproduza no quadro o esquema abaixo. Para iniciar o estudo da lição de forma dinâmica, faça as seguintes perguntas: “Como podemos descobrir a vontade de Deus para nossas vidas?”. “É fácil desvendar a vontade divina?”. Em seguida, peça que um aluno leia Efésios 5.17. Explique que Deus tem uma variedade de métodos e modos para se comunicar conosco e nos revelar sua vontade. Em seguida, apresente o quadro e explique aos alunos as várias formas de Deus revelar a sua vontade.
Romanos 12.1,2.
1 — Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 — E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
INTRODUÇÃO
Descobrir a vontade de Deus é um grande desafio para o cristão. Há uma curiosidade geral na busca de um andar mais próximo daquilo que Deus deseja para cada um de nós, porém não podemos nos esquecer de que mais importante do que descobrir a vontade de Deus é andar de acordo com ela.
I. O QUE É A VONTADE DE DEUS? (Ef 5.17; Sl 143.10)
1. É a vontade de uma pessoa. Para que comecemos nosso estudo, devemos nos lembrar de que quando falamos da vontade de Deus, estamos falando da vontade da pessoa divina, que se expressa por meio de sua Palavra e de outros meios para nos orientar. Deus não é uma influência ou uma força, mas uma pessoa, um Deus pessoal, que revela sua vontade por meio de sua Palavra.
2. Deus é sábio em suas decisões. Uma das características divinas da vontade de Deus é a sua sabedoria. Por ser sábio, Deus toma decisões igualmente sábias. Ele não é motivado por situações emergenciais ou que o impeçam de exercer sua soberania de forma sábia. Deus não é apanhado de surpresa por nossos problemas pessoais, pois sabe de todas as coisas. E como Ele já sabe de todas as coisas que hão de acontecer, usa sua sabedoria e nos orienta a que o sigamos.
3. E uma vontade boa, perfeita e agradável. O apóstolo Paulo, ao se referir à vontade de Deus, colocou-a como algo que pode ser experimentado desde que não estejamos dispostos a viver de acordo com os padrões deste mundo. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1 — ARA). Que os seus planos sejam sempre conduzidos segundo a Palavra do Senhor, pois assim você vai experimentar a boa, perfeita e agradável vontade do Pai.
Pense!
Se realmente cremos que Deus é sábio, por que ficamos ansiosos e não entregamos nossos planos em suas mãos?
Ponto Importante
Busque ouvir a voz de Deus mediante a sua Palavra. Não saia por aí procurando profetas para descobrir o que Deus tem para sua vida.
II. COMO DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS?
1. Mediante a Palavra de Deus. Você deseja conhecer a vontade de Deus para sua vida? Então ore e leia a Palavra diariamente. O Senhor tem muitos planos para sua vida, mas seu primeiro e maior plano é que você seja santo, servo, misericordioso e bom cidadão. Depois, Ele vai orientá-lo em outras áreas da vida, como por exemplo, a obediência aos pais, ter uma vida produtiva, buscar a sabedoria e o conhecimento, o namoro, o casamento, etc. A respeito do namoro e do casamento, a Bíblia não fala se vamos nos casar ou com quem será, mas deixa claro que o crente deve buscar uma pessoa que tem fé em Jesus Cristo e nasceu de novo.
2. Mediante o conselho de pessoas sábias. Procure conselhos de pessoas que sejam realmente sábias. A Palavra de Deus nos adverte: “Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios [...]” (Pv 22.17). Sabedoria não tem a ver com idade ou grau de instrução, pois sábio é aquele que conhece e teme a Deus. Procure ouvir seus pais a respeito das questões espirituais, profissionais e sentimentais. Seus pais o amam e com certeza querem o melhor para sua vida. Certa vez, o rei Roboão, filho de Salomão, acatou o conselho de seus amigos e desprezou o dos anciãos, e pagou um alto preço por essa escolha (1Rs 12.6,10).
3. Deus pode usar as circunstâncias e meios sobrenaturais. Deus pode se valer das circunstâncias para nos orientar. O apóstolo Paulo, em Atos 16.6, tentou ir para a Ásia e ali pregar o Evangelho, mas não conseguiu, pois foi impedido pelo Espírito Santo. Tentou entrar em outra cidade, mas igualmente foi impedido. A seguir, teve uma visão na qual um homem o chamava para ajudar na região da Grécia, e para lá ele se dirigiu, entendendo que essa era a vontade de Deus (At 16.9).
Pense!
Deus pode se utilizar de meios sobrenaturais para revelar sua vontade, mas igualmente pode usar a sua Palavra e pessoas que nos cercam para nos orientar.
Ponto Importante
O Espírito Santo deseja guiá-lo no seu dia a dia. Ouça a sua voz.
III. QUANDO OS PLANOS SE FRUSTRAM
1. Posso fazer minha própria vontade? Muitas pessoas se perguntam se podem ou não fazer sua própria vontade depois de saberem a vontade de Deus para sua vida. A questão em foco não é fazer a própria vontade, e sim arcar com as consequências de, uma vez sabendo qual é a vontade do Senhor, não obedecer-lhe. O primeiro rei de Israel, Saul, recebeu uma ordem de Deus: aguardar o retorno de Samuel antes de uma guerra contra os filisteus (1Sm 13). A ordem foi clara: não tome nenhuma atitude. E o que Saul fez? Ofereceu um sacrifício ao Senhor, sem ser sacerdote e sem esperar Samuel, que chegou justamente depois que Saul sacrificou. O rei teve de ouvir uma dura sentença por isso (1Sm 13.13). Uma pessoa pode ouvir a Palavra de Deus e fazer sua própria vontade, mas agindo assim estará colocando em risco não os planos do Pai, e sim as realizações que Deus poderia fazer por meio daquela pessoa.
2. O preço de desobedecer a Deus. Ao longo da Bíblia Sagrada, vemos histórias que nos mostram pessoas que desobedeceram a Deus e às suas orientações, e o preço que pagaram por isso. Saul rejeitou a direção de Deus ao longo de sua vida, e terminou seus dias procurando uma feiticeira para receber orientações a respeito da guerra contra os filisteus, “porque Deus não lhe respondeu nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (1Sm 27.6). Balaão ouviu de Deus que não deveria amaldiçoar o povo de Israel, mas foi vencido pela ganância e também pagou um alto preço por desprezar as orientações divinas.
3. O que fazer quando nossos planos se frustram? (Pv 16.1; 1Ts 2.18). Ninguém está impedido de planejar coisas boas para sua vida. Podemos sonhar e projetar contudo, de que forma devemos reagir quando nossos projetos pessoais nãos se concretizam? Em primeiro lugar, é preciso confiar em Deus a ponto de entender que, se projetamos alguma coisa para nossa vida e isso não aconteceu, Deus tem certamente um plano melhor para nós a respeito daquele assunto. Em segundo lugar, precisamos reconhecer que nem sempre um plano que não foi realizado em determinado momento não vai se concretizar mais adiante. Deus tem um tempo certo para todas as coisas. Em terceiro lugar, precisamos entender que em sua sabedoria, Deus pode nos escolher para executar uma tarefa que não será acabada por nós, e sim por outras pessoas. Davi tinha o desejo de construir um templo para o Senhor. Ele já havia unido o povo como uma nação ejá era um rei, mas suas mãos estavam sujas de sangue devido às muitas guerras que lutou. Ele desejou, sonhou, preparou todo o material e no tempo certo seus planos foram executados por seu filho.
Pense!
Mesmo quando nossos projetos não concretizam, é preciso confiar em Deus e saber que Ele tem projetos maiores e melhores para nós.
Ponto Importante
Podemos fazer planos, sonhar, desejar, mas a resposta certa e a concretização de todos os nossos projetos depende tão somente de Deus.
CONCLUSÃO
A vontade de Deus é sempre boa, agradável e perfeita. Em seus planos para conosco, Ele pode retardar ou impedir que um ou vários de nossos projetos sejam realizados, mas certamente o Pai o fará por uma causa maior e melhor para nós e para o seu Reino.
PRITCHARD, Ray. Descobrindo a Vontade de Deus para Sua Vida.
PACKER, J. I. O Plano de Deus para Você.
1. Como definir a vontade de Deus?
É a vontade de uma pessoa.
2. Como descobrir a vontade de Deus?
Mediante a Palavra de Deus, mediante o conselho de pessoas sábias e mediante as circunstâncias e meios sobrenaturais.
3. Roboão decidiu ouvir os conselhos de quem? Quem tem orientado você?
De seus amigos. A resposta da segunda pergunta é pessoal.
4. Deus pode se utilizar das circunstâncias e meios sobrenaturais para nos orientar?
Sim. Na Bíblia encontramos vários exemplos disso.
5. O que podemos fazer quando os nossos planos se frustram?
Em primeiro lugar, é preciso confiar em Deus a ponto de entender que se projetamos alguma coisa para nossas vidas e isso não aconteceu, Deus tem certamente um plano melhor sobre nós e a respeito daquele assunto. Em segundo lugar, precisamos reconhecer que nem sempre um plano que não foi realizado em determinado momento não vai se concretizar mais adiante.
“[...] Deus revelou a sua vontade para nossas vidas através das Escrituras. A Bíblia é a lâmpada para os nossos pés e a luz para nosso caminho (Sl 119.105). É a inspirada revelação de Deus, capaz de nos preparar para todas as obras da vida (2Tm 3.15-17). Portanto, faz muito sentido que nós, que amamos ao Senhor e desejamos agradá-lo, procuremos entender o máximo possível daquilo que nos foi revelado em sua Palavra.
No entanto, ainda lutamos frequentemente diante das escolhas. Devemos namorar essa pessoa ou outra? No que deveria me especializar? Que espécie de carreira seria mais adequada para mim? Qual universidade deveria frequentar? Essas perguntas não estão diretamente relacionadas com a obediência ou a desobediência a alguma revelação divina específica. Antes, são perguntas que exigem uma aproximação maior com o Senhor e o uso de recursos que Ele colocou à nossa disposição para discernirmos qual seria a sua direção específica para a nossa vida” (COLSON, Charles Respostas às Dúvidas de seus Adolescentes. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004. pp.112-3).
Caro professor,
“não se vai de um lugar ao outro sem antes haver definido o melhor caminho a seguir. Métodos são caminhos. O ensino é uma prática de quem sabe aonde quer chegar. O professor, quando começa o preparo da aula, deve ter em mente objetivos específicos. Ele parte para a classe com o propósito de conduzir os alunos ao destino ou objetivos almejados. Enquanto a pesquisa provê os conteúdos necessários para alcançar os objetivos do ensino, os métodos estabelecem os caminhos que os alunos trilharão sob a direção do professor, até chegarem ao final da jornada.
Jesus utilizou vários métodos para conduzir os alunos aonde os queria levar. No Sermão da Montanha (Mt 5 — 7), utilizou a preleção ou método expositivo, ideal para falar a grandes públicos” (GERMANO, Altair. Pedagogia Transformadora. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.28,29).