Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 12: A evangelização real na Era Digital
Data: 18 de Setembro de 2016
“Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa” (Hc 2.2).
Na era da informação instantânea, somente o Evangelho Eterno para dar esperança à humanidade.
Segunda — 2Tm 3.6,7
Informação não é garantia de verdade
Terça — Pv 1.7
O verdadeiro conhecimento vem de Deus
Quarta — Hb 2.4
Virá de Deus a era da informação total
Quinta — Jó 21.14
Os homens não se interessam pelo conhecimento de Deus
Sexta — 1Tm 2.4
A salvação traz o conhecimento que liberta
Sábado — Fp 1.9
O amor aumenta o conhecimento
Tito 2.11-15.
11 — Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
12 — ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
13 — aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
14 — o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
15 — Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze.
298, 132 e 605 da Harpa Cristã.
Saber que na era da informação instantânea somente o Evangelho para dar esperança à humanidade.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Vivemos na era da informação e da comunicação, todavia muitos ainda não ouviram nada ou quase nada a respeito do Evangelho de Cristo. Que venhamos utilizar a tecnologia de forma sábia, contribuindo para a expansão do Reino de Deus. Muitos, infelizmente, não fazem um uso correto, inteligente das redes sociais, da tecnologia. Esses, em vez de promoveram as Boas-Novas, espalham mentiras e calúnias contra pessoas inocentes, utilizam a tecnologia para cometer adultério. Saiba que, mesmo que virtual, o pecado é real e leva ao inferno, caso não haja arrependimento. Outros utilizam as redes sociais para fazer marketing pessoal, promovendo seus eventos, suas agendas, seus nomes. Buscam a fama, porém nunca utilizam as redes para apresentar Cristo aos perdidos.
Alguns crentes têm uma verdadeira aversão às redes sociais, porém elas não são boas ou más; nós é que decidimos de que forma vamos utilizá-las — para a expansão do Reino de Deus e a glorificação do Pai ou como instrumento de iniquidade.
INTRODUÇÃO
O conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito, descoberto ou inventado anteriormente. Isso não deve surpreender-nos, porque todo este avanço já estava previsto (Gn 11.6). Entretanto, a era da informação instantânea, apesar de suas facilidades, constitui-se num grande desafio evangelístico. Em nenhum outro momento da História da Igreja Cristã, a pregação do Evangelho viu-se às voltas com tantas concorrências e distrações.
Tendo em vista a realidade da era da informação instantânea, é urgente mostrarmos a esta geração que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Precisamos nos preparar para evangelizar por intermédio das redes sociais.
PONTO CENTRAL
Estamos na era digital, mas o pecado da humanidade é real e somente o Evangelho de Cristo para dar esperança à humanidade.
I. PECADORES DIGITAIS NAS MÃOS DE UM DEUS REAL
A televisão era vista, por alguns, como a porta do inferno. Hoje, porém, os computadores, smartphones e tablets estão abrindo portas para a evangelização desta geração digital.
1. Pecados em série. Davi, certa vez, ao invés de ir à guerra com os seus homens, resolveu ficar no palácio. À hora da tarde, ele passeava no terraço da casa real, e viu “a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista” (2Sm 11.1,2). Mesmo sabendo que Bate-Seba era esposa de Urias, convidou-a ao palácio, e com ela pecou. O seu adultério levou a instabilidade a todo o Israel.
Hoje, discretamente, a geração digital acessa sites imorais, cujo conteúdo serve para alimentar as concupiscências mais grosseiras, baixas e abomináveis. Como, pois, alcançar esse campo missionário virtual de pessoas reais que caminham para um lago de fogo também real? (Ap 21.8). Não podemos fugir a esse desafio. A Igreja do Senhor precisa produzir conteúdos bíblicos de excelente qualidade, que se contraponham a essa avalanche pornográfica.
2. Rede de intrigas. Ammon, filho de Davi, utilizou-se de uma rede sofisticada de relacionamentos, administrada por Jonadabe, a fim de seduzir sua meia irmã, Tamar (2 Sm 13.1-14). E, assim, utilizando como pretexto amor e doença, estuprou a jovem, levando a vergonha e o ódio à casa real de Israel.
Se por um lado, as redes sociais facilitam encontros e contatos entre amigos e parentes distantes, por outro, têm multiplicado traições, adultérios e a destruição de lares. Esse efeito nocivo pode ser minimizado, senão anulado, se cada crente as utilizar para ganhar os pecadores digitais para o Cristo real.
3. O e-mail fatal. A fim de encobrir o seu pecado, Davi escreveu uma carta a Joabe, na qual arquitetava a morte de Urias, marido de Bate-Seba. Nesse intento, ordenou ao pobre Urias que a levasse ao destinatário (2Sm 11.14-16). O final desta história não poderia ser mais triste. Através da espada dos filhos de Amom, Davi matou um de seus melhores capitães (2Sm 12.9).
O correio eletrônico facilita-nos o dia a dia, encurta-nos as distâncias e ajuda-nos a resolver pendências. Infelizmente, essa ferramenta tão útil vem sendo utilizada também para arruinar reputações, caluniar e até matar. Nós, porém, vamos utilizar esta ferramenta para comunicar vida através do Evangelho de Cristo. Utilize seu e-mail para divulgar a Palavra de Deus, e, nas mensagens, seja breve e objetivo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Muitos pecadores digitais estão nas mãos de um Deus real.
“Fomos chamados para ser diferentes, porque o Senhor é diferente. Deus se revela como ‘santo’ (hb. qadosh) , e o aspecto essencial de qadosh é a separação daquilo que é mundano, profano e corriqueiro, e a separação para seus propósitos. Os mandamentos dados a Israel exigiam que fosse mantida a nítida distinção entre as esferas do comum e do sagrado (Lv 10.10). Tal distinção tinha seu impacto sobre o tempo e o espaço (o sábado e o santuário), mas visava ao indivíduo de modo mais relevante. Tendo em vista que Deus é diferente de qualquer outro ser, todos os que lhe são submissos devem também estar separados — no coração, nas intenções, na devoção e no caráter — para Ele, que é verdadeiramente santo (Êx 15.11).
Deus, por sua própria natureza, está separado do pecado e da humanidade pecaminosa. A razão por que nós, seres humanos, somos incapazes de nos aproximar de Deus, em nosso estado de pecado, é porque não somos santos. Na Bíblia, a questão da ‘impureza’ não está relacionada à higiene, mas à santidade. As marcas da impureza compreende: algo quebrado ou defeituoso, o pecado, a violação da vontade de Deus, a rebelião e a permanência no pecado” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.139).
“Por um homem (8.26-40)
Talvez o dado mais intrigante na história tenha sido a ação de Deus ao afastar Filipe de uma campanha evangelística efetiva que estava alcançando centenas e levando-o a testemunhar a um único indivíduo. Jamais nos esqueçamos de que para Deus toda pessoa é importante. Nosso testemunho a uma única pessoa é tão importante como o evangelismo em massa, destinado a alcançar a milhares”. Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 715.
II. CONSERTANDO A REDE PARA CRISTO
Tiago e João estavam no barco, junto com o seu pai, Zebedeu, consertando as redes, quando foram chamados por Jesus (Mc 1.19,20). Hoje, quem se propõe a falar de Cristo aos pecadores digitais tem uma grande rede a consertar: a internet evangelística.
1. Vocação. Falar de Cristo através da Internet é um ministério que exige vocação, pois o ambiente da rede global de computadores acha-se poluído com sites ruins e falsos, que acabam pregando outro evangelho (Gl 1.6). É nesse ambiente que a sua página tem de fazer toda a diferença. E tome cuidado com os vírus doutrinários, pois são fatais.
Na Internet, tanto a rede quanto o anzol são indispensáveis (Mt 17.27; Jo 21.11). Por isso, evangelize coletivamente e não deixe de discipular individualmente. O campo é virtual, mas a pessoa do outro lado é real.
2. Mensagem. Quem é vocacionado a evangelizar pela Internet precisa ter uma mensagem bem definida: o evangelho puro e simples de Cristo (1Co 2.2).
3. Habilidade. Para se evangelizar pela Internet, requerem-se do evangelista, além da vocação e da mensagem, habilidades específicas. Por esse motivo, ele deve saber como manusear um site ou um blog. Em suma, ele deve saber usar a rede e consertá-la para que seu trabalho seja frutífero.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Jesus deseja nos usar na evangelização, mas precisamos estar com nossas redes consertadas.
Professor, aproveite o tema abordado nesse tópico para enfatizar que “o crente, seja ele pastor, evangelista, missionário, escritor, ensinador, diácono, ou apenas membro da igreja, se não estiver ocupado, procurando trazer pessoa a Cristo, está falhando em seu dever na obra de Deus (cf. Mt 28.19; Lc 5.10; Jo 15.16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1391).
III. EVANGELHO REAL PARA PESCADORES DIGITAIS
A evangelização dos pecadores digitais, para ser bem-sucedida, tem de levar em conta alguns fatores.
1. Fator Habacuque. A mensagem pela Internet há de ser clara, breve e objetiva (Hc 2.2). Doutra forma, o que passa correndo pelos sites, em busca de novidades, jamais será alcançado pelo Evangelho. Portanto, nada de mensagens prolixas, cheias de parênteses e subjetivismos.
Seja direto e incisivo. Você pode, em alguns minutos, expor eficientemente o Plano da Salvação. Otimize este tempo, incluindo o apelo e a oração.
2. Fator Eliseu. O profeta Eliseu era reconhecido, por todo o Israel, como um autêntico homem de Deus (2Rs 4.9). Que nossos sites e páginas sociais, pois, venham a glorificar a Cristo. Quem nos visita digitalmente tem de saber que temos um compromisso real com o Evangelho de Cristo.
Por esse motivo, não se envolva em questões polêmicas que geram brigas e discussões. Cuide de sua reputação. Você constatará que, em muitos casos, sua postura será suficiente para levar almas aos pés de Cristo. A exortação do apóstolo não pode ser ignorada: “Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze” (Tt 2.15).
3. Fator Paulo. Chegando a Atenas, Paulo encontrou um ponto de contato evangelístico, ao deparar-se com o altar dedicado ao Deus Desconhecido (At 17.23). Esteja, então, inteirado quanto aos eventos, problemas e crises que atingem a sociedade. A partir de um ponto de contato inteligente, introduza eficazmente o Evangelho de Cristo.
4. Fator Filipe. Ao ouvir que o oficial de Candace, rainha dos etíopes, lia o profeta Isaías, Filipe não perdeu tempo com uma abordagem sutil. Mas, de maneira direta, perguntou-lhe: [...] “Entendes o que lês?” (At 8.30). Quem se dedica à evangelização, na Internet, deve estar sempre preparado para interpretar a Palavra de Deus, pois a internet é um universo infestado de vírus doutrinários.
É indispensável ao evangelista digital um preparo real. A recomendação de Paulo não pode ser desprezada: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Precisamos pregar o Evangelho real para os pecadores digitais.
“O ministério de Cristo foi voltado integralmente para os pecadores. Certa feita, Jesus foi criticado porque se alimentava com pecadores e retrucou os seus acusadores: ‘Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores’ (Mc 2.17). Todo pecador tem a oportunidade de reatar a sua comunhão com Deus. Jesus foi enviado pelo Pai a fim de atuar como intermediário entre os homens e o Criador e trabalhar em nossa reconciliação.
Já ouvi algumas pessoas dizerem que se acham muito pecadoras, pois já cometeram muitos pecados. Costumo dizer: ‘Para você que se considera um pecador, existe um grande Salvador, Jesus Cristo’. Você já pensou o que poderíamos fazer com um homem que ameaçava seus semelhantes, agredia, conduzia seus oponentes para a prisão e chegou a participar de crimes? Talvez você pense que este homem de quem estou falando tem características de um terrorista, por isso merece o cárcere. Pois bem, este homem é um personagem real que tem sua história registrada na Bíblia e ele se chamava Saulo, da cidade de Tarso.
Certo dia, Saulo viajava para uma região com o propósito de perseguir os cristãos por lá, e o Senhor Jesus se revelou para ele. Foi na estrada para Damasco que este homem teve o encontro mais importante de sua vida.
Outro exemplo foi o do rei Davi, que ordenou a morte de Urias, soldado a seu serviço, a fim de encobrir o pecado de adultério que havia cometido com a sua esposa Bate-Seba, mas ele reconheceu seu pecado e confessou o seu erro, e Deus o perdoou. Davi sofreu as terríveis consequências de seu erro, mas foi perdoado pelo seu arrependimento sincero.
A Bíblia afirma que ‘o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia’ (Pv 28.13)” (WELLINGTON, José. Há Perdão em Cristo para o Pecador Arrependido. CPAD News. RJ, agosto, 2013. Disponível em: < http://www.cpadnews.com.br/blog/josewellington>. Acesso em: 7/04/2016).
CONCLUSÃO
A evangelização pela Internet tem como alvo alcançar os pecadores digitais. Levemos em conta, ainda, as pessoas que, sentindo-se desprezadas, refugiam-se nesse universo irreal e fantasioso. Elas também são alvo da mensagem evangélica. Há muito trabalho a ser feito tanto no mundo real quanto no digital.
Nossa missão consiste em falar de Cristo a todos, por todos os meios. Onde estiver um pecador, aí estaremos nós, real ou digitalmente, para anunciar que Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura as enfermidades e, em breve, virá buscar-nos. Aguardemos, pois, [...] “a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
A respeito da evangelização na era digital, responda:
O que caracteriza a era da informação?
Informação acessível e em tempo real.
Cite alguns aspectos do pecado na era digital.
Pecados em série, rede de intrigas e e-mail fatal.
Como deve ser o evangelista na era digital?
O evangelista deve ser alguém que, além da vocação, da mensagem e habilidades específicas, deve saber como manusear um site ou um blog. Em suma, ele deve saber usar a rede e consertá-la para que seu trabalho seja frutífero.
Cite algumas das características da evangelização na Internet.
A mensagem de evangelização pela Internet há de ser clara, breve e objetiva.
O que é o fator Habacuque?
É a evangelização na internet de forma direta e incisiva.
A evangelizaçao real na Era Digital
Nunca o mundo esteve tão conectado com as mídias virtuais e eletrónicas. É importante ressaltar que a explosão da tecnologia digital trouxe uma série de benefícios ainda incalculável para a sociedade. Hoje em dia, muitos não se veem mais sem o uso de uma determinada mídia digital. Esta se engendrou na rotina diária das pessoas. Muitos hoje ganham a vida por intermédio do mundo virtual. Não batem mais o ponto ou cartão numa empresa física, mas por intermédio de um computador e de uma internet, abrem as suas empresas virtuais e fazem sua jornada de trabalho em casa ou em qualquer outro lugar do mundo.
E bem verdade que o mundo da mídia digital não é somente “luz”, mas “trevas” também. Há um submundo das coisas mais torpes que o ser humano poderia pensar um dia em fazer. As palavras do consagrado romancista italiano, Umberto Eco, já falecido, sintetizam bem esse estado de coisas negativas no mundo virtual: “as redes sociais deram voz a legião de imbecis”. Para além do mundo virtual, mais especificamente as redes sociais são o reflexo do que está presente na natureza humana. Uma natureza decaída, esfacelada pela prepotência humana que não dá qualquer sinal de arrependimento e humildade. Pessoas não têm o pudor de expor e ridicularizar outras pessoas. E o predomínio do ódio, da ignomínia e da sabotagem de outras pessoas.
Entretanto, é neste mundo que a Igreja de Cristo deve atuar. No lugar da imbecilidade das redes sociais, a Igreja deve levar uma mensagem e uma atitude diferenciadas. Mansidão, equilíbrio e domínio próprio são características que precisam ser notadas no uso dessa riqueza de mídia que a Igreja tem à disposição. A potência das redes sociais é algo absurdo! Grandes movimentos sociais no mundo foram combinados por intermédio delas. Se há mentira na mídia oficial, as redes sociais são as vozes de cada pessoa para desmentir o ocorrido. E de fato uma mídia poderosa à disposição da Igreja de Cristo e sem pagar caro por isso.
No primeiro século da Igreja, os apóstolos comunicavam o Evangelho com o que havia de mais moderno e eficiente em sua época. Certamente, se hoje eles estivessem entre nós não se furtariam em usar as tecnologias digitais para propagar a mensagem do Reino de Deus. Por isso, usar a mídia digital com destreza e criatividade é lançar mão de um instrumento legitimo que portará a mensagem do Evangelho. Portanto, anunciemos: é chegado o Reino de Deus!