Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista: Esequias Soares
Lição 9: A necessidade de termos uma vida santa
Data: 27 de Agosto de 2017
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1Pe 1.15).
Cremos na necessidade e na possibilidade de termos uma vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo.
Segunda — Lv 10.10
O profano é aquele que lida com as coisas sagradas como se fossem banais
Terça — Êx 26.33
Santo é a separação daquilo que é de uso comum
Quarta — Lv 19.2
Deus é santo
Quinta — Hb 9.14
O sangue de Cristo nos santifica
Sexta — 1Pe 1.16
Deus nos chamou para a santificação
Sábado — Hb 12.14
Sem a santificação ninguém verá o Senhor
1 Pedro 1.13-22.
13 — Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14 — como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15 — mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
16 — porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 — E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 — sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 — mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20 — o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;
21 — e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
22 — Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro.
75, 91 e 282 da Harpa Cristã.
Conscientizar os crentes a respeito da necessidade e da possibilidade de termos uma vida santa diante de Deus e da sociedade.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Justificação, regeneração e santificação são obras que o Senhor Jesus realiza na vida do pecador que se arrepende. Nesse aspecto, a santificação, o tema desta lição, tem duas perspectivas em sua natureza. A primeira é instantânea, pois no exato momento em que o pecador se arrepende de seus pecados, Cristo Jesus o justifica e regenera, tornando-o santo, isto é, essa pessoa passa a pertencer exclusivamente a Cristo. A segunda perspectiva é progressiva, pois enquanto vivemos neste mundo, o nosso corpo mortal não foi redimido, transformado e glorificado e, por isso, precisamos dia após dia estar diante de Jesus, buscando a Deus e consagrando a nossa vida para o Espírito Santo sobrepujar a natureza má da nossa “carne”. A Palavra de Deus nos mostra que fomos chamados para sermos santos em toda a esfera da vida (1Pe 1.15,16).
INTRODUÇÃO
Quando o pecador se arrepende e aceita Jesus como seu Salvador pessoal, ele é justificado, regenerado, santificado e adotado na família de Deus. A santificação é especialidade do Espírito Santo; é instantânea, mas ao mesmo tempo progressiva, pois esse processo continua na vida do crente. O presente estudo pretende explicar a necessidade e a possibilidade de uma vida santa.
PONTO CENTRAL
É necessário e, principalmente, possível vivermos uma vida santa.
I. DEFININDO OS TERMOS
1. A santidade de Deus. Essa santidade é absoluta, pois Deus é santo em seu caráter e essência, conforme disse o profeta Amós, em duas ocasiões: “Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade” e “Jurou o Senhor Jeová pela sua alma” (Am 4.2; 6.8). A santidade é característica fundamental de Deus (Is 6.3; Ap 4.8). Ele é singular por causa de sua majestade infinita e também em virtude de se tratar de um Ser totalmente distinto e separado, em pureza, de suas criaturas (Sl 99.1-5). Essa santidade é a plenitude gloriosa da excelência moral de Deus, que existe nEle e que nEle se originou, não tendo sido derivada de ninguém: “Não há santo como é o SENHOR [...]” (1Sm 2.2).
2. Significado. O verbo hebraico qadash , “ser santo”, e seus derivados “santo, santificar, dedicar, consagrar”, no Antigo Testamento, significam “separar”. Quando aplicado à religião de Israel, tem a ideia de “separar para Deus, retirar do uso comum”, tal como pode ser visto em Levítico 10.10. Isso vale para lugares (Êx 3.5), casas e campos (Lv 17.14,16), utensílios e animais (Lv 8.10,11; 10.12,13,17), o ouro do Templo (Mt 23.17,19), pessoas (Êx 28.41) e muitas outras coisas, como dias santos, festas, etc. Assim, o sentido de santidade é de afastar-se de tudo o que é pecaminoso, de tudo o que contamina. A Septuaginta traduz qadosh , “santo”, pelo termo grego hagíos , “santo”, palavra adotada pelos escritores do Novo Testamento. Há outro termo menos comum, mas igualmente importante, taher , “purificar”, e seu cognato katharizo , no grego, usado na Septuaginta e no Novo Testamento nos sentidos cerimonial e moral.
3. Exclusividade. Dizer que qualquer coisa, objeto ou pessoa é consagrada, separada ou dedicada a Deus significa dizer que isso pertence a Ele (Êx 13.2) ou serve a Ele com exclusividade (Êx 30.30; Lv 20.26). O que é sagrado não pode ter uso comum; o azeite da unção e o incenso do santuário não podiam ter outro uso (Êx 30.33,38). O sagrado deve ser tratado como tal. Os antigos hebreus levavam a santidade a sério. Todos esses rituais de consagração são representações visuais de verdades espirituais reveladas no Novo Testamento (Cl 2.17; Hb 8.5; 9.9).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O nosso chamado para ser santo, isto é, afastar-se de tudo aquilo que é pecaminoso, está baseado na santidade de Deus.
Este tópico tem uma característica conceitual, por esse motivo sugerimos que o prezado professor, a prezada professora, estude bem os termos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento para o termo “santo”. Nesta oportunidade, disponibilizamos o conceito exegético desse termo:
“Santo (Antigo Testamento): qõdesh : ‘santidade, coisa santa, santuário’. Este substantivo ocorre 469 vezes com os significados de: ‘santidade’ (Êx 15.11), ‘coisas santas’ (Nm 4.15 — ARA) e ‘santuário’ (Êx 36.4).
Santo (Novo Testamento): hagiasmos , é traduzido em Rm 6.19,22; 1Ts 4.7; 1Tm 2.15; Hb 12.14 por ‘santificação’. Significa: (a) separação para Deus (1Co 1.30; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2); (b) o estado resultante, a conduta que convém àqueles que são separados (1Ts 4.3,4,7; e os quatro primeiros textos citados acima). A ‘santificação’ é, pois, o estado predeterminado por Deus para os crentes, no qual Ele pela graça os chama, e no qual eles começam o curso cristão e assim o buscam. Por conseguinte, eles são chamados ‘santos’ ( hagioi )" (VINE, W. E.; UNGER, Merril F. (et all). Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivos das Palavras do Antigo e do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.281,970).
Santificação
“A Santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre ‘de uma vez por todas’ na condição legal ou judicial da pessoa diante de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1762.
II. A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. Israel. O apelo à santidade diz respeito à pureza da nação de Israel para manter o povo distante da idolatria, da prostituição e de outras práticas pecaminosas. Deus escolheu Israel para ser sua propriedade particular dentre todos os povos, reino sacerdotal e povo santo: “[...] então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo [...]” (Êx 19.5,6). O estilo de vida dos israelitas devia estar de acordo com a santidade do seu Deus: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Essa santidade exigida era mais do que natural, porque Deus é santo (Lv 11.44), e os israelitas foram “separados”, ou seja, “retirados” dentre os povos para Deus.
2. A Igreja. Os três propósitos de Deus com Israel são os mesmos para a Igreja: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Assim como os israelitas, fomos chamados por Deus e separados para o seu serviço; agora somos “sacerdócio real, nação santa e povo adquirido”. Desde os tempos do Antigo Testamento, a idolatria e a prostituição sempre caminharam juntas (Jz 8.33; Os 4.13,14). Esses são os mesmos desafios da igreja hoje: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição” (1Ts 4.3). Devemos fugir da prostituição e também da idolatria (1Co 6.18; 10.14).
3. Uma exigência natural. Essa exigência é mais do que natural porque Deus é Santo: “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16) assim como o é seu Filho Jesus Cristo (Lc 1.35; Jo 6.69). Da mesma maneira como Deus escolheu e santificou o povo de Israel para viver em santidade, assim também o Senhor Jesus nos chamou para vivermos uma vida santa. Israel precisava viver longe das práticas imorais dos cananeus, nós, da mesma forma devemos nos abster da prostituição.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Da mesma forma que Deus separou Israel para ser santo, Ele separou a Igreja para ser santa.
“Quem subirá ao monte do Senhor Quem estará no seu lugar santo? ‘Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e justiça do Deus da sua salvação’ ([Sl 24] vv.3,4).
Estou profundamente convencido de que oração pelo reavivamento é uma ofensa diante de Deus se não tivermos um coração puro. É quase uma blasfêmia ousar entrar na presença do Deus santo e pedir que nos abençoe se os nossos corações não estiverem puros diante dEle. A oração pelo reavivamento tem um pré-requisito. Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu lugar santo? Quem estará em sua presença? Quem estará na sala do trono — o santo dos santos — conforme descreve Hebreus 10?” (BLACKABY, Henry. Santidade: O plano de Deus para uma vida abundante. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, pp.77-78).
III. A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. A santificação posicional. É o primeiro aspecto da santificação, também chamado de santificação passada ou instantânea. É posicional porque acontece uma mudança no ser humano, de pecador para santificado em Cristo (At 26.18; 1Co 1.2). É a santificação que ocorre quando o pecador recebe, pela fé, a Jesus como Senhor e Salvador pessoal (1Co 1.30). Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva de santificação. Todos nós, salvos em Jesus, somos santos, e é assim que somos reconhecidos no Novo Testamento (At 9.13,32,41) e é dessa maneira que o apóstolo Paulo se dirige aos crentes nas suas epístolas (Rm 1.7). A base dessa santificação é o sacrifício de Jesus (Hb 10.10,14), mas ela é obra do Deus trino e uno por ocasião da conversão do pecador a Cristo (Jo 17.17; 1Co 6.11; 1Pe 1.2).
2. A santificação real. É conhecida como a santificação presente. Ela é progressiva (Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18). Observe que havia crentes carnais na Igreja de Corinto (1Co 3.3) e, mesmo assim, eles são considerados “santos”, por isso precisavam de crescimento espiritual (2Pe 3.18). De igual modo, o apóstolo Pedro exorta à santificação (1Pe 1.15,16) os mesmos que ele antes chama “santos” (1Pe 1.2). Isso é possível porque somos nascidos de Deus (1Jo 4.7; 5.1) e o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17; 2Tm 1.14).
3. A santificação futura. É o terceiro aspecto da santificação, conhecido também como “glorificação” (Fp 3.11). Na ressurreição, seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declara “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como Ele é (1Jo 3.2). Essa é a nossa esperança.
4. É possível ser santo? Sim! É possível. E deve ser o desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa, assim como o Mestre teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores, desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9,10). Assim, Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue de Jesus: “E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12); o Espírito Santo (2Ts 2.13); e a própria Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O Senhor nos forneceu todos os recursos necessários para uma vida santa e separada do mundanismo (Rm 12.1,2).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A santificação tem uma perspectiva passada, presente e futura, destacando a suficiência do sacrifício de Cristo.
“No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.9), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2), não amar para o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do mundo (ver Hb 1.9), morrer para o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (Lc 23.35). Note, é claro, que os termos ‘mundo’ e ‘terra’ não são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc” (ARRINGTON, French L; SRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD, pp.1957-58).
CONCLUSÃO
O nosso dever não consiste apenas em nos afastar do pecado e de toda a forma de paganismo, mas também de combatê-los com a pregação do evangelho e com nossa maneira de viver, assim como fizeram os primeiros cristãos. O cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). É Ele quem nos capacita a viver em santidade e a vencer as tentações. Somos privilegiados porque temos Jesus e o Espírito Santo.
A respeito da necessidade e da possibilidade de ter uma vida santa, responda:
Qual o significado de qadash e qual o sentido de santificação?
O verbo hebraico qadash, “ser santo”, e seus derivados “santo, santificar, dedicar, consagrar”, no Antigo Testamento, significam “separar”.
O que é santificação posicional?
É o primeiro aspecto da santificação, também chamado de santificação passada ou instantânea.
O que é santificação real?
É conhecida como a santificação presente.
O que é santificação futura?
É o terceiro aspecto da santificação, conhecido também como “glorificação” (Fp 3.11).
Quais os três meios que Deus disponibilizou para a santificação?
Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue de Jesus; o Espírito Santo (2Ts 2.13) e a própria Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26).
A necessidade e a possibilidade de termos uma vida santa
Santidade é para mostrar superioridade espiritual em relação ao outro? É mostrar que você tem o controle da própria natureza nas mãos? É se mostrar orgulhoso da “autoridade espiritual” que possui? Essas perguntas, prezado professor, prezada professora, são boas sugestões para iniciar a lição desta semana.
É preciso desenvolver a perspectiva bíblica de que a santidade nada tem a ver com superioridade espiritual em relação ao outros; muito menos a sensação de que se tem o controle da própria natureza humana; tão pouco é se apresentar uma pessoa orgulhosa como portadora de determinada “autoridade espiritual”. É preciso salientar que a Bíblia mostra a santidade como uma atitude de quem, sendo alcançado pela graça de Deus, devolve-Lhe o amor que o Pai depositou em sua vida. Então, essa pessoa tem a plena consciência que não pertence ao mundo, muito menos a si própria, mas somente a Deus. E consagrada, separada, escolhida por Deus como propriedade exclusiva dEle.
Por que fomos chamados para ser santos?
Logo, somos santos porque Deus nos separou para isso, por intermédio de sua graça manifesta no sacrifício de Jesus, pois assim, a santidade não passa por mera ambição de seguir uma carreira espiritual ou eclesiástica, mas pela forte convicção de que Deus nos chamou e separou para trilhar o mesmo caminho de Jesus neste mundo. Por isso, somos os seus discípulos!
Distinguindo “mundo” da “terra”
É preciso deixar claro para classe, que biblicamente, neste mundo, os crentes são considerados forasteiros, peregrinos e, por isso, não devem se conformar com ele, pois não pertencemos mais ao sistema filosófico de vida do mundo (Rm 12.2; cf. Jo 15.9; Hb 11.13; 1Pe 2.11). Aqui, é importante destacar que quando falamos que não pertencem os a este mundo, partimos do pressuposto da distinção entre as palavras “mundo” e “terra”. Não por acaso nos referimos a “mundo” como um sistema filosófico de vida para o indivíduo, e não como a terra, isto é, a beleza da Criação, criada por Deus, para glorificar o seu nome e ser bênção em nossas vidas. Ora, Deus não proíbe a contemplação da natureza criada como obras de suas mãos, como as montanhas, as florestas, os mares, enfim, a terra toda criada, pois “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1).
Que Deus nos molde e ajude a sermos santos em toda a nossa maneira de viver! (1Pe 1.15)