Título: Seguidores de Cristo — Testemunhando numa Sociedade em ruínas
Comentarista: Valmir Nascimento
Lição 14: A importância do ensino cristão no mundo atual
Data: 31 de Dezembro de 2017
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
O ensino bíblico cristocêntrico nos ajuda a viver como “sal” e “luz” no mundo.
SEGUNDA — Lv 10.11
Ensinar os filhos de Deus
TERÇA — Dt 6.7
Pais e professores
QUARTA — Os 4.6
A falta de conhecimento
QUINTA — Os 6.3
Conheçamos a Deus
SEXTA — Os 6.6
Deus deseja o conhecimento
SÁBADO — Mc 12.24
A falta de conhecimento e o erro
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Caro(a) professor(a), chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as aulas tenham sido valiosas para o crescimento intelectual e espiritual seu e de seus alunos. Nesta derradeira aula, falaremos a respeito da importância do ensino cristão no mundo atual. Veremos que somente por meio do conhecimento da Palavra de Deus temos condições de sermos “sal e luz” em meio a uma sociedade em ruínas.
Nesta lição, reflita com seus alunos a respeito dos principais pontos que foram estudados no decorrer do trimestre. Ao final, ore com eles, pedindo que o Consolador os inspire e os dirija para que sejam sal e luz diante dos homens!
Professor(a), para introduzir a lição escreva no quadro ou em outro recurso visual as palavras “cristão, escola e universidade”. Depois, peça para os alunos dizerem o que vem à mente deles quando ouvem essas palavras. Ouça a todos com atenção e incentive a participação. Em seguida, utilizando o conteúdo da lição, explique que a Bíblia não condena a intelectualidade e o estudo sistematizado e que, inclusive, encontramos vários versículos que exaltam o conhecimento e a sabedoria.
Deuteronômio 6.6-9.
6 — E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração;
7 — e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
8 — Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos.
9 — E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.
INTRODUÇÃO
Com a graça de Deus, chegamos à última lição do trimestre. Esperamos que as lições bíblicas estudadas no decorrer deste período tenham sido de grande proveito para a sua vida, e que os temas e as reflexões em sala de aula tenham despertado em você o desejo ardente de dar mostras da relevância cristã em um mundo caído.
I. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NAS ESCRITURAS
1. Israel e o ensino hereditário e permanente (Lv 10.11). No Antigo Testamento, toda tradição e história de Israel era pautada pela necessidade do ensino da Lei de Deus para as gerações seguintes (Dt 6.6-9). Como o plano de Deus para Israel envolvia as gerações futuras (Gn 12.2), era imprescindível que os pais transmitissem aos seus filhos a Lei do Senhor de forma efetiva (Pv 22.6).
2. Educação contracultural. O ensino, por isso, tinha prioridade entre os judeus. Não é sem razão que a palavra hebraica Torah, que se refere aos primeiros cinco livros da Bíblia, significa instrução, doutrina ou lei. O objetivo da educação judaica, diz César Moisés, “era preservar o povo de Deus das más influências dos povos idólatras e corrompidos que havia ao redor da Terra Prometida, em outros termos era uma contracultura” (Uma Pedagogia para a Educação Cristã, CPAD). Em outras palavras, os descendentes de Abraão eram educados para servir ao Senhor e ao mesmo tempo refutar a influência dos falsos ensinamentos externos.
3. Destruído por falta de conhecimento (Jr 32.33; 2Cr 15.3). Obviamente, sempre que o povo israelita abandonava o ensino e a prática da lei, toda a nação era afetada. Eis o motivo pelo qual Deus declarou por intermédio do profeta Oseias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Os 4.6).
II. O CRISTÃO, A ESCOLA E A UNIVERSIDADE
1. Intelecto a serviço do Reino. A Bíblia não aprova o anti-intelectualismo e a aversão ao estudo sistematizado. Embora desabone o orgulho de filósofos humanistas (1Co 1.20; 2.5,6), a Palavra de Deus aprecia o conhecimento, pois as Escrituras partem do pressuposto de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), e por isso é um ser inteligente, comunicativo, com capacidade de aprender e ensinar. Jesus foi enfático ao dizer que precisamos amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de toda a nossa força e de todo o nosso entendimento (Mt 22.37).
Logo, valorizar a vida da mente é algo tão espiritual quanto pregar, ensinar ou louvar. É uma atividade que deve ser feita em sintonia com a Palavra e para a glorificação do nome do Senhor. A Bíblia possui várias passagens exaltando o conhecimento e a sabedoria (Pv 18.15; 2Pe 3.18) e alerta para os perigos da sua falta (Os 4.6).
2. A necessidade de preparo bíblico e apologético. Ainda que nas escolas e universidades contemporâneas exista muito ensino hostil ao cristianismo bíblico, o cristão deve primar por sua formação cultural e profissional. Afinal, as instituições de ensino, em si, não desviam o crente. Se o cristão tiver o necessário preparo bíblico e apologético, não há razão alguma para temer o ingresso no ambiente educacional. Certamente, tal preparo envolve uma educação cristã abrangente, capaz de habilitar o crente a defender de forma consistente suas convicções no ambiente escolar, de modo a refutar as ideias e opiniões que se levantam contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo (2Co 10.5).
Pense!
“Valorizar a vida da mente é algo tão espiritual quanto pregar, ensinar ou louvar. É uma atividade que deve ser feita em sintonia com a Palavra e para a glorificação do nome do Senhor”.
Ponto Importante
Se o cristão tiver o necessário preparo bíblico e apologético, não há razão alguma para temer o ingresso no ambiente educacional.
CONCLUSÃO
Para vivermos neste mundo caído de forma que agrade a Deus não podemos negligenciar o ensino e o conhecimento das verdades bíblicas, pois somente assim vamos confrontar o pecado e testemunhar o amor de Deus até a volta a vinda de Jesus.
CARVALHO, César Moisés. Pentecostalismo e Pós-Modernidade: Quando a experiência sobrepõe-se à teologia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017.
1. Quem deveria transmitir a Lei de forma efetiva às gerações?
Os pais eram os responsáveis.
2. O que significa Torah?
Se refere aos cinco primeiro livros da Bíblia e significa instrução, doutrina ou lei.
3. Segundo César Moisés, qual era o objetivo da educação judaica?
Era preservar o povo de Deus das más influências dos povos idólatras e corrompidos que havia ao redor da Terra Prometida.
4. As instituições de ensino desviam o crente?
De forma alguma.
5. O que é necessário que o jovem cristão tenha antes de ingressar no ambiente educacional?
É preciso que o crente tenha conhecimento bíblico e apologético.
“Pesquisas como estas nos dão a falsa impressão de que a universidade não é lugar para aqueles que professam a fé cristã. A priori, os números indicam que ao ingressar na universidade o jovem cristão fatalmente será levado a esmorecer na fé e a abandonar a igreja e as suas doutrinas primordiais. E se tais conclusões estiverem realmente corretas, não há motivos para defender e muito menos incentivar a ida dos cristãos para um lugar que os fará, mais cedo ou mais tarde, desacreditar na veracidade das Escrituras e nas doutrinas do Cristianismo. Para alguns, isso seria o mesmo que mandá-los para o campo de batalha, tendo a morte espiritual como consequência inescapável. Diante desse panorama, muitos líderes cristãos não encaram a instituição universitária com bons olhos. Além do ambiente intelectual hostil, a possibilidade do desvirtuamento moral é outro argumento invocado para apontar o risco de o cristão frequentar um curso superior. Outros, ainda, recorrem a passagens bíblicas analisadas fora do seu contexto para suscitar uma espécie de anti-intelectualismo evangélico, afastando os seguidores de Cristo da ciência, da filosofia e do conhecimento secular” (NASCIMENTO, Valmir. O Cristão e a Universidade. 1ª Edição. RJ, CPAD).