Título: Adoração, Santidade e Serviço — Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 9: Jesus, o Holocausto perfeito
Data: 26 de Agosto de 2018
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb 10.10).
Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno, porque Ele morreu e ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.
Segunda — Lv 1.9
O cheiro suave do holocausto
Terça — 1Sm 6.14
O holocausto como ação de graças
Quarta — Sl 40.6
O holocausto, figura da morte de Cristo
Quinta — Gn 8.20
O holocausto de Noé
Sexta — Gn 22.13
O holocausto de Abraão
Sábado — Fp 4.18
A oferenda dos filipenses
Levítico 1.1-9.
1 — E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação, dizendo:
2 — Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas.
3 — Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; r porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR.
4 — E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua expiação.
5 — Depois, degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue e espargirão o sangue r roda sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
6 — Então, esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços.
7 — E os filhos de Arão, os sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.
8 — Também os filhos de Arão, os sacerdotes, porão em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do altar.
9 — Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com água; e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR.
29, 192 e 236 da Harpa Cristã.
Conscientizar de que os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Professor (a), na lição de hoje estudaremos a respeito do holocausto. É importante que você conheça e compreenda o significado desse termo. A palavra holocausto vem do grego holokauston , de hólos , completo + kaio , eu queimo. O holocausto é um tema frequente e relevante no Antigo Testamento, por isso o livro de Levítico inicia com as instruções divina conferidas a Moisés a respeito dos sacrifícios que seriam oferecidos no Tabernáculo. Levítico mostra o tipo de sacrifício e a forma como deveria ser apresentado ao Senhor.
O Deus que tudo criou precisava do sangue de animais? Não! Tudo é dEle, contudo os holocaustos apontavam para o plano perfeito da salvação que o Pai já havia preparado antes da fundação do mundo. Eles expunham a verdade de que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreria em nosso lugar. Seu sacrifício foi perfeito, único e superior a todos os holocaustos já oferecidos. Que você aproveite cada tópico da lição para juntamente com seus alunos refletir a respeito do sacrifico perfeito de Cristo que foi realizado em nosso favor.
INTRODUÇÃO
Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário.
Conforme veremos nesta lição, o Senhor Jesus Cristo, ao encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para resgatar-nos de nossos pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o Holocausto dos holocaustos.
PONTO CENTRAL
Os sacrifícios do AT apontavam para o sacrifício perfeito de Jesus.
I. O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
O holocausto não foi estabelecido por Moisés, nem surgiu durante a peregrinação de Israel, no Sinai. Praticado desde a queda de Adão, foi observado até a destruição do segundo Templo em 70 d.C.
1. Definição de holocausto. O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah , que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro agradável (Lv 1.9).
O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do culto divino no Antigo Testamento (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e de animais, a oferenda implicava a queima total da vítima, como sacrifício incondicional ao Senhor (Lv 1.9). Era a oferta que abria as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário levítico. A cerimônia era conhecida também como oferta queimada.
Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18).
2. Objetivos do holocausto. Dois eram os principais objetivos do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv 1.9).
O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado; era ofertado também como ação de graças a Deus por uma vitória alcançada (Lv 1.4; cf. 1Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que o adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl 116.17). Todavia, o ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com fé e confiança na intervenção divina.
3. A tipologia do holocausto. Os profetas sabiam que os sacrifícios do Antigo Testamento eram transitórios, e que uma aliança superior e definitiva já havia sido providenciada por Deus (Jr.31.31-33). Davi, por exemplo, estava ciente de que o holocausto apontava para um sacrifício melhor (Sl 40.6; Hb 10.8). Mais adiante, voltaremos ao assunto.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O holocausto é a oferta principal e mais antiga do Antigo Testamento.
“A Origem dos Sacrifícios
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus. É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4). Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos. Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’. [...] Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão, Isaque e Jacó também ofereceram verdadeiros sacrifícios. Um grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.1723).
II. O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
A oferenda de holocaustos pode ser encontrada nos três principais períodos da história de Israel no Antigo Testamento: patriarcal, mosaico e nacional.
1. No período patriarcal. O sacrifício dos patriarcas Noé e Abraão (Gn 8.20; 22.13) foi apresentado de acordo com a oferenda, ou seja, um holocausto, que Abel ofereceu ao Senhor. Por isso a oferenda pode ser considerada a mais antiga da história sagrada (Gn 4.4).
2. No período mosaico. Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a fim de evitar impurezas e práticas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma tradição na comunidade hebreia, teria de ser oferecido, a seguir, segundo critérios e normas bem definidos. Seria exigido, por exemplo, um altar apropriado para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Como pode ser visto nas especificações da cerimônia nos capítulos de 1 a 6 de Levítico.
Portanto, tudo seria executado de conformidade com as regras estabelecidas por Deus. Caso contrário, os israelitas corriam o risco de se enveredar pelas idolatrias egípcias e cananeias.
3. No período nacional. Após a conquista de Israel, os holocaustos continuaram a ser oferecidos ao Senhor por vários motivos. Josué celebrou uma importante vitória sobre os cananeus com ofertas queimadas e pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para libertar Israel, adorou-o com igual oferenda (Jz 6.26). Quanto a Samuel, ofereceu ao Senhor o mesmo sacrifício, antecipando uma grande vitória sobre os filisteus (1Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias também foi marcada por holocaustos (2Cr 29.7-35).
Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela restauração de seu culto, também apresentaram-lhe ofertas queimadas (Ed 8.35).
Ao aproximar-se do Senhor com uma oferta queimada, o crente hebreu mostrava, através desse rito, a sua disposição de entregar, não somente a vítima ao Senhor, como também a si mesmo. O Salmo 51 revela tal voluntariedade no Rei Davi.
Todos esses holocaustos prefiguravam a vinda de Jesus Cristo, o sacrifício vicário perfeito.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O holocausto faz parte da história de Israel.
“Sacrifícios para todo Israel
Sacrifícios regulares deveriam ser realizados pelos sacerdotes do Tabernáculo, enquanto estavam no deserto e em Siló e, mais tarde, no Templo. Eram oferecidos de manhã e à tarde, e cada um deles consistia de um cordeiro de um ano como oferta queimada, um décimo de um efa de farinha como oferta de manjares, e um quarto de um him de vinho como libação (Nm 28.3-8).
No sábado, todas as ofertas diárias deveriam ser dobradas (Nm 28.9; Lv 24.8). Devemos nos lembrar de que todos os outros sacrifícios, para toda a nação de Israel, também faziam parte dos sacrifícios diários e não os suplementavam. Na lua nova as ofertas deveriam ser de dois bezerros, um carneiro, sete cordeiros, três décimos de um efa de farinha para cada bezerro, duas para o carneiro e uma para cada cordeiro, mais uma oferta líquida (libação), e um cabrito das cabras como oferta pelos pecados (Nm 28.11-15)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.1724).
Sobre o sacrifício e seu significado
“Não causa surpresa que tais sacrifícios, queimados sobre o altar pelo sacerdote, sejam descritos como ‘aroma agradável ao Senhor’. Que se deve, no entanto, depreender de uma frase assim?”. Leia mais em Manual do Pentateuco, CPAD, pp.278,79.
III. JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
A fim de que o Filho de Deus se tornasse o nosso holocausto perfeito, três coisas foram-lhe necessárias: a encarnação, o sofrimento e, finalmente, a morte e ressurreição.
1. A encarnação de Cristo. A encarnação de Cristo foi o cumprimento cabal e perfeito da profecia de Davi: “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl 40.6).
O Messias reconhece, através do Salmista, que os holocaustos são ineficazes, em si mesmos, para redimir o pecador. Eis por que Ele, o Filho de Deus, apresentou-se como a oferta e o ofertante, para resgatar eficazmente a humanidade (Hb 10.1-10). Nessa condição, Jesus Cristo foi provado em todas as coisas, exceto no pecado, a fim de mostrar a eficácia de seu maravilhoso, eterno e definitivo sacrifício (Hb 9.26).
2. O sofrimento de Cristo. Assim como a vítima do holocausto era, antes de ser queimada, repartida em pedaços, o Senhor Jesus foi submetido a todos os sofrimentos, angústias e dores (Is 53). Diz o profeta que o Ungido de Deus sabia o que era padecer. O autor da Epístola aos Hebreus afirma, por sua vez, que o Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, apresentou ao Pai, constantes clamores e lágrimas (Hb 5.7).
Jesus Cristo foi duramente provado em todas as coisas. Mas, vencendo-as, apresentou um testemunho fiel e poderoso na Terra, nos Céus e no próprio Inferno (Fp 2.9-11).
Na condição de Cordeiro de Deus, o Holocausto dos holocaustos, Ele reunia, em si, o cumprimento de todas as ofertas, oferendas e sacrifícios do livro de Levítico (Jo 1.29). No Apocalipse, o Leão da tribo de Judá ainda é glorificado como o Cordeiro que foi morto em nosso lugar (Ap 5.6).
3. A morte e ressurreição de Cristo. O auge do sofrimento de Jesus Cristo, como o nosso perfeitíssimo holocausto, foi a sua morte no Calvário. Ele foi morto e sepultado (Mt 27.59-66). Mas, no terceiro dia, eis que ressurge dos mortos como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 28.1-10). Com a sua ressurreição, Jesus plenifica o sacrifício perfeito, como ofertante e oferta (Hb 9.27,28). Ele é o Holocausto dos holocaustos. Aleluia!
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, é o sacrifício perfeito.
Cristo a perfeita oferta
“Foi ele, o consagrado, que disse: ‘Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração’ (Sl 40.8); ‘A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra’ (Jo 4.34); e ‘[...] porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou’ (Jo 5.30). Também em João 17.4, na grande oração sacerdotal, Ele disse: ‘Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer’. Na cruz, uma de suas últimas elocuções foi: ‘Está consumado’. Certamente, a Salvação estava completa para nós. Jesus foi a primeira oferta de holocausto perfeita trazida perante Deus.
Cristo foi a oferta de holocausto. Ele nasceu para que pudéssemos renascer, Ele morreu para que pudéssemos morrer para o pecado e viver nEle, Ele ressuscitou para que pudéssemos conhecer o poder de sua ressurreição em nossas vidas. ‘E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita’ (Rm 8.11)” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.1752).
CONCLUSÃO
Esta lição faz-nos refletir sobre o sacrifício perfeito de Jesus Cristo. Ele morreu eficazmente por mim e por você. Por essa razão, temos de viver uma vida de santidade e pureza. Somente assim, seremos vistos pelo Pai Celeste como fiéis testemunhas do Evangelho. Não podemos ignorar o sacrifício de Cristo. Se o fizermos, sobre nós recairá o justo e esperado juízo de Deus (Hb 10.26,27).
A respeito de “Jesus, o Holocausto perfeito”, responda:
O que é o holocausto?
O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro agradável (Lv 1.9).
Quando o holocausto começou a ser oferecido?
Praticado desde a queda de Adão.
Quais os objetivos do holocausto?
Dois eram os principais objetivos do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv 1.9).
Quando o holocausto foi regulamentado em Israel?
Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a fim de evitar impurezas e práticas pagãs.
Quem é o nosso perfeito holocausto?
Jesus Cristo.
Jesus, o Holocausto perfeito
Nem toda oferta, ou oferenda, presente no sistema de sacrifício levítico, era sacrifício pelos pecados. Algumas delas tinham a função de expressar a comunhão com Deus ou ratificar uma aliança com Ele. Com o Holocausto já é diferente.
O que é o Holocausto?
Tragicamente, o termo se popularizou com o desumano e carniceiro “Holocausto Judeu”. Este foi um acontecimento histórico que representa o mais alto grau de antissemitismo no mundo, bem como a raiz contemporânea dele. Mais de seis milhões de judeus foram mortos, incinerados nos campos de concentração. Uma vergonha trágica para a humanidade do período contemporâneo.
Holocausto, na Bíblia, significa “oferta inteiramente queimada”. Era uma oferta dedicada inteiramente a Deus e, por isso, deveria ser integralmente queimada como expiação do pecado. O princípio por trás dessa oferta era o seguinte: para uma pessoa viver algo precisa morrer no lugar dela. Assim, era oferecido o gado, vacas e ovelhas (Lv 1.2). Estas ofertas deveriam ser queimadas inteiramente. Note, que não por acaso, o holocausto abre o livro do Levítico (Cap. 1). Sem dúvida, é a oferta que mais faz sentido com a entrega total do Filho de Deus, Jesus Cristo, na cruz do Calvário.
A transitoriedade do Holocausto
A oferta do Holocausto, como as demais, era transitória e insuficiente para resolver o problema do pecado, conforme escreve o escritor aos Hebreus: “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar” (Hb 8.13). Graças a Deus!, hoje não é preciso mais queimar animal algum. Está consumado! Tudo pago!
Tudo se deu por intermédio da revelação do Verbo Encarnado. Nosso Senhor se tornou homem para se apresentar como um de nós. Um amor que não se pode medir fez tudo isso.
Além do Verbo Encarnado, nosso Senhor padeceu um sofrimento imenso porque tinha perfeita consciência de que Ele deveria morrer. Não!, nosso Senhor não morreu para servir de um grande exemplo para a humanidade, mas para salvá-la de uma vez por todas.
A morte e a ressurreição de nosso Senhor é o “clímax” de todo o plano divino para prover uma salvação suficiente e eterna para o seu povo. Cristo é o Holocausto perfeito porque, nEle, tudo o que era necessário para que o ser humano fosse salvo se realizou. Um Holocausto que gerou vida para todo o que crê! Estejamos em Cristo, o Holocausto perfeito!