Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal
Comentarista: Esequias Soares
Lição 5: Um inimigo que precisa ser resistido
Data: 03 de Fevereiro de 2019
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
O Senhor Jesus provou na tentação do deserto que o Diabo não é invencível.
Segunda — Sl 37.8
Quem resiste ao mal abandona a ira
Terça — Pv 6.16-19
As sete coisas às quais devemos resistir porque Deus as aborrece
Quarta — Ef 4.27
Resistir ao Diabo é não dar lugar a ele
Quinta — Ef 6.13
Temos a armadura de Deus para resistir no dia mau
Sexta — 1Pe 5.9
A resistência ao Diabo e ao pecado deve ser firme na fé em Jesus
Sábado — Ap 12.11
Os vencedores são os que resistem ao mal pelo sangue do Cordeiro
Tiago 4.1-10.
1 — Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2 — Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.
3 — Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
4 — Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 — Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6 — Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.
7 — Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 — Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.
9 — Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.
10 — Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
157, 323 e 491 da Harpa Cristã.
Estabelecer a perspectiva bíblica de resistência ao Diabo.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Para a lição desta semana é imprescindível o estudo sobre a epístola de Tiago. Vamos estudar acerca da resistência que devemos ter contra o Maligno. O texto em análise na presente lição é Tiago 4.1-10, uma seção bíblica que trata do tema de santidade. Ou seja, você deve estudar o panorama geral da epístola e o assunto doutrinário de santidade. Nesta seção, veremos que resistir ao Diabo é, na verdade, submeter-se à vontade de Deus, resistindo as tentações da carne que tentam nos impor um estilo mundano de vida. Aqui, Tiago nos faz um chamado à santidade!
INTRODUÇÃO
Essa seção da epístola de Tiago é, em outras palavras, um chamado à santidade. A carta é dirigida aos cristãos do primeiro momento da história sagrada. Tiago mostra que resistir ao Diabo já era um bom começo. A presente lição esclarece por que devemos resistir às paixões e mostra ainda que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus.
Um bom início de preparação para a aula desta semana é estudar a Carta de Tiago. Assim, é possível compreender bem contexto em que se encontra a seção que nos interessa. Logo, será possível perceber em seus estudos que o contexto da seção versa a respeito do “chamado à santidade”. Esse procedimento é importante porque a ausência dele permite ao movimento moderno de “batalha espiritual” distorcer e forçar tanto o texto bíblico.
PONTO CENTRAL
O Diabo não é invencível.
I. A EPÍSTOLA DE TIAGO
A Epístola de Tiago é o escrito mais antigo do Novo Testamento e tem por objetivo evitar desentendimentos entre os discípulos de Cristo. Segundo a maioria dos expositores bíblicos, a sua composição não vai além do ano 45 d.C.
1. Destinatários. A carta foi dirigida especificamente aos primeiros cristãos dispersos, de origem judaica, pelo vasto império romano (Tg 1.1); e, de maneira geral, a todos os crentes em Jesus em todos os lugares e em todas as épocas. Trata-se de um livro prático, muito próximo do Sermão do Monte proferido por Jesus em Mateus 5 a 7 e importantíssimo para a conduta do cristão.
2. Conteúdo. O conteúdo da epístola parece confirmar essa antiguidade, isso pelos aspectos cristológicos praticamente ausentes. O nome de Jesus só aparece duas vezes nos seus cinco capítulos (Tg 1.1; 2.1). Há pouco ensino doutrinário, pois a assembleia dos discípulos era ainda tida como sinagoga: “Porque, se entrar na sinagoga de vocês um homem” (Tg 2.2 — Nova Almeida Atualizada). O termo “igreja” aparece aqui (Tg 5.14), mas o emprego da palavra “sinagoga” como alternativa mostra que Tiago vem de uma época em que os discípulos eram chamados de “o movimento de Jesus”.
3. Tema. Ao separar a fé das obras, a epístola enfatiza o cristianismo prático e nos dá munição para resistir ao Inimigo e ao pecado. Tiago retoma o tema tratado no capítulo anterior sobre a “amarga inveja em sentimento faccioso em vosso coração” (Tg 3.14), próprio de uma sabedoria “terrena, animal e diabólica” (Tg 3.15) e presente na vida daqueles primeiros cristãos. Esses problemas vêm atravessando os séculos e hoje não é diferente, pois o problema da natureza humana permanece o mesmo. O ensino aqui está tratando do caráter cristão que precisa ser afinado com o sentimento de Cristo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A carta de Tiago foi dirigida aos primeiros cristãos dispersos no império romano e enfatiza um cristianismo eminentemente prático.
Para introduzir a lição dessa semana, sugerimos reproduzir o esquema proposto conforme a sua possibilidade e fazer uma exposição geral a respeito da epístola.
II. OS DELEITES DA VIDA
Tiago emprega aqui uma metáfora que ainda hoje usamos em nossos debates, discussões e conversas sobre dificuldades nas mais diversas áreas da vida.
1. Guerras e pelejas (v.1). Há quem afirme que essas guerras e pelejas sejam uma referência às disputas internas que havia entre os judeus de Jerusalém nos levantes contra Roma. A população da Judeia estava dividida nessa época sobre a luta pela libertação do poder romano. Mas não é disso que Tiago está falando aqui. Essas palavras metafóricas são pesadas e mostram o nível das disputas entre os crentes por causas dos deleites, ou seja, os maus desejos interiores (v.2). Não se trata aqui de debates teológicos entre os mestres. A expressão “guerras e pelejas” refere-se às discussões acirradas sobre “o meu e o teu”, e isso é muito grave.
2. Os deleites. Ou maus desejos que eram a motivação dessas pelejas: “dos vossos deleites” (v.1). O termo “deleites” (vv.,3) é hedoné que aparece cinco vezes no Novo Testamento para descrever deleites ou prazeres ilícitos (Lc 8.14; Tt 3.3; Tg 4.1,3; 2Pe 2.13). Originalmente significava o prazer experimentado pelo sentido do paladar, posteriormente por meio dos outros sentidos e da mente; no período helenista, o conceito se restringiu ao significado de “gozo sensual, deleite sexual”. É a procura indiscriminada do prazer. O hedonismo permeia o pensamento pós-moderno. Hoje, qualquer esforço disciplinado ou o mínimo de sacrifício para se atingir um objetivo são tratados com profundo desgosto.
3. Cobiçosos e invejosos (v.2). A versão bíblica ARC (Almeida Revista e Corrigida) omite aqui o verbo “matar” que consta do texto grego: “Vocês cobiçam e nada têm; matam e sentem inveja” (Nova Almeida Atualizada). Esse homicídio não é literal; diz respeito ao ódio, que é como homicídio aos olhos de Deus (Mt 5.21,22; 1Jo 3.15). A cobiça é o desejo excessivo de possuir o que pertence ao outro, e a inveja é um sentimento de tristeza e pesar pela alegria, felicidade e sucesso de outra pessoa. O cristão deve se contentar com o que tem (Lc 3.14; Fp 4.12; Hb 13.5). Cabe aqui ressaltar que esse ensino não é uma apologia à pobreza e à miséria, pois não é pecado desejar e buscar, de maneira lícita, tudo o que é útil à vida, desde que os nossos desejos sejam afinados com os de Deus.
4. Adúlteros e adúlteras (v.4). Tiago continua a linguagem metafórica usada desde o Antigo Testamento para descrever a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu Deus. A infidelidade a Deus é em si mesma um adultério espiritual. Tiago especifica que se trata de um assunto que envolve homens e mulheres. Assim como a intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade que o casamento proporciona fazem dele o símbolo da união e do relacionamento entre Cristo e a sua Igreja (2Co 11.2; Ef 5.31-33; Ap 19.7). A antítese segue nessa mesma linha de pensamento, pois de igual modo a infidelidade de Israel, da Igreja ou de um cristão é chamada na Bíblia de adultério espiritual, ou prostituição e fornicação espiritual (Jr 3.8; Ez 16.32; Ap 2.20).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As guerras e as pelejas, conforme semanticamente expostas, são consequências dos desejos por deleites da vida. A cobiça, a inveja e o adultério são frutos disso.
Para contrapor a ideia de vida egoísta e de pecado, leve em conta este belíssimo texto doutrinário sobre o ensino de John Wesley: “[…] Wesley incita os cristãos no caminho da perfeição completa para empreender obras de misericórdia e de piedade. Ele observa: ‘É por meio da paciente continuação em fazer o bem, em usar toda a graça que já lhe foi concedida, que você deve buscar o dom completo de Deus, a completa renovação de sua alma, a completa libertação do pecado’. Em termos de obras de misericórdia em particular, os crentes devem servir os pobres com vigor e sacrifício diligente, ministrando acerca de suas necessidades materiais e espirituais. Na verdade, em 1748, Wesley escreve que as pessoas engajadas em ministrar aos oprimidos ‘fazem o bem o máximo que podem, até mesmo para o corpo dos homens’. Mas, a seguir, indicando sua preferência por um ministério global, ele acrescenta: ‘Muito mais ele se regozijará se puder fazer algum bem para a alma de algum homem’. E dois anos depois, Wesley continua esse tema em seu sermão […] (Sobre o Sermão do Monte de nosso Senhor, Décimo Terceiro Discurso) em que escreve: ‘Além de tudo isso, você é zeloso com as boas obras? Você, quando tem tempo, faz o bem a todos os homens? Você alimenta o faminto, e veste o nu, e visita o órfão e viúva em sua aflição? Você visita os que estão doentes? Ajuda o que está preso? Você acolhe o estrangeiro? Amigo, suba mais alto. […] Ele capacita-o a trazer os pecadores das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus’” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. RJ: CPAD, 2010, pp.372-73).
Hedoné — Hedonismo
“[Do gr. hedoné; do lat. hedonismus ] Doutrina filosófica da época pós-socrática, segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana”. Leia mais em Dicionário Teológico, CPAD, p.173.
III. RESISTINDO AO INIMIGO
A ideia de Tiago, ao concluir essa seção da epístola, é a mesma exortação que fez o apóstolo Pedro, inspirado por Levítico 11.44; 19.2; 20.7: “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16).
1. Tiago apresenta a receita para resistir ao Inimigo. Ele mostra que o Espírito Santo está em nós (v.5), o que é confirmado em outras partes do Novo Testamento (1Co 3.16; 6.19; Ef 2.22). Na verdade, o cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). Assim, o Espírito Santo em nós não quer um coração dividido: “É com ciúme que por nós anseia o espírito, que ele fez habitar em nós?” (v.5, Nova Almeida Atualizada ). Essa vantagem nos permite viver uma vida santa e resistir ao Inimigo. Nisso temos a ajuda de Deus, que “resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (v.6).
2. A submissão a Deus. Essa submissão e humildade a Deus é descrita de várias maneiras, como “resistir ao diabo” (v.7) e se aproximar de Deus; limpar as mãos, “vós de duplo ânimo” (v.8). O duplo ânimo diz respeito aos crentes indecisos e divididos em suas decisões entre Deus e o mundo (Tg 1.8). Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24). As mãos são instrumentos das ações e o símbolo de toda a conduta. Para que elas sejam limpas, é necessário primeiro um coração purificado (Sl 24.4; 1Pe 1.22).
3. Os lamentos e os resultados. Tiago continua com as suas exortações: sentir as nossas misérias, lamentar, chorar, substituir o riso pelos lamentos, sentir angústia e nos humilhar diante de Deus (v.9). Essas exortações resultam em bênçãos, entre elas, a de que o Diabo fugirá de nós, e o Senhor nos “exaltará” (v.10). Trata-se de uma vitória completa em Cristo.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Para resistirmos o Inimigo, precisamos submeter-nos a Deus.
Para concluir a lição desta semana, sugerimos uma reflexão com os alunos acerca do “ser cristão”. Ora, ser cristão é submeter-se inteiramente a Cristo. Mas o que isso significa na prática? Faça essa reflexão a partir deste texto da espiritualidade clássica pentecostal: “O segredo do Cristianismo está em ser. Está em ser possuidor da natureza de Jesus Cristo. Em outras palavras está em ser: Cristo em caráter; Cristo em demonstração; Cristo em poder de transmissão. Quando o indivíduo se entrega ao Senhor e se torna filho de Deus, ele passa a ser como um cristo-homem — um cristão. Tudo o que a pessoa faz e diz dali em diante deve ser a vontade, as palavras e as obras de Jesus, da mesma maneira como Jesus falou e fez absoluta e completamente a vontade do Pai” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.43-44).
CONCLUSÃO
Tiago relaciona uma série de exortações que, se praticadas em conjunto, resultarão na completa resistência ao Inimigo de nossa alma. O que Deus espera de nós é que sejamos santos como Ele é santo. Resistir ao Inimigo, no contexto de Tiago, resume-se em que cada um de nós sujeitemos-nos à vontade de Deus e cheguemos-nos a Ele; e devemos ainda purificar as mãos e limpar o coração. É essa dependência de Deus que nos leva à vitória em Cristo.
A respeito de “Um inimigo que precisa ser resistido” responda:
O que mostra a palavra “sinagoga” em Tiago 2.2?
O emprego da palavra “sinagoga” como alternativa mostra que Tiago vem de uma época em que os discípulos eram chamados de “o movimento de Jesus”.
A que se refere a expressão “guerras e pelejas”?
A expressão “guerras e pelejas” se refere às discussões acirradas sobre “o meu e o teu”.
O que só o cristianismo tem e que fez dele a única religião do planeta com tal característica?
Na verdade, o cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17).
O que significa a expressão “duplo ânimo” (Tg 4.8)?
O duplo ânimo diz respeito aos crentes indecisos e divididos em suas decisões entre Deus e o mundo (Tg 1.8).
Quais as bênçãos resultantes das exortações de Tiago?
Essas exortações resultam em bênçãos, entre elas a de que o Diabo fugirá de nós, e o Senhor nos “exaltará” (v.10).
Um inimigo que precisa ser resistido
Prezado professor, prezada professora, um bom início de preparação para a aula desta semana é estudar a carta de Tiago. Assim, é possível compreender bem o contexto em que se encontra a seção que nos interessa na lição. Logo, será possível perceber em seus estudos que o contexto da seção exposta na lição versa a respeito do “chamado à santidade”. Esse procedimento é importante porque a ausência dele é que permite o movimento moderno de “batalha espiritual” distorcer ou forçar tanto o texto bíblico.
Sobre a epístola de Tiago
No primeiro tópico da lição, o comentarista faz uma breve introdução sobre a carta. Ele passa pelos destinatários, destaca os principais conteúdos da epístola e se concentra no tema da carta. O comentarista mostra como se trata um tema atual com seriedade bíblica. Ora, não se pode versar sobre uma seção bíblica, ou um assunto bíblico, sem dar-lhe atenção de acordo com o devido contexto. Quando buscamos o que o texto bíblico quis dizer exatamente aos nossos primeiros irmãos, os leitores originais de Tiago, nós temos maior garantia de não cometer injustiças com o texto da Bíblia.
Sobre os “deleites da vida”
O segundo tópico trabalha o tema dos deleites da vida, passando pelos quatro primeiros versículos do capítulo 4. Os temas que Tiago emprega nos versículos 1 a 4 são “guerras e pelejas”, “os deleites da vida”, “cobiça e inveja”, “adultérios”. Aqui, nestes primeiros versículos, o escritor da epístola prepara a plataforma para o convite de resistência do crente.
Sobre resistir o inimigo
O terceiro tópico trata da resistência do crente. Este só pode resistir ao Diabo porque o Espírito Santo lhe habita. Fica claro na epístola que quando resistimos os instintos mais primitivos de nossa natureza humana, tal como a disposição para a contenda, para os prazeres, para a cobiça e inveja, para o adultérios, com o auxílio do Espírito Santo, então, resistimos o Diabo. Com uma vida de santidade perseverante no Senhor, as tentações impostas pelo Diabo fugirão de nós. A vida cristã precisa ser vivida em santidade, com o auxílio do Espírito Santo. O Diabo, nosso adversário, tentará nos desestabilizar. Mas se lhe resistirmos em Cristo, na força do Espírito Santo, ele fugirá. Quem perseverar, em Cristo, resistirá o Diabo. Quem resistir, em Cristo, vencerá o Diabo.