Título: O Governo Divino em Mãos Humanas — Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel
Comentarista: Osiel Gomes
Lição 2: O nascimento de um líder profético em Israel
Data: 13 de outubro de 2019
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor” (1Sm 1.20).
O surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da oração, consagração e ensino dos pais no lar.
Segunda — Mt 7.7
Devemos perseverar em oração
Terça — Rm 12.1
Devemos oferecer sacrifício vivo a Deus
Quarta — 1Pe 3.7
O marido deve conviver com entendimento com sua esposa
Quinta — Sl 50.14
Devemos cumprir os votos que fazemos a Deus
Sexta — Sl 103.1-3
Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos dá
Sábado — Sl 127.3
Os filhos são herança do Senhor
1 Samuel 1.20-28.
20 — E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.
21 — E subiu aquele homem Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.
22 — Porém Ana não subiu, mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então, o levarei, para que apareça perante o SENHOR e lá fique para sempre.
23 — E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer a teus olhos; fica até que o desmames; tão-somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim, ficou a mulher e deu leite a seu filho, até que o desmamou.
24 — E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre de vinho, e o trouxe à Casa do SENHOR, a Siló. E era o menino ainda muito criança.
25 — E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli.
26 — E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR.
27 — Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.
28 — Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR.
60, 79 e 96 da Harpa Cristã.
Exortar que a família pode ser o ambiente propício para que Deus levante pessoas para sua obra.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Deus levanta pessoas para o ministério. Ele vocaciona os que serão usados por Ele para fazer uma grande obra. Entretanto, uma obra desse porte requer também zelo da família que ensina o menino, ou a menina, no caminho do Senhor. É preciso que a criança cresça num ambiente em que a prática de oração é um hábito, que haja consagração sincera a Deus e ensino da Palavra no lar. Assim, ao longo dos tempos, Deus vai moldando o coração do infante para que ame as coisas dEle. Uma família que serve a Deus de todo o coração é um ambiente propício para o Pai levantar pessoas para a sua obra.
INTRODUÇÃO
Antes de aparecer no cenário de Israel, Samuel já era consagrado diretamente ao Senhor (1Sm 1.11). Nesta lição, veremos que esse homem tinha tudo a seu favor para ser o que foi. Primeiramente, ele foi fruto de oração de sua mãe. Em seguida, passou toda a sua juventude sob a mentoria do sacerdote Eli, morando no Santuário Central. Veremos que Samuel era constante na Casa do Senhor e, por isso, foi grandemente abençoado. O nosso objetivo é que, a partir desta lição, você e o seu lar sejam grandemente abençoados. Vale a pena criar os filhos no temor do Senhor; que eles não se afastem da Casa de Deus!
PONTO CENTRAL
Deus chama pessoas no ambiente familiar.
I. O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL
1. Onde Samuel nasceu? No capítulo um de 1 Samuel, vemos que o lar onde ele nasceu não era perfeito. Estudiosos dos costumes bíblicos afirmam que nas famílias dos homens de Deus do passado havia os mesmos problemas de hoje: conflitos e maus tratos. Poligamia, rivalidade entre irmãos e oposição entre pais e filhos também estavam presentes nas famílias daquela época. Tais fatos, porém, não anularam o projeto de Deus para a família de Samuel.
A Bíblia diz que Elcana, pai do jovem juiz, sacerdote e profeta, era levita da família de Coate (1Cr 6.22-28), um homem de elevada posição social e chefe da família de Zofim, que deu origem ao nome da aldeia, Ramataim de Zofim, que significa altitude ou elevação dupla, isso por causa de Ramá (elevação). Foi em Ramá que Samuel nasceu, viveu e morreu (1Sm 1.19; 7.17; 25.1). Assim como seu pai Elcana, Samuel também era levita e vivia no território da Tribo de Efraim (1Sm 1.1).
2. A bigamia presente. O autor do livro de Samuel pontua que Elcana tinha duas mulheres, uma prática que feria o princípio bíblico, posto que esse nunca foi o ideal de Deus para a família (Gn 2.24; Mt 19.5,6); embora fosse tolerado pela lei (Dt 21.15-17) — alguns homens na Bíblia foram polígamos, mas tiveram consequências gravíssimas: Abraão, Jacó, Gideão, Davi, Salomão. A prática comprometedora de Elcana trouxe problema para si e para a sua mulher, Ana, a quem amava, pois Penina provocava sua rival, visto que ela tinha filhos, mas Ana, não. Crê-se que o casamento de Elcana com Penina se dera por causa da esterilidade de Ana.
Por vezes nossos lares se tornam conflituosos devido à falta de prudência e sabedoria de um dos cônjuges. Por isso, é imperioso que o esposo e a esposa saibam proceder com verdade e sinceridade, relacionando-se um com o outro em amor (Ef 4.2) e pedindo sabedoria do alto para a solução de conflitos (Tg 1.5).
3. Uma família piedosa. Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à Casa do Senhor para O adorar. Siló era o centro religioso da nação, que distava de Betel 18 quilômetros ao norte. Essa família subia para prestar culto ao Senhor dos exércitos.
Apesar das dificuldades, pais e filhos não devem deixar de ir à casa de Deus, pois ali, Deus fala conosco! No tocante à piedade, Paulo diz que ela é proveitosa para tudo (1Tm 4.8). A palavra “piedade”, do grego eusebeia, remete à reverência, respeito, temor e fidelidade a Deus. Assim, se no lar existe a verdadeira piedade, não haverá desrespeito aos pais nem abandono dos filhos em sua velhice (1Tm 5.4).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O lar que Samuel nasceu não era perfeito, entretanto, sua família era piedosa.
Ao iniciar a aula faça a seguinte pergunta: “Qual é o significado do nome de Samuel?”. A partir da resposta à pergunta, você pode introduzir a explicação sobre a família em que Samuel nasceu. Use este trecho para lhe auxiliar na resposta e no desenvolvimento do tópico: “Quando a criança nasceu, Ana chamou o seu nome Samuel (20; Shemuel em 1Cr 6.33), que literalmente significa ‘nome de Deus’ ou ‘um nome piedoso’. Como recebera a criança em resposta a sua oração, Ana procurou por um nome e um caráter divinos. Os nomes do Antigo Testamento compostos por ‘el’ são derivados de Elohim ou El, os termos hebraicos genéricos para Deus” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.181).
II. SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO
1. A humildade de Ana. Descrita no primeiro capítulo como uma mulher forte, firme, decidida, apesar de toda provocação de Penina, Ana se mostrou humilde. Penina, sua rival, fazia de tudo para que Ana se irasse (1Sm 1.6), perdesse o controle, mas o que esta fazia era subir à Casa de Deus (1Sm 1.9,10).
Uma mulher cristã, espiritual, sempre busca sabedoria para proceder com prudência, como mulher piedosa (Pv 31.30). Ela evita responder aos ataques de outras, mas dirigi-se à pessoa certa, derramando o seu coração diante de Deus (1Sm 1.12,13).
2. Ana e sua amargura de alma. Toda a situação na qual vivia fez com que sua alma tivesse grande amargura. Aqui, a palavra é a mesma que aparece em Êxodo 15.23 e Rute 1.20. No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração. No santuário, ela orava ao Senhor apenas com os lábios, o que não era comum para os hebreus. Esse ato incomum fez Eli pensar que ela estivesse embriagada. Mas com reverência, ela explicou sua dor, de modo que o sacerdote lhe respondeu: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste” (1Sm 1.17). Assim, aprendemos que as nossas amarguras e ansiedades devem ser colocadas perante o soberano Senhor. Ele sabe como tratar conosco (1Pe 5.7).
3. O pedido de Ana. Ana pediu um filho para Deus. Nesse pedido ela fez um voto, mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita para sempre (1Sm 1.22) — note que o ministério de levita durava até 50 anos (Nm 4.3); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1Sm 1.11) — observe que o nazireado tinha um tempo determinado também (Nm 6.2-5). Deus ouviu o pedido de Ana e agiu em seu favor; a expressão “lembrou-se dela” aponta para o socorro divino. Como é maravilhoso entregar tudo a Deus, levar-lhe nossas causas, pois Seu agir é certo! Deus ainda intervém!
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
No ambiente de oração e súplica de Ana, que revelara a angústia de sua alma, se encontra o nascimento de Samuel.
“Ana não acompanhou a família até Siló para a festa anual depois do nascimento de Samuel, até que seu filho crescesse o suficiente para ser desmamado (22), o que geralmente acontecia entre os dois e três anos de idade. Fica claro que Elcana foi informado sobre o voto que Ana fizera em relação ao seu filho desejado e que ele consentiu plenamente com o desejo de sua esposa. O significado de um sacrifício pessoal, tanto para ele como para Ana, é visto na atitude de Jacó para com José, o primeiro filho de sua esposa favorita, Raquel (Gn 37.1-4). No versículo 21, em vez de sacrifício anual e a cumprir o seu voto, a Septuaginta traz ‘pagar seus votos e todos os dízimos de sua terra’” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.181).
III. A DEDICAÇÃO DE SAMUEL
1. O nascimento de Samuel. O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho, e o nomeou de Samuel, que pode significar "ouvido de Deus" (do heb. Shemu´á-el) ou “seu nome é poderoso” (do heb. Shemu-´el). Atente para o sufixo el, tanto no caso de Shemu´á-el quanto no de Shemu-´el. A ênfase aqui recai para um nome poderoso, ou seja, ao poder do Eterno, que deve ser adorado para sempre. Isso mostra que Samuel cresceu, fortaleceu-se e confiou no Deus Todo-Poderoso, como indica o seu próprio nome.
2. O cumprimento do voto. A partir do versículo 21, nota-se que Elcana, marido de Ana, subiu à casa de Deus para, juntamente com toda a sua casa (com a exceção de Ana, que só subiria após desmamar o menino) apresentar sacrifícios anuais e cumprir o seu voto. Pelo texto da Septuaginta, Elcana cumpriu seus votos e também entregou os dízimos do produto da terra (Dt 12.26,27). Esse procedimento consistia em entregar os dízimos do produto da terra, conforme se esperava que todo levita fizesse (Nm 18.26; Ne 10.38).
Após ser desmamado, aproximadamente três anos mais tarde, Samuel foi levado por seus pais à Casa de Deus, e entregue ao sacerdote Eli como cumprimento do voto feito por sua mãe. Assim, o casal cumpriu conforme o prometido: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo” (Ec 5.4a).
3. Dedicação de Samuel. Ana lembrou a Eli de que esteve perante a sua presença, orando ao Senhor para que “se lembrasse dela”. Assim, Ana dedicou Samuel a Eli para o serviço no templo, devolvendo-o para o Deus Todo-Poderoso. Era uma dedicação irrevogável.
Como é bom quando os pais se dedicam as coisas de Deus e, consequentemente, mostram aos seus filhos, na prática, uma vida de devoção sincera. Ao chegarem ao templo, em reverência, oram a Deus; em casa, fazem o culto doméstico; primam por viver o Evangelho de Jesus Cristo. Os filhos que crescem, vendo tal dedicação sincera, naturalmente, são estimulados a temerem a Deus e a amá-lo de todo o coração. Mostremos, portanto, reverência, humildade e honra ao Senhor nosso Deus!
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Ana cumpriu seu voto, dedicando Samuel a Deus.
“Voto. Essa palavra tem três diferentes usos gramaticais, isto é, pode ser um verbo transitivo, um verbo intransitivo ou um advérbio. Elas expressam a ideia de uma promessa verbal feita — geralmente, mas não exclusivamente — a Deus.
No AT foram usadas três palavras hebraicas. Uma delas é o verbo nadar, e outra é o substantivo neder, derivado desse verbo. A terceira é ‘issar, com um sentido negativo — um voto de abstinência. O substantivo do NT, usado apenas duas vezes, é o termo grego euche, que é traduzido como ‘um voto’.
Os votos do AT parecem adotar três formas básicas: do tipo de barganha, atos de abnegada devoção, e aqueles que têm como finalidade a abstenção” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2010, p.2027).
Sobre Siló
“O termo vem provavelmente da raiz heb. sh-l-h significando ‘estar seguro, tranquilo, em descanso’. […] Foi em Siló que Ana orou por um filho (1Sm 1.3,11), e para este lugar ela trouxe Samuel para ministrar na presença de Eli (1.24). A arca foi tirada de Siló durante a batalha contra os filisteus, foi capturada, e não foi devolvida a Siló.”
Leia mais em Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1815-1817.
CONCLUSÃO
Com esta lição, somos estimulados a apresentar a Deus as nossas petições. Uma vez abençoados, voltarmos à sua casa, conforme o exemplo de Ana, para agradecê-lo pelas orações respondidas. Nesse sentido, nossa vida deve ser um testemunho aberto aos nossos filhos acerca da dedicação, reverência e humildade ao Deus Todo-Poderoso. Ana teve dois privilégios: ter um filho e, além disso, vê-lo ungido por Deus para o ministério. Por intermédio de sua família, Deus pode levantar novos vocacionados.
A respeito de “O nascimento de um líder profético em Israel”, responda:
O que de especial podemos destacar na família de Samuel?
Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à casa do Senhor para O adorar.
Como a palavra amargura pode ser entendida no caso de Ana?
No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração.
Qual voto Ana fez a Deus?
Ana fez um voto mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita para sempre (1Sm 1.22); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1Sm 1.11).
O que diz o versículo 20 do capítulo um de 1 Samuel?
O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho e o nomeou de Samuel.
O que Ana lembrou a Eli?
Ana lembrou a Eli que esteve perante a sua presença anos passados, orando ao Senhor para que “se lembrasse dela”.
O NASCIMENTO DE UM LÍDER PROFÉTICO EM ISRAEL
A ênfase desta segunda lição recai sobre a família de Samuel. Embora imperfeita, ela proporcionou-lhe as condições para conhecer o Deus de Israel e seus mandamentos.
Resumo da lição
Tenha bem claro os objetivos desta lição. Também é importante expô-los à classe. Espera-se de que o professor elucide o ambiente familiar de Samuel; esclareça que ele foi fruto da devoção de Ana; exponha a dedicação de Samuel, por intermédio de Ana, ao serviço do Senhor. Todos esses objetivos contribuirão para exortar ao povo de Deus de que a família deve ser um ambiente propício para Ele levantar pessoas para sua obra.
A fim de desenvolver o presente tema, o Tópico I mostra que o lar em que Samuel nasceu não era perfeito, entretanto, sua família era piedosa. Havia problemas sérios de ordem moral nela, como a poligamia. Entretanto, o pai de Samuel era levita. Juntamente com a família, eles perseveraram em subir a Jerusalém anualmente para adorar a Deus.
O tópico II mostra que a família de Samuel era um ambiente de oração. Ana, sua mãe, suplicou a Deus por um filho, entregando-se por completo ao Senhor. Nesse contexto, Samuel nasceu num ambiente de humildade, de oração e adoração a Deus.
O tópico III mostra exatamente o momento em que Ana foi atendida por Deus e cumpriu o seu voto ao Criador. Samuel seria, então, dedicado ao serviço do Senhor. Nesse sentido, a narrativa bíblica é um relato bíblico vivo, atual e relevante para as famílias que têm o desafio de criar e educar os filhos de acordo com o Evangelho de Cristo, inculcando na mente deles o que nosso Senhor nos ensinou nos Evangelhos.
Uma informação relevante
A poligamia é um assunto que aparece em nossa lição. Sobre este tema o professor Ralph Gower faz uma excelente contribuição, a fim de trazer luz ao assunto: “A poligamia não era comum nos tempos bíblicos, embora fosse permitido o casamento com mais de uma mulher ao mesmo tempo, como quando Jacó casou-se com Lia e Raquel e teve relações sexuais com as servas delas. Uma razão era que o marido tinha de ser muito rico para sustentar mais de uma mulher. Portanto, a realeza é que tendia a ter várias esposas […] [o que sempre foi visto como problema de acordo com os rabinos]” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. RJ: CPAD, 2012, pp.60,61).