Título: O Governo Divino em Mãos Humanas — Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel
Comentarista: Osiel Gomes
Lição 11: As consequências do pecado de Davi
Data: 15 de Dezembro de 2019
“Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher” (2Sm 12.10).
O pecado é destruidor. O seu alvo é sempre desviar o homem da comunhão com Deus, levando-o a um estado de depravação espiritual e moral.
Segunda — Rm 6.23
O pecado gera morte
Terça — Hc 1.13
Deus não tolera o pecado
Quarta — 1Jo 1.7
O pecado só pode ser apagado pelo sangue de Jesus
Quinta — 1Tm 6.10
O pecado é a transgressão da lei divina
Sexta — 1Jo 5.18,19
O pecado ofende a Deus
Sábado — Ez 33.12
Quem peca pagará pelos seus pecados
2 Samuel 12.1-15.
1 — E o SENHOR enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.
2 — O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas;
3 — mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha.
4 — E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre e a preparou para o homem que viera a ele.
5 — Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o SENHOR, que digno de morte é o homem que fez isso.
6 — E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu.
7 — Então, disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul;
8 — e te dei a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teu seio e também te dei a casa de Israel e de Judá; e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas.
9 — Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
10 — Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.
11 — Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol.
12 — Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.
13 — Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR traspassou o teu pecado; não morrerás.
14 — Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.
15 — Então, Natã foi para sua casa. E o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi; e a criança adoeceu gravemente.
73, 373 e 443 da Harpa Cristã.
Esclarecer que o pecado tem o alvo de desviar o homem da comunhão com Deus e levá-lo a um estado de depravação espiritual e moral.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
O pecado é uma violação à lei de Deus. Sua consequência imediata na vida da pessoa que o pratica é culpa, bem como o castigo quanto a consequência direta do ato iníquo. A doutrina bíblica do pecado é muito bem vinda num contexto de relativismo moral que predomina no mundo atual. É importante trazermos o ensino bíblico acerca da gravidade e das consequências do pecado, mas ao mesmo tempo, ressaltar a misericórdia e a iniciativa de Deus em perdoar ao pecador que se arrepende e deixa a prática pecaminosa. Só em Cristo podemos vencer o poder do pecado!
INTRODUÇÃO
O assunto desta lição mostrará o alto preço que Davi pagou e as consequências que sofreu por causa dos pecados cometidos. A história de Davi nos ensina a não brincar com o pecado. Não podemos arriscar ou desafiar o pecado, pois ele é destruidor e seus resultados são trágicos. Por isso, o mais importante é viver em santidade e confiar no sacrifício perfeito de Cristo, lembrando permanentemente que Deus não tolera o pecado de quem quer que seja (Hc 1.13).
PONTO CENTRAL
O pecado tem o alvo de levar o homem ao estado de depravação espiritual e moral.
I. O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento. No Antigo Testamento, a palavra pecado tem diversos significados:
a) errar o alvo, prática de imoralidade e idolatria (Êx 20.20; Jz 16.20; Pv 19.2);
b) malignidade, perversidade (Gn 3.5; Jz 11.27);
c) revolta, rebelião (2Rs 3.5; Sl 51.13);
d) iniquidade e culpa (Nm 15.30; 1Sm 3.13);
e) transgressão consciente (Lv 4.2);
f) culpabilidade diante de Deus (Lv 4.13; 1 Jo 1.7);
g) desviar-se do bom caminho (Nm 15.22; Sl 58.3).
2. No Novo Testamento. Quem lê o Novo Testamento depara-se com diversos vocábulos usados pelos escritores para definir a palavra pecado, que pode ser descrito da seguinte forma:
a) mal moral (Mt 21.41; Rm 12.17; 1Tm 6.10);
b) impiedade, incredulidade, herege ou apóstata (Rm 4.5; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18);
c) culpa (Mt 5.21,22; Tg 2.10);
d) pecado propriamente dito, derivado da palavra grega hamartia (Rm 5.12; At 2.38; Jo 1.29; 1Co 15.3);
e) conduta comprometedora (Rm 1.18; Rm 6.13);
f) vida sem lei, referindo-se aos transgressores (Mt 13.41; 1Tm 1.9);
g) adoração falsa (At 17.23);
h) engano (1Pe 2.25; Mt 24.5,6; Ap 12.9);
i) pecado deliberado (Rm 5.15,20);
j) induzir os outros errarem por meio de falsos ensinos (Gl 2.11,21; 1Tm 4.2).
Assim, podemos perceber que o pecado é sempre maléfico. Suas ações são destruidoras em todos os aspectos, principalmente em relação ao bom relacionamento com Deus. Por isso, ao homem é melhor procurar, em Cristo, o perdão de todos os seus pecados, a fim de estar sempre em comunhão com Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento demonstram que o pecado é a violação da Lei de Deus.
Para reforçar o ensino a respeito do conceito do pecado nas Escrituras, ao introduzir o assunto em sua classe, leve em consideração a seguinte definição: “Talvez a melhor definição do pecado seja encontrada em 1 João 3.4: ‘O pecado é iniquidade’. Seja o que mais o pecado for, ele é, no seu âmago, uma violação da lei de Deus. E, já que ‘toda a iniquidade [gr. adikia, literalmente ‘injustiça’] é pecado’ (1Jo 5.17), toda injustiça quebra a lei de Deus. Por isso, Davi confessa: ‘Contra ti, contra ti somente pequei’ (Sl 51.4; cf. Lc 15.18,21)” (HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.281).
II. A REPREENSÃO DO PROFETA NATÃ AO REI DAVI
1. Uma consciência morta. Tudo nos leva a crer que Davi não iria confessar seus pecados. Havia se passado um ano, e para ele todas as coisas estavam normais, mas Deus não o deixaria impune. Note o quanto a Bíblia é maravilhosa: ela não esconde o pecado de ninguém. Esse procedimento, além de revelar a justiça divina, mostra que o compromisso do Senhor é para com os que andam em sinceridade, não importando a posição que exerçam, pois se pecarem, pagarão pelos seus pecados (Ez 33.12).
A consciência do rei Davi estava morta. Foi necessária uma alegoria do profeta Natã, relatando a ação de um homem rico, que, pela força, se apropriara da cordeirinha única e amada de um pobre. O rico, apesar de possuir um grande rebanho, recusou-se a lançar mão de suas muitas ovelhas. Davi se mostrou irado com o procedimento do rico e, prontamente, queria condená-lo à morte.
2. Mostrando a gravidade do seu pecado. À semelhança de Samuel e Elias, Natã age com energia e coragem para com Davi, denunciando-lhes os gravíssimos pecados. Aliás, o indicativo “Tu és este homem” foi como uma espada traspassando o coração do rei. Não poderia ser de outra forma, pois Davi, além do adultério, cometera o crime de homicídio, envolvendo outras vidas. Ele violou o Decálogo, que imperativamente diz para não adulterar e não matar (Êx 20.13,14).
O adultério é um tipo de relação sexual ilícita; é um pecado contra a família; acontece primeiramente no coração (Mt 5.28), evidenciando a falta de pureza na vida. Toda relação sexual antes e fora do casamento é proibida terminantemente pela Bíblia. Não poderia haver suavidade para o pecado de Davi em relação ao adultério, pois ele atingira uma família; e, no tocante à morte de Urias, tirou injustamente a vida de um soldado honrado, leal e valente. Natã, portanto, anunciou a desaprovação de Deus e a sentença de juízo que viria sobre o rei.
3. Traindo a generosidade divina. Natã, como porta-voz de Deus, disse tudo quanto Ele havia feito com relação a Davi, citando cada benefício, um por um:
a) livramento das mãos de Saul;
b) o reinado sobre Judá e Israel;
c) dentre muitos outros privilégios (2Sm 12.8).
Mas Davi, o homem segundo o coração de Deus, desprezara a generosidade de Deus (2Sm 12.9).
Entretanto, Davi reconheceu sua transgressão; sabia que havia pecado contra o Senhor. Alguns de seus salmos revelam o sofrimento que ele passou por ter ocultado o seu pecado, entristecendo profundamente o Espírito de Deus (Sl 32.3-5; 51.12). Pela misericórdia divina, Davi foi perdoado, mas teve de arcar com as consequências de seus pecados.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Diante de uma consciência morta do rei Davi, o profeta Natã mostrou-lhe a gravidade do seu pecado.
“As Escrituras descrevem muitas categorias de pecados. Podem ser cometidos por incrédulos ou por crentes, sendo que estes dois grupos são lesados pelos pecados e precisam da graça. Os pecados podem ser cometidos contra Deus, contra o próximo, contra o próprio-eu ou contra alguma combinação destes. Em última análise, porém, todo o pecado é contra Deus (Sl 51.4; cf. Lc 15.18,21). O pecado pode ser confessado e perdoado. Não sendo perdoado, continuará exercendo o seu domínio sobre a pessoa. A Bíblia ensina que uma atitude pode ser tão pecaminosa quanto um ato. Por exemplo, a fúria contra alguém pode ser tão pecaminosa quanto o assassinato, e um olhar de concupiscência, tão pecaminoso quanto o adultério (Mt 5.21,22,27,28; Tg 3.14-16). A atitude pecaminosa inutiliza a oração (Sl 66.18). O pecado pode ser ativo ou passivo, ou seja, a prática do mal ou a negligência à prática do bem (Lc 10.30-37; Tg 4.17). Os pecados sexuais físicos são lastimáveis para os cristãos, porque abusam o corpo do Senhor na pessoa do crente e porque o corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6.12-20)” (HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, pp.289,290).
III. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI
1. As consequências pelos pecados cometidos. Paulo afirmou que o que semeia na carne colherá corrupção (Gl 6.8). Foi o que ocorreu com Davi. Podemos enumerar alguns pontos dos males que vieram como consequência de seus pecados: o primeiro, a perda do filho; o segundo, o escândalo sexual de seu filho Amnon com a sua filha Tamar; o terceiro, o assassinato de Amnon; o quarto, a tentativa de usurpação do trono, por Absalão, e o abuso público das concubinas reais por este.
Davi foi perdoado pela graça e pela misericórdia divinas, mas teve de arcar com as consequências de seus pecados pelo restante de sua vida. É imperioso ao cristão evitar o pecado, pois este traz sofrimento e deixa marcas indeléveis, naqueles que o praticam, atingindo direta e indiretamente outras pessoas.
2. Davi, o rei fraco no seu próprio lar. Davi foi um grande líder para Israel, mas um péssimo pai de família. Ele teve doze esposas, dez concubinas, vinte e um filhos e uma filha (2Sm 3.2-5; 5.13-16; 1Cr 3.1-9; 14.3-7; 2Cr 11.18). Observe que os três filhos de Davi que morreram tragicamente — Amnom, Absalão e Adonias — eram seus sucessores imediatos. Lendo 1 Reis 1.6, pode-se compreender que parte da desestruturação da família de Davi, segundo o texto, era culpa dele mesmo, pela maneira como conduzia os filhos. A falta de aconselhamento e de disciplina fizeram com que os filhos dos três nomes de destaque dos livros que ora estudamos — Eli, Samuel e Davi —, tivessem grandes prejuízos morais e espirituais.
Nas palavras de Paulo, o que governa bem a própria casa está preparado para assumir grandes responsabilidades na Obra do Senhor, daí ser essa uma premissa primordial para a vida do obreiro (1Tm 3.4). Não adianta realizarmos grandes conquistas eclesiásticas, ou financeiras, tendo um lar desestruturado.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O rei Davi sofreu consequências de seus pecados tanto em sua vida familiar quanto em seu reinado.
“O estudo das consequências do pecado devem considerar a culpa e o castigo. Há vários tipos de culpa (heb. ’asham, Gn 26.10; gr. enochos, Tg 2.10). A culpa individual ou pessoal pode ser distinguida da comunitária, que pesa sobre as sociedades. A culpa objetiva refere-se à transgressão real, quer posta em prática pelo culpado, quer não. A culpa subjetiva refere-se à sensação de culpa numa pessoa, que pode ser sincera e levar ao arrependimento (Sl 51; At 2.40-47; cf. Jo 16.7-11). Pode, também, ser insincera (com a aparência externa de sinceridade), mas ou desconhece a realidade do pecado (e só corresponde quando apanhada em flagrante e exposta à vergonha e castigada, etc.) ou evidencia uma mera mudança temporária e externa, sem uma reorientação real, duradoura e interna (por exemplo, Faraó). A culpa subjetiva pode ser puramente psicológica na sua origem e provocar muitas aflições sem, porém, fundamentar-se em qualquer pecado real (1Jo 3.19,20)” (HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.294).
CONCLUSÃO
Evitemos o pecado a qualquer custo, pois ainda que aparentemente seja inofensivo, ele sempre trará consequências gravíssimas. O adultério de Davi marcaria sua vida para sempre, mesmo depois de perdoado. Isso porque o preço do pecado é demasiado alto; seus frutos geram a morte. A desobediência a Deus e a crueldade para com Urias seriam pagas por meio da dor e do sofrimento da própria família do rei.
A respeito de “As Consequências do pecado de Davi”, responda:
Qual o conceito do pecado em nosso vocabulário?
Culpa, transgressão, vício, maldade, crueldade, erro, pena são palavras que podem ser entendidas como pecado em nosso vocabulário.
Cite pelo menos três conceitos do pecado no Antigo Testamento?
a) Pecado no sentido de errar o alvo, prática de imoralidade e idolatria (Êx 20.20; Jz 16.20; Pv 19.2); b) Pecado no sentido de malignidade, perversidade (Gn 3.5; Jz 11.27); c) Pecado no sentido de revolta, rebelião (2Rs 3.5; Sl 51.13).
Cite pelo menos três conceitos do pecado no Novo Testamento?
a) Pecado como mal moral (Mt 21.41; Rm 12.17; 1Tm 6.10); b) pecado como impiedade, sem fé, herege ou apóstata (Rm 4.5; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18); c) pecado como culpa (Mt 5.21,22; Tg 2.10).
O que fez o profeta Natã para despertar a consciência morta do rei Davi?
Foi necessária uma alegoria do profeta Natã relatando a ação injusta do rico em que se apropriou da cordeirinha do pobre, que tanto a amava, tendo o rico um grande rebanho que manteve intacto.
O que é imperioso para o cristão?
É imperioso ao cristão evitar o pecado, pois ele traz sofrimento e deixa marcas indeléveis naqueles que o praticam, atingindo assim, outras pessoas.
AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI
O pecado tem o alvo de desviar o homem da comunhão com Deus e levá-lo a um estado de depravação espiritual e moral. Ele desdobra várias consequências trágicas para quem o pratica. Mesmo havendo perdão, as marcas ficam. As consequências são inevitáveis e dolorosas. Nesta lição, à luz do exemplo de Davi, veremos o quanto as consequências do pecado podem ser desastrosas.
Resumo da lição
Nesta lição, o comentarista conceitua o pecado no Antigo e no Novo Testamento. Em seguida, mostra a repreensão do profeta Natã ao rei Davi. E elenca as consequências do pecado de Davi. Assim, o primeiro tópico mostra que tanto o Antigo quanto o Novo Testamento demonstram que o pecado é a violação da Lei de Deus. O segundo tópico revela que diante de uma consciência morta do rei Davi, o profeta Natã mostrou-lhe a gravidade do seu pecado. E o terceiro tópico confirma que o rei Davi sofreu consequências de seus pecados tanto em sua vida familiar quanto em seu reinado.
Um ponto relevante
Ao expor o conceito do pecado, leve em conta o seguinte fragmento textual: “O pecado não consiste apenas de ações isoladas, mas também é uma realidade, ou natureza, dentro da pessoa (ver Ef 2.3). O pecado, como natureza, indica a ‘sede’ ou a sua ‘localização’ no interior da pessoa, como a origem imediata dos pecados. Inversamente, é visto na necessidade do novo nascimento, de uma nova natureza a substituir a velha, pecaminosa (Jo 3.3-7; At 3.19; 1Pe 1.23)” (HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.286). Nesse sentido, quem pode fazer isso é o Espírito Santo convencendo o ser humano do pecado, da justiça e do juízo.
Aplicação da lição
Não se pode ter uma consciência morta em relação ao pecado praticado. Quando a consciência se cauteriza já não resta mais esperança. Assim, o caminho da apostasia está aberto. A queda está logo ali. As consequências são inimagináveis: na vida individual, na vida familiar, na relação com os outros. O pecado afeta tudo e todos em nosso volta. Peçamos a Deus misericórdia e graça para que nos livre do caminho de morte que o pecado nos lega. Ele é trágico! Ele é real!