LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

JOVENS

 

 

3º Trimestre de 2019

 

Título: A razão da nossa esperança — Alegria, crescimento e firmeza nas cartas de Pedro

Comentarista: Valmir Nascimento

 

 

Lição 4: O RELACIONAMENTO DO CRISTÃO COM O ESTADO E COM OS SUPERIORES

Data: 28 de julho de 2019

 

 

TEXTO DO DIA

 

Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem(1Pe 2.13,14).

 

SÍNTESE

 

As Escrituras ensinam que o cristão deve se submeter às autoridades constituídas, porque toda autoridade provém de Deus, com o propósito de punir o mal e beneficiar a vida em sociedade.

 

AGENDA DE LEITURA

 

SEGUNDA — Rm 13.1-6

Obedecendo às autoridades superiores

 

 

TERÇA — Lc 20.19-25

Jesus e a questão do tributo romano

 

 

QUARTA — 1Tm 2.1,2

Orando pelas autoridades

 

 

QUINTA — At 5.27-29

Importa obedecer a Deus

 

 

SEXTA — Rm 7.15-25

A luta interna do ser humano

 

 

SÁBADO — Mt 5.44

Amando os inimigos

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • CONSCIENTIZAR de que a conduta exemplar do cristão requer a abstinência das paixões carnais;
  • CONHECER a maneira adequada de se relacionar com o Estado e com as autoridades constituídas;
  • MOSTRAR o padrão bíblico do relacionamento do crente com os seus superiores.

 

INTERAÇÃO

 

A Primeira Epístola de Pedro contém recomendações para a vida devocional, mas também para a vida pública. Nesta segunda parte de sua Carta, ele oferece verdadeiros princípios sobre como o cristão, enquanto cidadão deste mundo, deve se relacionar com as autoridades e superiores hierárquicos. Tais princípios são atemporais, oferecendo hoje diretrizes valiosas para a participação política e interação dos seguidores de Cristo com o Estado. Saber aplicar corretamente tais princípios é essencial para o testemunho público da Igreja, pois, do contrário, a Igreja corre o risco de adotar um modelo de envolvimento inadequado com o poder público, seja de completa subordinação ou de tentativa de dominação a ele. Desse modo, considerando que a desilusão com a política e com o poder público são características do tempo presente, assim como a secularização — que visa afastar os crentes da esfera pública, esta lição é propícia para conscientizar os jovens crentes sobre temas como engajamento político, cidadania cristã, democracia e participação profética no processo eleitoral.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Prezado(a) professor(a), o que você acha de usar no Tópico II desta lição a dinâmica “tempestade de ideias”? Para tal, peça que os alunos opinem a respeito dos desafios do relacionamento do cristão com o Estado. Registre as ideias em um painel ou lousa, sem censurá-las. Essa atividade deve demorar aproximadamente 5 a 10 minutos. Na sequência, à luz do conteúdo da lição, e com base em outras pesquisas sobre o tema, explique como tais desafios podem ser vencidos segundo os princípios bíblicos.

 

TEXTO BÍBLICO

 

1 Pedro 2.11-23.

 

11 — Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma,

12 — tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.

13 — Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;

14 — quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem.

15 — Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos;

16 — como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.

17 — Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.

18 — Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau;

19 — porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.

20 — Porque que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.

21 — Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas,

22 — o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano,

23 — o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta seção de sua carta, Pedro passa a tratar de aspectos práticos da vida cristã, especialmente sobre deveres e responsabilidades sociais. Nitidamente, a epístola petrina demonstra a dupla cidadania dos discípulos de Cristo. Ao mesmo tempo que somos chamados de peregrinos por causa de nossa cidadania celestial, Pedro conclama os crentes a se submeterem livremente a todas as autoridades legítimas, numa clara alusão à cidadania terrena. A mensagem que o apóstolo está transmitindo é que, não importa o tipo de governo humano, seja monarquia ou república, toda autoridade provém de Deus. Desse modo, o governo civil, assim como o tudo mais na vida, está sujeito à lei do Criador. Este é o tema da presente lição.

 

I. A CONDUTA EXEMPLAR DOS PEREGRINOS

 

1. Abstendo-se das paixões carnais. Em tom amoroso, Pedro se dirige aos crentes como peregrinos e forasteiros. Enquanto cidadãos de uma pátria distante, os crentes precisam abster-se das paixões carnais que guerreiam contra a alma (v.11). Abster-se aqui tem o sentido de manter-se continuamente longe, afastado dos desejos pecaminosos. Por causa da sua natureza pecadora, o homem se encontra numa luta interna da carne contra o Espírito (Gl 5.17). Se por um lado, queremos obedecer a lei moral de Deus, por outro, somos inclinados a cumprir os desejos da nossa velha natureza, conforme Paulo descreve em Romanos 7.15-25. Não obstante, isso não significa que tais desejos sejam absolutamente incontroláveis e que estejamos sujeitos somente aos nossos institutos naturais. A vitória contra o pecado começa, primeiramente, com o reconhecimento de nossas fraquezas morais. O cristão não pode se esquecer das armadilhas do seu coração (Jr 17.9,10) e que as suas percepções não são plenamente confiáveis. Somente com a ajuda do Santo Espírito o crente é capaz de vencer essa guerra interna. O segredo para vencermos os desejos pecaminosos está em andarmos segundo o mover e o poder do Espírito (Gl 5.16).

2. Abstinência cristã. A abstinência é uma virtude cristã. Uma vez exercitada, ela leva o cristão a abdicar não somente do consumos de bebidas alcoólicas e de substâncias entorpecentes, mas de toda atividade que provoque algum tipo de dependência. Numa era caracterizada pela sensualidade e por vários tipos de compulsão, inclusive de smartphones, jogos, seriados e mídias sociais, saber se privar de algumas condutas e práticas é crucial para que tenhamos uma vida de acordo com a vontade do Senhor.

Recomendado pelas Escrituras, o jejum é um importante hábito de abstinência (Mc 9.29; At 10.30). Apesar de negligenciado por alguns crentes e desconhecido por outros, o jejum é disciplina espiritual sadia, pela qual nos concentramos nas coisas espirituais em detrimento da vontade do nosso corpo físico.

3. Exemplos de conduta. Pedro prossegue instando os cristãos a manterem uma conduta exemplar no meio dos descrentes (v.12). Naquela altura, os discípulos de Jesus eram falsa e injustamente acusados de diversos crimes e delitos. Em vez de argumentar com palavras, eles deveriam provar a sua inocência e integridade moral por meio de uma vida exemplar, relevada nas boas obras. Afinal, ações valem mais que palavras, e do verdadeiro cristão espera-se que seja exemplo em tudo (1Tm 4.12) e em todos os ambientes da sociedade.

 

 

Pense!

 

Não deixe que pequenas derrotas contra a carne façam você perder o foco de toda a batalha espiritual.

 

 

Ponto Importante

 

Apesar de negligenciado por alguns crentes e desconhecido por outros, o jejum é disciplina espiritual sadia, pela qual nos concentramos nas coisas espirituais em detrimento da vontade do nosso corpo físico.

 

 

II. O CRISTÃO E O ESTADO

 

1. Submissão às autoridades. Seguindo o raciocínio do tópico anterior, uma importante maneira de o cristão ser exemplo é submetendo-se às autoridades constituídas. Assim como o apóstolo Paulo (Rm 13.1-3), Pedro igualmente enfatiza que toda autoridade foi estabelecida por Deus (vv.13,14). As autoridades constituídas, reis, governantes, legisladores, magistrados e outros detentores de poder, portanto, receberam de Deus delegação para exercerem suas atividades, seja para promover o bem (instituir políticas públicas, por exemplo), seja para coibir o mal (aplicar a justiça, condenar os criminosos etc). O ensino subjacente é que Deus domina sobre toda a sua criação e o objetivo desse poder é o bem de todos. Afinal, sendo um Deus amoroso, Ele zela pela ordem das coisas criadas (1Co 14.33), pela boa convivência entre os homens (Hb 12.14) e pela obediência à sua própria lei (Jz 2.16,17).

2. Obediência ao Estado. Em nossos dias, vivendo sob um regime democrático de direito, a Igreja submete-se à autoridade e às leis emanadas do Estado. O que é o Estado? É o povo organizado política e juridicamente, que exerce sua soberania dentro de um território. Disso se denota que é incompatível com a fé cristã uma conduta de rebeldia, revolução e desrespeito à ordem pública. Por princípio, o cristão é um cidadão exemplar, pois, além de exigir os seus direitos, é cônscio dos seus deveres com a sociedade e com o poder público. Em sua conduta diária, é dever do crente atentar para o cumprimento das leis e regras impostas, não somente as de natureza penal, mas também as civis, trabalhistas, fiscais, trânsito, ambientais, eleitorais etc.

Todavia, considerando que a autoridade do Estado é delegada e derivada, a obediência a ele não é cega e sem limites. Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus (Lc 20.25). A única autoridade absoluta é Deus. Logo, sempre que o governo confrontar os princípios morais e espirituais contidos nas Escrituras, o cristão deve se preocupar em obedecer mais a Deus que aos homens (At 5.27-29). Nas Escrituras e ao longo da história muitos servos de Deus foram presos ou morreram exatamente por desobedecerem a leis e a ordens injustas de reinos e governos perversos. “A lealdade ao reino de César é condicional, mas a lealdade ao Reino de Deus é absoluta” (Bíblia de Estudo Pentecostal). O seguidor de Cristo honra ao Rei, mas teme a Deus (v.17).

3. Liberdade do cristão. Independentemente da forma de governo, o cristão é livre (v.16). A liberdade é um princípio essencial no Cristianismo, e serviu de base para a formatação dos valores do mundo Ocidental. Assim, ao se submeter à autoridade do Estado, o cristão não o faz na condição de escravo, mas de pessoa livre. Todavia, a liberdade não pode ser utilizada como pretexto para a prática de atos maliciosos. Ela jamais pode conduzir ao escândalo ou como justificava para dar lugar à carne (1Co 8.9, Gl 5.13). Ainda que sejamos livres, nem tudo nos convém (1Co 10.23).

 

 

III. O CRISTÃO E OS SEUS SUPERIORES

 

1. A submissão aos senhores. Tendo tratado do relacionamento do salvo com as autoridades, o apóstolo passa agora ao âmbito dos relacionamentos privados. Ele admoesta os servos cristãos a se submeterem aos seus senhores (v.18). Pedro emprega o termo grego oiketai, que designava o escravo doméstico, uma espécie de empregado ou servente da casa. A menção deles nas páginas do Novo Testamento é um claro indicativo da posição de igualdade humana que eles ocupavam na comunidade de fé (Ef 6.5; Fm 16; Gl 3.28). Enquanto a sociedade os tratava com desprezo, para os cristãos eles são irmãos em Cristo, dignos de receberem ensinamentos.

Numa época em que havia no Império Romano mais de 60 milhões de escravos, dentre os quais muitos cristãos, o conselho era para que eles se portassem com respeito aos seus superiores, tanto em relação aos bons quanto aos maus. Tal conselho somente pode ser compreendido pelo verdadeiro súdito do Reino de Deus, cujo padrão de comportamento é completamente inverso ao do mundo. Qualquer pessoa pode obedecer a um superior justo e humano, mas somente o cristão, por amor a Cristo, é capaz de respeitar alguém perverso e ímpio.

Por certo, hoje as relações de trabalho são muito diferentes. Os empregados gozam de maior liberdade e possuem uma série de direitos trabalhistas assegurados. Assim, ao aplicarmos o ensinamento de Pedro para a vida contemporânea, devemos ter em mente o princípio ali contido: submissão por amor ao Senhor (Ef 6.5). Portanto, o empregado cristão submete-se ao seu patrão ou chefe principalmente porque teme e ama a Deus.

2. Seguindo os passos de Jesus. Por que devemos ter esse tipo de comportamento? Porque temos em Jesus o melhor modelo de conduta diante do sofrimento e da perseguição. Mesmo tendo sido ultrajado, maltratado e injustiçado em nosso lugar, não revidou ou ameaçou seus algozes. É Ele quem o cristão deve imitar e seguir os passos. O seu ensinamento é claro: “[…] Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem!” (Mt 5.44). A lógica do seu Reino é diferente da dos homens, mas vale a pena trilhar os passos do Mestre!

3. A crise de autoridade. Vivemos um tempo de verdadeira crise de valores e referenciais. Uma característica nociva da pós-modernidade é exatamente a perda da noção de autoridade, com alunos que não respeitam professores, filhos que se insurgem contra os pais e jovens que confrontam diretamente os mais velhos. Esse tipo de rebeldia fragiliza os relacionamentos e provoca verdadeiro caos na sociedade. Por essa razão, o princípio da submissão à autoridade que se extrai da mensagem da carta em estudo é muito atual, servindo como valiosa diretriz para a vida em comunidade.

Temos em Jesus o melhor modelo de conduta diante do sofrimento e da perseguição. Mesmo tendo sido ultrajado, maltratado e injustiçado em nosso lugar, não revidou ou ameaçou seus algozes.

 

 

CONCLUSÃO

 

É marca indelével do verdadeiro cristão o exercício da boa cidadania. O crente honra a Deus respeitando as leis do governo civil e contribuindo para o bem comum. O testemunho cristão começa em Jerusalém, mas alcança os confins do mundo (At 1.8). Assim como os cristãos primitivos abalaram o mundo de sua época, chegando a Roma, a capital política do mundo de então, ainda hoje os seguidores de Cristo tem a incumbência de agirem como sal da terra e luz do mundo, como uma religião verdadeiramente profética na esfera pública.

 

ESTANTE DO PROFESSOR

 

NASCIMENTO, Valmir. Entre a Fé e a Política. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2018.

 

HORA DA REVISÃO

 

1. Por que a abstinência pode ser considerada uma virtude?

Porque, uma vez exercitada, ela leva o cristão a abdicar não somente do consumo de bebidas alcoólicas e de substâncias entorpecentes, mas de toda atividade que provoque algum tipo de dependência.

 

2. Segundo a lição, o que é o Estado?

É o povo organizado política e juridicamente, que exerce sua soberania dentro de um território.

 

3. Qual a postura do cristão se o governo confrontar os princípios morais e espirituais contidos nas Escrituras?

Deve se preocupar em obedecer mais a Deus que aos homens (At 5.27-29).

 

4. De que modo o cristão não pode usar a liberdade?

Não pode ser utilizada como pretexto para a prática de atos maliciosos.

 

5. Na sua opinião, qual o maior desafio do relacionamento do cristão com o Estado, hoje?

Resposta pessoal.

 

SUBSÍDIO I

 

“A Bíblia mostra-nos que, como cristãos, podemos viver sob qualquer forma de governo. Ainda que, como estrangeiros, nossos direitos sejam limitados no que diz respeito a esse mundo. Mas enquanto cidadãos dos céus, temos uma lealdade mais elevada, e isto deve colidir com nossas responsabilidades perante os potentados terrenos. Foi o que ocorreu quando o Sinédrio ordenou a Pedro e a João a não mais pregarem no nome de Jesus. Eles foram obrigados a declarar que lhes era necessário obedecer antes a Deus que aos homens. O próprio Jesus os tinha comissionado. Por isso, não podiam deixar de contar as coisas que haviam visto e ouvido (At 4.19,20).

Vejamos o exemplo do próprio Cristo. Num momento difícil, Ele evitou o choque com o poder imperial romano, ao recomendar: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus’ (Mt 22.21). A Bíblia é muito clara ao afirmar que Deus instituiu as autoridades terrenas para que mantenham a ordem e a legalidade (Rm 13.1-7).

A responsabilidade do cristão, enquanto residente temporário na terra, é submeter-se de boa vontade às instituições humanas. Assim o fazemos não porque tais instituições sejam boas. Elas podem estar muito distantes do ideal bíblico. O império romano em nada diferia das ditaduras modernas. Não obstante, Pedro e Paulo exortavam aos crentes a acatarem-lhes as leis. Assim procedemos, não para agradar ao governo, mas ao Senhor” (HORTON, Stanley M. 1 e 2 Pedro: A Razão da Nossa Esperança. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.36,37).

 

SUBSÍDIO II

 

“Que vos abstenhais das concupiscências carnais (1Pe 2.11)

Pedro dedicou o resto deste capítulo e o início do próximo para explicar como você e eu ‘anunciamos as virtudes de Deus’. Basicamente, nós as anunciamos mais pela maneira como vivemos do que pelo que dizemos.

A primeira declaração de virtude que Pedro mencionou foi: ‘abster-se das concupiscências carnais’. Uma tradução melhor sugere que o cristão deve romper claramente ‘os impulsos naturais’ que o dominaram no passado. O adjetivo sarkikon, encontrado nesta expressão grega, sugere que os impulsos que Pedro tinha em mente não são impulsos para o pecado declarado, mas a inclinação natural de cada pessoa para preservar o seu bem-estar material e a sua individualidade. Pedro advertiu que esta preocupação com as coisas deste mundo ‘combatem contra a alma’. Quanto mais nós nos preocupamos com o universo material, menos nos preocupamos com o espiritual. As coisas desta vida devem ter pouco valor para o cristão, cujas esperanças estão fixas no retorno de Cristo” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.965).