Título: Os princípios divinos em tempos de crise — A reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
Comentarista: Eurico Bergstén
Lição 11: Esdras vai a Jerusalém ensinar a Palavra
Data: 13 de Setembro de 2020
“E provaram a boa palavra de Deus” (Hb 6.5a).
A Palavra de Deus é semelhante a uma afiada espada; é poderosa e penetrante.
Segunda — 2Pe 1.16-21
A Palavra de Deus é inspirada
Terça — 1Rs 8.54-61
A Palavra é digna de confiança
Quarta — Nm 23.18-23
Deus confirma a sua Palavra
Quinta — Sl 119.97-104
A Palavra de Deus deve ser lembrada
Sexta — 2Co 9.9-15
A Palavra deve ser semeada
Sábado — Ef 6.17
A Palavra é a base da nossa vitória
Esdras 8.1-12.
1 — Estes, pois, são os chefes de seus pais, com as suas genealogias, os que subiram comigo de Babilônia no reinado do rei Artaxerxes:
2 — dos filhos de Fineias, Gérson; dos filhos de Itamar, Daniel; dos filhos de Davi, Hatus;
3 — dos filhos de Secanias e dos filhos de Parós, Zacarias, e com ele por genealogias se contaram até cento e cinquenta homens;
4 — dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zeraías, e, com ele, duzentos homens;
5 — Dos filhos de Secanias, o filho de Jaaziel, e com ele trezentos homens;
6 — e dos filhos de Adim, Ebede, filho de Jônatas, e, com ele, cinquenta homens;
7 — e dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e, com ele, setenta homens;
8 — e dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Micael, e, com ele, oitenta homens;
9 — dos filhos de Joabe, Obadias, filho de Jeiel, e, com ele, duzentos e dezoito homens;
10 — e dos filhos de Selomite, o filho de Josifias, e, com ele, cento e sessenta homens;
11 — e dos filhos de Bebai, Zacarias, o filho de Bebai, e, com ele, vinte e oito homens;
12 — e dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de Hacatã, e, com ele, cento e dez homens; Filho de Hacatã, e com ele cento e dez homens;
409, 509 e 545 da Harpa Cristã.
Mostrar a eficácia da Palavra de Deus.
Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.
O Antigo Testamento mostra que a Lei do Senhor estava intrinsicamente ligada à vida de todo o povo e, por isso, ela também era o elemento aglutinador que formava a identidade dos judeus. Assim, Esdras estava ciente de que para iniciar a reconstrução religiosa do povo era necessário começar pelo ensino da Lei do Senhor, pois sem ela não há identidade espiritual nem moral. Atualmente, podemos afirmar que a Palavra de Deus é o elemento central para gerar avivamento, crescimento e desenvolvimento do caráter do cristão. Amemos a Palavra de Deus, busquemos conhecê-la!
INTRODUÇÃO
O grande valor do ensino da Palavra de Deus é o assunto desta lição. Veremos como o governo da Pérsia enviou Esdras a Jerusalém, a fim de verificar se a vida eclesiástica dos judeus estava conforme a lei de Deus.
PONTO CENTRAL
A Palavra de Deus é eficaz.
I. ARTAXERXES ENVIA ESDRAS
1. Os judeus sob o domínio dos persas. Quando o reino da Pérsia derrotou Babilônia, os judeus que viviam naquele lugar passaram automaticamente ao domínio do governo persa. Os judeus puderam logo constatar que os persas eram mais brandos do que os babilônicos.
2. Esdras é enviado a Jerusalém, para ensinar a lei de Deus. No seu contato com Esdras, escriba e sacerdote, o rei ficou impressionado com o elevado grau de conhecimento que Esdras possuía da lei do Deus de Israel, e quis, junto com seus sete conselheiros, enviá-lo a Jerusalém a fim de inquirir acerca da situação espiritual dos residentes ali (Ed 7.14).
3. A importante carta que o rei enviou com Esdras. O rei enviou com Esdras uma carta escrita em aramaico, que está registrada em Esdras 7.12-26. Através desta carta o rei decretou:
a) Qualquer judeu, que assim desejasse, poderia acompanhar Esdras a Jerusalém (v.12).
b) Os que fossem a Jerusalém poderiam levar consigo ouro e prata, voluntariamente dados pelo rei e seus conselheiros, ou dados como ofertas voluntárias do povo (v.15).
c) Os vasos sagrados, que ainda estavam na Babilônia, seriam restituídos (v.19)
d) Qualquer despesa seria paga pelo tesouro do rei.
e) Não seriam impostos aos servidores do templo: direitos, tributos, rendas (v.24).
f) Esdras poderia nomear regentes e juízes, para que a vida eclesiástica viesse a funcionar conforme a lei de Deus (v.25).
Esdras louvou a Deus, que tinha inspirado o rei a fazer tudo isto, estendendo-lhe a beneficência perante o rei (vv.27,28).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Artaxerxes envia Esdras a Jerusalém, onde o líder escriba e sacerdotal tem o objetivo de ensinar a Lei de Deus ao povo.
O professor precisa tocar o coração e mente com imagens vivas que façam sentido para a vida do aluno. Essas imagens devem brotar a partir do conteúdo da lição. Saiba que a imaginação é um instrumento poderoso para aplicar o ensino da Palavra de Deus ao coração e mente do aluno. Por isso, sugerimos que você tome exemplos de líderes que atuaram para propagar o ensino da Lei aos rincões de Israel. Use histórias vivas sobre o Moisés, o homem o qual Deus entregou o Decálogo. Também o juiz, sacerdote e profeta Samuel. Você pode encerrar a construção dessas imagens com o Senhor Jesus como a Palavra encarnada de Deus na história. O Pai leva tão a sério a sua Palavra que enviou seu Filho para encarná-la no mundo.
II. ESDRAS ENSINA A PALAVRA AO POVO
1. Esdras sai da Babilônia e vai a Jerusalém. Conforme a ordem do rei Artaxerxes, Esdras viajou para Jerusalém acompanhado de um grupo de judeus, alguns eminentes líderes do povo (Ed 8.2). Recusando a escolta militar oferecida pelo rei, para garantir-lhes a segurança durante a viagem, Esdras e seus companheiros preferiram confiar na segurança de Deus. Assim sendo, jejuaram e oraram para que tivessem uma boa viagem (Ed 8.21), e Deus os ouviu e os guardou durante todo o trajeto. Assim chegaram em paz a Jerusalém, onde ofereceram holocaustos a Deus (Ed 8.35).
2. O encontro de Esdras com Neemias. Quando Esdras chegou a Jerusalém encontrou Neemias, o qual vinha sendo o líder espiritual dos judeus em Judá. Posto a par da situação, Neemias uniu-se a Esdras na tarefa para a qual este havia sido enviado.
3. Esdras ensina a Palavra ao povo. Na festa dos tabernáculos, no dia primeiro do mês sétimo houve santa convocação (Lv 23.34,35). O povo se ajuntou como um só homem diante da porta das águas (Ne 8.1), e Esdras trouxe o livro da lei. A lei de Deus foi lida ao povo desde a alva até ao meio-dia. Havia sido construído um púlpito de madeira para aquele fim, e em pé, ao lado de Esdras, havia um grupo de 13 auxiliares (Ne 8.4). Ainda cooperava um grupo de levitas, e o objetivo era fazer todo o povo entender o que estava sendo lido no livro da lei de Deus (Ne 8.8).
4. O ensino foi maravilhoso. O povo ao ouvir a leitura, começou a chorar e a lamentar-se. Neemias e Esdras tiveram que intervir, exortando-os a que se alegrassem no Senhor, porque a alegria do Senhor é nossa força (Ne 8.10). O povo então foi comer, beber e festejar, porque todos entenderam as palavras que lhes fizeram saber (Ne 8.12).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Esdras ensina a Palavra ao povo e há um grande despertamento espiritual.
“Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de Deus através de seu Líder, Moisés. A Lei Mosaica (hb. torah , que significa ‘ensino’) admite uma tríplice divisão: (a) a lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (20.1-17); (b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (21.1 — 23.33); e (c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrificial (24.12 — 31.18).
[…] A lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1 — 24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo. Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 2006, p.146).
III. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER ENSINADA
1. Deus ordenou que a sua Palavra fosse ensinada a todo o povo de sete em sete anos (Dt 31.9-12). Além da leitura da Lei de Moisés, que se fazia a cada sábado (At 15.21), os Escritos e os Profetas deveriam ser lidos e explicados ao povo, em convocação solene, a cada sete anos.
2. Jesus ordenou o ensino da sua Palavra. Na GRANDE COMISSÃO Jesus ordenou que seus discípulos ensinassem todas as nações a guardarem tudo o que lhes tinha mandado (Mt 28.19,20).
3. O apóstolo Paulo conhecia a importância do ensino da Palavra. Vejamos: “Conjuro-te pois diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo… que pregues a palavra…” (2Tm 4.1,2). “O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Tm 2.2). “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A Palavra de Deus deve ser ensinada porque é ordenança de Deus, ratificada por Jesus e confirmada pelos apóstolos.
IV. RESULTADOS DO ENSINO DA PALAVRA DE DEUS
1. O ensino da Palavra gera temor a Deus:
a) Deus falou: “Ajunta-me o povo e os farei ouvir a minha palavra, para que me temam todos os dias que na terra viverem” (Dt 4.10). “Guarda os mandamentos do Senhor para o temer” (Dt 8.6).
b) Pelo temor a Deus o crente se aparta do mal (Pv 3.7), se desvia do mal (Pv 16.6), e aborrece o mau caminho (Pv 8.13).
c) Como resultado do ensino da lei nos dias de Esdras, o povo confessou os seus pecados, apartou-se de deuses estranhos, adorou ao Senhor seu Deus, e com Ele fez firme concerto (Ne 9.13,38). A Palavra de Deus é o PODER de Deus (Rm 1.16).
2. O ensino da Palavra implanta normas espirituais nos crentes. Essas normas dão forma às manifestações da Nova Vida naquele que se converte, naquele que, pela operação do Espírito de Deus, passa a andar nos estatutos de Deus (Ez 36.27). Vejamos algumas destas manifestações da nova vida:
a) O crente é honesto a toda prova (Rm 12.17; 2Co 8.21; Fp 4.8; 1Pe 1.12; Hb 13.18).
b) O crente jamais mente (Is 63.8; Ef 4.25; 1Jo 2.28). O crente tem o testemunho de sua consciência, no Espírito Santo, de que não mentiu (Rm 9.1). Jesus disse: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt 5.37).
c) O crente jamais se apodera de alguma coisa que não seja dele. “Aquele que furtava não furte mais” (Ef 4.28). Zaqueu depois de salvo queria restituir aquilo que havia defraudado (Lc 19.8).
d) O crente vive uma vida moral que é exemplo de pureza. “A prostituição e toda a impureza nem ainda se nomeie entre vós” (Ef 5.3).
e) O crente jamais dá falso testemunho de alguém (Êx 20.16; Pv 10.18; Tg 4.11).
3. O ensino da Palavra dá conhecimento. A igreja de Corinto foi enriquecida porque, pelo ensino da Palavra de Deus, havia recebido conhecimento (1Co 1.5). Consideremos:
a) O conhecimento consolida a força (Pv 24.3), porque pelo conhecimento podemos saber o que nos é dado gratuitamente por Deus (1Co 2.12). Pelo conhecimento da verdade podemos alcançar plena libertação (Jo 8.32). Pelo conhecimento podemos saber que Deus quer que todos os homens venham ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4).
b) Pelo conhecimento podemos saber como agradar a Deus (2Co 5.9). Agradar a Deus não é resultado da nossa própria força, mas o próprio Deus nos dá graça para agradá-lo.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
O ensino da Palavra de Deus gera temor, estabelece normas espirituais nos crentes e dá conhecimento.
“Quando o povo ouviu e entendeu a Palavra de Deus, todos experimentaram uma profunda convicção de pecado e da culpa. (1) Os trechos da lei que continham uma clara revelação da condição espiritual do povo podem ter sidos Lv 26 e Dt 28; trechos estes que falam da bênção ou juízo divino, conforme a obediência ou desobediência do povo à Palavra de Deus. (2) Nos avivamentos, o choro, quando acompanhado de profundo arrependimento (cf. cap.9), é um sinal da operação do Espírito Santo (ver João 16.8 nota). Sentir tristeza pelo pecado e abandoná-lo resulta em perdão divino e alegria da salvação (ver v.10 nota; Mt 5.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 2006, p.743).
A respeito de “Esdras vai a Jerusalém Ensinar a Palavra”, responda:
Por que Esdras foi enviado a Jerusalém?
Para ensinar a Palavra de Deus.
Em que língua estava escrita a carta que o rei persa enviou com Esdras?
Na língua aramaica.
Quando Esdras começou a ensinar a Palavra de Deus?
Na festa dos Tabernáculos.
Que importante líder judaico ajudou Esdras nesta importante tarefa?
Neemias.
De acordo com a lição, qual o primeiro resultado gerado pelo ensino da Palavra de Deus?
O temor a Deus.