Título: A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó
Comentarista: José Gonçalves
Lição 8: A Teologia de Zofar: O justo não passa por tribulação?
Data: 22 de Novembro de 2020
“E terás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro” (Jó 11.18).
Segundo as Escrituras, até mesmo o justo passa por tribulação.
Segunda — Jó 11.4
É possível autojustificar-se diante de Deus?
Terça — Jó 11.5,6
Quem pode conhecer a verdadeira sabedoria de Deus?
Quarta — Jó 11.7,8
Quem pode desvendar o mistério de Deus?
Quinta — Jó 11.9,10
Quem poderá impedir os planos de Deus?
Sexta — Jó 20.4,5
O júbilo dos ímpios é breve e a alegria dos maus é momentânea?
Sábado — Jó 20.6,7
O ímpio, porventura, desaparecerá?
Jó 11.1-10; 20.1-10.
Jó 11
1 — Então, respondeu Zofar, o naamatita, e disse:
2 — Porventura, não se dará resposta à multidão de palavras? E o homem falador será justificado?
3 — Às tuas mentiras se hão de calar os homens? E zombarás tu sem que ninguém te envergonhe?
4 — Pois tu disseste: A minha doutrina é pura; limpo sou aos teus olhos.
5 — Mas, na verdade, prouvera Deus que ele falasse e abrisse os seus lábios contra ti,
6 — e te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é multíplice em eficácia; pelo que sabe que Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade.
7 — Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?
8 — Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber?
9 — Mais comprida é a sua medida do que a terra; e mais larga do que o mar.
10 — Se ele destruir, e encerrar, ou juntar, quem o impedirá?
Jó 20
1 — Então, respondeu Zofar, o naamatita, e disse:
2 — Visto que os meus pensamentos me fazem responder, eu me apresso.
3 — Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim.
4 — Porventura, não sabes tu que desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra,
5 — o júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas, apenas de um momento?
6 — Ainda que a sua altura suba até ao céu, e a sua cabeça chegue até às nuvens,
7 — como o seu próprio esterco perecerá para sempre; e os que o viam dirão: Onde está?
8 — Como um sonho, voa, e não será achado, e será afugentado como uma visão da noite.
9 — O olho que o viu jamais o verá, nem olhará mais para ele o seu lugar.
10 — Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restaurarão a sua fazenda.
524, 539 e 562 da Harpa Cristã.
Mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Nesta lição estudaremos o discurso do terceiro amigo de Jó, Zofar. A tese que este último defende é a de que o justo não passa por tribulação. Ou seja, para ele, se houver tribulação é porque não há justiça na vida da vítima. Essa teologia já esteve muito presente em nosso país. A ideia de que o sofrimento, as tribulações da vida e outros dilemas humanos não são para o cristão, não é de todo nova. Entretanto, os Escrituras nos mostram claramente que quem está em Cristo, não significa que tenha ausência de problemas e provações, mas que há uma grande diferença na forma de passar por eles: uma firme convicção de que Cristo passa junto.
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos o discurso de Zofar, o último amigo de Jó a falar na série de debates (Jó 11; 20). Ele insistirá na tese de que o justo não passa por tribulação, à semelhança do que pensavam seus amigos Elifaz e Bildade. Todavia, Zofar é mais duro e impiedoso na acusação contra Jó. Ao contrário de seus amigos, ele faz dois discursos suficientes para derramar seu ressentimento contra o patriarca. Ele o acusa de se levantar contra sabedoria divina e aconselha Jó a voltar-se para Deus.
PONTO CENTRAL
O justo passa por tribulação.
I. DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR
1. Deus grande e sábio. Zofar defende que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino, pois, para ele, Deus demonstra grande sabedoria em reprimir os maus. Por outro lado, os bons jamais passam por tribulação. Para Zofar, se alguém deve algo tem de pagar. Com dureza, o terceiro amigo de Jó não demonstra a mínima compaixão pelo sofrimento do patriarca de Uz ao acusá-lo de que se comporta como um animal irracional, um jumento que não tem entendimento (11.12) ao não perceber a sabedoria divina na condução das coisas. Para Zofar, Jó valeu-se na sua defesa de palavras exageradas (11.2), desrespeitosas (11.3), cheias de justiça própria (11.4) e ignorantes sobre as coisas de Deus (11.5,6).
2. Deus não é indiferente à ação do ímpio. O terceiro amigo de Jó acreditava que ele havia se autodeclarado “puro” e “sem culpa” (Jó 11.4; cf. 9.21; 10.7). Cria também que Deus não é indiferente à ação do ímpio como Jó parecia ter sugerido. Assim, para Zofar, se Deus debatesse com Jó, como era desejo deste, então não haveria dúvidas de que Ele ficaria contra o patriarca e não ao seu favor. Nesse embate, Deus revelaria a Jó os segredos de sua sabedoria e o homem de Uz veria que Ele estava sendo sábio em tratá-lo como merecia. Logo, Jó seria condenado.
3. Tolos se passando por sábios. Jó reage com ironia à “sabedoria” defendida anteriormente por seus amigos (“vós”, Jó 12.2) e agora por Zofar. Este, juntamente com seus amigos, havia se levantado como legítimo representante do verdadeiro saber. Zofar, pois, pretende representar o próprio Deus em seu discurso (Jó 13). Todavia, Jó está convencido de que isso não passava de charlatanismo: “Vós, porém, sois inventores de mentiras e vós todos, médicos que não valem nada” (Jó 13.4). Ele, portanto, está resoluto em deixar os amigos e ir à procura de Deus: “Mas eu falarei ao Todo-Poderoso; e quero defender-me perante Deus.” (Jó 13.3). O patriarca estava certo de que havia uma sabedoria do alto, que seus amigos desconheciam por completo, e, quando revelada, ficaria ao seu lado (cf. cap.28).
No lugar dos julgamentos dos homens, há uma sabedoria do alto que sonda os corações dos que são chamados pelo nome do Senhor, pois Este não vê como os homens veem (1Sm 16.7).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Deus é grande e sábio; os amigos de Jó tentam se passar como representantes dessa sabedoria.
Inicie a aula de hoje indagando aos alunos: Os bons não passam por tribulações? Só os maus sofrem? Deixe que eles respondam as perguntas livremente e os ouça com atenção. Perceba que as questões trazem consigo desconforto, pois elas nos afetam sinceramente.
A ideia com esse exercício é mostrar que, conforme exposto no tópico, muitos podem cometer as mesmas injustiças de Zofar se não atentar para o seguinte fato: a relação da soberania divina com a realidade humana nos escapa totalmente. Por isso, olhemos com mais carinho para o que se passa com o outro e, no lugar de julgá-lo precipitadamente, atentemos para resolver de que forma podemos ajudá-lo.
II. A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO
1. Purificação moral. Nos versículos 13-20 do capítulo 11, Zofar conclui seu discurso sobre a situação de Jó. Ele não tem dúvidas de que o patriarca está em pecado e, por isso, a única forma de ele se restabelecer é por meio de uma purificação moral. Zofar, portanto, conclama Jó ao arrependimento e conversão. Ele enumera três passos para que isso aconteça: conduta correta (v.13); oração (v.13) e renúncia ao pecado (11.14). Então, segundo Zofar, se Jó cumprisse essas condições, reconhecendo que estava em pecado, Deus o restauraria de sua miséria. Entretanto, a ideia de arrependimento de Zofar é mais de natureza externa do que interna. O que está em vista é uma teologia do moralismo salvífico em vez da graça divina. Nesse aspecto, o arrependimento não passava de um mero ritual. Na teologia de Zofar a simples prática desses ritos trazia consigo o poder de conferir o favor divino. Na verdade, isso era o que se conhece hoje como legalismo religioso.
2. É possível negociar com Deus? Estudiosos destacam que Zofar tenta induzir Jó a negociar com Deus a fim de se ver livre de suas dificuldades. Era exatamente isso que Satanás desejava que Jó fizesse (Jó 1.9). O Diabo acusou Jó de ter uma fé interesseira, com base nas promessas de prosperidade em troca de sua obediência. Se Jó tivesse seguido o conselho de Zofar, teria feito exatamente o que o Inimigo queria.
3. A angústia de Jó. Diante das insistentes acusações dos amigos e do silêncio de Deus, Jó dá sinais de desânimo (cap.12-13). Ele manifesta de vez toda a sua condição humana. O justo sofre!
Se Jó seguisse o conselho de Zofar estaria assinando um termo de confissão. Assumindo algo que não havia feito. Ele sabia de sua integridade e, por isso, não se sujeita a esse capricho do amigo. Isso o lança num dilema angustiante. No capítulo 14, ele demonstra que sua esperança está desvanecendo, comparando-se a uma flor que é cortada, uma sombra que desaparece e um empregado que trabalha, mas que logo é dispensado. Qual o sentido da vida nessas circunstâncias? Haveria esperança? Jó parece estar desiludido. Até mesmo uma árvore quando tem seu tronco cortado volta a ter brotos novamente, mas isso não acontecia com o homem. Nesse aspecto, o homem se assemelhava mais a água que evapora ou que se infiltra na terra. Diante desse quadro, Jó se pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver?” (Jó 14.14). Era a pergunta de um homem crente e piedoso, porém, angustiado, que não tem medo de expressar sua verdadeira condição humana.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Zofar tenta uma espécie de purificação moral de Jó, conclamando-o ao arrependimento ritualístico.
“Exortação à humildade e ao arrependimento (11.13-20). Zofar foi insensível até aqui, a ponto de ser ríspido em seu tratamento com Jó. Mas ele não entregou os pontos em relação ao seu antigo amigo como se fosse um caso perdido. Ainda existe a oportunidade de Jó recuperar-se da sua terrível condição. Visto que ele está certo de que algum pecado cometido por Jó é a raiz da sua condição e que o sofrimento de Jó resulta desse pecado, a resposta é simples. Jó deveria estar aberto e humilhar-se em relação ao seu mau procedimento. Isso exige reparação, inclusive uma preparação apropriada do seu coração (13) para colocá-lo num relacionamento correto com Deus. Estende as tuas mãos para ele subentende súplica em oração para remover a iniquidade da sua vida e do seu lar (13-14). Quando isso for feito, Jó estará apto a levantar o seu rosto sem mácula (15). Sua vida será mais radiante e alegre do que antes. Todas as causas do medo serão removidas, e em seu lugar haverá segurança e esperança em sua vida (17-19). Zofar pede para ele olhar em volta. Muitos acariciarão o teu rosto (19) significa: ‘Muitos procurarão o seu favor’ (NVI)” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.50).
III. DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES
1. O castigo dos maus. O capítulo 20 contém o segundo discurso de Zofar. Nele, Zofar lembra a Jó que a aparente prosperidade dos ímpios não passa de ilusão e dura apenas um instante. Na verdade, ele repete o que os seus outros amigos já há muito vinham dizendo (Jó 20.5). Os versículos 12 a 14 desse mesmo capítulo são usados por Zofar para comparar o deleite do ímpio à uma comida envenenada. Ela pode saciar, mas proporcionará uma digestão trágica (Jó 20.14). Dessa forma, tudo o que o ímpio adquiriu de forma desonesta e pecaminosa terá que devolver e restituir (Jó 20.18). Esse ímpio terá como adversário o próprio Deus, que o julgará e punirá (Jó 20.27-29).
2. Jó diante de um paradoxo. O capítulo 21 traz a resposta de Jó ao argumento de Zofar. Para o patriarca a tese de Zofar de que os ímpios são sempre punidos era contraditada pela experiência. Os ímpios poderiam sim ser punidos, mas isso nem sempre parecia acontecer, conforme descrito: “Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se esforçam em poder?” (Jó 21.7). Jó havia constatado que os ímpios pareciam gozar de longevidade e prosperidade (Jó 21.8). Além de terem vida longa, eles passavam seus dias em total regalia e morriam em total felicidade, como podemos constatar neste versículo: “Passam eles os seus dias em prosperidade e em paz descem à sepultura” (Jó 21.13 — ARA).
3. A verdade vem à tona. A lei da retribuição não se aplica a todas as esferas da existência humana nem explica os caminhos soberanos do Altíssimo, pois Deus também “faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Zofar diz que todos os maus são punidos, mas Jó apresenta um paradoxo: a experiência mostra que muitos deles são bem sucedidos.
“Após sua grande declaração de fé em 19.25-27, Jó consegue alcançar um grau marcante de serenidade. Mesmo depois das conclusões mordazes do discurso de Zofar, ele não reage com o mesmo tipo de tensão emocional que caracterizam seus discursos anteriores. Neste capítulo ele começa a pensar mais claramente acerca das questões levantadas em vez de gastar suas energias em erupções emocionais que descrevem seu sofrimento e frustração. No ciclo de discursos, a preocupação de Jó era com o fato de sentir que Deus havia se tornado seu inimigo. Em seguida, ele foi esmagado ao perceber que seus amigos o desertaram, a ponto de se colocarem contra ele. Mas agora o discurso de Zofar faz com que Jó assuma uma posição positiva em relação aos argumentos dos seus amigos. Ele contradiz esses argumentos com evidência prática. Ele constata que prosperidade e retidão não andavam invariavelmente juntas. Também fica evidente pela observação da vida que a maldade nem sempre é castigada” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014 p.64).
CONCLUSÃO
Vimos como Jó continua sua defesa contra os argumentos de seus amigos, que insistem em acusá-lo de pecado. Ele está convencido de que é inocente e que não cometeu nada que justifique tamanho sofrimento. Os amigos de Jó, por desconhecerem as razões de seu sofrimento, o acusam de forma impiedosa; e patriarca, por desconhecer a ação de Deus nesse episódio, chega ao limite do desespero e desesperança. Todavia, como das outras vezes, mesmo angustiado e não sabendo como Deus permite tudo isso, Jó não diz palavras blasfematórias contra o seu Criador.
A respeito de “A Teologia de Zofar: O Justo não Passa por Tribulação?”, responda:
O que Zofar defende?
Zofar defende que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino, pois, para ele, Deus demonstra grande sabedoria em reprimir os maus.
De que Jó estava certo?
O patriarca estava certo de que havia uma sabedoria do alto, que seus amigos desconheciam por completo, e, quando revelada, ficaria ao seu lado (cf. cap.28).
Quais os três passos que Zofar enumera para que Jó supostamente se arrependesse e convertesse?
Ele enumera três passos para que isso aconteça: conduta correta (v.13); oração (v.13) e renúncia ao pecado (11.14).
Que sinais o patriarca Jó dá diante das acusações dos amigos e do silêncio de Deus?
Diante das insistentes acusações dos amigos e do silêncio de Deus, Jó dá sinais de desânimo (cap.12-13).
O que Jó havia constatado em relação aos ímpios?
Jó havia constatado que os ímpios pareciam gozar de longevidade e prosperidade (Jó 21.8).
A TEOLOGIA DE ZOFAR: O JUSTO NÃO PASSA POR TRIBULAÇÃO?
A vida não é simplista ao ponto de retratar uma realidade binária em que o justo não passa por tribulação e o injusto sempre é açoitado por ela. Não muito diferente de seus amigos, Zofar continua a sessão de julgamento de Jó. Mas agora de uma maneira mais dura e impiedosa, ele dirá que Jó está se rebelando contra a sabedoria de Deus. Para Zofar, Jó deveria confessar a sua impiedade.
Resumo da lição
O objetivo geral desta lição é mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados. Para desdobrar essa temática, os três objetivos específicos terão de ser alcançados.
O primeiro objetivo de nossa lição é destacar, segundo o entendimento de Zofar, que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino. Para isso o primeiro tópico abordará Deus como o grande e sábio; e os amigos de Jó como representantes dessa sabedoria. É claro que Deus é grande e sábio, a Bíblia deixa isso muito claro. Também é verdade que Deus não ignora a ação do ímpio, pois seus olhos passam todos em revista. Entretanto, Zofar e seus amigos estavam usando suas posições para se passarem como verdadeiros sábios contra a integridade de Jó, exigindo dele uma “conversão” que não fazia sentido.
O segundo objetivo é explicitar que a conversão defendida por Zofar era de natureza legalista. Nesse ponto que o segundo tópico expõe que Zofar tenta uma espécie de purificação moral de Jó, conclamando-o ao arrependimento ritualístico, como se fosse possível negociar com Deus por meio de meros rituais. No lugar de trazer consolo e paz, trazia angústia para a alma aflita de Jó. A realidade de Jó demonstrava que o justo sofre.
O terceiro objetivo específico da lição é esclarecer que a teologia de Zofar limita a soberania de Deus na capacidade de julgar. O terceiro tópico testifica que, segundo Zofar, todos os maus são punidos, mas a experiência de Jó atesta que muitos deles são bem sucedidos. Ou seja, no lugar de serem punidos, aparentemente não “pagam o preço” de suas impiedades. Enquanto Jó, um justo, sofre sem explicação.
Aplicação
Ao final desta lição, é importante afirmar que a soberania de Deus implica mistério. Nem sempre teremos explicações corretas para dar acerca das questões humanas. Sim, muitas vezes o crente fiel passa por muitas injustiças e provações, mas, contudo, ele não é desassistido por Deus.