LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2022

 

Título: A Supremacia das Escrituras — A inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

Comentarista: Douglas Baptista

 

 

Lição 3: A Inerrância da Bíblia

Data: 16 de Janeiro de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 3

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.(Mt 5.18).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denomina-se “Inerrância das Escrituras”. Por isso podemos confiar em sua mensagem que é incorruptível.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Jo 10.35

A Palavra de Deus não pode ser anulada

 

 

Terça — Sl 119.160

As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina

 

 

Quarta — Jo 14.17

O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível

 

 

Quinta — Jo 17.17

A Palavra de Deus é a verdade que santifica

 

 

Sexta — Mt 5.17,18

A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do cristão

 

 

Sábado — Sl 12.6

A Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Mateus 5.17-21; Hebreus 10.15-17.

 

Mateus 5

17 — Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 — Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.

19 — Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

20 — Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

21 — Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

 

Hebreus 10

15 — E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito:

16 — Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:

17 — E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.

 

HINOS SUGERIDOS

 

140, 173 e 557 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

A mensagem da Bíblia não contém erros. A Palavra de Deus é incorruptível e, por isso, plenamente confiável. Logo, nesta lição temos o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo o que diz. Quem põe seus ensinamentos em prática atesta a promessa da bem-aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto, é toda a verdade de Deus de que o ser humano precisa.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Informar que a Bíblia é isenta de qualquer tipo de erro; II) Explicar que o Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível; III) Constatar que a Bíblia é a verdade de Deus.

B) Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos aponta para o destino que almejamos chegar. Sem ela é possível tomar outro rumo, escolher falsos caminhos, pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para quem deseja chegar ao céu.

C) Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta semana apresentando imagens de pessoas que fizeram trilhas e se perderam no caminho. Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é mostrar a consequência de usar uma fonte mentirosa que pode nos levar a um caminho perigoso. Nosso propósito é constatar que, diferentemente dos caminhos movediços, a Bíblia nos proporciona um caminho seguro.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Aplique a lição desta semana conclamando aos alunos a viverem a verdade segura da Bíblia. A melhor maneira de experimentar a verdade da Bíblia é praticando-a. Daí vem a verdadeira felicidade do crente.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Significados dos Termos” aprofunda o primeiro tópico, a respeito do conceito de Inerrância na Bíblia; 2) O texto “Buscando pelo ouro das Escrituras” traz uma oportunidade de aplicação do terceiro tópico para o professor e a professora, mostrando o quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Infalibilidade e inerrância são vocábulos que apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e não erra. Significa afirmar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões espirituais quanto históricas e científicas (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Nesta lição, veremos a inerrância, a preservação e a verdade da Palavra de Deus.

 

 

Palavra-Chave:

 

INERRÂNCIA

 

 

I. O QUE É A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

 

1. O conceito de inerrância bíblica. A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutrinários, espirituais, históricos, culturais, científicos e em todos os demais temas. O argumento é irrefutável: Deus não pode errar, e, como a Bíblia é divinamente inspirada, ela não pode conter erros. Assim sendo, a inerrância, a infalibilidade e a inspiração estão entrelaçadas.

Nesse sentido, nossa Declaração de Fé professa que “a Bíblia é a nossa única fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de Deus” (Sl 19.7; Jo 10.35).

2. A Bíblia reivindica a sua inerrância. O termo “inerrância” não aparece na Bíblia, mas a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de Provérbios está escrito que “toda palavra de Deus é pura” (Pv 30.5); o salmista afirma que “a palavra do Senhor é provada” (Sl 18.30); Samuel assegura que “O caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância ao afirmar que nem um jota ou um til se omitirá da lei (Mt 5.18); o Senhor igualmente ratificou que “a Escritura não pode ser anulada” (Jo 10.35); e que a “Palavra é a verdade” (Jo 17.17). Essas declarações indicam que a Bíblia é plenamente confiável, sem nenhuma falsidade ou equívoco.

3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia. O vocábulo “infalível” indica o “que não pode, nem consegue falhar”. Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras hão de se cumprir cabalmente (Is 55.11). Por causa da etimologia, os termos “inerrância” e “infalibilidade” são por vezes confundidos como sinônimos. Não obstante, outros afirmam que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem salvífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferimos o uso de ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (incapaz de falhar), e, é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é desacreditar de sua autoridade e inspiração divina (Jd vv.3,4).

 

 

SINOPSE I

A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e isenta de qualquer erro e, por isso, é a nossa autoridade final de fé e prática.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

“Significados dos Termos

[…] ‘Inerrância’ trata-se de um conceito estritamente relacionado, mas é um termo mais recente […]. Traz a conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem contradições internas (erros formais). […]. O conceito de infalibilidade volta-se ao conhecimento pessoal que alguém tenha de Deus […]. A inerrância ocupa-se mais especificamente com a transmissão precisa dos detalhes da revelação. Embora em muitas composições teológicas os dois termos sejam usados intercambiavelmente, infalibilidade é o termo mais abrangente. Quem crê numa Bíblia inerrante também crê numa Bíblia infalível.

[…] Jesus, como os judeus da época do Antigo Testamento, criam que a fidedignidade das Escrituras não abrangia apenas seus ensinamentos mais importantes, mas também detalhes mais insignificantes […] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo Paulo (At 24.14; 2Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam Jesus de Senhor aceitam seus ensinamentos, que tenham as Escrituras em alta conta, como Jesus as tinha” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.63,67,68).

 

 

II. O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS

 

1. Os manuscritos autógrafos. Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm v.19; Rm 16.22). Neles foram primeiramente registradas as palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2Pe 1.21). Cremos que a inerrância das Escrituras pertence a esses documentos, e, que as cópias fiéis desses manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo providencialmente manteve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo 5.39; Gl 3.8-22).

2. Os manuscritos apógrafos. As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos. Atualmente, existem cerca de 25.000 cópias dos manuscritos bíblicos, a maioria deles em hebraico, grego e latim. Os escribas judeus transcreveram os originais do Antigo Testamento com precisão milimétrica. E as inúmeras cópias dos manuscritos do Novo Testamento também afiançam a credibilidade desses escritos. Nessa perspectiva, cremos que o ato da inspiração aconteceu uma só vez na redação primária da Palavra de Deus (os autógrafos), mas a qualidade dessa inspiração foi preservada pelo Espírito Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). Assim sendo, a versão da Bíblia fidedigna aos originais, não deixou de manter a exatidão do real significado das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 24.35).

3. Os apócrifos e pseudoepígrafos. Nossa Declaração de Fé assegura que os manuscritos apócrifos (“escondidos”), tais como, Tobias, Judite, Macabeus, Baruque, e outros, apresentam erros, anacronismos, doutrinas falsas e práticas divergentes das Escrituras, a exemplo da oração pelos mortos. Os pseudoepígrafos (“falsos escritos”), dentre eles, a Assunção de Moisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a profetas e apóstolos. Na Bíblia dos judeus atestada por Jesus como a “Lei, Profetas e Escritos” (Lc 24.44) não faziam parte os livros apócrifos, nem os pseudoepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protestante. Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem inspirados pelo Espírito Santo.

 

 

SINOPSE II

O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível, bem como a exatidão das palavras originalmente inspiradas por Deus.

 

 

III. A VERDADE NAS ESCRITURAS

 

1. A Bíblia é a verdade plena. O termo “verdade”, do hebraico emeth, significa o que é “confiável” e “correto”. O vocábulo grego aletheia tem o sentido de “real” e “fidedigno”. Nas Escrituras corresponde à realidade exata dos fatos em concordância com o pensamento de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17). O escritor aos Hebreus declara que é “impossível que Deus minta” (Hb 6.18). Paulo ratifica que Deus “não pode mentir” (Tt 1.2). Em vista disso, cremos que a Palavra de Deus possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acima de qualquer autoridade humana (Mt 15.3-6). Assim, esses textos servem de base para a afirmação: “o que a Bíblia diz é o que Deus diz”.

2. A verdade espiritual e moral. Nossa Declaração de Fé afirma que a Bíblia nos revela o conhecimento completo de Deus, não sendo necessário nenhuma nova revelação para a nossa salvação e crescimento espiritual (Dt 4.2; Pv 30.5,6). Antônio Gilberto ensinou que tudo o que Deus requer do homem, e tudo o que homem precisa saber, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia. Igualmente, a ética e a moral se fundamentam na revelação divina. Os padrões bíblicos para o nosso viver não podem sofrer mudanças. Aquilo que a Palavra de Deus diz ser pecado, permanece sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim, enfatizamos que a Bíblia é a inerrante verdade tanto espiritual quanto moral.

3. A verdade histórica e científica. Cremos que a Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu que se houver um erro, pode haver mil. E, se existir alguma falsidade então a Bíblia não é o livro da verdade de Deus. Por conseguinte, a Escritura não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência. Significa que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2Pe 1.21). Assim sendo, endossamos que a Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua totalidade, isenta de toda a falsidade, fraude ou engano.

 

 

SINOPSE III

Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão. Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade.

 

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

 

 

“[Buscando pelo ouro das Escrituras]

Nenhuma meta seria mais elevada do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia muitas vezes se refere a si como ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar o sublime valor do seu conteúdo. Por exemplo, Davi escreveu: ‘Os juízes do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino’ (Sl 19.9,10). O Salmo 119, aquele que exalta a Palavra de Deus em quase todos os seus 176 versículos, inclui esta declaração pelo salmista: ‘melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em outro ou prata’ (Sl 119.72). No mesmo […] [texto], o salmista escreveu que ele ama os mandamentos de Deus ‘mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino’. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar o ouro da Escritura, cavando ‘filões’ nas profundezas da Bíblia e peneirando as verdades das Escrituras para si mesmos. Exploração diária das riquezas da Palavra enriquece a vida — dando mais capacidade para os professores cristãos guiarem outros nas mesmas explorações” (GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.307).

 

 

CONCLUSÃO

 

Apesar de alguns considerarem redundante o uso dos termos inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível com plena autoridade em tudo o que diz.

 

VOCABULÁRIO

 

Anacronismo: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas.

Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. O que é inerrância?

A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma.

 

2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente.

Jo 10.35; Jo 17.17.

 

3. O que são os manuscritos autógrafos?

Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm v.19; Rm 16.22).

 

4. O que são os manuscritos apógrafos?

As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos.

 

5. Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência?

Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2Pe 1.21).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

 

A bússola é um instrumento que serve como orientação geográfica, pois ela determina as posições horizontais. Ela dá o norte, a meta, a direção a seguir. Para o caminho do céu, a Bíblia cumpre o mesmo papel. Ela dita o norte, meta e direção que devemos tomar. Sem a Bíblia, podemos falsear ou tomar atalhos por caminhos sedutores. Por isso, há um aspecto das Sagradas Escrituras não pode ser negociado: sua inerrância.

 

Inerrância: é preciso sair da zona de conforto

Muitos estão acostumados em estudar a Bíblia de maneira crítica com base em fundamentos teóricos das ciências humanas e, por isso, afirmar a inerrância bíblica é sair da zona de conforto. Infelizmente, encontramos na tradição cristã pessoas que negam o caráter inerrante das Sagradas Letras. Entretanto, quando estudamos a Bíblia devemos fazer isso numa perspectiva positiva, afirmando convictos de que ela é a nossa única fonte de autoridade para determinar qualquer assunto de fé e prática. A nossa confiança está numa “bússola” que nos leva aos lugares seguros. O nosso Senhor disse que há somente duas portas: a estreita e o larga (Mt 7.13,14). A estreita nos leva para a salvação (Mt 7.13) e a larga para a perdição (Mt 7.14). A Bíblia é o livro que nos leva pelo caminho estreito, mas que, com a sua autoridade, inerrância e infalibilidade, chegaremos ao porto seguro (Pv 10.9).

 

O que é Inerrância?

Com inerrância queremos afirmar que a Bíblia não possui erro a respeito de tudo o que diz. Ela é verdadeira em todos os temas que lhe perpassam: doutrinários, espirituais, culturais, científicos etc. Como veremos à frente, embora seja possível encontrar gêneros literários na Bíblia, a Palavra de Deus nunca pretendeu ser uma peça literária, em que não há realidade concreta no texto. Seja a poesia presente, bem como a sua prosa, o que se pretende é revelar o que é verdadeiro e real dentro da história. Por isso ela é inerrante e infalível. Nesse sentido, podemos incentivar os nossos alunos a entregarem-se ao conselho da Bíblia, a Palavra de Deus, e de coração aberto. Só podemos depositar a nossa confiança no que é seguro e livre de erros. Por isso, depositamos a nossa confiança na Bíblia, pois por meio dela Deus fala conosco. Ela é a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus para a vida.