LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2022

 

Título: A Supremacia das Escrituras — A inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

Comentarista: Douglas Baptista

 

 

Lição 4: A estrutura da Bíblia

Data: 23 de Janeiro de 2022

 

 

NOTAS DE AULA

 

Notas de Aula — Lição 4.

 

TEXTO ÁUREO

 

E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.(Lc 24.44).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinamente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ap 22.18,19

Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas

 

 

Terça — Rm 1.2

Os textos inspirados são chamados de Santas Escrituras

 

 

Quarta — Jz 3.4

O Antigo Testamento é dotado de veracidade e de autoridade

 

 

Quinta — 1Co 2.4,13

Os livros inspirados e autorizados são chamados de canônicos

 

 

Sexta — Ef 2.20

A Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos

 

 

Sábado — Mt 24.5

A Palavra de Deus é atemporal e imutável

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Lucas 24.44-49.

 

44 — E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.

45 — Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.

46 — E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;

47 — E, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

48 — E dessas coisas sois vós testemunhas.

49 — E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

 

HINOS SUGERIDOS

 

185, 354 e 603 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

Conhecer a estrutura da Bíblia é importante para manejá-la bem. Memorizar as Escrituras e amá-la não são opções excludentes. Muito pelo contrário, os antigos decoravam as Escrituras porque a amavam. Inclusive, a etimologia da palavra “decorar” tem como fonte a palavra “coração”. Por isso, a importância de conhecer a estrutura do livro que amamos. Quem ama a Bíblia procura manejá-la muito bem.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Mostrar como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testamentos; II) Esclarecer como os livros do Antigo Testamento são classificados; III) Expor a classificação dos livros do Novo Testamento.

B) Motivação: “Passear” pela Bíblia com desenvoltura deve ser objetivo de todo o estudante sério das Escrituras. Saber identificar os livros e encontrá-los sem dificuldades são habilidades que não podem ser desprezadas. Por isso é nosso papel encorajar os alunos a usar habilidosamente a Bíblia.

C) Sugestão de Método: Elabore um documento em que a estrutura da Bíblia, conforme consta na presente lição, esteja presente. Distribua para os alunos, instando-os a revisarem sistematicamente durante a semana e o mês. Motive-os a treinaram a habilidade de manejar a Bíblia.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ao final da lição, faça perguntas aos alunos sobre os livros da Bíblia e suas respectivas classificações. Dê oportunidade para eles classificarem os livros bíblicos em classe. É uma maneira motivadora de sedimentar o conhecimento.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia” traz informações a respeito da estrutura moderna da Bíblia para expandir o primeiro tópico; 2) O texto “Implicações para o Professor Cristão”, localizado após o terceiro tópico, tem o propósito refletir a respeito da aplicação do ensino da Bíblia no dia a dia do(a) professor(a).

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

A Bíblia Sagrada foi escrita majoritariamente em hebraico e grego, em um período aproximado de 1.600 anos, por cerca de 40 homens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamentos. Seus livros são divinamente inspirados e formam o cânon bíblico. Nesta lição, veremos como a Bíblia está organizada, a classificação de seus livros, a canonicidade e as particularidades dos Testamentos.

 

 

Palavra-Chave:

 

ESTRUTURA

 

 

I. COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

 

1. Definição do termo Bíblia. A palavra “Bíblia” tem origem tanto no vocábulo grego como no latim. O termo grego biblos significa “livro” e tem conotação de qualidade sagrada. A palavra biblia no latim é um substantivo feminino singular que igualmente exprime a ideia de “livro”. Por volta do ano 150 d.C., os cristãos passaram a usar o termo em grego ta biblia (os livros) para referir-se ao conjunto de livros inspirados por Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica que o singular biblia em latim revela uma unidade de pensamento e uma pureza. Por isso, a coleção dos livros sagrados forma um único livro: a Bíblia Sagrada, chamada também por Paulo de “as Santas Escrituras” (Rm 1.2).

2. O Cânon da Bíblia. A expressão “cânon” procede do hebraico qãneh com o sentido de “vara de medir”. O termo correspondente em grego é kanõn que significa “régua”. Desse modo, na teologia o vocábulo “cânon” é empregado como “norma” de avaliação para identificar os livros sagrados. Em vista disso, o termo “canônico” passou a designar os 66 livros aceitos como divinamente inspirados (39 livros no A.T. e 27 no N.T.). Isso quer dizer que o Espírito Santo guiou o seu povo a reconhecer a autoridade desses escritos como regra de fé e prática. Nesse sentido, o cânon bíblico está completo. Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19).

3. Os dois Testamentos bíblicos. O termo “testamento” vem do latim testamentum que é tradução da palavra grega diathēkē e da hebraica berith. Ambos os termos têm o sentido de “aliança”, “pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade. A expressão “Antigo Testamento” foi inaugurada por Paulo (2Co 3.14) e refere-se aos livros dos judeus reconhecidos por Jesus como “as Escrituras” (Mt 22.29), “a Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O termo “Novo Testamento” foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmente reconhecidos como “as Escrituras” (2Pe 3.15,16).

 

 

SINOPSE I

A Bíblia divide-se em dois testamentos divinamente inspirados: o Antigo e o Novo Testamentos.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

“Alguns fatos e particularidades da Bíblia

Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão em versículos foi feita duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor em Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555. O AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O NT tem 260 capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos. O número de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119, e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da chamada ‘Tradução Brasileira’, onde o menor é Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os livros de Ester e Cantares não contêm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos, e 177 menções do Diabo, sob seus vários nomes” (GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp.28-29).

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

 

Estrutura

“Adotamos o Cânon Protestante e ensinamos, pois, que a Bíblia contém somente 66 livros inspirados por Deus, estando dividida em duas partes principais, Antigo e Novo Testamento, ambos escritos por ordem de Deus num período de 1600 anos aproximadamente e por cerca de 40 homens […] os quais escreveram em lugares e em épocas diferentes […]”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p.26.

 

 

II. O ANTIGO TESTAMENTO

 

1. Os livros do Antigo Testamento. A classificação dos livros do Antigo Testamento, tal qual a conhecemos hoje, se divide nos seguintes grupos: a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio; b) Históricos: formado por 12 livros de Josué a Ester; c) Poéticos: composto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e, d) Proféticos, que se subdividem em Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas Menores com 12 livros de Oseias a Malaquias. A divisão utilizada pelos judeus era tripartida: a) a Lei, b) os Profetas, e, c) os Salmos ou Escritos (Lc 24.44). Apesar de a cultura judaica fazer uma categorização diferente, o conjunto do Antigo Testamento soma os mesmos 39 livros divinamente inspirados, tanto para os judeus como para os cristãos.

2. Canonicidade do Antigo Testamento. Existem três fatores basilares na avaliação de um livro canônico, a saber: a) a inspiração divina, que atesta se o livro é inspirado pelo Espírito Santo (Ne 9.30; Zc 7.12; 2Pe 1.21); b) reconhecimento do povo de Deus, que atesta se o livro era aceito como autêntico por seus primeiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); e c) preservação pelo povo de Deus, que atesta se o livro era conservado como Palavra de Deus (Dt 31.24-26; Dn 9.2). Por conseguinte, a confirmação desses elementos revela que, desde o início, os livros do Antigo Testamento foram recebidos e guardados como inspirados e autorizados por Deus, dotados de veracidade e de autoridade (Jz 3.4).

3. Particularidades do Antigo Testamento. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, chamado na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). Algumas porções foram escritas em aramaico, uma espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf. Gn 31.47; Ed 4.7 — 6.18; 7.12-26; Dn 2.4 — 7.28; Jr 10.11). O último livro canônico foi o do profeta Malaquias que o concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo Testamento. E, conforme o teólogo Norman Geisler, para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testamento foi dividido em versículos.

 

 

SINOPSE II

Os livros inspirados que integram o cânon do Antigo Testamento são classificados como “Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos”.

 

 

III. O NOVO TESTAMENTO

 

1. Os livros do Novo Testamento. Esses livros foram reconhecidos pela Igreja após a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e estão classificados em quatro grupos principais: a) Evangelhos, que são os 4 livros de Mateus, Marcos, Lucas e João; b) Histórico, formado pelo livro de Atos dos Apóstolos; c) Epístolas, que se subdividem em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e d) Revelação, constituído pelo livro de Apocalipse. O conjunto totaliza 27 livros inspirados e autorizados que são chamados de canônicos (1Co 2.4,13).

2. Canonicidade do Novo Testamento. Os critérios de avaliação do Novo Testamento são iguais aos que determinam o cânon do Antigo, isto é, a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. Nesse sentido, a Bíblia oferece indiscutíveis provas de inspiração do Novo Testamento (1Ts 2.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos livros como fidedignos, desde o início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2Ts 2.15; 2Pe 2.1; 1Jo 4.1). Em relação à conservação das Escrituras, os primeiros cristãos adotaram a prática de leitura dos livros autorizados em suas reuniões e cultos (1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3). Mediante tais fatos, atesta-se que desde o começo a Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos, alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas (Ef 2.20).

3. Particularidades do Novo Testamento. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, um dialeto comum e presente por toda a cultura de fala grega, e que muito auxiliou na propagação do Evangelho nos primórdios do Cristianismo (At 19.10). Algumas expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aramaico, dentre elas, citamos: Talita cumi — “Menina, levanta-te” (Mc 5.41); Aba Pai — “Lit.: Pai, pai; ‘Meu Pai’” (Mc 14.36); Eloí, Eloí, lamá sabactáni? — “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34). O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do término do século I. O último livro é o Apocalipse de João datado por volta do ano 96 d.C.; e desde o encerramento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados. Por fim, em torno de 1.555 d.C., o Novo Testamento também foi dividido em versículos.

 

 

SINOPSE III

Os livros inspirados que integram o cânon do Novo Testamento são classificados como “Evangelhos, Histórico, Epístolas e Revelação”.

 

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

 

 

“Implicações para o Professor Cristão

Os professores comprometidos precisam não só do conteúdo da Bíblia, como também dos métodos criativos dos professores. A Bíblia fornece exemplos de ensino individual, em grupo pequeno ou em grupo grande. Ela apresenta várias formas de palestras, sermões, análises e metodologias de perguntas e respostas. O ensino da Bíblia ocorre muitas vezes durante as refeições, em viagens de carro, ônibus, avião, em ambientes institucionais e em festas. Os que ensinam têm de estar preparados com a Palavra de Deus na ponta da língua em todas as circunstâncias.

O ensino eficaz requer o domínio de um campo temático, aprimoradas habilidades de apresentação, preocupação relacional e o profundo desejo de ver os resultados do ensino dentro e fora de sala de aula. O caminho para dominar as lições de Deus é permanecer alegremente em Jesus, assim como João permaneceu; é almejar e meditar na Bíblia dia e noite, assim como Davi fez (Sl 67; 73; 119; 145); é receber humildemente a correção de Deus, assim como Moisés recebeu (Dt 32 — 33) e seguir Jesus suficientemente de perto para ser coberto por seu sangue, assim como Simão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: O Guia Definitivo do Professor de Jovens. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.53).

 

 

CONCLUSÃO

 

O conjunto dos 66 livros forma um único livro: a Bíblia Sagrada. Esses livros constituem o cânon bíblico do Antigo e do Novo Testamento. Os critérios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A comprovação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Como o termo “Cânon” é empregado em teologia?

Na teologia o vocábulo “cânon” é empregado como “norma” de avaliação para identificar os livros sagrados.

 

2. Qual é o sentido do termo “testamento”?

Tem o sentido de “aliança”, “pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade.

 

3. Classifique os livros do Antigo Testamento.

O Antigo Testamento está classificado em Pentateuco (Lei), Histórico, Poéticos e Proféticos.

 

4. Classifique os livros do Novo Testamento.

O Novo Testamento está classificado em Evangelhos, Histórico, Epístolas (paulinas e gerais) e Revelação.

 

5. Em que língua o Novo Testamento foi escrito?

Em grego koiné.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

 

Conhecer a estrutura da Bíblia, isto é, sua visão mais global, é muito importante para compreender um livro específico das Sagradas Escrituras. Esse tipo de conhecimento nos ajuda a compreender que a mensagem da Bíblia é a história da salvação (na perspectiva global da Bíblia), como o erudito bíblico F.F. Bruce diz: “A mensagem central da Bíblia é a história da salvação e, ao longo de ambos os Testamentos, podem ser distinguidos três elementos comuns nessa história reveladora: aquEle que traz a salvação, o meio de salvação e os herdeiros da salvação” (A Origem da Bíblia, CPAD, p.23). Assim, quando estamos acostumados às classificações estruturais da Bíblia (Pentateuco, Históricos etc.), adquirimos uma boa base para prosseguir com os nossos estudos individuais e devocionais da Palavra de Deus.

 

O Antigo Testamento

Na aula desta semana, é importante obter uma perspectiva mais geral do Antigo Testamento, pois sua classificação (Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos) revela uma revelação divina progressiva. Deus se revela ao homem (Gênesis), estabelece Leis (Êxodo), organiza o povo (Números), estabelece ministradores da Lei e do Templo (Levítico) e recorda a Lei para o povo se estabelecer numa nova terra (Deuteronômio). Essa evolução que vemos no Pentateuco se dá ao longo de todo o Antigo Testamento, desde quando a nação de Israel se torna monarquia até ser levada em cativeiros (Josué a Malaquias). É muito importante que os alunos percebam que essa história antiga é a história de salvação que começa por meio de um povo. Desse povo surgirá o Salvador, Jesus Cristo.

 

O Novo Testamento

Os livros do Novo Testamento confirmam o Antigo Testamento e, por meio, dos Evangelhos, Histórico, Epístolas e Revelação aprofundam a história da salvação confirmada em nosso Senhor na plenitude dos tempos (Gl 4.4). Ao longo do tempo, a Igreja de Cristo cultivou um profundo respeito e reverências aos livros que Deus inspirou por intermédio do Seu Espírito. Com isso, além do Antigo Testamento, o Novo Testamento é uma fonte de revelação divina para o crente andar nos caminhos do Senhor. Conhecer sua estrutura nos auxilia na compreensão de todo o Conselho de Deus.

Portanto, trazer essa consciência estrutural das Escrituras é um ato fundamental para ler bem a Bíblia, tema da próxima lição.