LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2022

 

Título: A Supremacia das Escrituras — A inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

Comentarista: Douglas Baptista

 

 

Lição 12: As Epístolas instruem e formam os cristãos

Data: 20 de Março de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 12

 

 

TEXTO ÁUREO

 

A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor(2Jo 1.3).

 

VERDADE PRÁTICA

 

As epístolas apresentam instruções vitais para a compreensão da doutrina cristã, bem como para a formação dos cristãos.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Rm 1.17

Em Cristo descobrimos a justiça de Deus: o justo viverá pela fé

 

 

Terça — Ef 1.22,23

Cristo é o cabeça; e a Igreja, o seu Corpo

 

 

Quarta — 1Pe 1.7

A fé é provada como o ouro é provado pelo fogo

 

 

Quinta — 1Jo 1.6,7

O salvo deve viver em comunhão com os irmãos

 

 

Sexta — 2Co 7.1

O crente deve purificar-se de toda imundícia da carne e do espírito

 

 

Sábado — Ef 4.13

O cristão deve buscar a medida da estatura de Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 1.1-3; 1 Pedro 1.1,2; 2 João 1.1-3.

 

1 Coríntios 1

1 — Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,

2 — À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:

3 — graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

 

1 Pedro 1

1 — Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia;

2 — Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.

 

2 João 1

1 — O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade,

2 — Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco.

3 — A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor.

 

HINOS SUGERIDOS

 

117, 190 e 533 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana tem como proposta apresentar o conjunto de doutrinas entregue à Igreja do Senhor por intermédio dos autores das epístolas do Novo Testamento. O conteúdo dessas epístolas tem como função instruir e formar os crentes no que diz respeito à fé cristã, bem como prepará-los para o encontro com o Senhor por ocasião do arrebatamento da Igreja.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a instrução doutrinária de Paulo às igrejas no que diz respeito a pessoa de Jesus Cristo e acerca das últimas coisas; II) Expor a natureza das epístolas gerais a respeito da fé, santificação, combate aos falsos ensinos e esperança da vida eterna; III) ressaltar a atualidade das epístolas do Novo Testamento no tocante às doutrinas da justificação, santificação e glorificação do crente.

B) Motivação: É fundamental que o crente conheça as doutrinas bíblicas registradas nas Cartas do Novo Testamento. Seus ensinamentos trazem o aperfeiçoamento da fé e amadurecimento do caráter Cristão.

C) Sugestão de Método: Elabore com seus alunos uma lista com o nome de cada epístola do Novo testamento e o seu respectivo propósito. Faça isso na lousa. Você pode consultar a Bíblia de Estudo Pentecostal para elaborar a lista. Reforce aos seus alunos que conhecer a natureza de cada epístola ajuda a direcionar a leitura e interpretar a mensagem intrínseca em cada epístola.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Tudo o que a Igreja precisa conhecer no que diz respeito à vontade de Deus está na Bíblia. As epístolas, inclusive, trazem as instruções doutrinárias que orientam os crentes à prática da fé, a santificação e preparação para a vida eterna.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a apena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.2, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Epístola” aprofunda o primeiro tópico, explicando o conceito de epístola bíblica e sua mensagem aos crentes da igreja primitiva; 2) O texto “O que é o Processo de Comunicação”, localizado no final do terceiro tópico, traz ao docente uma reflexão a respeito do processo de comunicação do docente com o aluno. Será que a forma como nos comunicamos com os alunos tem sido eficiente?

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

As Epístolas correspondem a 21 dos 27 livros do Novo Testamento. As treze escritas por Paulo são denominadas de “paulinas”. As oito epístolas restantes são de outros autores e designadas de “gerais”. Nesta lição, agrupamos as Epístolas por temas e autoria, e destacamos alguns de seus aspectos doutrinários.

 

 

Palavra-Chave:

 

EPÍSTOLA

 

 

I. COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM

 

1. Instruções salvíficas. Nesse grupo, enfatizamos os aspectos da doutrina da salvação. Aos Romanos destaca-se que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Cristo nos libertou do pecado mediante seu sacrifício remidor. Dessa forma, pela fé em Cristo, somos declarados justos (Rm 3.23-25). Aos Gálatas, Paulo assevera que ninguém é “justificado pelas obras da lei” (Gl 2.16), e que somente a fé em Cristo nos liberta do jugo do pecado (Gl 5.1). Em 1Coríntios ressalta-se a mensagem do “Cristo crucificado” (1Co 1.23), que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia (1Co 15.3-4). Em 2Coríntios frisa-se o ministério da reconciliação” (2Co 5.18), em que Cristo levou os nossos pecados e nos reconciliou com Deus (2Co 5.19-21).

2. Instruções a respeito de Cristo. Nesse enfoque, o destaque são os aspectos da doutrina de Cristo. Aos Efésios, o tema é “Cristo, como cabeça — e a Igreja, o seu corpo” (Ef 1.22,23). Nesse sentido, a Igreja foi eleita em Cristo (Ef 1.4) e redimida em Cristo (Ef 1.7) para a glória de Cristo (Ef 1.12). Aos Filipenses, a mensagem enfatiza que “o viver é Cristo” (Fp 1.21). Ele é o segredo da verdadeira alegria e o modelo de vida para o salvo (Fp 1.4; 2.2-16). Aos Colossenses, Paulo sublinha que a “vossa vida está escondida com Cristo” (Cl 3.3). A igreja está unida em Cristo, morta e ressuscitada com Cristo (Cl 2.2,10,20; 3.1). Em suma, Cristo é a suficiência para todo o cristão.

3. Instruções sobre as últimas coisas. Esses ensinos enfatizam os aspectos da vinda de Jesus. Em 1 Tessalonicenses, Paulo ensina que no retorno de Cristo “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1Ts 4.17), sendo necessário, para esperar o Senhor, conservar irrepreensível o espírito, a alma e o corpo (1Ts 5.23). Em 2 Tessalonicenses, o apóstolo esclarece que, após o arrebatamento da Igreja, o “Dia do Senhor” se iniciará com a manifestação do Anticristo (2Ts 2.2,3,8). Enquanto o salvo aguarda a volta de Cristo, deve orar para que o Evangelho tenha livre curso, e vigiar para não viver desordenadamente (2Ts 3.1,11,12). As duas epístolas alertam a respeito da necessidade de preparar-se para a vinda do Senhor.

4. Instruções pastorais e pessoais. As Epístolas particulares abrangem instruções de natureza prática. Dentre outros temas, em 1 Timóteo, Paulo orienta o combate às heresias por meio da “sã doutrina” (1Tm 1.3,9,10). Em vista disso, o líder deve ser apto para ensinar (1Tm 3.2; 4.13,16). Em 2 Timóteo ratifica-se que o obreiro deve manejar “bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15) a fim de produzir arrependimento nos que resistem (2Tm 2.25). Em Tito, o pastor deve contrapor os falsos ensinos (Tt 1.5,10,11), e para tanto é exortado a falar “o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1). Em Filemom, a mensagem enfatiza o perdão. O transgressor arrependido deve ser recebido “mais do que servo, como irmão amado” (Fm 1.16).

 

 

SINOPSE I

As epístolas paulinas nos instruem a respeito de Cristo, sobre as últimas coisas e trazem instruções pastorais e pessoais.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

“Epístolas

No uso geral, o termo epístola refere-se à correspondência escrita, seja particular ou pública. […] No Novo Testamento, o termo grego espistole ocorre 24 vezes e é a designação de 21 dos escritos do Novo Testamento. […] Em geral, as epístolas do Novo Testamento seguem a forma padrão das cartas antigas, como poder ser visto pelo estudo da extensa correspondência em papiros que foi preservada. A ordem epistolar usual era: nome do escritor e destinatários, saudação, oração ou desejo de bem-estar dos leitores, corpo da carta e saudações finais. Alguns, seguindo a sugestão de A. Deissmann, têm feito uma distinção entre cartas e epístolas. As cartas seriam pessoais, com trechos não-literários sem a intenção de uso permanente, ao passo que as epístolas seriam impessoais, com trechos literários, escritas para um público mais geral e com a intenção de permanência. Outros tem corretamente insistido que esta distinção é demasiadamente sofisticada e simplificada. A maioria das epístolas do Novo Testamento combina elementos tanto de cartas como de epístola, conforme distinguido por Deissmann. A correspondência do Novo Testamento foi, em sua maior parte, escrita em resposta a cartas ou palavras pessoais com relação a problemas ou necessidades que exigiram um tratamento por parte de alguém que tivesse autoridade apostólica” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.652,653).

 

 

II. COMO AS EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM

 

1. As Epístolas de Pedro. 1 Pedro aborda o sofrimento cristão (1Pe 1.6). Ela ensina que as provações fortalecem a fé (1Pe 1.7), que é preciso santificar-se (1Pe 1.15), suportar os agravos (1Pe 2.19) e alegrar-se nas aflições (1Pe 4.13). Assegura que o próprio Deus é quem aperfeiçoa, confirma, fortifica e estabelece o crente fiel (1Pe 5.10). Em 2Pedro, a mensagem faz alerta aos ensinos dos falsos mestres, tais como: negar a divindade e a segunda vinda de Cristo (2Pe 2.1; 3.4). Pedro contesta tais heresias, ratifica que Jesus é o Filho de Deus (2Pe 1.16,17) e anima a Igreja a manter-se imaculada até a volta do Senhor (2Pe 3.14).

2. As Epístolas de João. 1 João adverte sobre o falso ensino que negava a encarnação de Jesus (1Jo 1.1; 4.2,3) e as demais heresias gnósticas (1Jo 5.13-21). Explica que o salvo deve viver em comunhão com os irmãos (1Jo 1.6,7); afastar-se da prática do pecado (1Jo 2.1; 3.7); amar uns aos outros (1Jo 4.11); e vencer o mundo por meio da fé (1Jo 5.4). Em 2João, as heresias do docetismo e gnosticismo são novamente refutadas (2Jo 1.7,8). A Igreja é exortada a perseverar na doutrina de Cristo (2Jo 1.9) e a usar de sabedoria ao receber pessoas em casa (2Jo 1.10,11). Em 3João destaca-se a fidelidade de Gaio e Demétrio (3Jo 1.5-8,12) e a reprovação do mau testemunho de Diótrefes (3Jo 1.9,10). Por fim, João adverte ao cristão: “não sigas o mal, mas o bem” (3Jo 1.11).

3. As outras Gerais. Aos Hebreus, a ênfase repousa na supremacia de Cristo (Hb 1.1). Ele é o Sumo-Sacerdote que por seu próprio sangue executou uma eterna redenção (Hb 9.11,12). Desse modo, o crente é estimulado a olhar para Cristo, o “autor e consumador da fé” (Hb 12.2). Em Tiago, o autor esclarece que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Acentua que a fé deve ser mostrada em ações (Tg 2.14). Por isso, o texto adverte o cristão a ser praticante da Palavra, e não somente ouvinte (Tg 1.22). Em Judas, o salvo é exortado a “batalhar pela fé” (Jd 1.3). Isso por causa dos hereges infiltrados na Igreja (Jd 1.4). Assim, o crente é instruído a orar e a preservar a esperança da vida eterna (Jd 1.20,21).

 

 

SINOPSE II

As epístolas gerais advertem o crente a respeito da santificação, dos falsos ensinos; e enfatizam a supremacia de Cristo e a esperança da vida eterna.

 

 

III. AS EPÍSTOLAS CONTINUAM A FALAR

 

1. A doutrina da justificação. A doutrina da justificação ensina que o pecador é justificado (absolvido da punição do pecado) unicamente pela fé na graça divina (Rm 5.1,2). Significa dizer que as obras humanas não podem salvar (Gl 2.16). Nossa Declaração de Fé professa crer na restauração do homem por meio do arrependimento e da fé (Rm 3.23,24), no Novo Nascimento pela graça de Deus mediante a fé (Ef 2.8,9) e na justificação pela fé no sacrifício de Cristo (Hb 10.12). Essa é uma doutrina fundamental da fé cristã.

2. A doutrina da santificação. A doutrina da santificação implica uma vida separada do pecado (1Pe 1.15,16). Nossa Declaração de Fé ensina que, já salvo e justificado, o novo crente entra de imediato no processo de santificação (Rm 6.22; 1Ts 4.3). Porém, essa transformação vai sendo aperfeiçoada durante a jornada do cristão (2Co 3.18; Fp 1.6). Desse modo, o crente precisa ser santificado pelo Espírito (1Pe 1.2), purificar-se tanto da carne como do espírito (2Co 7.1), pois sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

3. A doutrina da glorificação. A doutrina da glorificação é a última etapa de nossa salvação (Rm 8.17,30). Nesse processo, o pecador é salvo pela graça, justificado pela fé, santificado pelo Espírito, e prossegue até “à medida da estatura de Cristo” (Ef 4.13). Quer dizer que ao final do processo da salvação a glória perdida no Éden, pelo primeiro Adão, será restaurada (1Co 15.45). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal em corpo glorioso (Fp 3.21), que se dará por ocasião da vinda do Senhor (1Co 15.52-54).

 

 

SINOPSE III

A mensagem das epístolas permanece atual: ressalta a justificação, santificação e glorificação do crente.

 

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

 

 

“O que é o Processo de Comunicação.

As partes do processo de comunicação são as seguintes:

1. Aquele que envia-codifica (o emissor-codificador) a mensagem (o professor). Essa pessoa tem três deveres. Em primeiro lugar, deve escolher as palavras. Em segundo lugar, deve dar sentido às palavras. Em terceiro lugar, deve usar as palavras adequadamente.

2. Aquele que recebe-decodifica (o receptor-decodificador) a mensagem (aluno). Essa pessoa também tem três deveres. Em primeiro lugar, deve reconhecer as palavras. Em segundo lugar, deve interpretar as palavras. Em terceiro lugar, deve relacionar o significado das palavras ao que já conhece.

3. A mensagem. Essa é a lição que o professor deseja ensinar.

4. O canal. Esse é o método que o professor usa para transmitir a lição.

A mensagem está na mente do professor, que é a pessoa que envia-codifica. O professor dá às palavras o significado que deseja transmitir ao seu aluno. A mensagem é colocada em um canal para ser transmitida ao aluno. Um canal é a maneira como o professor transmite a mensagem. O aluno (receptor-decodificador) deve receber a mensagem e decodificá-la. Quando ouvir as palavras do professor, deverá saber o seu significado. Este é o processo da interpretação. O aluno deve aplicá-las à sua vida” (TOWNS, Elmer L. Enciclopédia da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.163).

 

 

CONCLUSÃO

 

As Epístolas são livros divinamente inspirados e representam quase 80% do cânon do Novo Testamento. O conjunto de doutrina dessas epístolas, revelado aos seus diversos autores, continua a instruir o povo de Deus, a formar o caráter do crente salvo em Jesus, e a preparar a Igreja para a vinda do Senhor.

 

VOCABULÁRIO

 

Docetismo: Doutrina herética propagada entre os séculos II e III d.C., que nega a existência do corpo físico de Jesus. Para os propagadores dessa heresia, Jesus seria apenas espírito.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Cite as epístolas que dão instruções a respeito da salvação.

As epístolas que enfatizam os aspectos da doutrina da salvação são: Romanos, Gálatas, 1 e 2 Coríntios.

 

2. Cite as epístolas que instruem a respeito dos últimos dias.

As epístolas que enfatizam os últimos acontecimentos são: 1 e 2 Tessalonicenses.

 

3. O que 1 Pedro aborda?

A epístola de 1 Pedro aborda o sofrimento cristão.

 

4. Qual é a ênfase da Carta aos Hebreus?

A Carta aos Hebreus enfatiza a supremacia de Cristo.

 

5. Explique a doutrina da glorificação.

A doutrina da glorificação é a última etapa de nossa salvação.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS

 

Chegamos à penúltima aula de nosso trimestre e estudaremos a respeito das Cartas do Novo Testamento. Talvez, as cartas sejam os documentos mais familiares para nós. Embora estejamos no período das redes sociais que revolucionaram a comunicação escrita, é bem verdade que a carta ainda tem muita referência entre nós. Por isso, diferentemente de outros gêneros textuais da Bíblia, nos identificamos muito com as cartas do Novo Testamento. O erudito bíblico Douglas Moo versa a respeito de pelo menos duas razões porque as cartas chamam a nossa atenção. Em primeiro lugar, porque seus ensinos são diretos e imediatos; em segundo, porque elas ensinam claramente a verdade fundamental da fé cristã a partir de grandes variedades de questões relacionadas a vida espiritual e material (“Lendo a Bíblia para a Vida”, CPAD, pp.188,189).

 

As cartas instruem

Basicamente, as cartas são classificadas como paulinas e gerais. As paulinas são as que foram escritas pelo apóstolo Paulo, e as cartas gerais foram escritas por outros apóstolos ou seguidores de Jesus. Entretanto, o que desejamos destacar é que todas as cartas do Novo Testamento têm algo a dizer sobre o ser humano e seu problema fundamental, a identidade de Deus, sua obra realizada por intermédio de Jesus Cristo, os dons espirituais na vida da igreja local (Lendo a Bíblia para a Vida, CPAD, p.197), enfim. As cartas do Novo Testamento trazem princípios e valores atemporais que nos auxiliam em todas as áreas da vida. Por isso elas são consideradas doutrinárias, isto é, elas emergem ensinos sistemáticos para a vida cristã.

 

As cartas formam

Essas cartas nos instruem e, por isso, nos formam com o objetivo de tornarmo-nos cristãos que vivam de fato os ensinamentos de Cristo. A carta de Paulo aos Efésios traz uma perspectiva muito interessante a respeito dessa formação: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.13,14 — NAA). Da mesma forma que os ministros atuam para o nosso crescimento na fé, as cartas são instrumentos poderosos para nos levar à maturidade cristã.