Título: Os valores do Reino de Deus — A relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo
Comentarista: Osiel Gomes
Lição 5: O casamento é para sempre
Data: 1 de Maio de 2022
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6).
A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício. Na continuidade do Sermão do Monte, Jesus condena o adultério.
Segunda — Hb 13.4
O casamento deve ser honrado
Terça — Ml 2.15,16
O Senhor os fez um só
Quarta — Ef 5.33
O amor e o respeito no casamento
Quinta — Mc 7.21-22; Pv 4.23
Guarde o seu coração
Sexta — Pv 6.32
O adúltero destrói a si mesmo
Sábado — Gl 5.16-17
Não satisfaça o desejo da carne
Mateus 5.27-32.
27 — Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28 — Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
29 — Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
30 — E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
31 — Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite.
32 — Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
150, 195 e 201 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito do caráter vitalício do casamento. Veremos que a Bíblia condena o adultério e afirma a indissolubilidade do casamento. Num contexto em que a instituição do casamento é tão atacada, apresentamos um estudo que fortalecerá a instituição do casamento e apresentará seu caráter divino, pois foi Deus quem a instituiu.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a condenação do adultério; II) Mostrar que o que rege o coração regerá o corpo também; III) Afirmar a indissolubilidade do casamento.
B) Motivação: Todo seguidor de Jesus tem em alta conta a instituição do casamento. É uma instituição vinda de Deus para o homem e a mulher. Por isso, os valores da Bíblia que regem o casamento são opostos aos que são propagados no mundo atual.
C) Sugestão de Método: O modelo tradicional de casamento está em sistemático ataque secular. Por isso, antes de iniciar terceiro tópico, sugerimos a seguinte indagação: Qual é a origem do casamento? Ouça as respostas dos alunos. Estimule-os a participarem, objetivando a obter as respostas. Após ouvi-las atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico, mostrando com clareza os valores que regem o casamento cristão.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O casamento não é constituído de pessoas rivais. Viver sob o mesmo teto requer disposição de comunicar, amar e ajudar. O convívio no casamento debaixo da perspectiva do amor cristão é o antídoto para o fracasso no casamento. É desejo de Deus que o casamento dure até que a morte separe o casal.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio às Lições Bíblicas. Na edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Jesus e a dimensão prática do divórcio”, localizado ao final do primeiro tópico, é uma análise de como nosso Senhor aborda um dos mandamentos que fundamenta a postura ética do cristão diante do casamento; 2) O texto “Para restringir a falta grave”, localizado ao final do segundo tópico, traz a análise da rejeição de Deus ao divórcio, mostrando a natureza indissolúvel da instituição criada por Deus: o Casamento.
INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte, em que Jesus evidencia a justiça e o caráter do discípulo acima da postura dos escribas e fariseus, a preservação do casamento foi muito bem destacada. Ao evocar o sétimo mandamento, “não adulterarás” (Êx 20.14), a intenção do Mestre é colocar o casamento no seu devido lugar, como foi designado pelo próprio Deus (Gn 2.24).
Na continuidade do seu ensino, Jesus expressa que tudo começa no coração. Assim, cai por terra as teorias quanto ao divórcio, as evasivas criadas por aqueles que pensam em se separar de seu cônjuge, visto que, os que realmente são dominados pelos valores ensinados por Cristo, procuram, em tudo, a preservação da pureza, da vida conjugal (Hb 13.4) e do verdadeiro lar cristão. Em Mateus 5.27-32, Jesus esclarece que não há espaço para uma moral dupla, como deseja uma sociedade degenerada.
Palavra-Chave:
CASAMENTO
I. A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério. No grego temos o verbo moichéuo, “cometer adultério”, “ser um adúltero”, “ter relação ilícita com a mulher de outro”; da mulher: “permitir adultério, ser devassa”. Biblicamente, o adultério é definido como uma relação sexual que um homem casado tem com uma mulher que não é sua esposa ou vice-versa. A idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8,9; Ez 23.37).
Jamais se deve pensar que as ordens divinas em relação ao adultério fossem pesadas demais; na verdade, por meio dessas prescrições da Lei, o que se colimava era preservar o casamento, a fidelidade conjugal, a família. O mandamento “não adulterarás” trata-se de um dique que preserva a fidelidade conjugal e a família, a célula mater da sociedade.
2. A posição de Jesus quanto ao adultério. Para Jesus, a gênese do adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos impuros que levam à prática sexual ilícita. O posicionamento do Mestre vai além de tudo o que, no Antigo Testamento, era permitido ao homem: divorciar-se de sua mulher (Dt 24.1)! Cristo vai ao cerne da questão, e fala de um coração profano e contaminado, capaz de olhar cobiçosamente para uma mulher e, sem motivo, conceder carta de divórcio à esposa.
No seu Sermão, Jesus evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é dessa forma que se consegue manter a pureza em três níveis: sexual, moral e social. Precisamos ter a consciência de que, perante Deus, como bem expressou Cristo, uma intenção errada é tão pecaminosa quanto um ato, por isso, devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp 4.8).
3. Os males do adultério. O adultério sempre é prejudicial para a estrutura familiar, e qualquer infidelidade no relacionamento a dois sempre será ruim, pois gera desconfiança, feridas emocionais, desvalorização, desrespeito, fraqueza e queda na vida espiritual. Por isso, é importante evitar tanto a prática do ato como os pensamentos indevidos.
Além disso, os prejuízos espirituais são ainda maiores. Não havendo pureza em seus pensamentos, nem havendo lealdade com seu cônjuge, o relacionamento entra em perigo e deturpa a mente do cristão que, tendo a mente de Cristo, só deve pensar coisas boas (1Co 2.16). O adultério deve ser evitado a todo custo, pois suas consequências são devastadoras; além de ser pecado, fere a santidade de Deus (Pv 5.3-8).
SINOPSE I
O Senhor Jesus condena claramente a prática do adultério.
Jesus e a dimensão prática do divórcio
“No subsequente estado adúltero da mulher que se casa com novo companheiro, a falta é colocada aos pés do primeiro homem que, de acordo com Jesus, obtém um divórcio frívolo. Ele precipita um estado adúltero da mulher que se casa outra vez (que então pode não ter tido voz ativa no segundo matrimônio, dado seu estado social). Mais tarde, quando Jesus insistiu nesta visão estrita do divórcio, os fariseus perguntaram: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?’. Ele respondeu que Moisés tolerou esta prática ‘por causa da dureza do vosso coração’.
Jesus manteve a posição anterior exarada pela lei natural quando instruiu o povo que o Criador designou que o marido e a esposa fossem uma só carne e nunca se separassem (Mt 19.4-11). Na passagem em foco, Jesus diz que o homem que se divorcia da esposa por qualquer razão, exceto por infidelidade matrimonial, e se casa com outra mulher, comete adultério. A vontade de Deus é a permanência do matrimônio nesta terra. Assim Malaquias escreve que Deus diz que o casal é uma carne e que Ele ‘aborrece o repúdio [ou odeia o divórcio]’, sobretudo por causa dos efeitos sobre os filhos (Ml 2.14-16).” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.46,47).
II. O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO
1. O que procede do coração. O pecado não está restrito apenas ao ato, mas também a pensamentos impuros, malignos, cuja fonte é o coração (Mt 15.19). Do hebraico, “coração”; lebab, fala do homem interior, mente, vontade, alma, inteligência. Trata-se do lugar dos desejos, das emoções e paixões. No seu aspecto figurativo, o coração refere-se ao caráter moral. Um cristão que tem o coração transformado tem um viver totalmente diferente, visto que seu coração é regido pela Palavra (Cl 3.16).
2. O homem é o que pensa. É sabido por todos que o homem é o que ele pensa ou sente. Os pensamentos e ideias que estão no seu “homem interior” são os motores que colocam em ação todo o seu corpo e são determinantes para sua conduta. Desse modo, o homem colherá aquilo que semear (Gl 6.7). O que semeia o pensamento da cobiça, desejando outra mulher, não demorará para que concretize isso na prática. A cobiça é algo que começa no coração, é como uma pequena semente plantada que vai gerar o fruto do pecado. Cada um é engodado por sua própria cobiça, a qual dará luz ao pecado, que sendo consumado, leva à morte (Tg 1.14,15).
O Senhor Jesus falou que aquilo que rege o coração se evidenciará no viver diário de uma pessoa por meio de seus atos (Mt 15.19; Lc 6.45), o que foi muito bem explicado por Paulo, quando chamou de obras da carne as ações produzidas por um coração pecaminoso (Gl 5.19-21).
Ninguém está isento de tentações, mas é preciso revestir-se do novo homem interior produzido por Cristo para jamais cometer os atos pecaminosos por meio do corpo (Ef 4.24; Rm 6.12,13). A saída é pedir para Jesus fazer a transformação e nos dar um novo coração (Ez 11.19; 18.31).
3. Sujeitando o corpo ao Espírito Santo. O caminho para que o cristão possa dominar bem o corpo é viver na dependência do Espírito Santo (Gl 5.16). Jesus fez uso de figuras de linguagem e de modo hiperbólico para mostrar como se deve fazer para vencer os instintos sexuais.
Ao sugerir “Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti” (Mt 5.29a), Cristo não tinha a intenção de incitar alguém a praticar a mutilação dos membros do corpo. O uso aqui é totalmente metafórico, dando ênfase de como o cristão pode crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o seu corpo ao Espírito para que não seja instrumento do pecado (Gl 5.24; Tt 3.3-5). Jesus não estava falando de cortar algum membro do corpo, pois nada disso valeria enquanto o coração ainda estivesse cheio de pecado. Um coração transformado pelo poder de Cristo mostrará atitudes de sacrifício que visam glorificar a Deus (Rm 12.1; 1Co 6.20).
SINOPSE II
O que procede do coração e permeia o pensamento do homem determinarão seu comportamento.
III. A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. O casamento na perspectiva bíblica. Sabemos que o casamento é a mais fundamental de todas as instituições sociais (Gn 1.28; 2.24). Na perspectiva divina, o casamento deve ser uma união permanente, em que homem e mulher entram em uma aliança a fim de construir uma união única na mais perfeita intimidade.
Não querendo jamais que os votos do casamento fossem quebrados, Deus deu a ordem: “Não adulterarás” (Êx 20.14). A singularidade dessa maravilhosa união foi destacada por Cristo quando falou do vínculo conjugal, expressando que não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19.6). Paulo via essa união de maneira tão cândida que comparou o amor de Cristo, que se sacrificou pela Igreja, ao amor do marido para com a sua esposa (Ef 5.25).
2. O que fazer para que o casamento seja para sempre? Um casal que vive a vida a dois, em amor, irá construir a mais bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas e reveses nesta vida. O casamento deve ser construído com base em respeito, amizade, bom tratamento, carinho, dignidade, entre outros. Como bem disse o apóstolo Pedro (1Pe 3.7), se tudo isso estiver presente no casamento ele será para sempre. O casal cristão tem conhecimento de que no aspecto espiritual ambos são iguais (Gn 1.27; Gl 3.28; Cl 3.10,11), e na vida a dois há obrigações distintas e específicas a serem cumpridas (1Co 7.3).
A união sexual é outro fator preponderante que deve ser levado em consideração no casamento. Ele deve ser desfrutado pelo homem e pela mulher, casados, em uma intimidade mais profunda. O verbo “coabitar” fala de relação sexual dentro do casamento (Gn 4.25), tratada pela Bíblia como algo digno (Hb 13.4).
O casal cristão é consciente de que jamais deve usar o sexo como fazem os ímpios, sem amor, carinho, respeito, tão somente para dar vazão às suas lascívias (1Ts 4.3-7). Portanto, o casal que deseja que seu casamento dure para sempre, deve estar em comunhão com Deus, e ter uma união marcada pelo amor e uma vida sexual regrada e sadia.
3. Casamento: uma união indissolúvel. Na discussão de Jesus com os líderes religiosos, Ele destacou os ideais divinos sobre o casamento, isto é, como Deus o havia projetado a fim de que fosse permanente (Mc 10.9).
Há exegetas que gastam tempo e muitas letras para provar que o divórcio era permitido; buscam elementos históricos nas duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel, sendo que a primeira destacava a questão da impureza no aspecto mosaico a partir do adultério, permitindo a carta de divórcio. A segunda era mais liberal, e dizia que qualquer desagrado da parte do marido poderia dissolver o casamento. Contudo, o melhor seria que tais estudiosos gastassem mais o tempo para falar do casamento conforme o propósito eterno, atentando para o princípio de tudo.
Para Jesus, o casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não era um mandamento de Moisés, mas sim uma concessão devido à fraqueza humana, por causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão baixo e desmoralizante em que muitos estavam vivendo. Enquanto a Lei permitia o divórcio (Dt 24.1-3), Jesus salienta que isso significava legalizar o adultério.
Sempre é dolorido falar sobre divórcio, visto que já se trata da destruição de um casamento. Porém, como servos de Deus, precisamos dizer que a comunidade de salvos que quer viver o padrão do Reino de Deus, com suas bem-aventuranças, precisa entender que o ideal divino é a indissolubilidade da vida a dois, tanto física como espiritualmente, seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão uma só carne (Gn 2.23,24).
SINOPSE III
Na perspectiva bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
Para restringir a falta grave
“Jesus aborda novamente um dos Dez Mandamentos e afirma sua maior autoridade para interpretá-lo. Como alguns dos seus contemporâneos Ele vai às minúcias para restringir esta falta grave. Alguns fariseus fechariam os olhos ou andariam com a cabeça inclinada para não olhar uma mulher. Mas Jesus identifica o coração como a principal parte ofendida do ser humano, pois o coração é a sede da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa, embora os olhos tenham sua parte. Jesus não está condenando a atração sexual natural, mas a luxúria ou desejo lúbrico (v.28). A mensagem de Jesus é clara: Se a pessoa tratar da intenção do coração, então os olhos cuidarão de si mesmos” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
CONCLUSÃO
Pela Palavra de Deus, compreendemos que o casamento é para sempre, mas sua construção depende de uma vivência com Deus em um relacionamento marcado pelo amor. Frente aos problemas que possam surgir, o caminho não é o divórcio. Os cônjuges devem agir com boa vontade e sacrifícios, buscando sabedoria divina para que se volte à verdadeira harmonia, com a presença de Jesus.
Cândida: que apresenta pureza e inocência.
Colimava: tinha em vista; visava a; objetivava, pretendia.
Hiperbólico: ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística; exagerado.
1. Para Jesus, onde está a gênese do adultério?
Para Jesus, a gênese do adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos impuros que levam à prática sexual ilícita.
2. No seu Sermão, Jesus evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de quê?
Jesus evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é dessa forma que se consegue manter a pureza em três níveis: sexual, moral e social.
3. Como Jesus via o casamento?
Para Jesus, o casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não era um mandamento de Moisés, por causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão baixo e desmoralizante em que muitos estavam vivendo.
4. De forma figurada, a idolatria também era chamada de quê?
A idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8; Ez 23.37).
5. De acordo com a lição, perante Deus, como bem expressou Cristo, uma intenção errada é tão pecaminosa quanto um ato. O que fazer para não cair neste mal?
Devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp 4.8).
O CASAMENTO É PARA SEMPRE
A presente lição traz um estudo sobre a perenidade do casamento cristão. Certamente esse é um dos maiores desafios para uma pessoa da sociedade atual aceitar as implicações morais da fé cristã. Essa é uma questão tão difícil que o autor cristão, C. S. Lewis, em sua clássica obra, Cristianismo Puro e Simples, mais especificamente no capítulo em que trata a respeito da moralidade sexual cristã, disse que o casamento cristão é uma das doutrinas mais impopulares da fé cristã. No Cristianismo, segundo o propósito moral de Deus para o homem e a mulher, só há duas possibilidades: se casar e ser fiel até a morte ou optar pelo dom do celibato (ficar solteiro(a) para sempre). O autor britânico diz que há apenas uma realidade entre duas possibilidades a respeito da moral sexual: o cristianismo é mentiroso ou há algo muito errado com a natureza humana. É claro que há algo muito errado com a natureza humana porque o pecado original pode ser demonstrado de maneira concreta na dificuldade que ser humano tem em obedecer aos preceitos de Deus quanto à perenidade do casamento.
Coragem
Infelizmente, em muitos lugares o divórcio tem sido banalizado. Mas Deus nos chamou para viver a perenidade do casamento, ainda que essa doutrina seja impopular em muitos lugares. Por isso, tenha coragem em expor o maravilhoso plano de amor, companheirismo, respeito mútuo, parceria e carinho dentro de uma união que reflete o grande compromisso de fidelidade no casamento, feito no altar, diante de Deus e da Igreja, para viver até que a morte os separe.
No ensino do Sermão do Monte, mais uma vez o que está na vida interior rege a questão da durabilidade do casamento. O teólogo James Shelton ressalta que “Jesus identifica o coração como parte ofendida do ser humano, pois o coração é a sede da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa”. O que pode minar o celestial preceito da perenidade do casamento é quando a vontade, a imaginação e a intenção pessoal foram sobrepostas por outras que nada têm a ver com os valores do Reino de Deus.
Uma aplicação
Leve seus alunos à reflexão a respeito da perenidade do casamento. Mostre os pontos positivos dessa magna instituição, o quanto é importante e como é o porto seguro de uma família sadia. É tempo de encorajar a perenidade do casamento, uma instituição divina.