LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2022

 

Título: Os ataques contra a Igreja de Cristo — As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo

Comentarista: José Gonçalves

 

 

Lição 7: A sutileza da relativização da Bíblia

Data: 14 de Agosto de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 7.

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.(2Tm 3.16).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Bíblia é a inspirada, a inerrante e a infalível Palavra de Deus. Por isso, não podemos relativizá-la.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Rm 12.2

É preciso não se conformar e se transformar pela renovação do entendimento

 

 

Terça — Is 5.20

Não se pode relativizar as Sagradas Escrituras

 

 

Quarta — Hb 13.8

A Bíblia não muda porque Jesus Cristo é o mesmo

 

 

Quinta — Sl 11.3

Se os fundamentos forem destruídos, o que o justo fará?

 

 

Sexta — 2Tm 3.15

O fundamento da vida cristã deve iniciar na tenra idade

 

 

Sábado — 2Tm 3.16

As Escrituras como única regra de fé e de conduta

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Timóteo 3.14-17.

 

14 — Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.

15 — E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 — Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,

17 — para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

 

HINOS SUGERIDOS

 

259, 306 e 556 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Caro professor, prezada professora, nesta lição estudaremos o processo de relativização da Bíblia. Por isso, ela se desdobra em quatro tópicos: Primeiro — A Bíblia e o Espírito desta Era; Segundo — A Bíblia e o Politicamente Correto; Terceiro — A Bíblia e o outro Evangelho; Quarto — A Bíblia, sempre atual Palavra de Deus. Basicamente, esse conteúdo mostra o processo de desconstrução e de relativização que certos mestres estão fazendo com a Bíblia; a construção de uma narrativa e a criminalização da opinião que enaltecem os valores da Bíblia; a promoção de novas metodologias de interpretação, bem como novas teologias, a partir da Bíblia e, finalmente, a afirmação cristã da Bíblia como a inerrante Palavra de Deus.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Destacar os aspectos desconstrucionistas e relativistas a respeito da Bíblia; II) Explicar o processo de construção de narrativas para criminalizar a opinião doutrinariamente conservadora da Bíblia; III) Pontuar as novas metodologias e teologias a partir da relativização da Bíblia; IV) Afirmar que a Bíblia é um livro revelado e inspirado por Deus.

B) Motivação: Vivemos sob uma ideologia que domina os ambientes intelectuais e culturais de nossa sociedade: universidades, jornalismo, cinema etc. Essa influência não deixaria de atingir a fé cristã. Há um movimento intelectual de dentro do meio evangélico que busca desconstruir a visão conservadora da Bíblia, relativizando assim os grandes ensinamentos milenares que herdamos de nossos antigos pais. É preciso estar consciente a respeito desse movimento.

C) Sugestão de Método: Certamente seus alunos já tomaram conhecimento pela internet a respeito de líderes que se denominam cristãos, mas defendem a liberação do aborto, a normalização da homossexualidade etc. Por isso, dê a oportunidade para um ou dois alunos no máximo contar a respeito dessa experiência. Não passe de cinco minutos com essa atividade introdutória para o desenvolvimento da lição. Em seguida, diga que as ideias defendidas por esses líderes têm a ver com a proposta de desconstrução e relativização da interpretação e dos valores da Bíblia como Palavra de Deus.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Conclua a lição incentivando os alunos a lerem bons livros que valorizam os antigos postulados da Bíblia como Palavra de Deus. Obras como a Origem da Bíblia, editada pela CPAD, dentre outras, são um grande auxílio para este trabalho apologético a respeito da Bíblia.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que lhe darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Apego à Bíblia como Antídoto” é uma reflexão que expande o primeiro tópico a respeito de como a igreja pode se proteger do processo de desconstrução e relativização da Bíblia; 2) O texto “A Inspiração das Escrituras” traz uma proposta de aplicação para afirmar a autoridade das Escrituras.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Não é novidade para ninguém que a Bíblia sempre sofreu ataques ao longo dos séculos. Não foram poucas as tentativas de desacreditá-la e, até mesmo, aboli-la da sociedade. As táticas foram muitas. Às vezes seus exemplares foram queimados; outras vezes a Bíblia foi considerada perigosa, obsoleta e desnecessária. Enfim, em diferentes momentos e épocas sempre houve algum levante contra a autoridade das Escrituras.

Hoje não é diferente. Infelizmente, há quem afirme que a Bíblia precisa ser “atualizada”. Geralmente esse posicionamento é tomado quando se trata de questões de natureza social e comportamental. Assim, há quem defenda que a Bíblia precisa ser “ressignificada”. Em outras palavras, para ele, a Palavra de Deus está desatualizada nessas questões sociais e comportamentais ou, no mínimo, mal traduzida, mal interpretada e, portanto, mal aplicada.

 

 

Palavra-Chave:

 

RELATIVIZAÇÃO

 

 

I. A BÍBLIA E O ESPÍRITO DESTA ERA

 

1. A desconstrução. Não é incomum encontrarmos na literatura, ou nas mídias sociais, expressões como: “a era do vazio”; “pós-verdade”, “o fim das certezas”, “cultura líquida” ou ainda “desconstrução”. São formas diferentes para nomear o mesmo fenômeno cultural que impera na sociedade contemporânea, também denominado de pós-moderno. Em palavras mais simples, esse novo modelo ou paradigma cultural se contrapõe ao cristianismo procurando desconstruir, não apenas sua herança cultural, mas, sobretudo, seu conjunto de valores ético-morais e espirituais (cf. Rm 12.2). Enfim, é uma nova forma de pensar e agir diferente daquela que estávamos habituados a enxergar. A consequência disso tudo é a relativização das Escrituras (Is 5.20).

2. O relativismo. Dentro dessa nova configuração cultural, o relativismo é inevitável. Não há valores perenes ou absolutos. Tudo é relativo. Na verdade, há muito que o relativismo ético-moral vem se insurgindo na sociedade e de forma sorrateira na igreja. Não há mais parâmetro por meio do qual se possa dizer o que é certo ou errado. Tudo é relativo. Isso significa dizer que qualquer julgamento depende do ponto de vista de quem julga ou analisa. Por essa perspectiva, a Bíblia representa apenas mais um ponto de vista dentre vários outros (cf. Hb 13.8).

 

 

SINOPSE I

O Espírito desta era contribui para a desconstrução e relativização da Bíblia.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

APEGO À BÍBLIA COMO ANTÍDOTO

“Em 2003, o projeto genoma humano identificou, pela primeira vez, aproximadamente 20 a 25 mil genes no DNA humano. Do ponto de vista biológico, os genes determinam as características particulares de cada organismo. Deus é um grande engenheiro pelo fato de nos ter criado de tal modo! Nossos genes determinam como vamos evoluir ou, em alguns casos, decair conforme o andamento da nossa vida. A cor dos nossos olhos, nossa altura e até mesmo a propensão para certas doenças são exemplos de como somos tecidos nos detalhes celulares, no que diz respeito ao aspecto físico. Por analogia, as igrejas também têm uma ‘constituição genética’ — crenças, princípios e compromissos que costumam direcionar e determinar sua existência espiritual, sua dinâmica como comunidade e, finalmente, seus impactos sobre o mundo. A questão de que a igreja tem a Escritura na medula óssea pode parecer irracional, mas nem sempre é o caso. Na América do Norte temos vivido uma ‘doença genética’ na igreja, manifestada por uma preocupante expansão rápida de um analfabetismo bíblico” (GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia Para a Vida: Seu Guia para Entender e Viver a Palavra de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.267).

 

 

II. A BÍBLIA E O POLITICAMENTE CORRETO

 

1. A criação de uma narrativa. “Destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3 — NAA). Essa pergunta do salmista ecoa em nossos dias. Os fundamentos estão sendo derrubados, destruídos. É preciso observar que isso não é um fenômeno aleatório, impensado. Não. Trata-se de uma narrativa ardilosamente construída com o fim de desconstruir os valores cristãos e substituí-los por outros. É aí que se cria uma narrativa ou história para se chegar a esse fim. Surge o discurso do “politicamente correto”. Dentro desse modelo criou-se uma nova moralidade, uma nova ética, e, portanto, uma nova forma de dizer o que é certo e errado. Por esse novo modelo está correto se fazer aborto e proibir a leitura da Bíblia em espaços públicos (cf. 2Tm 3.12-14). Dentro dessa narrativa do politicamente correto não há espaço para a Bíblia.

2. A criminalização da opinião. Pensar diferente dessa nova narrativa que foi criada é estar sujeito à censura. Na verdade, toda forma de pensar diferente dessa narrativa é criminalizada. Há, portanto, uma ditadura da opinião. Quem pensa diferente deve ser execrado e, até mesmo, punido. É a ditadura do politicamente correto. Não há espaço para cristãos conservadores. O cristianismo, que no ocidente é a cultura majoritária, está sendo banido para a periferia, transformando-se numa contracultura (cf. Mt 10.22). No mundo todo vemos sites cristãos conservadores sendo censurados e banidos.

 

 

SINOPSE II

Há uma formação de narrativa a respeito da Bíblia para criminalizar a opinião ancorada nos antigos postulados da fé cristã.

 

 

III. A BÍBLIA E O OUTRO EVANGELHO

 

1. Uma nova metodologia. Dentro da cultura pós-moderna, do politicamente correto, surge a necessidade de ressignificar a Bíblia. A Palavra de Deus precisa ser atualizada para que fale a mesma língua dentro dessa nova configuração cultural. Surge a necessidade de se criar uma nova metodologia no processo interpretativo do texto bíblico. Nesse caso, o leitor, e não o autor bíblico, passa a ser mais importante; dizendo de outra forma: não importa o que o autor do texto bíblico disse, mas o que o leitor contemporâneo acha que está certo. É o que os exegetas denominam de hermenêutica centrada no leitor. O autor bíblico deixa de ter importância. Então, vale tudo. A Bíblia precisa se ajustar a essa nova metodologia. Assim surge, portanto, outro evangelho (cf. Gl 1.9).

2. Novas teologias. Esse “outro evangelho” também possui sua própria teologia. Todo o texto bíblico passa por uma nova ressignificação. A Bíblia, portanto, deveria ser toda atualizada. Surge o “evangelho social” (cf. Jo 6.26). Dentro do contexto evangélico o velho marxismo ganha uma nova roupagem. Assim, os relacionamentos homoafetivos são vistos a partir da perspectiva da denominada “teologia inclusiva”. É dentro dessa nova perspectiva que se faz apologia do evangelho social, ecumênico e homoafetivo. Essa é a nova configuração teológica. Qualquer pensamento que destoe desse é considerado fascista, homofóbico e discurso de ódio. Isso explica a censura pública que muitos cristãos estão sofrendo.

 

 

SINOPSE III

O outro Evangelho promove novas metodologias de leitura da Bíblia e, consequentemente, novas teologias e modismos.

 

 

IV. A BÍBLIA, SEMPRE ATUAL PALAVRA DE DEUS

 

1. Revelada por Deus. Para o cristão, a Bíblia é um texto antigo com uma mensagem atual. Ela foi, é e sempre será relevante. A razão disso é que a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade (2Pe 1.16-21). Deus se revelou através das páginas da Bíblia (2Tm 3.16,17). Qualquer tentativa de “ressignificar” ou “atualizar” a Bíblia, fazendo com que ela se ajuste a essa cultura contemporânea, deve ser rejeitada e vista como uma heresia. A Bíblia não pode nunca ser ajustada a mentalidade de uma cultura caída e, portanto, afastada de Deus (Is 59.1-4). Os pregadores que levantaram essa bandeira apóstata, na verdade, devem ser vistos como falsos profetas. Às vezes parecem anjos de luz, mas, na verdade, pregam ensinos de demônios (1Tm 4.1). O fim é afastar a humanidade da cruz de Cristo.

2. Inspirada por Deus. A Bíblia é a revelação de Deus. Isso significa que ela tem origem em Deus e por Ele foi inspirada. Paulo, o apóstolo, disse que toda Escritura é inspirada por Deus (2Tm 3.16). Nenhum livro, por mais espetacular que seja, pode se colocar em pé de igualdade com a Bíblia. A razão é que a Bíblia possui inspiração divina, as outras literaturas não. Alguém pode receber de Deus alguma iluminação para dizer ou escrever algo, mas ninguém pode dizer que foi “inspirado” por Deus da mesma forma que os escritores bíblicos foram. Isso é o que faz a Bíblia ser diferente como obra literária. É um livro com uma mensagem especial e atual porque espelha a mente de Deus.

 

 

SINOPSE IV

A Bíblia é a Palavra de Deus porque foi revelada e inspirada por Ele.

 

AUXÍLIO APOLOGÉTICO

 

 

A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

“(3) Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do NT), da parte do Espírito Santo através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).

(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44,45; Jo 10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12,13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.

(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1882).

 

 

CONCLUSÃO

 

Vimos, portanto, nesta lição, que há toda uma narrativa com o propósito de desacreditar a Bíblia. Para os defensores desse novo modelo cultural, a Bíblia não passaria de um livro obsoleto, produto de uma época, e que, portanto, precisa ser atualizada. Em outras palavras, a Bíblia não seria mais relevante para essa geração. Aqueles que já aderiram a essa suposta necessidade de atualização do texto bíblico, alegando que ele precisa ser relevante para essa geração, desenvolveram metodologias e teologias próprias. Dentro dessa nova forma de entender o texto, a Bíblia é que precisa de ajustes, e não o homem se ajustar a ela.

Todo cristão que segue a ortodoxia bíblica deve rejeitar tal ensino. Não podemos aceitar nada que mutile a Bíblia por conta do politicamente correto. Não podemos rejeitar o que ensina a ortodoxia cristã ou trocá-la pelas novas teologias. A Bíblia é a Palavra de Deus e, por isso, sempre será atual e relevante para a humanidade.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Quais expressões referem-se ao fenômeno cultural pós-moderno?

“A era do vazio”; “pós-verdade”, “o fim das certezas”, “cultura líquida” ou ainda “desconstrução”.

 

2. O que caracteriza o relativismo?

Não há valores perenes ou absolutos. Tudo é relativo.

 

3. O que não há espaço na narrativa do politicamente correto?

Dentro dessa narrativa do politicamente correto não há espaço para a Bíblia.

 

4. O que a Bíblia é para o cristão?

Para o cristão, a Bíblia é um texto antigo com uma mensagem atual.

 

5. O que distingue a Bíblia de outras obras literárias?

A inspiração divina. Enquanto as outras obras são de inspiração humana, a Bíblia é de inspiração divina.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A SUTILEZA DA RELATIVIZAÇÃO DA BÍBLIA

 

Nas lições anteriores, tratamos a respeito da oposição humanista contra os valores bíblicos observados pela Igreja. Nesta lição, veremos em que consiste as sutilezas de Satanás na relativização das Escrituras Sagradas. As investidas de Satanás são aplicadas a diversas áreas da sociedade, como a política, a educação, a família e, obviamente, a própria religião. Esses setores da sociedade são alvos contínuos de inversão de valores na tentativa de desconstruir das relações humanas os princípios tradicionais que ascendem do Cristianismo.

Apesar dos devaneios que os seguimentos religiosos de origem cristã têm apresentado ao longo dos anos, a Palavra de Deus persiste em se mostrar poderosa, influente, viva e eficaz para transformar vidas cotidianamente (Hb 4.12). Embora, de forma sutil, haja um movimento no meio evangélico que tenta descaracterizar a Bíblia como inspirada e infalível Palavra de Deus, o Espírito Santo continua a soprar nos corações e a batizar com fogo. Essa é uma dentre muitas provas de que o poder das Escrituras Sagradas é real e atual.

Infelizmente, o movimento que tenta descredenciar a Bíblia como suficiente origina-se de “teologias inclusivas”. Apesar de assumir aparentemente um perfil agregador, social e de valorização do indivíduo enquanto pessoa, essas teologias, de forma sutil, reinterpretam a Palavra de Deus. Para os seus críticos, o Evangelho deve se adequar ao tipo de pessoas que vivem na sociedade moderna, suscitando assim uma geração de crentes pouco compromissados ou confiantes no poder transformador e libertador da Palavra de Deus.

Na obra “Teologia Sistemática Pentecostal”, editada pela CPAD (2008), o pastor Claudionor de Andrade cita Wayne Gruden, que discorre sobre a completude das Escrituras Sagradas: “A Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao Seu povo em cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus de que precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nEle possamos confiar e a Ele obedecer”. Logo, a Bíblia é suficiente para oferecer ao crente a manutenção da fé e a confiança na vida eterna.

Deste modo, a Igreja do Senhor não precisa atualizar a Bíblia, porquanto esta já é atual. O seu dever, enquanto Corpo de Cristo, é se posicionar insistentemente em defesa dos princípios basilares da fé pautados na Bíblia, nossa única regra de fé e prática.