Título: Os ataques contra a Igreja de Cristo — As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo
Comentarista: José Gonçalves
Lição 8: A sutileza do enfraquecimento da Identidade Pentecostal
Data: 21 de Agosto de 2022
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4).
A doutrina do Batismo no Espírito Santo e o falar em línguas como sua evidência são um distintivo pentecostal mantido pela nossa igreja.
Segunda — Gn 1.2; Êx 31.2,3
A ação do Espírito Santo no Antigo Testamento
Terça — Jl 2.28
A promessa do derramamento do Espírito Santo
Quarta — At 2.1-4
O cumprimento da promessa do Espírito no Novo Testamento
Quinta — 1Co 12.7
O propósito dos dons espirituais é promover edificação da Igreja
Sexta — 1Co 12.4-10
O falar em línguas como uma identidade pentecostal
Sábado — 1Co 12.11
Uma diversidade de operações realizadas pelo mesmo Espírito
Atos 2.1-4; 1 Coríntios 12.7-11.
Atos 2
1 — Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 — e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 — E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 — E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
1 Coríntios 12
7 — Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
8 — Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 — e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 — e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 — Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
5, 24 e 437 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
O tema desta semana é o movimento sutil que visa enfraquecer a identidade pentecostal. Ele é real e já está entre nós. Há quem trabalhe para enfraquecer a liberdade das manifestações das línguas, as manifestações dos dons espirituais no culto ao Senhor e, principalmente, as línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito Santo. A respeito das línguas como evidência inicial, já há quem a negue. Por isso, a presente lição abordará o (I) Pentecostes Bíblico; (II) O Distintivo Pentecostal de nossa Igreja; (III) Mantendo a chama pentecostal acessa. Precisamos preservar a identidade pentecostal.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Conceituar o Pentecostes Bíblico; II) Identificar o distintivo pentecostal de nossa igreja; III) Conscientizar a respeito da manutenção de nossa identidade pentecostal.
B) Motivação: Imagine Gunnar Vingren, ao desembarcar em Belém do Pará, ensinando: As línguas não são a evidência inicial do Batismo no Espírito. Você consegue imaginar isso? Ora, é um ensino que contraria toda a história do Movimento Pentecostal no Brasil. Infelizmente, há quem defenda esse tipo de ensino, ignorando completamente o que Espírito Santo fez nos primórdios de nossa história e continua a fazer nos dias atuais.
C) Sugestão de Método: Para concluir a lição desta semana, leve papéis e lápis para o espaço de aula. Distribua para os alunos e peça que respondam as seguintes perguntas: 1) Você conhece a identidade pentecostal? 2) Você tem sido coerente com a identidade pentecostal? 3) O que você tem feito para preservar a identidade pentecostal? Os alunos não precisam assinar as folhas. Em seguida, reforce a identidade pentecostal e indique obras literárias aos alunos que reforcem essa identidade. Sugerimos as seguintes obras: “Pentecostes: Essa história é a nossa história”; “Revestidos de Poder”; “Falar em línguas — O maior dom?”, ambas editadas pela CPAD.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após a conclusão, ore com os alunos rogando que o Senhor Jesus batize os crentes no Espírito Santo, distribua dons espirituais e edifique a Igreja, o Corpo de Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Batismo no Espírito Santo” é uma reflexão que expande o primeiro tópico a respeito do fundamento do pentecostes bíblico; 2) O texto “Os dois propósitos das Escrituras” traz uma reflexão da Bíblia como instrumento base das nossas experiências com Deus.
INTRODUÇÃO
Nesta lição bíblica vamos estudar a identidade pentecostal e sua relação com o pentecostes bíblico. Contudo, o nosso enfoque será mostrar que algumas sutilezas do erro têm aparecido no meio do Movimento Pentecostal. No contexto de nossa igreja, o principal deles está relacionado com a negação da atualidade dos dons espirituais e, de uma forma mais específica, a negação da doutrina do falar em outras línguas como a evidência física do Batismo no Espírito. Vejamos, pois, como corrigir esse desvio doutrinário.
Palavra-Chave:
ENFRAQUECIMENTO
I. O PENTECOSTES BÍBLICO
1. O Espírito prometido. O Antigo Testamento mostra a ação do Espírito Santo em diferentes momentos e sobre a vida de diferentes pessoas. Assim vemos o Espírito do Senhor agindo sobre a Criação (Gn 1.2); na vida de Bezalel (Êx 31.2,3); Gideão (Jz 6.34); Jefté (Jz 11.29) etc. Na Antiga Aliança há uma excepcionalidade da ação do Espírito de Deus. De uma forma mais específica, o Espírito de Deus sob o Antigo Pacto atuava sobre a vida de pessoas escolhidas para obras especiais; dos sacerdotes, reis e profetas (Êx 28.41; 1Sm 16.14; 1Rs 19.16). Assim se observa uma ação mais restrita do Espírito de Deus na Antiga Aliança. Contudo, no Antigo Testamento, havia uma promessa do derramamento do Espírito de Deus sobre todos, e não apenas sobre pessoas escolhidas ou uma classe especial (Ez 36.26,27; Jr 31.31-34; Jl 2.28).
2. O Espírito derramado. No Novo Testamento, entretanto, é que as promessas a respeito da vinda do Espírito Santo têm cumprimento. O profeta Joel profetizou a vinda do Espírito de uma forma copiosa (Jl 2.28). Essa promessa teve seu fiel cumprimento no Dia de Pentecostes e é identificada como o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-4). No Pentecostes observamos que o Espírito é derramado sobre toda a carne, sem distinção de sexo, raça ou idade. Isso mostra a universalização da promessa de Deus. Todos os que creem, e não apenas alguns escolhidos, podem ser revestidos pelo Espírito Santo. Diferentemente do Antigo Pacto, no qual apenas pessoas especiais tinham o privilégio de serem usadas por Deus; no Novo Pacto, a partir de Pentecostes, Deus derramou o seu Espírito sobre todo o seu povo. Agora todos poderiam cumprir a missão de proclamar a mensagem de seu Reino.
SINOPSE I
O Pentecostes Bíblico está ancorado na promessa do derramamento do Espírito Santo e no cumprimento dessa promessa.
O Batismo no Espírito Santo
“Os pentecostais reconhecem que o Novo Testamento fala de dois batismos no Espírito: um que é soteriológico e inicia o crente no corpo de Cristo (1Co 12.13) e um que é missiológico e capacita o crente para o serviço (At 1.8). No entanto, os pentecostais acham que é particularmente adequado adotar a linguagem de Lucas e falar do dom pentecostal como ‘batismo no Espírito Santo’. Afinal, esse batismo no Espírito Santo é prometido a todo crente, a todos os servos e servas de Deus (At 2.18). Lucas usa a frase em três ocasiões, Paulo apenas uma vez. Os pentecostais também temem que, se a linguagem de Paulo for empregada e o dom do Espírito recebido na conversão for chamado de ‘o batismo no Espírito Santo’, então o dom pentecostal deixará de ser adequadamente entendido. A tendência nas igrejas protestantes é ler Lucas à luz de Paulo. Paulo trata das preocupações pastorais na igreja; Lucas escreve um manifesto missionário. Talvez isso explique por que discussões protestantes acerca do Espírito centralizam-se mais em sua obra na Palavra e sacramentos, ‘o testemunho interior’ do Espírito, e menos em sua missão para o mundo” (MENZIES, Robert P. Pentecostes: Essa História É a nossa História. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p.54).
“VOSSOS FILHOS E VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO
Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar: ‘que Deus está verdadeiramente entre vós’ (1Co 14.24,25).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1290.
II. O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA
1. A atualidade dos dons espirituais. Agostinho de Hipona (354-430) introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado. No entendimento dele, os dons, de fato, existiram, contudo, haviam sido restritos ao período apostólico. Esse ensino moldou o catolicismo medieval e, mesmo com o advento da grande Reforma luterana, os reformadores não conseguiram se desvencilhar dele. O Movimento Pentecostal surge posteriormente como resposta a esse desvio doutrinário. Os Pentecostais não somente creem que os dons estão vigentes na Igreja como os exercem. Nossa igreja emerge na história dessa gigantesca explosão do reavivamento dos dons espirituais. Na sua Declaração de Verdades Fundamentais de 1916, as Assembleias de Deus confessavam que todos os crentes têm o direito e devem sinceramente buscar a promessa do Pai, o Batismo no Espírito Santo e com fogo. Afirma ainda que com o Batismo no Espírito Santo vem o revestimento de poder para a vida e serviço, a concessão dos dons e seus usos no trabalho do ministério (Lc 24.49; At 1.4,8; 1Co 12.1-31). E que essa experiência maravilhosa é distinta e subsequente à experiência do novo nascimento (At 10.44-46; 11.14-16; 15.7-9).
2. As línguas como evidência. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus de 1916 afirma que: “O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar (At 2.4). O falar em línguas neste caso é o mesmo em essência que o dom de línguas (1Co 12.4-10,28), mas diferente em propósito e uso”. Nenhum pentecostal da primeira geração tinha dúvida quanto a isso. Tanto William H. Durham, bem como Gunnar Vingren e Daniel Berg, pentecostais da primeira geração, criam e pregavam com convicção essa doutrina. Contudo, nos dias atuais esse ensino tem dado sinais de enfraquecimento. Isso por conta de ensinamentos sutis que negam a doutrina das línguas como evidência inicial do poderoso batismo pentecostal. A sutileza está em dizer que o falar em outras línguas, de fato, existe, contudo, não é para todos. Esse desvio doutrinário tira a convicção do crente de que esse dom seja para ele. Na dúvida, ninguém recebe nada (Tg 1.6-8). No entanto, a doutrina das línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito é inegociável.
SINOPSE II
A atualidade dos dons espirituais e as línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito Santo são distintivos da identidade pentecostal.
III. MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA
1. Fidelidade às Escrituras. Uma marca distintiva dos pentecostais clássicos ou históricos era seu amor e fidelidade às Escrituras (cf. At 2.42). Já foi dito que o Movimento Pentecostal surgiu em um contexto de reação ao Liberalismo Teológico. Uma das características do liberalismo teológico era o secularismo que negava a infalibilidade e inerrância das Escrituras. Para os pentecostais, a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus. Sem dúvida o afrouxamento doutrinário e a consequente negação da atualidade dos dons Espirituais são marcas que mostram que segmentos do Movimento Pentecostal contemporâneo estão se distanciando da Palavra de Deus. Todo desvio doutrinário, bem como toda heresia, existem por conta da negação ou acréscimo de alguma coisa às Escrituras. Como dizia certo teólogo, as Escrituras não precisam de penduricalhos. Precisamos voltar às Escrituras.
2. Exercício dos dons espirituais. Como nos dias do profeta Samuel em que “as visões não eram frequentes” (1Sm 3.1 — NAA), assim também os “dons espirituais” parecem ter se tornado algo extremamente raro entre muitos pentecostais. Não existe Movimento Pentecostal autêntico sem a prática dos dons espirituais. O Movimento não pode existir somente como uma doutrina árida, ele deve se expressar no dia a dia através do exercício dos dons espirituais. O medo de possíveis abusos não serve como desculpa. Não podemos rejeitar as verdadeiras manifestações do Espírito por temer as falsas.
SINOPSE III
A fidelidade às Escrituras e o exercício dos dons são instrumentos espirituais para manter a chama pentecostal acesa e atual para a Igreja.
OS DOIS PROPÓSITOS DAS ESCRITURAS
“São dois os propósitos das Escrituras Sagradas: revelar o próprio Deus e expressar a sua vontade à humanidade. Pelo primeiro, dentre outras formas de revelação, Deus graciosamente revelou a si mesmo pela Palavra: ‘Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo filho’ (Hb 1.1). Pelo segundo propósito, Deus expressa claramente a sua vontade redentora a todos e a cada um dos seres humanos sem nenhuma acepção de pessoas, por meio da fé em Jesus Cristo: ‘Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé como está escrito: Mas o justo viverá da fé’ (Rm 1.17). Assim sendo, o Senhor Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Ele mesmo disse: ‘São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés nos profetas, e nos Salmos’ (Lc 24.44). Tudo o que precisamos saber sobre Deus e a nossa redenção está suficientemente revelado em sua Palavra. Ela é o manual de Deus para toda a humanidade, e suas instruções visam, também, à felicidade humana e o bem-estar espiritual e social de todos os seres humanos” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.27-28).
CONCLUSÃO
Nesta lição vimos que o Movimento Pentecostal possui sólida fundamentação Bíblica. Vimos também que, como um movimento do Espírito, o pentecostalismo está inserido dentro de certo contexto histórico. Isso o fez consciente de sua missão. Contudo, após um século do seu advento, o movimento passou a dar sinais de esfriamento. Não há dúvida de que o enfraquecimento doutrinário, e até mesmo desvios teológicos que negam a manifestação dos dons espirituais, está na gênese desse processo.
1. O que o Antigo Testamento mostra?
O Antigo Testamento mostra a ação do Espírito Santo em diferentes momentos e sobre a vida de diferentes pessoas.
2. O que podemos observar no Pentecostes?
No Pentecostes observamos que o Espírito é derramado sobre toda a carne, sem distinção de sexo, raça ou idade. Isso mostra a universalização da promessa de Deus.
3. Quem introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado?
Agostinho de Hipona (354-430 d.C.) introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado.
4. Onde está a sutileza a respeito do falar em outras línguas?
A sutileza está em dizer que o falar em outras línguas, de fato, existe, contudo, não é para todos.
5. O que não podemos rejeitar?
Não podemos rejeitar as verdadeiras manifestações do Espírito por temer as falsas.
A SUTILEZA DO ENFRAQUECIMENTO DA IDENTIDADE PENTECOSTAL
Nesta aula, veremos que o cumprimento da promessa do derramamento do Espírito Santo sobre os crentes no Dia de Pentecostes estabeleceu um novo tempo na relação de Deus com o homem. Desde então, Seu Espírito não está disponível de forma restrita apenas para alguns escolhidos como se via na Antiga Aliança, e sim a todos os que creem no revestimento de poder do Alto, anunciado por Jesus no momento de sua ascensão (At 1.4,8).
A manifestação do Espírito por meio do batismo no Espírito Santo e, subsequentemente, os dons espirituais, estabelecem a identidade pentecostal. Rejeitar a doutrina da atualidade dos dons do Espírito ou utilizar-se do argumento de que os dons estão restritos a algumas pessoas em detrimento de outras é desobedecer ao ensinamento bíblico trazido pelo apóstolo Paulo aos tessalonicenses: “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias”. Desprezar as manifestações do Espírito por meio dos dons espirituais, bem como as profecias, resulta no enfraquecimento da fé pentecostal. Essa é uma sutileza que deve sofrer a devida reprimenda. Afinal de contas, é essa chama viva que resultou na conversão de milhares de pessoas em várias localidades de nosso país.
Na obra “Verdades Pentecostais”, editada pela CPAD (2006), o pastor Antônio Gilberto discorre que “extinguir o Espírito é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor. Quando perdemos o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o Espírito de Cristo” (Ap 2.4). Assim sendo, o enfraquecimento da chama pentecostal no crente se inicia com o desinteresse pelo fervor espiritual e a falta de exercício contínuo dos dons espirituais.
Há igrejas que se preocupam demasiadamente com a ordem e a disciplina no culto, porém tais preocupações, apesar de legítimas, não devem impor limites às manifestações do Espírito na igreja. A renovação espiritual e o batismo no Espírito Santo se tratam de experiências espirituais indispensáveis para o crescimento e o avivamento espiritual dos crentes. A promessa anunciada pelo profeta Joel não está restrita ao Dia de Pentecostes, ela continua valendo para os dias atuais e deve fazer parte o exercício espiritual da igreja. Devemos manter o que o apóstolo Paulo ensinou aos efésios: “[ ] Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).