LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

4º Trimestre de 2022

 

Título: A Justiça Divina — A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

Comentarista: Esequias Soares

 

 

Lição 2: Vem o fim

Data: 09 de Outubro de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 2

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.(Ez 7.2).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O atalaia de Deus soa o alarme do iminente perigo, anuncia que o inevitável juízo divino se aproxima.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ez 7.24-26

O fim é uma referência à destruição de Jerusalém

 

 

Terça — 2Rs 21.12-14

Deus anunciou a chegada do “fim” com mais de cem anos de antecedência

 

 

Quarta — Jr 27.6,7

Nabucodonosor foi constituído como o azorrague divino para açoitar Jerusalém

 

 

Quinta — Jr 26.3

O livramento de Judá e Jerusalém pode acontecer se houver arrependimento

 

 

Sexta — 2Cr 36.14-16

A apostasia e a rebelião contra Deus resultaram na destruição da cidade e do Templo

 

 

Sábado — Gl 6.7

A nação de Judá precisava colher o que plantou

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Ezequiel 7.1-10.

 

1 — Depois, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo:

2 — E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.

3 — Agora, vem o fim sobre ti, porque enviarei sobre ti a minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos, e trarei sobre ti todas as tuas abominações.

4 — E não te poupará o meu olho, nem terei piedade de ti, mas porei sobre ti os teus caminhos, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o SENHOR.

5 — Assim diz o Senhor JEOVÁ: Um mal, eis que um só mal vem.

6 — Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis que vem;

7 — vem a tua sentença, ó habitante da terra. Vem o tempo; chegado é o dia da turbação, e não da alegria, sobre os montes.

8 — Agora, depressa derramarei o meu furor sobre ti, e cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei conforme os teus caminhos, e porei sobre ti todas as tuas abominações.

9 — E não te poupará o meu olho, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim carregarei sobre ti, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o SENHOR, castigo.

10 — Eis aqui o dia, eis que vem; veio a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba.

 

HINOS SUGERIDOS

 

334, 469 e 570 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A lição desta semana tem como propósito analisar o capítulo 7 do Livro de Ezequiel, que tem como base o juízo de Deus para a terra de Israel, bem como para o mundo. Aqui, a profecia de Ezequiel transborda para a dimensão global. O estudo dessa porção bíblica tem como um dos principais objetivos, avaliar o nosso relacionamento com Deus. Estamos diante de um Deus soberano que um dia pedirá contas de cada ato do ser humano. Como cristãos, estamos conscientes dessa realidade espiritual futura?

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar de modo geral a profecia do capítulo 7 de Ezequiel; II) Enfatizar o sentido, as expressões repetidas sobre o fim e repetição da sentença; III) Identificar o inimigo que servirá como instrumento do juízo divino.

B) Motivação: A mídia, de modo geral, nos revela uma série de fatos que mostra uma impiedade generalizada: Corrupção política; práticas violentas contra pessoas indefesas; expansão de poderes paralelos que escravizam pessoas de baixa renda nas comunidades periféricas das cidades; generalização da cultura da pornografia; naturalização do aborto etc. A Bíblia mostra que o Deus Todo-Poderoso não está alheio à cultura de pecado dos seres humanos. Ele não dorme.

C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, a partir do texto da motivação, leve para a sala de aula, notícias que mostram o quanto o processo de pecado tem se aprofundado no mundo. Correlacione esse quadro com o capítulo 7 de Ezequiel, e inicie a exposição do primeiro tópico enfatizando a iminência do fim na profecia de Ezequiel. Deixe claro que a impiedade concreta por parte dos habitantes de Israel é a razão para o juízo de Deus. E acrescente que não será diferente nos últimos dias.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Estar consciente a respeito do juízo de Deus não significa viver com medo do juízo iminente. A vida cristã não é só juízo, mas também misericórdia, alegria e paz. Entretanto, a doutrina do juízo divino também é uma doutrina bíblica que não pode ser ignorada pelos cristãos. É preciso observar todo o conselho de Deus.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Profecia no capítulo 7” pontua aspectos do juízo divino e o correlaciona com os nossos dias; 2) O texto “A Descrição da Destruição” enfatiza o nível de destruição segundo o juízo divino.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

O juízo divino descrito no discurso profético do capítulo 7 é endereçado à “terra de Israel”, ou seja, particularmente aos seus habitantes, mas tem implicações globais. Os contemporâneos de Ezequiel na Babilônia, e até mesmo em Jerusalém, recusaram a mensagem dos profetas, principalmente de Ezequiel e Jeremias, por não acreditarem que Javé permitisse que os ímpios conquistassem a cidade e destruíssem o Templo.

 

 

Palavra-Chave:

 

FIM

 

 

I. SOBRE A PROFECIA

 

1. Introdução (vv.1,2a). Ezequiel introduz a profecia com a fórmula usual dos profetas de Israel “veio a palavra do Senhor a mim” (v.1). A chancela de autoridade divina “assim diz o Senhor Jeová” é a marca registrada dos profetas de Javé. Isso mostra que Deus é a fonte da profecia (2Pe 1.20,21). Era uma comunicação divina inconfundível, diferentemente da natureza da atividade profética inicial, que ocorria por meio de visões. Essa fórmula verbal de revelação indicava ser a mensagem recebida de forma externa, direta e audível.

2. Extensão (v.2b). A expressão hebraica ‘adamah ysrael para “terra de Israel” (v.2) aparece 17 vezes no livro de Ezequiel e em nenhum outro lugar do Antigo Testamento. Isso indica a ira divina sobre o povo de Israel no seu próprio território. Mas ninguém deve restringir esse castigo somente a Jerusalém, pois ele tem também um caráter cósmico, portanto, extensivo a outros lugares. Isso fica claro pelo uso da expressão escatológica “o fim vem sobre os quatro cantos da terra” (v.2), que aparece na Bíblia para se referir a toda a terra (Is 11.12; Ap 7.1).

3. Quando? (vv.3a,8a). O “agora” no versículo 3 é no hebraico ‘attah, “agora”, que ressalta a iminência do fim. Esse advérbio reaparece no versículo 8 acrescido da palavra “depressa”, assim “depressa derramarei o meu furor sobre ti”. Essa urgência é também demonstrada pela construção gramatical do verbo hebraico ba‘, “vir”, que aparece dez vezes nesse curto trecho da profecia. Em quatro delas a ação está em andamento, pois o particípio hebraico indica uma ação contínua e ininterrupta: “eis que um só mal vem” (v.5b); “eis que vem” (v.6b); “vem a tua sentença” (v.7a); “Eis aqui o dia, eis que vem” (v.10).

 

 

SINOPSE I

O profeta Ezequiel anuncia a hora do acerto de contas de Judá e Jerusalém com o Deus Javé.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

PROFECIA NO CAPÍTULO 7

Basicamente, no capítulo 7, podemos desenvolver seis aspectos da profecia de juízo contra Israel: 1) será uma destruição completa (vv.1-6); 2) uma destruição iminente (vv.7-10); 3) uma destruição inevitável (vv.10-15); 4) não haveria obstáculo para essa destruição (vv.16-19); 5) o templo não seria poupado (vv.20-22); 6) uma destruição universal (vv.23-27). A Bíblia de Estudo Pentecostal traz um comentário que resume esse estado de coisa, fazendo conexão com os acontecimentos para estes últimos dias: “O dia da ira e da destruição estava bem próximo dos israelitas. Sua rebelião contra Deus terminaria abruptamente (vv.2,3,6), quando Ele os castigasse pelas suas abominações; poucos sobreviveriam. Hoje, até parece que Deus não está atento à iniquidade e a imoralidade das nações. Porém, a Bíblia nos assegura repetidas vezes que o dia do Senhor está perto (cf. Am 5.18-20), um dia de grande julgamento, que trará destruição e a ira divina sobre o mundo inteiro (ver 1Pe 4.7,17). Assim como o dia do Senhor veio, por fim, contra Judá, assim também virá contra todos os ímpios, impuros e arrogantes deste mundo (ver 1Ts 5.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.79).

 

 

II. SOBRE O FIM

 

1. Sentido (vv.2b,3a,6). A palavra “fim” do hebraico, qēts, “fim, destruição, ruína, morte, condenação”, ou ha-qēts, “o fim,” trata-se de um substantivo usado em contexto de julgamento (Gn 6.13; Am 5.18-20; 8.2). Ele aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 num discurso poético cujo objetivo é causar impacto nos leitores originais. A literatura poética bíblica se sobressai não apenas pela sua beleza, mas também pela facilidade do povo em memorizar sua mensagem.

2. Expressões repetidas sobre o fim. A repetição das expressões “Vem o fim, o fim vem” (v.2); “Agora, vem o fim” (v.3); “Vem o fim, o fim vem” (v.6); “eis que vem; veio a tua ruína” (v.10) chama a atenção de qualquer leitor. Talvez a intenção de Ezequiel, como atalaia de Israel, tenha sido causar pânico no destinatário original. Os profetas, durante séculos, vinham chamando o povo, que era conhecedor da lei de Moisés e do Pacto do Sinai, ao arrependimento. Agora, o povo estava sendo informado de que o juízo divino era real.

3. A repetição da sentença. Os versículos 4 e 9 estão repetidos. Ninguém deve se surpreender com a intensidade desse juízo anunciado de antemão, pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3). Um dos objetivos desse juízo é a erradicação da idolatria, a causa das abominações (vv.3,4,8,9), visto que a casa de Israel recusou esse remédio pelo arrependimento (2Cr 36.16). Todos estão sendo informados, de antemão, sobre a causa da destruição e lhes é dada a oportunidade de arrependimento. É uma reflexão relevante, também em nossos dias, porque somos seres morais e prestaremos contas a Deus pelos nossos atos (Ec 12.13,14; Gl 6.7).

 

 

SINOPSE II

O capítulo 7 traz uma série de expressões e sentenças que confirmam o sentido de destruição total no fim.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

“A DESCRIÇÃO DA DESTRUIÇÃO

Quando chegar a vez do sofrimento de Judá, a destruição será completa. A última parte do versículo 10 e a primeira parte do versículo 11 foram traduzidas da seguinte forma: ‘A arrogância floresceu. A insolência brotou. A violência tomou a forma de um rebento de maldade’ (Smith-Goodspeed). Na expressão: nem haverá lamentação (11), a palavra que foi traduzida por lamentação também pode se referir àquilo que é glorioso ou bonito. A RSV traz ‘preeminência’, mas admite numa nota de rodapé que o hebraico não é claro. A passagem provavelmente significa que nada de importante ou de extraordinário será deixado em toda a terra” (Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Volume 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp.444,445).

 

 

III. SOBRE O INIMIGO

 

1. “Já floresceu a vara” (v.10). Ezequiel faz uma analogia botânica, uma metáfora que se perdeu no tempo. A palavra profética anuncia: “veio a tua ruína; já floresceu a vara, reverdeceu a soberba” (Ez 7.10). O que essas palavras significam? Há diversas interpretações que não cabem neste comentário, mas dentre as três principais, a mais aceitável é a que considera essa “vara” como o rei Nabucodonosor. Assim como o rei da Assíria foi o chicote de Deus para açoitar Samaria, os filhos de Israel do Reino do Norte (2Rs 17.3; Is 10.5; 20.1), da mesma forma Javé usou o rei da Babilônia, Nabucodonosor como azorrague para chicotear Jerusalém, em Judá (Jr 27.8; 51.20-24).

2. “Reverdeceu a soberba” (v.10b). O rei Nabucodonosor extrapolou os limites, foi cruel na aplicação dos castigos (2Rs 25.7; 2Cr 36.17; Jr 52.10,11), Deus não mandou o rei proceder dessa maneira, por isso o furor de Javé se acendeu contra a Babilônia (Jr 51.34,55,56). Essa reação divina é exemplar, pois, ainda hoje, Deus julga os poderosos que abusam da autoridade e cometem atrocidades. Às vezes, isso respinga também no próprio povo; mas o castigo definitivo é individual e na eternidade.

3. O rei Nabucodonosor. O nome “Nabucodonosor” é de origem acádica, antiga língua da Mesopotâmia, Nabû-kudurri-utsûr, que significa “Nabu protegeu minha herança”. A forma que mais se aproxima do original no hebraico é Nebûchadre’tsar e aparece 30 vezes no Antigo Testamento, sendo quatro em Ezequiel (26.7; 29.18,19; 30.10). A forma alternativa é Nebûchadne’tsar (Jr 27.6,8,20; 28.3,11,14; 29.1,3); a Septuaginta e Josefo empregam a forma grega, Nabouchodonosor. Ele era filho de Nabopolassar, que reinou 21 anos na Babilônia (625-605 a.C.). Nabucodonosor reinou 43 anos (605-562 a.C.).

4. A Babilônia. O nome “Babilônia” é também de origem acádica, Bâb-ilî, “portão de deus”; o Antigo Testamento hebraico usa bâbel, “Babel”, e a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, “Babilônia”. O nome do país é o mesmo da sua capital. Caldeus e babilônios eram, no princípio, povos distintos. A palavra kashdu significa “conquistadores”, era usada para identificar as diversas tribos semitas que povoavam o norte do Golfo Pérsico, no sul da Babilônia, desde os dias de Abraão (Gn 11.28,31; 15.7). Isaías fala de babilônios e caldeus referindo-se ao mesmo império (Is 13.19; 47.1,5; 48.14,20).

 

 

SINOPSE III

O versículo 10 dá uma pista a respeito da identidade do inimigo que vai causar todo o mal sobre Jerusalém: o rei Nabucodonosor.

 

 

CONCLUSÃO

 

Os julgamentos divinos na história mostram que o pecado jamais ficará impune e que a única maneira de escapar da condenação é através do arrependimento e da fé. Israel não tinha desculpa, não podia alegar ignorância, pois o povo dispunha de Moisés, do ensino dos antigos sábios, da revelação dos profetas e do conselho dos sacerdotes. O apelo dramático de Ezequiel é um exemplo clássico dessa verdade.

 

VOCABULÁRIO

 

Azorrague: Corda formada por várias correias presas num cabo ou pau; açoite.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. O que indica a fórmula “veio a palavra do Senhor a mim”? E, qual a chancela de autoridade espiritual?

“Veio a palavra do Senhor a mim” era a fórmula dos profetas de Israel. E a chancela de autoridade espiritual é “Assim diz o Senhor Jeová”.

 

2. Por que ninguém deve se surpreender com a intensidade do juízo anunciado?

Porque ele é compatível com a natureza divina (Na 1.3).

 

3. Quem Javé usou como chicote para açoitar Samaria e Jerusalém?

Samaria: O Rei da Assíria; Jerusalém: o rei da Babilônia.

 

4. Por que o furor de Javé se acendeu contra a Babilônia?

Porque o rei da Babilônia extrapolou os limites na aplicação dos castigos pois é compatível com a natureza divina (Na 1.3).

 

5. De onde vem o nome “Babel” e qual o seu significado?

Vem da língua acádica, Bâb-ili, que significa, “portão de deus”; a Septuaginta usa a forma grega Babylôn, “Babilônia”.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

VEM O FIM

 

Amigo(o) professor, a paz do Senhor. Nesta lição, seus alunos aprenderão que Deus, por intermédio de seus profetas, anunciou a respeito de um juízo inevitável que viria sobre o povo de Israel. Trata-se de um juízo final decretado sobre uma geração que, mesmo após muito ser repreendida, fazia pouco caso das advertências anunciadas pelos profetas (Pv 29.1). Entretanto, dessa vez, o juízo divino viria a pôr um fim aos pecados daquela geração. A expressão usada pelo profeta denota “um fim” de peso permanente sobre a terra de Israel. Está decretado um dia de juízo que virá sobre todos aqueles que praticaram a impiedade e, por conta do orgulho e presunção, experimentariam uma destruição completa, tal qual nunca houve desde que a nação fora introduzida na Terra Prometida.

Há de se destacar que os israelitas dos dias de Ezequiel rejeitavam crer que Deus poderia permitir a destruição completa da terra e, inclusive, do Templo, o lugar mais sagrado e a Casa que levava o nome do Senhor dos Exércitos (Ez 7.8). Contudo, foi exatamente o que aconteceu. Deus enviou o juízo como inundação para aquela geração ímpia, de modo que não houve misericórdia nem compaixão, pois deixaram o Senhor e, de forma impenitente, pecaram contra Ele (v.9).

A mensagem anunciada pelo “atalaia” de Deus assume um tom escatológico, quando diz: “Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra” (Ez 7.2). Assim como os israelitas experimentaram um juízo divino que aniquilou os ímpios e pecadores sem que houvesse chance para perdão, semelhantemente Deus reservou o Dia do Juízo para cumprir Sua sentença sobre toda iniquidade cometida sobre a Terra. Esse mesmo anúncio profético foi feito, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, nos dias finais de Seu ministério terreno (Mt 24.29-44). O Senhor Jesus deixou bem claro a Seus discípulos que voltará para buscá-los. Trata-se da primeira fase da Sua vinda, que é marcada pelo “Arrebatamento da Igreja” (1Ts 4.16,17). Entretanto, a Sua Vinda também será um tempo de juízo, porquanto, após o período da Grande Tribulação sobre a Terra, a segunda parte da Sua Vinda se cumprirá, tempo em que há de julgar, finalmente, todos os ímpios e reservar os justos para Seu Reino Eterno (Ap 19.11 — 20.4). Para esse Dia, assim como foi nos dias da destruição de Jerusalém anunciada por Ezequiel, também não haverá misericórdia. É chagado o Dia do Juízo de Deus; os ímpios não escaparão dele (Mt 24.30). O papel da Igreja do Senhor é anunciar essa mensagem para que haja arrependimento enquanto há tempo. O fim vem!