Título: Imitadores de Cristo — Ensinos extraídos das palavras de Jesus e dos apóstolos
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 12: Evidências de um fiel seguidor de Jesus
Data: 18 de Setembro de 2022
“Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.” (1Jo 5.2).
O amor é o distintivo de um fiel seguidor de Cristo. Somente em Deus experimentamos a perfeição do amor.
SEGUNDA — 1Jo 3.6
Quem ama a Deus não vive no pecado
TERÇA — Os 6.6
O convite para o conhecimento
QUARTA — 2Co 10.4
Nossa vitória sobre o Maligno
QUINTA — Rm 1.17
O fundamento da vida do justo
SEXTA — Ef 2.1
Salvos da condenação eterna
SÁBADO — Lc 12.20
A falsa riqueza do mundo
Professor(a), nesta lição veremos que o amor é o distintivo de um fiel seguidor de Cristo. Somente em Deus experimentamos a perfeição do amor. O caminho para o Céu é estreito, mas com o amor e a misericórdia do Senhor conseguiremos vencer o mundo, a carne e o Inimigo, seguindo rumo ao Céu. Lá viveremos para todo o sempre com Jesus Cristo. O melhor do Céu é a comunhão perfeita que desfrutaremos com o Salvador. Sem Ele, não há salvação, perdão e muito menos uma nova vida.
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos o início e o fim. Enfatize que Jesus é a nossa esperança e que um dia estaremos com Ele no Céu.
1 João 5.1-5.
1 — Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
2 — Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
3 — Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
4 — Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
5 — Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?
INTRODUÇÃO
As pessoas precisam ser confrontadas com essa insuperável verdade: como discípulos de Jesus, nossa vitória sobre o mundo já está declarada. Os fundamentos deste fato são o sacrifício vicário do Cristo, o qual é responsável pela fé que se desenvolve em cada um de nós. Fundada na graça e na fé, nossa vida se edifica para a glória do Eterno, para que possamos promover o amor que acolhe a todos e seguir os maravilhosos princípios da Palavra.
I. O AMOR, A BASE DA FÉ
1. Um amor que transforma destinos. No final de sua Primeira Epístola (1Jo 5.1-12), João discute a questão do amor a partir de critérios bastante específicos: a relação com o Pai, a relação entre os irmãos e nossa obediência à Palavra (vv.1-3). Nossa fé em Cristo é o componente fundamental para uma mudança radical em nossa rota de vida. Somente por meio de um coração quebrantado diante do Redentor, podemos experimentar a riqueza das bênçãos e da graça divina. É urgente que voltemos a valorizar e a ensinar a respeito do Novo Nascimento e das maravilhosas transformações que uma vida dedicada ao Cordeiro de Deus promove no interior de um discípulo. Quem ama a Deus não pode viver na prática premeditada e deliberada do pecado (1Jo 3.6), por mais absurdo que seja. Na atualidade, temos visto uma versão de um falso cristianismo que normaliza o mal. Milhões de pessoas enganadas, acreditando que é possível servir a Cristo aos domingos à noite e passar a semana em promiscuidade. É tempo de sermos proclamadores do Evangelho que liberta, da Palavra que transforma, graça que nos reconfigura à imagem e semelhança de Deus.
2. Quem ama os filhos de Deus? Só existe amor entre nós e o próximo se houver amor ao Altíssimo, isso é reafirmado em 1João 5.2, rememorando aquilo que o Mestre declarou de forma indubitável em Mateus 22.37-39. Toda forma de amor apartada de Deus não passa de manipulação emocional, engano sentimental. O Cristianismo é uma opção radical pela solidariedade, generosidade e serviço ao próximo (Lc 10.29-37). Aqueles que tiveram um encontro verdadeiro com Jesus de Nazaré são, necessariamente, promotores de uma sociedade pautada no amor, na compaixão e no respeito ao próximo (Mt 5.9).
3. O que significa amar a Deus? Conforme o Escritor Sagrado afirma, o amor ao Eterno se materializa numa tomada de postura pública e em obediência às Escrituras (1Jo 5.3). Em nossos dias, existem muitas pessoas que gastam horas e horas polemizando sobre supostas questões bíblicas. Contudo, estes mesmos demonstram não ter nenhuma inclinação pessoal para a obediência aos princípios mais elementares das Escrituras.
“Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem (‘por nós’) e que foi aperfeiçoado em nós. João diz: ‘Nós conhecemos, ficou claro para nós, que o amor divino habita em nós; e, depois de saber isso, também o compreendemos pela fé’. O conteúdo da confissão cristã ‘é nada mais do que o amor de Deus, manifestado na vida encarnada e na morte de Jesus’. A essência do conhecimento de Deus por meio da experiência pessoal é a posse interior do amor de Deus. Quem está em amor está em Deus, e Deus, nele. O habitar do Espírito Santo é também o habitar do amor, que resulta no amor fraternal. O homem natural não consegue crer nem amar. No seu estado caído e não remido, ele é cego e egoísta. Somente pela graça do Espírito Santo, que é o Espírito da verdade cujo primeiro fruto é o amor é que alguém pode crer em Cristo e amar os outros. A verdadeira causa de todo nosso amor é o fato de que Deus é amor.” (Extraído de Comentário Bíblico Beacon. Volume 10. Rio de Janeiro: CPAD. p.322).
PROFESSOR(A), “sendo nós ímpios e Deus pura santidade, como poderíamos pensar até mesmo em nos aproximar dEle? No entanto, isto é possível, porque Ele não só escolheu o caminho como o preparou: a cruz de Cristo. O Novo Testamento contém numerosas referências a pecados ou pecadores em conexão com a morte de Cristo. Não existe a mínima possibilidade de se negar o ensino no Novo Testamento de que Jesus Cristo morreu para ligar o abismo entre um Deus santo e uma raça pecaminosa que não podia salvar a si mesma. Ao considerarmos as características de Deus, é importante evitar a tendência de tratar seus atributos de modo a neutralizar a unidade de sua natureza. Quando a Bíblia diz: ‘Deus é amor’, emprega o substantivo para descrevê-lo, não o adjetivo ‘amoroso’, que seria uma característica mais fraca” (PECOTA. Daniel P. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD. 2018. p.335).
II. AS BASES DE NOSSO NOVO NASCIMENTO
1. O Novo Nascimento nos concede outro padrão de vida. Não existe Cristianismo sem transformação. Muitos em nossos dias apregoam uma mensagem adocicada, na qual os indivíduos são convidados a permanecerem da mesma forma que estão, sem confrontarem seus próprios pecados. Estes até podem fazer muito sucesso, lotarem templos, contudo jamais serão dignos representantes de Cristo. O Evangelho registra de maneira tão sublime e marcante que aqueles que são de Cristo não vivem mais no pecado (Jo 5.9). O escrito de 1 João 5.4 nos lembra que a condição espiritual daquele que nasceu de novo é a vitória sobre as fortalezas das trevas. Atentemos, entretanto, para a verdade do texto que é muito claro, afirmando nossa vitória é sobre o mundo, as estruturas infernais que ditam a rota de nossa sociedade. Deus não nos deu uma condição de imunidade com relação às doenças, infortúnios, catástrofes naturais e crises pessoais. Somos salvos para enfrentar o mundo, e mesmo sabendo de todas as oposições, o Eterno nos conforta com a promessa de estar sempre conosco (Mt 28.20).
2. A fé como fundamento de nossa peregrinação espiritual. Como humanos frágeis filhas e filhos de Adão, qualquer confronto entre nós e os demônios, as entidades diabólicas que operam nesse mundo, é desleal; eles como seres espirituais podem tudo muito mais rápido e melhor do que nós. Diante dessa disparidade de força e poder, por que deveríamos continuar lutando? Porque cremos na constante intervenção celeste em nosso favor. Somos visitados diariamente pela mão invisível do Altíssimo, com livramentos, portas abertas, bênçãos imateriais, tudo nos acolhe, defende e nos abençoa. Não somos guiados por fatos, nossa fé nos faz andar nos caminhos de vitória do Senhor (2Co 5.7).
3. A vitória sobre o mundo só é possível através da fidelidade ao Senhor Jesus. Na atualidade há um pseudocristianismo que engana as pessoas através de promessas de uma vida sem qualquer problema. Quando então esses indivíduos enfrentam o primeiro pequeno revés na vida, entram em crise, questionam a fé e alguns chegam ao cúmulo de romper seu relacionamento com Deus.
Não existem atalhos para superar as guerras cotidianas. Somente a fé na obra redentora do Criador nos transporta da esfera da limitação carnal para uma vida abundante na presença de Jesus de Nazaré (Jo 10.10).
“Quando correspondemos ao chamado divino e ao convite do Espírito e da Palavra, Deus realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu Reino: regenera os que estão mortos nos seus delitos e pecados; justifica os que estão condenados diante de um Deus santo; e adota os filhos do inimigo. Embora estes atos ocorram simultaneamente naquele que crê, é possível examiná-los separadamente. A regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior, O substantivo grego (‘palingenesia’) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo.” (NICHOLS. David R. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018. p.371).
III. O QUE É A VIDA ETERNA
1. Uma fé que nos capacita a crer naquilo que é de Deus. O escritor de 1João 5 diz que os discípulos do Cristo não têm qualquer dúvida com relação ao testemunho da deidade e da encarnação de Jesus. A existência de Cristo em “carne e osso” é algo indubitável, tanto para aquela perseguida igreja como para nós ainda hoje, a tentativa de descredibilizar o sacrifício de Jesus sempre foi uma tentativa do inferno de confundir e fragilizar a fé na salvação. Porém, João declara que os que foram alcançados pela graça não têm qualquer dúvida. Em seus corações brilha o testemunho da certeza de que o Redentor veio, a salvação é um fato e o céu é uma pujante esperança.
2. A vida eterna não é um lugar, mas um relacionamento. Pessoas superficiais, que não conhecem a grandeza da obra de Jesus revelada na Bíblia, tendem a ter algumas dúvidas muito banais com relação à vida no céu: onde vamos morar, como será a hospedagem ou a alimentação, o que vamos fazer durante uma eternidade? A vida eterna é um relacionamento com a pessoa bendita de Jesus (1Jo 5.11). Não haverá tédio no céu porque sempre estaremos em contínua comunhão com Cristo, sendo Ele a sabedoria divina encarnada, sempre teremos o que aprender, crescendo eternamente em amor, sabedoria e humildade.
A vida eterna é manter um relacionamento verdadeiro com o Mestre, a tal ponto que isto nos seja suficiente. Dele vem a vida eterna (1Jo 2.25), nELe está a vida eterna (1Jo 1.2).
3. Vida de verdade é estar em Jesus. Multidões e multidões apenas sobrevivem em nossa geração, bilhões de pessoas que vivem na ignorância de Deus, idolatrando prazeres, riquezas e poderes. Elas têm empregados, mas não tem amigos; possuem dinheiro, contudo, não possuem riqueza espiritual alguma. Desde sua origem, a fé em Cristo foi uma proposta de vida, um chamado a um modelo alternativo de existência, pois se Roma era um império de poder e o mundo um governo de morte, a crença em Jesus é esperança de ressurreição (1Co 15.14)
Professor(a) explique que “nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas, Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E o posto que as portas da cidade estarão sempre abertas, quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018. p.645).
CONCLUSÃO
Enquanto as pessoas tiverem a expectativa de que no céu terão tudo o que querem, elas ainda estarão muito distantes de Deus. O céu não é shopping onde você tem um cartão de crédito sem limites e compra o que quiser, o Reino é Cristo, e é apenas estar com Ele que importa, nada mais.
FEE. Gordon D. Jesus o Senhor Segundo o Apóstolo Paulo: Uma Síntese Teológica. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
1. Segundo 1 João 5, em que se resume amar a Deus?
Em obedecer de modo alegre e espontâneo as Escrituras, seus princípios e orientações.
2. É possível amar ao próximo sem amar a Deus?
Não. Só existe amor entre nós e o próximo se houver amor ao Altíssimo.
3. Em algum momento a Bíblia nos garante ausência de problemas?
Não, promessas triunfalistas são derivadas de um falso evangelho que ilude as pessoas, em Cristo temos capacitação para suportar as aflições.
4. Como podemos vencer o mundo e suas tentações?
Através de uma vida de fidelidade ao Senhor, isto é, um coração cheio de amor ao próximo e obediente à Palavra.
5. O que significa dizer que Jesus é a vida eterna?
Significa que tudo aquilo que importa para a vida eterna é uma comunhão contínua e intensa com o Mestre.