Título: Aviva a Tua Obra — O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 7: Estêvão — Um mártir avivado
Data: 12 de Fevereiro de 2023
“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo [ ] disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.” (At 7.55,56).
Por intermédio da graça de Deus, o cristão pode ser fiel a Cristo até à morte e contemplar a sua glória.
Segunda — Mt 16.18
As portas do Inferno não prevalecerão
Terça — Is 43.13
A vontade de Deus não pode ser impedida
Quarta — Mc 16.17,18
Sinais de avivamento na Igreja de Cristo
Quinta — Mt 10.16-20
Enviados aos lobos sob o poder do Espírito Santo
Sexta — Sl 116.15
A morte dos santos é preciosa à vista do Senhor
Sábado — Ap 14.13
Os que morrem em Cristo são bem-aventurados
Atos 6.8-10; 7.54-60.
Atos 6
8 — E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 — E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10 — E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Atos 7
54 — E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55 — Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,
56 — e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57 — Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58 — E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59 — E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60 — E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
84, 171 e 330 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Professor (a), nesta lição veremos, através do exemplo do Estêvão, que uma das marcas do crente cheio do Espírito Santo é sua fidelidade a Jesus. Estêvão foi o primeiro cristão que sofreu martírio. Até hoje milhares de cristãos sobrem algum tipo de oposição, hostilidade ou violência por declararem sua fé em Jesus. A lista mundial de perseguição, publicada em 2022, apontou que mais de 360 milhões de cristãos ainda são perseguidos, isto é, eles têm direitos negados, sofrem violências (verbais e físicas), perdem propriedades, suas famílias são ameaçadas e/ou perdem a vida. Tais perseguições são feitas, às vezes, por grupos civis, em outros momentos por autoridades religiosas e ainda por forças militares ou governamentais. Entretanto, assim como Estêvão, milhares de cristãos não desistem da sua fé em Jesus e se mantêm fiéis porque são fortalecidos pelo Senhor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a vida de Estêvão, destacando seu testemunho pessoal; II) Mostrar que o crente deve permanecer fiel a Jesus diante da perseguição e da morte; III) Conscientizar de que cada crente precisa do poder do Espírito Santo para se fortalecer e permanecer na fé em Cristo.
B) Motivação: O enfraquecimento da fé, geralmente, é antecedido pelo esfriamento espiritual. Por isso, a busca constante do Espírito Santo é essencial para o crente se fortalecer no Senhor. Em Estêvão, vemos um grande exemplo de fidelidade a Deus. Ele se manteve firme na fé em Cristo, mesmo diante do risco de morte. Tal fidelidade foi gerada no poder do Espírito Santo.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula com uma oração. Pergunte para a sua classe se alguém já passou pela experiência de ser criticado por ser cristão. Peça para que alguns alunos compartilhem suas experiências pessoais. Em seguida, destaque que nesta lição vamos estudar o primeiro martírio cristão. Em seguida, utilize as informações disponíveis no primeiro auxílio para apresentar a turma o perfil de Estêvão. Ele foi muito atuante na Igreja Primitiva.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Mostre aos seus alunos que o Espírito Santo é fundamental na caminhada cristã. Por isso, cada crente deve buscar encher-se do Espírito, conforme a ordenança bíblica. Destaque também que manter a fidelidade a Cristo em momentos de tribulação e angústia é essencial. Assim como Estêvão, todo crente fiel verá a Cristo, um dia, face a face.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para auxiliar na introdução e no desenvolvimento do primeiro tópico, o texto “Quem foi Estêvão” mostra uma visão panorâmica da vida e da atividade ministerial desse cristão; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto “O martírio de Estêvão” traz uma reflexão teológica sobre o momento da morte do primeiro cristão que perdeu sua vida por causa da sua fé em Cristo. O texto destaca o significado da visão e do comportamento de Estêvão.
INTRODUÇÃO
O assunto desta lição é o martírio de Estêvão, um avivado herói da fé. Como um dos sete homens que integraram o primeiro corpo de diáconos da igreja antiga, Estêvão era “cheio de fé e de poder”, “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Devido à sua atuação como autêntico evangelista, na unção do Espírito Santo, causou inveja aos adversários do Evangelho. O livro de Atos revela o martírio de Estêvão por causa de sua perseverança ao Evangelho.
Nesse sentido, veremos que ele foi um servo fiel até à morte e receberá a coroa da vida (Ap 2.10).
Palavra-Chave:
MÁRTIR
I. O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO
1. Estêvão usado por Deus. O nome de Estevão aparece pela primeira vez na escolha dos diáconos em Atos (6.3,5). Claramente, o evangelista Lucas faz uma menção de destaque ao dizer que o primeiro mártir era um “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (At 6.5). No versículo 8, tomamos conhecimento de outras características de Estêvão: “cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Essa reputação causou inveja e grande oposição dos adversários da igreja: “Levantaram-se alguns da sinagoga chamados de libertinos dos cireneus, dos alexandrinos, dos que eram da Cilícia, da Ásia, e disputavam com Estêvão” (At 6.9). Nos dias de hoje, oremos para Deus levantar crentes como Estêvão, cheios de fé e de sabedoria.
2. Uma covarde oposição. Os inimigos da Igreja usam de meios escusos, desonestos e malignos contra a fé cristã. Em debate com Estêvão, como eles “não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava”, usaram o suborno para aliciar homens ímpios a fim de acusá-lo com mentiras. Esses adversários levaram “falsas testemunhas” que o acusaram de blasfemar “contra Moisés e contra Deus” (At 6.9-14). Esses inimigos também usaram de violência contra Estêvão, estimulando a liderança política e religiosa a levarem-no violentamente ao Sinédrio. Apesar disso, algo surpreendeu os acusadores ímpios: “Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At 6.15). Que Deus use o seu povo, de tal forma, que reflita o poder do Espírito Santo!
3. A fúria dos acusadores. Após resumir com sabedoria a história de Israel e de sua apostasia, Estêvão mudou o foco do discurso. Confrontou a dureza do coração dos líderes israelitas, dizendo: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais” (At 7.51). Em suma, denunciou as suas traições e homicídio contra Jesus. Assim, diante de tão dura denúncia, os ímpios julgadores se enfureceram contra ele (7.54). Todavia, fiel à sua missão, Estêvão expôs com autoridade o que o Espírito de Deus pusera-lhe no coração.
SINOPSE I
Estêvão manteve-se firme em seu testemunho cristão, mesmo diante da fúria dos seus opositores.
QUEM FOI ESTÊVÃO?
“Pontos fortes e êxitos:
Foi um dos sete líderes escolhidos para supervisionar a distribuição de alimentos aos necessitados na Igreja Primitiva.
Foi conhecido por suas qualidades espirituais de fé, sabedoria, graça, poder e pela presença do Espírito em sua vida.
Foi um líder reconhecido e destacado, um mestre, um debatedor.
Foi o primeiro a dar a vida pelo evangelho.
Lições de vida:
O esforço em busca da excelência em pequenas tarefas prepara as pessoas para responsabilidades maiores.
A verdadeira compreensão a respeito de Deus sempre leva a ações práticas e compassivas para as pessoas.
Informações essenciais:
Ocupação: Diácono (distribuía alimentos aos necessitados).
Contemporâneos: Paulo, Caifás, Gamaliel e os apóstolos.
Versículos-chave:
Atos 7.59,60”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1490).
O DISCURSO DE ESTÊVÃO
“O discurso de Estêvão diante do Sinédrio é uma defesa da fé propagada por Cristo e pelos apóstolos. Ele é o precursor de todos quantos defendem a fé bíblica contra os que se opõem ao seu ensino ou o distorcem, e é o primeiro que morreu por essa causa. Jesus vindica a ação de Estêvão, ficando em pé para honrá-lo diante de seu Pai, no céu. O amor de Estêvão à verdade e sua disposição em dar a vida para salvaguardá-la, contrastam-se nitidamente com aqueles que pouco se interessam por ‘batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos’ (Jd v.3) [ ]”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1643.
II. A PRECIOSA MORTE DE ESTÊVÃO
1. Cheio do Espírito Santo. Após a fúria dos inimigos de Cristo, o caminho do martírio de Estêvão estava traçado. Entretanto, antes de fazê-lo, o primeiro mártir da Igreja teve uma visão da glória de Deus e viu Jesus ao lado do Pai, num momento especial, de tamanho êxtase espiritual, de modo que a morte não o intimidou: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus” (At 7.55). Que visão gloriosa! Uma vida espiritualmente avivada contempla a glória de Deus diante de uma grande tormenta.
2. A violência dos acusadores. Se seus acusadores estavam enfurecidos por causa do enfrentamento corajoso de Estêvão, eles não suportaram ouvir que ele via a glória de Deus e, a Jesus, nos céus. Com o fim de executá-lo, o expulsaram da cidade, o apedrejaram perante “um jovem chamado Saulo” (At 7.58) e levaram-no, com violência, para fora da cidade para, ali, fazê-lo primeiro mártir da Igreja Cristã. Àquela altura, Saulo de Tarso era o principal perseguidor dos cristãos.
3. O perdão no martírio. Naquele momento de suplício e de dores, Estêvão não demonstrou sentimento de vingança ou de ódio: “E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60). Que exemplo grandioso! Estevão ainda exclamou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito [ ]. Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.59,60). Cumpriu-se o que diz a Palavra de Deus: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Sl 116.15). Um crente espiritualmente avivado não cultiva a vingança nem o ódio no coração. Ele está pronto a perdoar seus algozes.
SINOPSE II
Estêvão, cheio do Espírito Santo, testemunhou a manifestação da Glória de Deus.
O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO
“Estevão cheio do Espírito se comporta como profeta. Pelo Espírito Santo, ele vê a glória radiante de Deus e o Jesus exaltado à mão direita de Deus (At 7.55,56; cf. Lc 22.69). Durante a visão, aparece o padrão trinitário. Estêvão cheio do Espírito Santo, olha para o céu e vê o Senhor Jesus em pé, à mão direita de Deus Pai [ ]. Agora Estevão confessa pela primeira vez o Senhor ressurreto Diante do Sinédrio, declarando que ele vê Jesus Cristo compartilhando a glória de Deus como o exaltado Filho do Homem. Estas palavras são blasfemas aos líderes religiosos. Eles cobrem os ouvidos indicando que já não ouvirão o blasfemador. A recusa em ouvir reflete um problema muito mais profundo: empenho para que os ouvidos não sejam abertos pelo Espírito Santo [ ]. Em seguida, Estêvão se ajoelha em oração e ainda ecoa outra declaração de Jesus na cruz: ‘Senhor não lhes imputes este pecado’ (v. 60). Com confiança tranquila de um profeta, ele segue o exemplo de Jesus e permanece fiel ao seu ensino: ‘Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam’ (Lc 6.28). Antes de Estêvão morrer, todos ouvem esta testemunha inspirada oferecer uma oração de perdão aos seus executores. Somente 0 poder do Espírito Santo pode capacitar Estêvão a fazer a oração que ele fez” (FRENCH, Arrington L., STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.665,666).
III. O AVIVAMENTO NO SOFRIMENTO
1. Sofrimento e morte dos apóstolos. A Bíblia não diz como todos os apóstolos de Jesus morreram. Em livros da História da Igreja, há registros de informações orais, ou de tradições históricas sobre esse assunto. A tradição histórica, transmitida oralmente, e registrada em alguns escritos, diz que, com a exceção de João, o Evangelista, todos os apóstolos tiveram uma morte violenta. A única coisa certa é que eles foram fiéis até à morte e não negaram o nome do Senhor. Os apóstolos eram espiritualmente avivados. Quantas vezes somos tentados a negar a Cristo por motivos banais, quer na família, quer na escola, quer na condição de uma posição profissional?! Que Deus nos guarde de trair o Salvador!
2. O avivamento e sofrimento. O avivamento espiritual, motivado pela presença gloriosa do Espírito Santo, renova as forças dos servos de Deus para enfrentarem situações difíceis por causa da sua fé em Jesus. A Bíblia nos mostra essa capacitação do Espírito para sermos resilientes diante das dificuldades. Para o crente, espiritualmente avivado, quando diante do sofrimento, a alegria do Senhor é a sua força (Ne 8.10). Por isso que o avivamento é uma questão de necessidade. O crente em Jesus precisa desse suporte do céu para superar as muitas agruras pelas quais passa.
SINOPSE III
O cristão avivado mantém-se fiel a Deus mesmo diante da perseguição e da morte.
CONCLUSÃO
Diante dos inimigos do Evangelho de Cristo e da morte, o testemunho de Estêvão nos mostra que Deus concede graça, força e equilíbrio emocional para o crente espiritualmente avivado. Que o Senhor nos ajude a glorificá-lo no meio das lutas da vida. A exemplo do primeiro mártir da igreja antiga, não neguemos a Cristo!
Aliciar: Seduzir, envolver.
Resiliência: Capacidade de recuperar ou se adaptar à má fase ou mudanças.
1. Quando, pela primeira vez, o nome de Estêvão aparece?
O nome de Estevão aparece pela primeira vez na escolha de diáconos em Atos (63,5).
2. O que Estêvão denunciou?
Ele confrontou a dureza do coração dos líderes israelitas e denunciou as suas traições e homicídio contra Jesus.
3. Qual foi a visão que Estêvão teve?
O primeiro mártir da igreja teve uma visão da glória de Deus e viu Jesus ao lado do Pai.
4. Que sentimento Estêvão não demonstrou diante de seu suplício e dores?
Naquele momento de suplício e de dores, Estêvão não demonstrou sentimento de vingança ou de ódio.
5. O que é a alegria do Senhor para o crente avivado?
Para o crente espiritualmente avivado diante do sofrimento, a alegria do Senhor é a sua força (Ne 8.10).
ESTÊVÃO — UM MÁRTIR AVIVADO
Prezado(a) professor(a), nesta aula, seus alunos aprenderão sobre Estevão, o primeiro mártir do Evangelho. A Bíblia declara que ele era um homem cheio de fé em razão da ousadia com a qual pregava o Evangelho; bem como era cheio “de poder” pelo fato de que muitos sinais e prodígios se realizavam por suas mãos. No entanto, o que impressiona em Estevão é o seu exemplo de perseverança e fidelidade a Deus diante da morte.
Segundo Lawrence O. Richards, Estevão “pregava aos judeus de língua grega que faziam parte da população permanente de Jerusalém. ‘Libertos’ é Libertinoi, uma palavra latina que sugere que os membros desta sinagoga eram escravos libertados ou filhos de escravos. Isto não seria surpreendente, pois muitos judeus haviam sido tomados cativos e escravizados nas rebeliões anteriores na Terra Santa” (2007, p.261).
A morte de Estevão marca o início da perseguição oficial dos cristãos. As medidas severas aplicadas sobre Estevão tinham a intenção de amedrontar os irmãos e conter o avanço da pregação do Evangelho. No entanto, como se sabe, o martírio de Estevão desencadeou a propagação do Evangelho em vários lugares por onde os cristãos se dispersaram.
Alguns aspectos devem ser considerados a partir do testemunho de Estevão. Em primeiro lugar, este servo de Deus experimentou o avivamento de tal maneira que a fé e o poder do Espírito Santo sobre a sua vida se comprovavam pela sabedoria como pregava e pelas maravilhas operadas, que deixavam os seus algozes admirados. Jesus declarou que os sinais seguiriam os que cressem (cf. Mc 16.17). Em segundo lugar, o fervor espiritual de Estevão o consagrava como um servo de grande intimidade com o Senhor. Esse aspecto se evidencia pela perseverança de Estevão diante da morte. Mesmo depois de ser apedrejado e sucumbido diante daqueles que queriam dar fim à sua vida, Estevão ainda intercede por eles como se estivesse orando por um amigo (At 6.60). Esse fato nos traz à memória as mesmas palavras ditas por Jesus sobre a cruz quando entregou Seu espírito (Lc 23.34).
O amor e o perdão concedidos aos seus executores são as maiores provas de que Estevão, de fato, havia experimentado o verdadeiro avivamento. A reflexão que cabe aos crentes atualmente é se suportariam o mesmo sofrimento ou como reagiriam à perseguição. A resposta negativa admite a extrema necessidade de um avivamento espiritual para a igreja contemporânea. Oremos ao Senhor para que avive a Sua Igreja de tal forma que o mesmo sentimento de Estevão sobeje em nossos corações.