Título: Relacionamentos em Família — Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 12: Criando filhos saudáveis
Data: 18 de Junho de 2023
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52).
A vontade de Deus é que os pais eduquem seus filhos de acordo com os princípios divinos, a fim de que eles cresçam de maneira saudável e equilibrada.
Segunda — Is 7.14; Mt 1.18; Lc 1.34
A concepção virginal de Maria
Terça — Lc 2.7
O nascimento de Jesus
Quarta — Mt 2.13-18
A fuga para o Egito
Quinta — Mt 2.19-23
A família de Jesus volta do Egito para Nazaré
Sexta — Lc 2.46-51
O adolescente entre os doutores
Sábado — Lc 2.40,52
O desenvolvimento físico, social e espiritual
Lucas 2.40,42-52.
40 — E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
42 — E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo costume do dia da festa.
43 — E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.
44 — Pensando, porém, ele que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuraram-no entre os parentes e conhecidos.
45 — E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.
46 — E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 — E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.
48 — E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.
49 — E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
50 — E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.
51 — E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhe sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
52 — E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
77, 113 e 583 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Proporcionar um ambiente onde os filhos cresçam de maneira saudável e equilibrada é o grande desafio da família cristã diante de um contexto de imoralidade e violência presente na sociedade atual. Por isso, esta lição estudará a natureza da família de Jesus, as fases de vida do nosso Salvador conforme os Evangelhos registram e, finalmente, o tríplice desenvolvimento de nosso Senhor dentro de sua família. A partir desse estudo, podemos aprender preciosas lições para a nossa família.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Revelar a normalidade da família de Jesus; II) Abordar as fases da vida de Jesus conforme os Evangelhos apresentam; III) Explicar o tríplice desenvolvimento do Senhor Jesus.
B) Motivação: Infância, adolescência, juventude e fase adulta, ou seja, o ciclo em que uma família precisa proporcionar todos os meios que uma criança necessita para se desenvolver física, psicológica e espiritualmente. Nesse sentido, podemos fazer a seguinte pergunta: As nossas famílias têm sido bem-sucedidas nesse propósito?
C) Sugestão de Método: Introduza esta lição relembrando o tema estudado na lição 9, isto é, Uma Família Nada Perfeita, onde vimos a disfuncionalidade da família do rei Davi. A ideia aqui é fazer um contraste com a família de Jesus, mais especificamente na maneira de José e Maria criarem seus filhos. Mostre a classe o quanto o ambiente proporcionado pela família de Jesus era mais funcional que o da família do rei Davi.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A família cristã deve ser o lugar em que os nossos filhos possam se desenvolver em sabedoria, em estatura e, principalmente, em graça diante de Deus e dos homens. Em nossa família, os nossos filhos devem ter as suas primeiras experiências com Deus de modo a desenvolver a maturidade cristã.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Formando a Imaginação da Criança”, localizado ao final do segundo tópico, é um auxílio pedagógico que traz uma proposta prática a partir de um livro clássico que tem o Evangelho como pano de fundo. A ideia aqui é estimular a literatura cristã para a formação; 2) O texto “Um tempo de qualidade com os filhos por meio da leitura”, localizado ao final do terceiro tópico, é um auxílio pedagógico que traz a literatura como um instrumento prático para aprofundar o relacionamento entre pais e filhos.
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus nasceu numa família normal. Ele teve como pai, José, e como mãe, Maria. Deus falou em sonhos com José a respeito da concepção virginal de Maria por meio da obra do Espírito Santo. Por isso, ele se tornou o pai adotivo de Jesus. A criança concebida no ventre de Maria era de fato “O Verbo [que] se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Nesta lição, estudaremos o desenvolvimento de Jesus dentro da família de José e Maria, seus pais. Nosso propósito é extrair lições da casa de nosso Senhor que nos auxiliem nos desafios familiares atuais.
Palavra-Chave:
EQUILÍBRIO
I. UMA FAMÍLIA NORMAL
1. Dados gerais da família. José e Maria eram descendentes da família real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de Jessé (Is 11.1). O casamento deles aconteceu depois que o anjo do Senhor revelou a José que sua noiva estava grávida e o filho do seu ventre fora gerado pelo Espírito Santo (Mt 1.18-25). Posteriormente, José só se relacionou sexualmente com Maria após o nascimento de Jesus. Podemos inferir isso a partir do relato do evangelista Mateus: “e José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus” (Mt 1.24,25).
2. Os filhos de José e Maria, depois de Jesus. Jesus foi o filho primogênito de José e Maria (Lc 2.7). A Bíblia registra que os pais dEle tiveram outros filhos mais adiante: Tiago, José, Judas, Simão e, pelo menos, mais de uma irmã (Mc 6.3). Seus irmãos não o aceitavam como Messias e, por isso, o rejeitavam (Jo 7.1-5). Somente depois de sua ressurreição, seus irmãos o aceitaram e o receberam. Tiago, talvez o mais incrédulo deles, tornou-se um seguidor de Cristo e, mesmo não sendo um dos apóstolos, tornou-se o líder principal da igreja em Jerusalém (1Co 15.7).
SINOPSE I
Jesus cresceu em uma família normal e viveu como qualquer criança em Israel.
II. O MODO DE CRIAÇÃO DE JESUS
1. Jesus, o filho especial. A despeito de Jesus ter sido especial, José e Maria nunca trataram os demais filhos com desprezo. Eles sabiam que havia algo especial na vida do primogênito, pois lhes fora revelado que Ele seria o Salvador, o Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido, José e Maria souberam administrar essa diferença, sem diminuir os outros irmãos. Conheceremos melhor a maneira como nosso Senhor se desenvolveu, segundo a sua humanidade, analisando as fases de sua vida: a infância, a adolescência e a juventude.
2. A infância de Jesus. Após nascer em Belém da Judeia (Lc 2.4,7; Mq 5.1,2), nosso Senhor foi colocado num cocho para ração aos animais; não se tratava de objeto de um palácio real, pois seus pais não tinham uma alternativa. Depois de oito dias, José e Maria levaram o menino para a circuncisão e lhe deram o nome de Jesus (2.21). Todo o tratamento que Jesus recebeu foi semelhante ao dos outros meninos nascidos em Israel. Nosso Senhor teve uma infância como a de qualquer menino da Judeia. Ele cresceu e desenvolveu-se sob os cuidados de seus pais. Quanto à alimentação, proteção, saúde mental e física, e principalmente, a vida espiritual, Ele precisava dos cuidados de seus pais. Nosso Senhor teve de deixar a sua terra provisoriamente, tendo de ir para o Egito para escapar do Rei Herodes (Mt 2.13,14). Até que, mais tarde, juntamente com seus pais, Ele voltou para a terra de Israel (Mt 2.20,21).
3. A adolescência de Jesus. No Evangelho de Lucas, o texto bíblico declara que Jesus havia crescido em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2.52). Na Bíblia, a informação que temos a respeito da adolescência de Jesus foi sua experiência aos 12 anos, em Jerusalém, com os doutores da lei (Lc 2.46). Nessa idade, o menino judeu é introduzido na vida religiosa e se torna um “filho da lei” (hb. barmitzvah). A ida de Jesus à Jerusalém com sua família se deu por causa da observância dos deveres religiosos, como participar das três festas mais importantes de Israel: a Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos (Êx 23.14-17; 34.23; Dt 16.16). Toda a celebração dura sete dias e, depois, todos voltavam para as suas cidades. Os pais de nosso Senhor não imaginaram que Jesus ficaria para trás. Depois de três dias, eles o encontraram no interior do Templo conversando e discutindo com os doutores da Lei. Estes, por sua vez, estavam maravilhados com a sabedoria daquele adolescente.
4. A juventude de Jesus. Dos 12 aos 30 anos de idade, a adolescência e a juventude de Jesus são praticamente desconhecidas. As únicas informações que a história nos fornece são as que estão reveladas nos Evangelhos. Depois da experiência com os doutores da Lei em Jerusalém, a Bíblia relata apenas que Jesus voltou a aparecer quando já tinha 30 anos, ao ser batizado por João Batista no rio Jordão. Tudo o que se tem de conhecimento acerca desses anos ocultos da vida de Jesus é que Ele aprendeu a profissão de carpinteiro com José e a exerceu até os 30 anos, visto que José já havia morrido (Mc 6.3). É possível que Jesus tenha sido o responsável pelo sustento da família por esses anos, e quando chegou a idade que o Pai estabeleceu para iniciar seu ministério, Ele deixou tudo e reuniu os discípulos, os quais se tornaram os apóstolos que fariam o seu Evangelho conhecido.
SINOPSE II
A criação de Jesus passou pela sua infância, adolescência e juventude.
FORMANDO A IMAGINAÇÃO DA CRIANÇA
Proporcionar uma educação cristã pela imaginação é uma bênção para os nossos filhos. Na fase da infância isso faz muita diferença, pois essa experiência acompanhará a criança na fase da adolescência, da juventude e da fase adulta. Por isso, reproduzimos aqui uma proposta do dr. John Trent. Trinta minutos diários são suficientes para você e seus alunos trabalharem a imaginação de seus filhos numa perspectiva cristã: “Em algum momento durante os maravilhosos dias da infância, faça questão de ler a coleção completa de As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, com o seu filho ou sua filha. Esses livros são ótimos para a leitura em voz alta na hora de dormir e podem levar semanas até serem concluídos. De bônus, entretanto, deixe que sua filha ou seu filho atue como um dos grandes personagens da série. Certifique-se de que escolham um dos personagens que permanecem fiéis do começo ao fim das histórias. Lucy é uma boa opção para as meninas, e Peter é uma boa opção para os meninos. Ao ler, simplesmente substitua o nome do personagem com o nome de seu filho ou sua filha. Seus filhos terão uma empolgação extra ao imaginarem-se como herói ou heroína. Além disso, a experiência vai expor sua criança a um dos mais renomados pensadores e teólogos da história” (TRENT, John. 30 Maneiras de um Pai Abençoar seus Filhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.67,68).
III. O TRÍPLICE DESENVOLVIMENTO DE JESUS
O Evangelho de Lucas 2.51,52 diz o seguinte: “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas as essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.
1. Jesus crescia em sabedoria. Jesus recebeu uma educação básica que qualquer menino judeu receberia. Ele aprendeu a ler e a escrever, viveu uma vida simples, pois sua família era pobre. Nosso Senhor crescia em sabedoria, ou seja, sua relação com o Pai, seus princípios de vida e disposição em resolver problemas eram dignos de uma pessoa sábia. Certamente, essa foi a razão de Lucas cunhar a palavra “sabedoria” antes de “estatura” (Lc 2.52).
2. Jesus crescia em estatura. A palavra “estatura” se refere ao crescimento físico do menino Jesus, pois o texto está no contexto do desenvolvimento físico de nosso Senhor. Jesus viveu em Nazaré até os 30 anos, tinha a estatura mediana de qualquer judeu. Seu corpo era normal e saudável. Não por acaso, Jesus se desenvolveu no trabalho de carpintaria (Mc 6.1-3).
3. Jesus crescia em graça diante de Deus e dos homens. A graça para com Deus Pai tinha a ver com a consciência de Jesus quanto à sua natureza e missão (Jo 1.1,14). Essa consciência pode ser constatada no episódio em que seus pais o acharam no Templo discutindo com os doutores da Lei. Gentilmente, Ele respondeu para seus pais: “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). Já a graça para com os homens tinha a ver com sua personalidade carismática, no sentido de atrair pessoas para ouvir a sua mensagem. O carisma de Nosso Senhor se revelava ao abrir a boca para falar do Reino de Deus.
4. Lições importantes. Olhando para o desenvolvimento de Jesus em sua família, podemos aprender que a educação de filhos cristãos tem a ver com o desenvolvimento emocional, social e, principalmente, espiritual. Os pais precisam ter essa consciência de que está sob a sua responsabilidade prover o ambiente propício para que os filhos se desenvolvam de maneira saudável e geral. Outro fator de destaque é a sabedoria dos pais de Jesus em não manifestar predileção pelos filhos. Por exemplo, a singeleza de Maria em “guardar tudo no coração” revela uma personalidade discreta, não precipitada e equilibrada (Lc 2.51). Equilíbrio e bom senso não podem faltar na educação dos nossos filhos.
SINOPSE III
O Senhor Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens.
UM TEMPO DE QUALIDADE COM OS FILHOS POR MEIO DA LEITURA
Não há dúvida que a leitura é o instrumento mais democrático e barato para se educar uma criança. Por isso, reproduzimos aqui mais uma sugestão do dr. John Trent, em “Bênção Lida em Voz Alta”, para que os nossos filhos se desenvolvam em sabedoria, estatura e graça para com Deus e os homens: “Uma forma como minha esposa, Cindy, costumava abençoar nossas meninas era reservando tempo para ler com elas. Embora contássemos as tradicionais histórias na hora de dormir, Cindy também descobriu várias maneiras adicionais de ler com nossas filhas algo que lhes transmitisse suas bênçãos e criasse um vínculo entre todos nós. Sou feliz em dizer que, mesmo com nossas filhas crescidas, essa tradição ainda se mantém nas viagens de carro da família Trent e quando nossas filhas estão em casa nos feriados. Aqui estão algumas maneiras de transformar a história na hora de dormir ou o período dentro do carro em momento de bênçãos para seus filhos [ ].” Continua em: TRENT, John. 30 Maneiras de uma Mãe Abençoar seus Filhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.31,32.
CONCLUSÃO
A família de Jesus é um exemplo de boa formação familiar. A respeito dos pais, aprendemos a ser equilibrados, ponderados e não manifestar predileções pelos filhos. A respeito de filhos, nosso Senhor foi obediente e atencioso aos seus pais em todas as coisas. Que nossa família seja um ambiente propício para o desenvolvimento espiritual, emocional e social de nossos filhos!
Cocho: bebedouro ou comedouro para gado, de material variado e formato semelhante ao tronco escavado.
1. Qual era a descendência de José e Maria?
José e Maria eram descendentes da família real de Davi (Lc 2.4,5), da raiz de Jessé (Is 11.1).
2. Cite pelo menos três nomes dos irmãos de Jesus.
Tiago, José e Judas.
3. O que José e Maria souberam fazer a respeito de Jesus em relação aos seus irmãos?
A despeito de Jesus ter sido especial, José e Maria nunca trataram os demais filhos com desprezo. Eles sabiam que havia algo especial na vida do primogênito, pois lhes fora revelado que Ele seria o Salvador, o Filho de Deus (Lc 1.35). Nesse sentido, José e Maria souberam administrar essa diferença, sem diminuir os outros irmãos.
4. Como foi o tratamento que Jesus recebeu?
Todo o tratamento que Jesus recebeu foi semelhante ao dos outros meninos nascidos em Israel.
5. Cite os elementos que formam o tríplice desenvolvimento de Jesus.
Sabedoria, estatura e graça.
CRIANDO FILHOS SAUDÁVEIS
Cotidianamente, tomamos conhecimentos de adultos emocionalmente abalados porque foram criados em lares onde as relações eram hostis. Estes ambientes são marcados por agressões físicas e morais entre pais, gritarias e ofensas entre irmãos, sem contar as preferências por um filho em detrimento do outro, provocando uma série de problemas de relacionamento no seio familiar. O cenário das famílias dos tempos bíblicos não era tão diferente dos atuais. Isso pode ser visto nas histórias de Abraão, Isaque, Jacó, José, Davi e muitos outros. Outrossim, o lar onde Jesus foi criado também apresentou suas dificuldades. Podemos inferir dessa maneira pelo fato de que os próprios irmãos de Jesus rejeitavam a crença de que seu irmão mais velho era o Messias prometido, esperado por Israel.
Apesar disso, o relato dos momentos iniciais da vida de Jesus (Lc 2.1-24) e a breve narrativa da sua adolescência (Lc 2.39-52) apontam que Cristo desenvolveu-se humanamente com características peculiares de um adolescente. O que tornava nosso Senhor tão especial era a consciência de que era o Filho Unigênito de Deus, assim como a renúncia a qualquer mínima atitude pecaminosa que pudesse comprometer Sua missão como Salvador do mundo.
“Como verdadeiro homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Crescia em sabedoria, conforme a graça de Deus. Era perfeito quanto à natureza humana, prosseguindo para a maturidade, segundo a vontade de Deus” (STAMPS, 1995, p.1505). No que diz respeito à Sua criação, José e Maria cuidaram de prover a Jesus as condições para seu desenvolvimento físico, cognitivo e social (Lc 2.52). Ele aprendeu a profissão de carpinteiro com seu pai e exerceu a liderança do lar, cumprindo o seu papel como irmão mais velho de uma família composta por muitos filhos (Jo 19.26,27; Mc 6.3). Jesus desfrutou da companhia de seus irmãos, haja vista que residiu em Nazaré até que atingisse a idade apropriada para iniciar seu ministério terreno (Mt 12.46,47; Mc 6.1-6). Se nem mesmo o Filho de Deus se viu livre de enfrentar as intempéries da rejeição, da descrença e dos conflitos do seio familiar, quanto mais nós, seus servos, que estamos nos esforçando para preservar os valores da Palavra de Deus a fim de nutrir um ambiente saudável para o bem-estar de nossas famílias.