Título: A Igreja de Cristo e o Império do Mal — Como viver neste Mundo dominado pelo Espírito da Babilônia
Comentarista: Douglas Baptista
Lição 1: A Igreja diante do espírito da Babilônia
Data: 2 de Julho de 2023
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5).
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.
Segunda — Na 3.4
A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça — 2Ts 2.4,9,10
O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo Jesus
Quarta — 2Tm 4.3
O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade bíblicas
Quinta — Is 5.20
A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta — Mt 24.35
A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado — Mc 13.33
Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância
Apocalipse 17.1-6.
1 — E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,
2 — com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 — E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.
4 — E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5 — E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.
6 — E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
206, 469 e 473 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Estamos assistindo a uma grande organização que faz oposição ao cristianismo bíblico. Essa oposição se desenvolve em escalas religiosa, política, econômica e cultural. Diante desse quadro, cabe à Igreja usar de quais armas para continuar a sua marcha no mundo até a volta de Jesus?
Para responder essa e outras perguntas pertinentes aos desafios de nosso tempo, contaremos com o auxílio do pastor Douglas Baptista. Ele é doutor em Teologia, presidente da Assembleia de Deus de Missão (DF), presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar os significados de Babilônia; II) Elencar os sistemas que formam o “espírito da Babilônia”; III) Demarcar a posição que se espera da Igreja nesse contexto.
B) Motivação: Sua classe tem plena consciência do contexto de opressão que está se formando no mundo contra o cristianismo bíblico? Seus alunos se sentem livres em falar que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida em detrimento de outras opções religiosas? Eles se sentem livres em expressar no meio em que se relacionam que são contra o aborto?
C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, procure levar reportagens de líderes evangélicos sendo encaminhados para prestar depoimentos porque falou algo a respeito da fé que contraria a agenda progressista da atualidade. Não são poucas lideranças cristãs ameaçadas juridicamente por causa da crença. Então, a partir dessa amostra apresente o tema geral do trimestre e a exposição da primeira lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta primeira lição nos estimula a marcar a nossa posição como cristãos bíblicos. Nesse sentido, devemos ser encorajados a perseverar na ortodoxia bíblica; desenvolver a cada dia o caráter de Cristo por meio do Espírito Santo; e cultivar dia a dia a iminência da volta do Senhor Jesus Cristo, pois Ele pode voltar a qualquer momento.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Capítulo 17 [de Apocalipse]”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito dos símbolos da expressão “babilônia”; 2) O texto “Estais sempre preparados para responder”, ao final do tópico três, traz uma ampliação a respeito da posição da Igreja de Cristo diante desse contexto desafiador.
INTRODUÇÃO
O Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar “as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b). Por ser de natureza escatológica, o livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer que, nesta lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os eventos da Grande Tribulação. Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que vivemos.
Palavra-Chave:
BABILÔNIA
I. BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
1. A Grande Prostituta. A personagem é apresentada como a grande meretriz com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2). No texto bíblico destacam-se três termos gregos: pórne (prostituta); pornéuo (prostituir-se); e porneia (prostituição). Na mensagem dos profetas do Antigo Testamento, essas expressões apontam para a idolatria, isto é, a prostituição espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5). Em Apocalipse, as muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza multidões seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição a fé cristã (Ap 17.15). Assim, a prostituta é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5).
2. A Mulher e a besta Escarlata. A mulher montada sobre a Besta é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a). Ela se veste de púrpura e de escarlata (Ap 17.4a) o que significa reinado e luxo (Mt 27.28; Mc 15.17; Lc 16.19). Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas e pérolas (Ap 17.4b) o que sinaliza o materialismo e o poder econômico. O cálice em sua mão diz respeito as abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c), o que representa toda a forma obscena e impura de contaminação moral e espiritual da sociedade. A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b). Suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso, econômico e político do “espírito da Babilônia”.
3. Mistério: a Grande Babilônia. Na sequência da revelação, o nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a). O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b). Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da sociedade. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
SINOPSE I
O “espírito da Babilônia” representa uma cultura que é completamente contra Deus.
“CAPÍTULO 17 [APOCALIPSE]
O capítulo 17 começa apresentando uma série de visões que revelam três quedas. Juntamente com o capítulo 18, somos informados quanto aos detalhes da queda de Babilônia, anunciada nos capítulos 14.8 e 16.19. O capítulo 19 celebra a sua queda com um hino de louvor a Deus. Apocalipse 19.11,12 descreve a queda do Anticristo e de seu reinado. O capítulo 20 mostra a queda e o julgamento final de Satanás e de todos os que o seguem. Temos aqui o interlúdio do Milênio. Esta seção é concluída com o capítulo 21.1-8, confirmando o destino final dos justos e dos ímpios.
Embora a Babilônia venha identificada das mais diversas formas (vide comentário nos capítulos 14.8 e 16.17-21), ela representa, na verdade, o presente sistema mundial — o mundo que a Bíblia diz estar no maligno (1Jo 5.19), e que é simbolizado pela besta vestida de escarlate” (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.227,228).
BABILÔNIA
“(1) Babilônia (v.5) é o símbolo para todo o sistema mundial que tem sido dominado por Satanás ao longo da história, aplicando seus planos perversos aos aspectos político, religioso, econômico e comercial [ ]. (2) Esta Babilônia será completamente destruída durante os últimos três anos e meio desta era (isto é, durante a grande tribulação) pelos juízos de Deus sobre a terra.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.2455.
II. O ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1. No sistema religioso. O “espírito da Babilônia” faz com que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2). Nesse sentido, o culto ao ego torna o ser humano amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (2Tm 3.2-4). Além disso, o argumento de “liberdade” estimula a devassidão por meio do afrouxamento da moral (2Pe 2.19); o ecumenismo doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl 1.6,8); o relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (2Tm 4.3); o humanismo reinterpreta e ressignifica os mandamentos divinos (2Pe 3.16); o sincretismo mistura o sagrado e o profano (2Co 6.16,17). Assim, tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (2Tm 3.7). Em consequência disso, a Igreja verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9).
2. No sistema político e cultural. O “espírito da Babilônia” exerce forte influência na política e na cultura (Mt 13.38; 1Jo 5.19). Pautas progressistas de inversão de valores são impostas em afronta à cultura cristã, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas e da prostituição (Is 5.20). Logo, o patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas (Lc 6.22; 1Pe 4.4); há censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; 1Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e a educação promovem o doutrinamento contrário à fé cristã (Jo 15.19). Coagida pelo “politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (1Jo 4.5,6). Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.16,17).
3. No sistema econômico. O Livro de Apocalipse registra o enriquecimento dos mercadores por meio da exploração da luxúria e da licenciosidade do “espírito da Babilônia” (Ap 18.3). Ele mostra como o comércio e o governo subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder (Mq 2.1-3; Ap 18.12,13); as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11); a sociedade é extorquida em troca da satisfação dos prazeres pecaminosos e consumismo desenfreado (Is 55.2; Lc 12.15). Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1Tm 6.9,10,17) e os que controlam a economia impõem embargos, tributos e multas em desfavor do cidadão impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17).
SINOPSE II
O “espírito da Babilônia” se revela nos sistemas religioso, político, cultural e econômico.
III. A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1. Não negociar a ortodoxia bíblica. A palavra ortodoxia vem do grego orthós que significa “correto” e da expressão dóxa, do verbo dokéo, com o sentido de “crer”. A junção dos termos traz a ideia de “crença correta”. Nesse aspecto, a ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como a suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Por conseguinte, a Igreja precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável (Sl 100.5; Mt 24.35). Assim, por meio do estudo bíblico, sistemático e doutrinário, torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã com mansidão, temor e boa consciência (1Pe 3.15,16).
2. Formar o caráter de Cristo. O caráter cristão refere-se à nova vida, modo de pensar e agir daqueles que pertencem a Cristo (Ef 4.22-30). Nesse aspecto, torna-se necessário enfatizar que é o Fruto do Espírito que desenvolve o caráter do salvo (Gl 5.22-25). Jesus ensinou que é pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33). Não por acaso, o apóstolo Paulo observa que o melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17). A falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela carne (Jd 1.12,13). Portanto, a igreja que prima pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus produz crentes espiritualmente maduros, capazes de resistir o “espírito da Babilônia” presente no cenário global (Rm 8.35,38,39).
3. Aguardar a volta de Cristo. A dispensação da graça termina com o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulação (1Co 15.51,52; 1Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2Ts 2.6-10). Acerca dos sinais que precedem a volta de Cristo, destacamos: a apostasia, a inversão de valores, perseguição, guerras, fomes, pestes e terremotos (Mt 24.5-12,24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3). Diante desses eventos, o cristão é exortado a não viver despercebido, mas a esperar o seu Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33). Ainda, requer-se do salvo, enquanto aguarda a bendita esperança, a renúncia à impiedade, às paixões mundanas e a viver neste presente século uma vida de autodomínio, integridade e santidade (Tt 2.12,13).
SINOPSE III
Espera-se da igreja que se mantenha fiel na ortodoxia bíblica, desenvolva o caráter de Cristo e cultive a espera pela vinda do Senhor.
“ESTAIS SEMPRE PREPARADOS PARA RESPONDER
(1) A Palavra traduzida como ‘preparados’ (gr. hetoimos) significa ‘pronto, disposto e equipado’ e é como a palavra hebraica kun, que traz a ideia de ser firme, estável, seguro e duradouro. Isto sugere estar em boa posição para enfrentar qualquer desafio que apareça. Outras palavras gregas e hebraicas, sinônimas destas, e encontradas nas Escrituras, transmitem a ideia de ser ‘rápido, pronto e sensível’. Essas ideias estão todas contidas no incentivo de Pedro: ‘não temais [ ] nem vos turbeis’ (v.14), a respeito da nossa prontidão em falar sobre o que Cristo fez por nós” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2357).
CONCLUSÃO
Vivemos um período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência na sociedade global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico, cultural e religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio, é dever da Igreja oferecer resistência ao mal (2Ts 2.6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mt 28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se para a vinda do Senhor (Hb 12.14).
Interlúdio: Lapso de tempo que interrompe provisoriamente alguma coisa; interregno.
1. O que o termo “Mistério” indica?
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico.
2. O que é o “espírito da Babilônia”?
O “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
3. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema religioso.
O relativismo e o sincretismo.
4. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema político e cultural.
Patrulhamento ideológico e o politicamente correto.
5. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema econômico.
Exploração da luxúria e a extorsão da sociedade.
A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
Prezado(a) professor(a), a copiosa paz do Senhor! Durante este trimestre, a partir do estudo das Lições Bíblicas Adultos, editada pela CPAD, veremos como o “espírito da Babilônia” está presente na sociedade atual em constante oposição à Igreja do Senhor. A Lição deste trimestre tem como título A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado pelo Espírito da Babilônia. A Palavra de Deus nos revela que o espírito do Anticristo já opera neste mundo e nada tem a ver com Cristo. Embora o homem da iniquidade só se revele no tempo determinado por Deus, é possível perceber a atuação do mal com frequência na sociedade em que vivemos. Nosso papel como Igreja é resistir às investidas do império das trevas e preservar os valores do Reino por meio de um testemunho justo. No que diz respeito à postura da Igreja frente ao mundanismo e à apostasia da fé, é com grande preocupação que pastores e líderes de nosso tempo têm observado o comportamento de alguns crentes. E notória a desaceleração do exercício do evangelismo em alguns lugares bem como a falta de compromisso ético com a doutrina bíblica. Em consequência disso, temos a descaracterização da igreja e o declínio do bom testemunho por parte dos crentes.
Nesse sentido, o pastor Elinaldo Renovato, na obra A Família Cristã e os Ataques do Inimigo, editada pela CPAD (2013, pp.132,133) destaca: “O caráter é o aspecto psíquico da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. E a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a própria conduta. É a ‘marca’ da pessoa. O caráter faz parte da personalidade; é adquirido, não herdado Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, o estado socioeconômico”. Tendo como base o ensino da Palavra de Deus, através das lições ministradas em cada classe por faixa etária, a Escola Dominical torna-se inestimável auxiliar na formação do caráter.
Nessa mesma perspectiva, a Igreja tem o trabalho imperativo de prezar por um ensino bíblico de qualidade com vistas à formação de crentes e obreiros comprometidos com as verdades do Evangelho, para que possa exercer com afinco o seu papel de representante de Cristo neste mundo.