LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2023

 

Título: A Igreja de Cristo e o Império do Mal — Como viver neste Mundo dominado pelo Espírito da Babilônia

Comentarista: Douglas Baptista

 

 

Lição 4: Quando a criatura vale mais que o Criador

Data: 23 de Julho de 2023

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 4

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!(Rm 1.25).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — 1Tm 4.2

A mentira aprisiona e cauteriza a consciência do ser humano

 

 

Terça — Ef 2.3

Os que andam nos desejos da carne são filhos da ira

 

 

Quarta — Jo 20.25,29

O falso cristianismo cede espaço para o racionalismo e o ceticismo

 

 

Quinta — Dt 6.1-9

A Bíblia possui um arcabouço de prática espiritual e social

 

 

Sexta — Êx 20.3-5

O ídolo é tudo o que se coloca no lugar de Deus

 

 

Sábado — Gl 5.19

A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Romanos 1.18-25.

 

18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;

19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

21 — porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

23 — E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

24 — Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;

25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

 

HINOS SUGERIDOS

 

370, 526 e 598 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

O antropocentrismo é o conjunto de ações e de doutrinas filosóficas que colocam o ser humano no centro de todas as coisas. Também chamado de humanismo, essa herança cultural do movimento histórico, político e social conhecido como Renascença, vem se desdobrando desde o século XIV. Contudo, como sabemos, a verdadeira identidade humana não se encontra no antropocentrismo, mas nos ensinos das Escrituras Sagradas, cujo Criador Todo-Poderoso é soberano sobre todas as coisas.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Identificar as consequências da irreligiosidade e culto à criatura; II) Compreender a origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura; III) Conhecer os tipos de autoidolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.

B) Motivação: Nesta lição refletiremos sobre como a relativização do primeiro mandamento pode adoecer toda a sociedade. Como movimento sociocultural, a influência do humanismo possui desdobramentos em diferentes esferas sociais, inclusive na eclesiástica. Portanto, é crucial vigiarmos em nosso caminho.

C) Sugestão de Método: Disponibilize alguns dicionários, tanto bíblico quanto da língua portuguesa, e peça que alguns voluntários os abram em palavras-chave da lição, tais como: Renascentismo; Iluminismo; Humanismo; Antropocentrismo; Narcisismo; Hedonismo; etc. Após a leitura dos significados, pergunte aos alunos se eles identificam traços desses movimentos em nossa cultura. Em seguida, aprofunde a reflexão voltando-a para a nossa própria realidade, indagando-os de que maneira tais características podem ser percebidas em nosso ambiente eclesiástico. Permita alguns minutos de debate e inicie a exposição da lição.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre a tendência humana ao egocentrismo e a influência cultural dos ensinos da filosofia pós-modernista, centrados no homem, acima de seu Criador, assim como os perigos individuais e coletivos desse mal. Precisamos identificar as sutilezas de tal cilada, na qual caiu o próprio Diabo (Isaías 14.12-15) e hoje a utiliza com o mesmo propósito, de afastar o ser humano do Deus Todo-Poderoso.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará os seguintes auxílios: 1) O texto “O Relativismo iniciado no Éden” expande a reflexão a respeito do Relativismo no primeiro tópico; 2) O texto “Humanismo: ‘A tradição de homens’”, localizado no segundo tópico, enfatiza um alerta sobre o humanismo.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

A soberba e a insensatez do homem ímpio o mantêm afastado da verdade de Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar cada vez mais a criatura em detrimento do Criador. A autoidolatria, o coração perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2Tm 3.4). A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).

 

 

Palavra-Chave:

 

ANTROPOCENTRISMO

 

 

I. O DESPREZO À VERDADE

 

1. A impiedade e a injustiça. O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “irreligiosidade”. Ele refere-se à decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2Pe 2.15). Ambas as palavras revelam a situação geral da humanidade não regenerada (Rm 1.18), sua idolatria, o culto à criatura (Rm 1.19-23), a perversidade e a depravação moral (Rm 1.25-32) que expressam a decisão deliberada do homem em desprezar a verdade divina (Rm 1.19,20). Essa investida contra o temor a Deus e a relativização do pecado aprisiona e cauteriza a consciência humana (1Tm 4.2). Tais ações provêm da recusa do homem em glorificar o Criador (Rm 1.21).

2. A insensatez humana. O apóstolo Paulo assegura que a revelação geral de Deus, por meio da natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento sobre o Criador (Rm 1.19,20a). Por isso, ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade divina nem de seu eterno poder (Rm 1.20b). Não obstante, mesmo em contato diário com essa revelação, o homem iníquo não glorifica a Deus nem lhe rende graças (Rm 1.21a). Em lugar de reconhecer o Criador, o ser criado age como se não fosse criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3.5). Por causa das especulações pretensiosas de seu coração e de sua autoidolatria, tanto o seu raciocínio quanto o seu intelecto em relação à verdade tornam-se inúteis (Rm 1.21b). Suas ideologias rejeitam, pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem. Dessa insensatez resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1.22-25).

3. O culto à criatura. Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24). Aqui o texto bíblico ratifica a anunciada ira de Deus sobre a impiedade e a injustiça dos homens (Rm 1.18). A corrupção moral do ser humano deriva de sua rebelião contra Deus. Sua natureza caída troca a verdade pelo engano e prefere honrar e servir a criatura em lugar do seu Criador (Rm 1.25a). Assim, na religião os seres criados passam a ser cultuados; nas ciências, a matéria é colocada acima de Deus; na sociedade, o artista, o atleta, o político ou o líder religioso se tornam uma referência de idolatria em afronta ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25b).

 

 

SINOPSE I

A perversão moral do homem em desprezar a verdade divina o deixa à mercê de seus desejos.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

O Relativismo iniciado no Éden

 

“Adão e Eva tentaram ser iguais a Deus e determinar os próprios padrões (veja o v.5, nota). Até certo ponto, eles conseguiram tornar-se independentes de Deus e capazes de distinguir, por si mesmos, o bem do mal. (1) Neste mundo, o juízo imperfeito e pervertido dos homens frequentemente decide o que é bom ou mau. Essa, porém, nunca foi a vontade de Deus. Ele pretendia que nós conhecêssemos apenas o bem, confiando nEle e na sua Palavra. (2) Todos os que aceitam o perdão de Deus e confessam que Ele é o Senhor — o líder amoroso de suas vidas — retornam ao propósito original estabelecido por Deus para eles. Eles confiam na Palavra de Deus para determinar o que é bom, certo e verdadeiro” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.15).

 

 

II. A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO

 

1. Renascentismo. A Renascença é um movimento intelectual que surgiu na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XVI. A característica desse movimento foi o seu profundo racionalismo, ou seja, tudo devia ter uma explicação racional. Os renascentistas recusavam-se acreditar em qualquer coisa que não pudesse ser comprovada racionalmente. Durante esse período, que coincide com o início da Idade Moderna, que os historiadores marcam a partir da tomada dos otomanos pelos turcos em 1453 até a 1789 (Revolução Francesa), a visão teocêntrica (em que Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma concepção antropocêntrica (em que o homem se tornava a única medida de todas as coisas). No lugar de ver o mundo a partir das lentes do Criador, os homens passaram a enxergá-lo a partir das lentes da criatura. Assim, surgiram os primeiros efeitos do processo de secularização da cultura, quando a vida social passou a ceder o espaço para o racionalismo e o ceticismo (Jo 20.25,29). Nesse sentido, a revolução científica e literária, que se deu a partir do Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo.

2. Humanismo. A Itália foi o principal centro humanista nos fins do século XV. Para o movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem. Assim, a criatura passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador. Os humanistas aprofundaram seus estudos na história antiga a fim de desconstruir os livros sagrados. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do indivíduo. Porém, esta não é uma bandeira própria do humanismo. A Bíblia possui um arcabouço de concepções de liberdade e de igualdade (Dt 6.1-9) que antecedem muitos direitos que apareceram nos tempos modernos. Destaca-se, ainda, que a Escritura ensina a igualdade entre raças, classe social e de gênero (Gl 3.28).

3. Iluminismo e Pós-modernismo. O Iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII. Seus adeptos rejeitavam a tradição, buscavam respostas na razão, entendiam que o homem era o senhor do seu próprio destino e que a igreja era uma instituição dispensável. Já a Pós-modernidade, ou Modernidade Líquida, surge a partir da metade do século XX. Sociólogos observam que a sociedade deixou de ser “sólida” e passou a ser “líquida”. Isso quer dizer que os valores que eram “absolutos” tornaram-se “relativos”. Nesse aspecto, a coletividade foi substituída pelo egocentrismo em que os relacionamentos se tornaram superficiais. Nesse contexto, os dois grandes imperativos que marcam esse movimento foram o hedonismo e o narcisismo. Na busca do bem-estar humano tudo se torna válido, tais como: o uso das pessoas, o abuso do corpo, a depravação e o consumismo desenfreado.

 

 

SINOPSE II

O desdobramento histórico e cultural do Renascimento culmina na relativização dos valores divinos.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

HUMANISMO: A TRADIÇÃO DOS HOMENS

 

“2. O que ensina o humanismo. Segundo essa filosofia, que inclui a ‘tradição dos homens’ a que se referia Paulo, o homem e o universo são apenas originários da energia que se transformou em matéria, por obra do acaso. É filosofia irmã do evolucionismo biológico. Nega a existência de um Deus pessoal e infinito; nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus à raça humana. Para o humanismo, o homem é o seu próprio deus; o homem pode melhorar e evoluir, segundo tais preceitos, por meio da educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana. O humanismo é relativista, pois crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes… ensina que o homem não deve ficar preso a ideia de Deus” (RENOVATO, Elinaldo. Colossenses. Série Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.90-91).

 

 

III. TIPOS DE AUTOIDOLATRIA

 

1. Idolatria da autoimagem. A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx 20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à autoimagem é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3), o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus; e hedonista: amante dos deleites (2Tm 3.2-4). Desse modo, uma pessoa não regenerada tem a necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e, de modo ilícito, busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária à autoidolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30).

2. Idolatria no coração. O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1Co 4.5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr 17.9), pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3). Infelizmente, algumas pessoas chegam aparentar que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8). Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11).

3. Idolatria sexual. A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27), imoralidade (Rm 13.13 — NVI) e libertinagem (2Co 12.21 — NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1Co 6.15). É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21). Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de pecados (1Pe 4.3 — NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 — NAA).

 

 

SINOPSE III

A autoidolatria pode se manifestar de muitas formas, inclusive travestida de religiosidade.

 

 

CONCLUSÃO

 

A corrupção da raça humana é o desfecho de sua rebelião à verdade divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da vontade divina. As consequências são a autoidolatria, a depravação moral, a decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8).

 

VOCABULÁRIO

 

Hedonismo: dedicação ao prazer dos sentidos, o prazer como estilo de vida.

Matéria: qualquer substância que compõe um corpo sólido, líquido ou gasoso; substância corpórea de determinada natureza.

Narcisismo: amor pela própria imagem.

Ideologia: conjunto de convicções filosóficas, sociais, políticas etc. de um indivíduo ou grupo de indivíduos.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Explique as palavras “impiedade” e “injustiça” de acordo com a lição.

O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “irreligiosidade”. Ele refere-se à decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2Pe 2.15).

 

2. O que acontece com as pessoas que rejeitam a Deus e suas leis?

Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24).

 

3. Cite pelo menos dois movimentos que marcam a revolução no pensamento humano.

Renascentismo / Humanismo.

 

4. Quais são as características de quem não teme a Deus?

Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.

 

5. Qual é a orientação bíblica para escapar do mal da idolatria sexual?

A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 — NAA).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR

 

Professor(a), a paz do Senhor. A lição desta semana considera a impiedade e a autossuficiência humanas como expressões da rebelião contra a soberania divina. Com o advento do Renascentismo, movimento intelectual que protagonizou o cenário da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, muitas teorias surgiram na tentativa desconstruir racionalmente a visão teocêntrica de um Deus Criador de todas as coisas.

Dentre as ideias humanistas que podemos enfatizar nesta lição, estão o iluminismo e a pós-modernidade. O pensamento moderno teve como proposta a desconstrução do conhecimento teológico como saber supremo e detentor da verdade absoluta. Para os iluministas, a religião era uma interpretação falida da verdade. Os pensadores modernos defendiam a razão e a ciência como conhecimentos suficientes para alcançar a verdade absoluta sobre todas as coisas. Era uma expressão clara da rejeição à religião, haja vista que esta já não atendia às expectativas da humanidade ou mesmo não explicava de forma correta a verdade de Deus. Há dois eventos históricos que ocorreram no século XVIII e impulsionaram a modernidade: a Revolução Francesa (1789-1799), marcada pelo iluminismo; e a Revolução Industrial (1760-1840), iniciada na Inglaterra e que marcou um período de grandes transformações sociais e econômicas em todo o mundo. Em contrapartida, a pós-modernidade é a ruptura com o pensamento modernista que defendia a razão e a ciência como conhecimentos fundamentais para que o homem encontrasse a verdade, a partir da premissa de que é impossível haver apenas uma única verdade predominante. A sociedade pós-moderna é marcada pelo individualismo e a busca pelo prazer imediato, alimentados pelo incentivo ao consumismo.

O pastor Elinaldo Renovato, em sua obra Os Perigos da Pós-modernidade (CPAD) ressalta que uma das expressões de oposição a Deus é o secularismo, “um termo derivado de uma palavra que significa simplesmente ‘pertencente a este século’, ou ‘mundano’. E mais especificamente o sistema de crenças que nega a realidade de Deus, da religião e da ordem sobrenatural, sustentando assim que a realidade se compõe apenas deste mundo natural. O humanismo secular, por sua vez, promove e exalta a criatura humana, excluindo e negando o Criador” (p.151). Esse cenário é a evidência de que estamos nos últimos dias que antecedem a Volta de Cristo, conforme apontou Paulo: “Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes…”. Que Deus ajude a Sua Igreja a lidar com tudo aquilo que se levanta contra Deus.