Título: A Igreja de Cristo e o Império do Mal — Como viver neste Mundo dominado pelo Espírito da Babilônia
Comentarista: Douglas Baptista
Lição 13: O mundo de Deus no mundo dos homens
Data: 24 de Setembro de 2023
“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).” (Mt 1.23).
Na dispensação da graça, a Igreja deve refletir os valores do Reino de Deus no mundo.
Segunda — Rm 5.12,18,19
O pecado entrou no mundo por Adão, mas pela pessoa de Cristo veio a salvação
Terça — Mt 3.2; 9.13
A mensagem do Reino de Deus tem um forte apelo ao arrependimento
Quarta — Ef 5.8
Os filhos do Reino devem expressar os valores cristãos no dia a dia
Quinta — Gl 3.13; Cl 1.13
A expiação de Cristo libertou o homem da maldição da lei
Sexta — Ef 1.6,12,14
A remissão de pecados para o louvor e glória de Deus
Sábado — 2Pe 2.12-14
Os que não obedecem ao Evangelho estão debaixo de maldição
Mateus 1.21-23; Gálatas 4.3-7.
Mateus 1
21 — E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 — Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 — Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Gálatas 4
3 — Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo;
4 — mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 — para remir os que estavam debaixo da lei, afim de recebermos a adoção de filhos.
6 — E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
7 — Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.
147, 248 e 407 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
A Igreja de Cristo é a expressão visível do Reino de Deus no mundo. Nesse sentido, há um contraste entre os que representam os valores do Reino e os que representam os valores do Mundo. Por isso, nesta lição, temos a oportunidade de refletir a respeito do nosso papel diante de um mundo dominado pelo “espírito” da Babilônia. Ainda assim, Deus permanece agindo no mundo por meio da Igreja de Cristo, a expressão visível do Reino de Deus.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Esclarecer a respeito do Reino de Deus no mundo; II) Pontuar as bênçãos de uma vida no Reino; III) Assinalar os males de uma vida no Mundo.
B) Motivação: Os valores do Reino de Deus são opostos ao do Mundo. Nesse sentido, o domínio próprio, a honestidade, a sinceridade, o compromisso conjugal, dentre outros, são valores que manifestam a ética do Reino de Deus.
C) Sugestão de Método: Após iniciar o primeiro tópico, antes de entrar no assunto dos “valores do Reino”, peça à classe o seguinte: “Cite algumas palavras que representem os valores do Reino de Deus”. Se for possível, à medida que os alunos forem falando, anote as palavras na lousa. Em seguida, mostre à classe o conjunto de palavras que se formou a respeito dos valores do Reino de Deus. Então, a partir dessas anotações, exponha os valores do Reino de Deus de acordo com a lição, reforçando o ensino ou aparando as arestas devidas.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Estimule a sua classe a viver de acordo com os valores do Reino de Deus, dizendo que a melhor a forma de resistir ao “espírito” desse tempo é viver sob a direção do Espírito Santo, manifestando assim a ética e os valores do Reino de Deus, que estão expressos no desenvolvimento do Fruto do Espírito.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Reino de Deus Está entre Vós”, que aprofunda o primeiro tópico, destacando as características do Reino de Deus; 2) O texto “O Papel dos Seguidores de Cristo no Reino de Deus” aprofunda o segundo tópico, enfatizando os benefícios do Reino de Deus na vida dos fiéis.
INTRODUÇÃO
As Escrituras revelam que haverá um futuro reino literal, porém, na presente dispensação da graça, esse reino é espiritual: “o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17.21). Nesta lição, que encerra o atual trimestre, estudaremos a respeito da implantação do Reino de Deus no mundo, do contraste entre quem vive sob a égide desse reino e os que vivem de acordo com os valores do mundo. Assim, o propósito é lembrar como Deus age para habitar conosco e reforçar que, embora vivamos grandes desafios, o Reino de Deus permanece agindo no mundo por meio da Igreja (Mt 5.16).
Palavra-Chave:
REINO
I. O REINO DE DEUS NO MUNDO
1. A encarnação de Cristo. Mateus assevera que a profecia messiânica se cumpriu no nascimento de Jesus (Mt 1.21,22; Is 7.14). Esse evento se deu pela concepção de nosso Senhor pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria em que os Evangelhos ratificam que Ele é “filho do Altíssimo” (Lc 1.32) e que o “Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14), ou seja, nosso Senhor é o Emanuel, o Deus conosco (Mt 1.23). Assim, no tempo determinado, Cristo se fez homem (Gl 4.4), de modo que Ele participou da nossa natureza para expiar os nossos pecados (Hb 2.14-18).
2. A mensagem do Reino. Após a tentação no deserto, nosso Senhor deu início ao seu ministério: “desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17). Aqui, fica claro que a mensagem do Reino de Deus contém um apelo ao arrependimento (Mt 3.2), em que o termo grego para arrependimento é metanoia, que significa mudança de mente, abrange o abandono do pecado e o voltar-se para Deus (Lc 24.46,47); compreende uma nova atitude espiritual e moral, bem como uma nova conduta (At 26.20; Ef 4.28). Somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Cristo podem restaurar o pecador diante de Deus (At 3.19; Rm 3.23-25; 2Co 7.10). Por conseguinte, é papel da Igreja proclamar a mensagem do Reino em todo o mundo (Mt 24.14).
3. Os valores do Reino. No Sermão do Monte, Cristo revela a ética e a moral do Reino, onde destacam-se: o necessário controle da ira (Mt 5.21,22); a fuga da imoralidade sexual (Mt 5.27,28); o casamento indissolúvel (Mt 5.31,32); a honestidade no falar (Mt 5.33-37); o não revidar as ofensas (Mt 5.38-44); a esmola, a oração e a jejum a partir de um coração sincero (Mt 6.1,5,16); o não julgar os outros (Mt 7.1,2); o alerta sobre os dois caminhos (Mt 7.13,14); a advertência contra os falsos profetas (Mt 7.15-23); e a exortação para a prática desses valores (Mt 7.24-35). Nesse sentido, o sermão nos chama para uma vida de perfeição em Cristo (Mt 5.48) e nos convida a priorizar o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33). Assim, os filhos do Reino devem expressar esses valores em seu viver diário (Ef 5.8).
SINOPSE I
O Reino de Deus no mundo se caracteriza pela encarnação de Jesus Cristo, além da propagação de sua mensagem e valores.
“O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS
De acordo com Jesus, a natureza do reino de Deus é espiritual, não material ou política. Muitas pessoas perdem os propósitos de Deus para suas vidas porque não estão dispostas a deixá-lo mudá-las de dentro para fora. O fato de que ‘o Reino de Deus não vem com aparência exterior’ (v.20) significa que ele não vem como um poder terreno político, e não podemos ganhar um lugar nele pelos nossos próprios bons esforços. Tornar-se parte do reino de Deus exige uma transformação do coração e da mente que somente Deus pode produzir à medida que confiamos a nossa vida a Ele. Assim que os propósitos do reino de Deus começam a se desenvolver dentro de uma pessoa, ela começa a desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo, que inclui ‘justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo’ (Rm 14.17). Através do poder do Espírito, podemos demonstrar o poder do reino de Deus ao vencermos as forças do pecado, as doenças e Satanás, e não por vencermos reis e conquistarmos nações (veja o artigo O REINO DE DEUS, p.1638). Quando Jesus vier à terra pela segunda vez, o reino de Deus será revelado em seu pleno poder e glória (v.24; cf. Mt 24.30), triunfando sobre reis, nações e todo o mal (Ap 11.15-18; 19.11-21)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1806,1807).
II. AS BÊNÇÃOS DE UMA VIDA NO REINO
1. Remissão dos pecados. Aos Gálatas, Paulo retrata a nova posição dos crentes em Cristo. O apóstolo afirma que “éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo” (Gl 4.3). Isso quer dizer que, antes do Evangelho do Reino, a percepção espiritual tanto de judeus quanto de gregos era limitada, legalista e supersticiosa. Entretanto, no tempo assinalado, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4) para remir a humanidade da escravidão do pecado (Gl 4.5a). Desse modo, a morte expiatória de Cristo libertou o homem da maldição da lei e da potestade das trevas (Gl 3.13; Cl 1.13). Assim, como pecadores, outrora escravos, e agora perdoados, fomos elevados à condição de filhos por adoção e herdeiros de Cristo (Gl 5.4,5b).
2. Adotados e Herdeiros de Cristo. Noutro tempo, éramos estranhos e inimigos, mas agora somos filhos reconciliados em Cristo (Cl 1.21). Deus concedeu aos filhos a dádiva de um novo nome e uma nova imagem: a imagem de Cristo (Rm 8.29; Ap 2.17). Como resultado de nossa adoção, agora como filhos, somos “também herdeiros de Deus por Cristo” (Gl 4.7). Nessa herança estão inclusas as promessas à Abraão (Gl 3.29) e a vida eterna (Tt 3.7; Ef 3.6). Ao ser aceitos, fomos transformados em filhos para o seu louvor e glória (Ef 1.6). O propósito da remissão de pecados, a filiação e a herança, não tem outro alvo senão louvar e glorificar a Deus (Ef 1.6,12,14). Portanto, a Igreja nunca terá glória em si mesma; toda a glória é exclusivamente tributada para Deus por intermédio da obra de Cristo (Sl 115.1; Jo 13.31,32). Assim, a Igreja é o campo onde se exterioriza o Reino de Deus aqui no mundo (Ef 3.10-12).
SINOPSE II
A remissão do pecado, adoção e o tornar-se herdeiros de Cristo são bênçãos de uma vida no Reino.
“O PAPEL DOS SEGUIDORES DE CRISTO NO REINO DE DEUS
O Novo Testamento tem muito a dizer a respeito do papel do povo fiel de Deus no seu reino. (1) Os seguidores de Cristo têm o privilégio e a responsabilidade de buscar constantemente os propósitos e o modo de vida que agrada a Deus em tudo o que fazem, para que a sua presença e o seu poder sejam evidentes às pessoas que estiverem à sua volta. Isto requer fome e sede espiritual profundas pela presença e pelo poder de Deus, tanto em suas próprias vidas como na comunidade cristã (veja Mt 5.10, notas; 6.33, nota). (2) Em Mt 11.12 Jesus transmite informações adicionais sobre a natureza e o caráter daqueles que se tornam parte do seu reino. Ali, Ele indica que ‘pela força’ as pessoas se apoderam do reino dos céus. Isto se refere às pessoas que estão corajosamente comprometidas a romper com os costumes do mundo, que são pecaminosos e desafiam a Deus, e que buscam intensamente um conhecimento mais profundo de Cristo, da sua Palavra e dos seus perfeitos propósitos. Não importa o custo ou a dificuldade, essas pessoas buscam intensamente o reino, com todo o seu poder. Tudo isto quer dizer que vivenciar o reino dos céus e todos os seus benefícios exige um esforço sincero e persistente para crescer na fé e para resistir às más influências de Satanás, do pecado e de uma sociedade corrupta. (3) Os benefícios supremos do reino de Deus não se destinam aos que têm pouca fome espiritual — aos que raramente oram, que negligenciam a Palavra de Deus, ou que fazem concessões aos comportamentos ímpios e aos modos de vida do mundo. O reino é para homens como José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4-5), Pedro e João (At 4.19-20), Estêvão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13-14); é para mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14-15,40)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1639).
III. OS MALES DE UMA VIDA NO MUNDO
1. A escravidão do pecado. A Bíblia assevera que aquele que comete pecado é servo do pecado (Jo 8.34). Isso significa que o ser humano é escravo daquilo que o controla (2Pe 2.19), pois o pecado torna o homem incapaz de aceitar a Palavra de Deus (Jo 8.43). Além disso, a soberba o impede de reconhecer a própria escravidão (Jo 9.41). Subjugado pela carne, o pecador se entrega à desonestidade, injustiças, glutonarias, álcool, nicotina e demais vícios (Rm 13.13). É o retrato de uma vida miserável, sem paz de espírito, que trilha o caminho das trevas e necessita de urgente libertação (Jo 8.36).
2. Filhos da ira e condenação eterna. As Escrituras enfatizam que os homens escravizados pelos desejos e pensamentos da carne são “por natureza filhos da ira” (Ef 2.3). Refere-se à inclinação em satisfazer as paixões e praticar o mal inerente ao homem não-regenerado (Gn 6.5). As inclinações carnais, a impureza, a avareza, e a idolatria, entre outros, resultam na “ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef 5.3-6). Por isso, nosso Senhor ensinou que aquele que “não crê já está condenado” (Jo 3.18b). Quem não entrega sua vida ao Salvador é condenado porque se recusa a crer “no nome do Unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18c). Assim, o pecado da incredulidade é o clímax da rebeldia que resiste a salvação ofertada em Cristo (Lc 7.30; At 7.51). Assim sendo, somos exortados: “aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24.13 — ARA).
SINOPSE III
A escravidão do pecado, a ira e a condenação eterna são elementos dos males de uma vida no mundo.
CONCLUSÃO
Os judeus aguardavam um reino literal para libertá-los da opressão política, social e econômica. Cristo os corrigiu e afirmou que o “Reino de Deus não vem com aparência exterior” (Lc 17.20), isto é, não seria terreno, mas espiritual. O reino literal ainda será implantado. Nesse aspecto, Cristo veio para resgatar o homem do pecado. Isso requer arrependimento e fé no sacrifício da cruz. Os que recusam a ética e a moral do Reino são condenados à morte eterna. Assim, os valores cristãos devem ser observados pela Igreja, cuja missão é anunciar o Reino de Deus num mundo dominado pelo Império do Mal.
1. O que podemos afirmar a respeito do arrependimento?
O termo grego para arrependimento é metanoia, que significa mudança de mente, abrange o abandono do pecado e o voltar-se para Deus (Lc 24.46,47); compreende uma nova atitude espiritual e moral, bem como uma nova conduta (At 26.20; Ef 4.28).
2. Cite pelo menos três elementos de destaques da ética e da moral do Reino de Deus.
Necessário controle da ira (Mt 5.21,22); a fuga da imoralidade sexual (Mt 5.27,28); a honestidade no falar (Mt 5.33-37).
3. O que o apóstolo Paulo retrata em Gálatas?
Aos Gálatas, Paulo retrata a nova posição dos crentes em Cristo. O apóstolo afirma que “éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo” (Gl 4.3).
4. Como resultado da nossa adoção, o que também somos como filhos de Deus?
Como resultado de nossa adoção, agora como filhos, somos “também herdeiros de Deus por Cristo” (Gl 4.7).
5. O que a Bíblia diz a respeito dos homens escravizados pelos desejos e pensamentos da carne?
O ser humano é escravo daquilo que o controla (2Pe 2.19), pois o pecado torna o homem incapaz de aceitar a Palavra de Deus (Jo 8.43).
O MUNDO DE DEUS NO MUNDO DOS HOMENS
Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor. Chegamos ao final de mais um trimestre e esperamos que a sua classe tenha se aprofundado no conhecimento das Sagradas Escrituras para lidar com os efeitos da atuação do “espírito da Babilônia” na presente era. Nesta lição, veremos que o Reino de Deus se revela neste mundo por meio da Igreja, em contraste com a ação do espírito do Anticristo que se manifesta, sorrateiramente, por meio da inversão de valores e a secularização da sociedade. A intenção de Satanás é manter a humanidade sob o cetro da impiedade, com a mente cauterizada e escravizada pelo pecado.
Na direção oposta, a Igreja é o baluarte do reino celestial neste mundo e tem o compromisso de apontar que os pensamentos humanista e antropocêntrico são modelos filosóficas que estão longe de oferecerem respostas definitivas para os maiores anseios da humanidade. Em contrapartida, o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo aponta ao homem a saída para o seu maior problema, que é o pecado. A própria negativa do humanismo de que não há pecado é uma barreira para a saída da crise existencial. Nessa mesma perspectiva, a Palavra de Deus mostra o conhecimento da verdade para que a humanidade saia do estado de escravidão e morte espiritual para o estado de liberdade e vida eterna (Jo 8.32). A verdadeira liberdade e a vida abundante só podem ser encontradas longe do pecado. Por essa razão, Paulo afirmou que o Evangelho é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16), haja vista que, uma vez que aceitou a fé em Cristo, o ser humano alcança o perdão e a remissão de seus pecados. Desde então, “já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Isso significa que os tais não andam mais na prática do pecado, vivendo segundo as vontades da carne, mas, sim, segundo o Espírito, vivendo em comunhão com Deus (Rm 8.4; Gl 5.16-22).
O apóstolo Paulo discorre em Colossenses que o Senhor “nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13), isto é, éramos dominados pelas inclinações da carne e vivíamos de acordo com a visão mundana, sem esperança de salvação. Lawrence O. Richards, na obra Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento (CPAD, 2007), atesta que “o cristianismo não é apenas uma religião ‘maravilhosa demais para ser verdade’, que é propagada pouco a pouco. O relacionamento com Jesus tem um impacto extraordinariamente poderoso sobre a nossa vida agora, libertando-nos do velho e liberando-nos para vivermos o novo” (p.444). Que a vida que agora vivemos não seja mais limitada às expectativas terrenas, mas anseie a entrada no Reino eterno.