Título: A prova da vossa fé — Vencendo a incredulidade para uma vida bem-sucedida
Comentarista: Eduardo Leandro Alves
Lição 2: Fé para crer que a Bíblia é o livro de Deus
Data: 8 de Outubro de 2023
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Rm 15.4).
Na Bíblia encontramos a revelação de Deus para toda a humanidade e a salvação em Cristo Jesus.
SEGUNDA — Êx 34.27
“Escreve estas palavras”
TERÇA — Hb 1.1
A Bíblia revela Jesus, o Filho de Deus
QUARTA — Lc 24.44
Em Jesus se cumpriu a Lei de Moisés, os Profetas e nos Salmos
QUINTA — Mt 4.4
Nem só de pão viverá o homem
SEXTA — Pv 4.4
Guarde os mandamentos e viva
SÁBADO — Ap 22.18,19
A completude das Escrituras Sagradas
Prezado(a) professor(a), esta lição nos leva a refletirmos a respeito da misericórdia e bondade do Senhor, pois mesmo depois da Queda Ele continuou a revelar-se à humanidade. Ele se deu a conhecer mediante a sua Palavra. A Bíblia é a revelação direta do Altíssimo ao homem e sem ela estaríamos perdidos, sem saber o caminho de volta para a reconciliação com o Todo-Poderoso. Você deseja que seus alunos conheçam mais a respeito de Deus e desenvolvam uma espiritualidade saudável? Então, incentive-os a lerem e meditarem nas Escrituras Sagradas. A Bíblia não é uma invenção do homem e Stanley Horton afirma que ela “é um livro divino-humano no qual cada palavra é, ao mesmo tempo, divina e humana”. Toda a Bíblia foi inspirada pelo Senhor, porém ela não foi ditada palavra por palavra. Os escritores foram guiados, conduzidos pelo Consolador a fim de que pudessem escolher as palavras a fim de que a real mensagem do Senhor fosse revelada de uma forma compreensível à humanidade. Podemos ver em cada livro das Escrituras o estilo de cada autor. Isto não invalida e inspiração de Deus.
Professor(a), Deus se revelou a humanidade de diferentes formas e nesta lição veremos que é preciso fé para crer que a Bíblia é o Livro de Deus. Reproduza o quadro abaixo e utilize-o para ressaltar que a Bíblia não somente contém a Palavra de Deus, Ela é a inspirada e eterna revelação dEle para os homens de todas as gerações. Discuta com os alunos as diferentes formas como Deus falou com a humanidade.
• Ele falou do Céu, direta e audivelmente ⇒ Lc 3.21,22
• Ele escreveu em tábuas de pedra ⇒ Êx 31.18
• Ele se tomou carne ⇒ Jo 1.14
• Ele deu vívidos sonhos e visões ⇒ Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29
• Ele utilizou paredes de palácios ⇒ Dn 5.5
• Ele fez animais falarem ⇒ Nm 22.28
• Ele expressou a verdade dos profetas ⇒ Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3
• Ele utilizou os anjos ⇒ Lc 1.11,28; At 10.3,4
2 Timóteo 3.14-17; Hebreus 4.12.
2 Timóteo 3
14 — Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 — E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 — Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.
17 — Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
Hebreus 4
12 — Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
INTRODUÇÃO
A Bíblia não tem a intenção de provar ao homem que ela é a inerrante Palavra de Deus, pois ela é. Muitos acreditam que as Escrituras não têm explicação para muitas questões da atualidade, mas isso é um equívoco. No Livro de Deus, encontramos, sim, respostas fundamentais a respeito do homem de todos os tempos, como por exemplo, a questão do pecado, do mal e da salvação.
Paulo disse a Timóteo que desde criança, ele conhecia as Escrituras Sagradas, e que as Sagradas Letras o tornariam sábio para compreender e receber a salvação, pela fé em Jesus (2Tm 3.14). Nesta lição, veremos a inspiração, a necessidade de interpretação e a atualidade das Escrituras Sagradas.
I. BÍBLIA: A INERRANTE PALAVRA DE DEUS
1. A sua autoria. A Bíblia não chegou até nós por meio de um “e-mail”, ou uma “mensagem nas redes sociais”. Também não caiu do céu e nem foi encontrada pronta em algum Lugar místico ou secreto. Os autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, revelam a sua origem: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21). Foram homens que escreveram, mas eles foram inspirados pelo Espírito Santo. Logo, o que escreveram é a Palavra de Deus. O Senhor usou aproximadamente 40 autores, de lugares diferentes, com formações diversas que, por vários séculos (aproximadamente 1600 anos), produziram os textos sagrados.
2. Sua estrutura. É uma coleção de 66 livros. Alguns textos têm mais de 3000 anos. Os escritos mais recentes têm aproximadamente 1930 anos. A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: o Antigo Testamento em hebraico, somente partes pequenas foram escritas em aramaico (nos livros de Esdras, Jeremias e Daniel): o Novo Testamento, foi escrito em grego. Mas a Bíblia e tão divina que encontramos nela uma unidade: um livro completa o outro. A temática principal é a redenção oferecida ao pecador mediante Jesus Cristo.
A Bíblia é o livro mais vendido e mais divulgado no mundo e já foi traduzida para mais de 366 línguas.
3. A sua mensagem. Encontramos nas Escrituras vários temas, entretanto podemos afirmar que a mensagem central é a história da salvação. A narrativa da salvação é vista tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. É importante ressaltar que a missiva da salvação tem três elementos comuns: Jesus, aquele que traz a salvação, o meio de salvação e os herdeiros da salvação. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo encontramos a história do concerto de Deus com o homem pecador.
Professor(a) “uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo ‘inerrância’ ao invés de ‘infalibilidade’. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante. ‘Infalibilidade’ e ‘inerrância’ são termos empregados para se aludir à veracidade das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18). Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e, portanto, os pentecostais ‘clássicos’), têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída. A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero exame dos seus fenômenos. ‘Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode deixar de crer que seja ela inerrante’. A Escritura não falha porque Deus não pode mentir. Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se espera da Escritura inspirada. O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infalibilidade que negou às Escrituras. Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma Bíblia fidedigna. Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas Escrituras, estaremos alijando a verdade divina, fazendo a certeza desaparecer.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD. 1996. pp.107-109)
II. UM LIVRO INSPIRADO PELO ESPÍRITO SANTO
1. O que é inspiração? Deus usou pessoas falíveis como nós para escrever o seu Livro, que é o único capaz de transformar o ser humano por inteiro. Esses homens escreveram segundo a orientação do Espírito Santo. Sim, nós cremos na inspiração plenária das Escrituras, ou seja, as palavras usadas pelos autores, assim como a forma gramatical, foram inspiradas e dirigidas pelo Espírito Santo. É importante ressaltar que a palavra “inspiração” vem do latim e é a tradução do termo grego theópneustos de acordo com 2 Timóteo 3.16. O termo grego theópneustos utilizado por Paulo ao escrever a Timóteo, significa respirado por Deus para fora em vez de para dentro — divinamente expirado, em vez de inspirado.
2. Inspiração verbal e plenária. A expressão “inspiração verbal” precisa ser cuidadosamente compreendida, o que leva muitos cristãos a preferirem o termo “inspiração plenária”. A inspiração verbal não significa um ditado mecânico, como se os escritores fossem instrumentos meramente passivos: ditar não é inspirar. A inspiração verbal estabelece até que ponto vai a inspiração, estendendo-se tanto à forma como à substância. Diz-nos o “que é”, e não “como é”, não nos sendo explicado o método da operação do Espírito Santo, mas somente nos é dado conhecer o resultado.
Deus fez uso das características naturais de cada escritor, e por um ato especial do Espírito Santo, habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da escrita, a sua divina vontade. Observa-se esta associação do divino e do humano nas passagens de Mateus 1.22; 2.15; Lucas 1.1-4; Atos 1.16; 3.18. O Espírito Santo guiou e orientou cada escritor. Ainda que não saibamos explicar com detalhes como se deu tal operação, conhecemos os seus resultados.
3. A necessidade de interpretação. Há pessoas, sobretudo as que buscam desacreditar a fé cristã, que citam textos fora de contextos, utilizando interpretações particulares. É fundamental ter consciência de que as Escrituras só podem ser explicadas pelas Escrituras. O texto bíblico deve ser interpretado de maneira correta e, para que isso ocorra, precisamos conhecer a hermenêutica bíblica. Ela é a disciplina teológica que estuda os princípios de interpretação da Bíblia. Uma saudável interpretação bíblica deve levar em conta a fidelidade do texto bíblico, a intenção do autor sagrado e sua aplicação Cristocêntrica.
Prezado(a) professor(a), explique que “inspiração verbal e plenária da Bíblia é a doutrina que assegura ser a Bíblia, em sua totalidade, produto da inspiração divina. Plenária: todos os livros da Bíblia, sem qualquer exceção, foram igualmente inspirados por Deus. Verbal: o Espírito Santo guiou os autores não somente quanto às ideias, mas também quanto às palavras dos ministérios e concertos do Altíssimo (2Tm 3.16).
A inspiração plenária e verbal, todavia, não eliminou a participação dos autores humanos na produção da Bíblia. Pelo contrário: foram eles usados de acordo com seus traços pessoais, experiências e estilos literários (2Pe 1.21). Se no profeta Isaias deparamo-nos com um estilo sublime e clássico, em Amós encontramos uma prosa simples e humilde, como os campos palmilhados pelo mensageiro campesiano. Há evidências que nos indicam ser a Bíblia a Palavra inspirada de Deus? Basta uma Leitura das Sagradas Escrituras para se concluir, de imediato, terem sido elas produtos da ação direta do Espírito Santo sobre os hagiógrafos, levando-os a escrever os livros que fazem parte do cânon bíblico.” (Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.31).
III. A ATUALIDADE DA BÍBLIA
1. Questões éticas e morais. Mesmo se tratando de um texto antiguíssimo, a Bíblia é atual e tem as respostas de que precisamos para muitas questões éticas e morais do nosso tempo, como por exemplo: o aborto, a eutanásia, as questões de gênero etc. A questão que regularmente é apresentada por algumas pessoas em relação a atualização das Escrituras é o fato de que, segundo estes, na atualidade algumas doutrinas bíblicas não cabem mais na vida do homem. Tal questão é uma das muitas falácias do Inimigo. Para o cristão, o texto bíblico é atemporal e os seus preceitos são para as pessoas de todas as culturas e raças. O que os escritores bíblicos ensinaram não era uma mera tradição cultural, mas foram palavras inspiradas por Deus. Na atualidade, muitos jovens, ao entrarem nas universidades, são tentados a descartar os ensinos morais e éticos das Escrituras Sagradas, pois passam a acreditar, erroneamente, que alguns textos não passam de superstições e crendices culturais.
2. Os vários materiais da Bíblia. Os autores bíblicos usaram diferentes tipos de matérias disponíveis no seu tempo para a escrita. A pedra, de acordo com o texto de Jó 19.23,24, foi utilizada: “Quem me dera, agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravasse num livro! E que, com pena de ferro e chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!”. Os Dez Mandamentos foram escritos em tábuas de pedra (Êx 32.16). Conforme Isaías 30.8, foram escritas em tábua, em tijolo (Ez 4.1), em papiro e em pergaminhos (2Tm 4.13).
A Bíblia é atualíssima, e seus ensinos, quando são observados e praticados, nos preservam de inúmeras frustrações e muitos tropeços: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sl 119.105).
3. O poder da Palavra de Deus. A Bíblia se distingue de todos os demais livros, pois, segundo o profeta Jeremias, ela é semelhante ao fogo que purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.20). Ela tem poder para penetrar e prescrutar o interior do ser humano (Hb 4.12). Fogo e martelo são dois elementos que indicam que nada pode impedir o seu cumprimento (Is 55.11; Jr 5.14). A Palavra de Deus também é poderosa para destruir fortalezas espirituais que se Levantam para que não venhamos a compreender as verdades divinas. Não podemos nos esquecer de que Jesus, quando tentado pelo Diabo no deserto, derrotou o Inimigo usando o poder da Palavra. Jesus conhecia as Escrituras, e frente à tentação, não hesitou em fazer o uso correto dela.
Professor(a), mostre aos alunos que como filhos de Deus, não podemos nos afastar jamais das Sagradas Escrituras. Em seguida pergunte: “Por que?”. Porque, das Sagradas Escrituras, todos dependemos vitalmente. Diga que quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu Autor.
CONCLUSÃO
A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus para o ser humano em todos os tempos. Tudo o que precisamos saber para obtermos a salvação já nos foi transmitido pelas Escrituras Sagradas. Nada pode ser retirado ou acrescentado da Palavra de Deus (Ap 22.18,19). Que venhamos ler. meditar nas Escrituras e principalmente viver seus ensinamentos, pois Jesus afirmou que aqueles que ouvem as suas palavras e as praticam são semelhantes ao homem que construiu a sua casa sobre a rocha (Mt 7.24-27).
Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
1. Quantos autores Deus usou para escrever a Bíblia?
O Senhor usou mais de 40 autores, de lugares diferentes, com formação diversas que por vários séculos (aproximadamente 1600 anos), produziram os textos sagrados.
2. Quantos livros têm a Bíblia?
É uma coleção de 66 livros.
3. Quais os idiomas em que foram escritos os textos bíblicos?
A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, somente partes pequenas foram escritas em aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego.
4. Qual a mensagem central da Bíblia?
Podemos afirmar que a mensagem central é a história da salvação.
5. Qual a disciplina que estuda os princípios de interpretação da Bíblia?
A hermenêutica.