Título: A prova da vossa fé — Vencendo a incredulidade para uma vida bem-sucedida
Comentarista: Eduardo Leandro Alves
Lição 9: Fé para crer na salvação eterna
Data: 26 de Novembro de 2023
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.” (Hb 9.27).
A Bíblia nos orienta a viver o hoje com a expectativa da salvação eterna.
SEGUNDA — Jo 10.9
Jesus, a única porta
TERÇA — At 4.12
Jesus, o único Salvador
QUARTA — At 15.11
Sua graça é suficiente
QUINTA — Rm 5.9
Justificados pelo seu sangue
SEXTA — Hb 5.9
Salvação para o obediente
SÁBADO — Hb 9.28
Ele se ofereceu por nós
Prezado(a) professor(a), enfatize, no decorrer da lição, que o arrependimento e a fé operam conjuntamente para a salvação. Quando uma pessoa crê em Jesus Cristo, ela é salva (At 16.31). A salvação é somente pela graça, entretanto a fé é um elemento indispensável para que o ser humano venha alcançá-la. Ela é a porta de entrada das bênçãos oriundas da salvação, tais como: a justificação, a regeneração, a adoção, o perdão e a vida eterna.
Os salvos, que pela fé entregaram suas vidas a Cristo, não precisam temer o que virá depois da morte, pois segundo as Escrituras Sagradas o seu destino, o Céu, já foi preparado mediante o sacrifício de Jesus.
Professor(a), inicie o primeiro tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é salvação?”. Incentive a participação dos alunos e ouça as respostas com atenção. Em seguida, explique que a “salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador. A salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de Deus para com o ser humano e o mundo, através de Jesus Cristo nesta vida e na outra.” (Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.334).
Romanos 10.6-13.
6 — Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu (isto é, a trazer do alto a Cristo)?
7 — Ou: Quem descerá ao abismo (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)?
8 — Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos.
9 — A saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
10 — Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11 — Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
12 — Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 — Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da salvação e da vida eterna no Céu junto com todos os redimidos por Jesus Cristo. Por que estudar esse tema? Porque a temática da “vida após a morte” vem sendo discutida na atualidade por diversos grupos religiosos e cada um tem uma opinião diferente a respeito do assunto. O que mais desperta a curiosidade nessas discussões é o que acontece ao homem depois da morte. Veremos o que a Bíblia diz a respeito do que acontece com uma pessoa após a cessação de sua vida terrena, e que destino está reservado a ela.
I. TEORIAS ATEÍSTAS EM RELAÇÃO À SALVAÇÃO
1. O comunismo. Teve seu início aproximadamente um século depois do existencialismo secular. O comunismo marxista ainda atrai muitos adeptos que. com variações posteriores ao pensamento inicial defendido por Karl Marx e Friedrich Engels no livro Manifesto do Partido Comunista, propõem satisfazer as necessidades da humanidade. Marx estava convencido de que somente quando a religião fosse abolida, a felicidade real poderia ser alcançada. Para ele, a religião projeta um Céu ilusório e imaginário a fim de amortecera situação econômica e social do homem. Para Karl Marx a vida eterna e a salvação não existem, apenas cumprem um papel de amortecer as consciências para a vida real no aqui e agora.
2. O existencialismo. O existencialismo teve início com as discussões do filósofo alemão Martin Heidegger. Ele procurava compreender o tempo como algo necessário para que se tivesse uma compreensão do fim na morte. Em seu pensamento, a vida neste mundo está cercada pela possibilidade da morte e a humanidade é descrita como vivendo em solidão, na iminência de sua própria destruição.
3. Jean-Paul Sartre. O existencialista francês exclui qualquer possibilidade de uma realidade espiritual última. Sartre descreve a vida como uma situação de desesperança, da qual não há escapatória. Uma situação que, se não terminar em desespero, é absurda. Em sua filosofia existencialista, ele não mostra uma saída ou dá qualquer orientação para que se tenha uma vida com sentido em face da crescente incerteza a respeito do futuro.
Professor(a) faça a seguinte pergunta: “A salvação pode ser negligenciada?”. Ouça os alunos com atenção e diga que “como a salvação pode ser negligenciada (Hb 2.3), devemos nos esforçar para conhecer e se apropriar de todos os seus benefícios, dentre os quais destacamos: o livramento da condenação do inferno, a libertação do poder do pecado e do poder das trevas (Cl 1.13), o experimentar da redenção em Cristo (1Pe 1.18,19), a vida segundo o Espírito (Rm 8.1), o novo nascimento (Jo 3.5) e a participação da manifestação de Cristo em glória (Cl 3.4).” (POMMERENING, Claiton Ivan. A Obra da Salvação: Jesus Cristo ê o Caminho, a Verdade e a Vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017).
II. A PERSPECTIVA CRISTÀ A RESPEITO DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO
1. A fé. Como nos dizem as Escrituras, a fé é a certeza daquilo que ainda não se vê (Hb 11.1). Na Bíblia encontramos a esperança que os existencialistas e materialistas não conseguem alcançar. O apóstolo Paulo mostrou de forma vivida o contraste entre as duas existências: natural e finita. Haverá em nossas vidas, em algum momento, uma ruptura entre o natural e o mortal. Entretanto, pela fé cremos que aquilo que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5.4).
2. O que é a morte? Este é um tema que assusta algumas pessoas. Mas todo o ser humano um dia terá de enfrentá-la. A morte é a cessação da vida terrena. Alguns morrem devido o envelhecimento, outros por doenças, guerras, violência etc. Com a morte, vem a separação entre a parte material e imaterial do ser humano. Se por meio do corpo o homem tem contato com o mundo que o cerca, pela morte esse contato é desfeito e os vínculos com este mundo também: “Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” (1Tm 6.7). Não levaremos nada desta vida. Tudo o que você conquistar e construir nesse mundo ficará aqui. As Escrituras Sagradas nos afirmam que o nosso último inimigo a ser destruído é a morte: “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (1Co 15.27).
Pode até parecer que a morte encerra a vida de uma pessoa, entretanto sabemos que não, pois o espírito e a alma são imortais. Cremos que depois da morte haverá uma continuidade daquela existência, ao lado de Deus ou não. É importante ressaltar que a morte é uma consequência da Queda (Rm 6.23). Deus não nos criou para morrer, mas a morte é o fruto da desobediência do ser humano. Entretanto, para os crentes, a morte, é o caminho para uma nova vida, ao lado do Pai.
3. A ressurreição. É a mais notável de todas as características da mensagem cristã. Os primeiros pregadores do Cristianismo estavam convictos de que Cristo havia ressuscitado e, com isso, também estavam certos de que eles, em seu tempo, haveriam de ressuscitar. Essa compreensão os destacava de todos os mestres do Mundo Antigo.
A ideia cristã de ressurreição é bem diferente das ideias gregas e judaicas. Os gregos reputavam o corpo como um obstáculo para a verdadeira vida, e ansiavam pelo tempo em que a alma se veria livre de suas “algemas”. Rejeitavam firmemente a ideia da ressurreição quando o apóstolo Paulo pregava a este respeito em Atenas (At 17.32). Por sua vez, os judeus defendiam que o corpo seria ressuscitado, porém os valores do corpo seriam mantidos após a ressurreição, ou seja, não haveria alteração no corpo ressurreto. Por sua vez. os cristãos pensam no corpo como algo que será ressuscitado, porém transformado, em um corpo glorificado que terá condições de receber e viver em um mundo completamente diferente da era atual (1Co 15.42).
“A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente imerecido de Deus: a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante a fé do crente no Filho de Deus.
Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da libertinagem. Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos ‘constrange’ (2Co 5.14) a fazer algo que agrada ao Pai. Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos e, por isso, desejamos amar o outro como Cristo amou. O que estão sob a liderança da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado.” (POMMERENING, Claiton Ivan. A Obra da Salvação: Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017).
III. SALVAÇÃO E VIDA ETERNA
1. O que é a salvação? No grego a palavra salvação é soteria. Significa salvamento de um perigo iminente. A salvação é uma dádiva divina que nos livra da maldição do pecado. Ela é somente obtida pela graça; é um dom gratuito e imerecido que recebemos mediante a fé em Jesus Cristo. Somente o sacrifício vicário de Cristo poderia libertar a humanidade depois da Queda (Ef 2.8-11). É importante ressaltar que a salvação é de graça para nós, mas Jesus pagou um alto preço por nossa salvação. Ele deu a sua vida por nós. Deus nos ama e somos nós quem decidimos se queremos a salvação eterna ou a condenação que é o Inferno.
2. Os três tempos da salvação. Podemos falar da salvação em três tempos: passado, presente e futuro. Ou seja, o ser humano está salvo, está sendo salvo e será salvo (Ef 2.8; Rm 5.9.10; 1Co 1.18). Estar salvo indica que a pessoa, pela fé, recebeu uma nova posição em Cristo, pois está justificado e absolvido. Estar sendo salvo indica a necessidade da operação santificadora do Espírito Santo, a vida cristã que identifica exteriormente a salvação recebida em Cristo (Fp 2.12). Será salvo indica a salvação em sua plenitude que será realizada no futuro (1Pe 1.5).
3. Habitar com Deus. O Cristianismo é único ao apresentar a salvação como o habitar com Deus, desfrutando de sua presença, visto que no Cristianismo Deus é pessoal. A vida nesse mundo é permeada por lutas, batalhas e tristezas. Mas as promessas para os salvos em Cristo são muitas na vida vindoura (Ap 21.9-27).
A Bíblia descreve um lugar perfeito para os salvos, que não serão mais atribulados pela desgraça do mundo atual, quando finalmente cada salvo estará abrigado junto a Deus, pois ali estará o trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.3).
Na eternidade, os salvos não vão mais chorar, pois estarão livres de todas as mazelas desta Terra. Se no Éden a maldição do pecado atingiu a humanidade, na eternidade, com Cristo, não mais haverá qualquer maldição: “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os servos o servirão” (Ap 22.3). Deus não poderia morar em um local onde ainda houvesse maldição. Cristo foi feito maldito em nosso lugar, levando sobre si todo o peso do pecado, para que pudéssemos habitar com Deus, sem maldição.
“O Processo da Salvação
A obra do Espírito Santo não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de Deus, mas vai crescendo a cada etapa subsequente. No momento da conversão, nascemos de novo, desta vez o nascimento no Espírito. Ao mesmo tempo, o Espírito nos batiza no corpo de Jesus Cristo, que é a Igreja. Instantaneamente, somos lavados, santificados e justificados, e tudo isto mediante o poder do Espírito Santo.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. pp.424,425).
CONCLUSÃO
A vida é um presente de Deus assim como a salvação Não podemos nos esquecer de que a vida terrena é limitada, todavia a eternidade não. Mas é você quem decide onde quer passar a eternidade: perto de Deus ou longe dEle.
A vida eterna é real; não é algo inventado pelos homens para amedrontar as pessoas, criando a ilusão de uma vida melhor em outro mundo e não aqui.
POMMERENING, Claiton Ivan. A Obra da Salvação: Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
1. Para Karl Marx, a salvação existe?
Para Karl Max a vida eterna e a salvação não existem, apenas cumprem um papel de amortecer as consciências para a vida real no aqui e agora.
2. Quem foi o precursor do existencialismo?
Martin Heidegger.
3. O que é fé?
Como nos diz as Escrituras, a fé é a esperança naquilo que ainda não se vê (Hb 11.1).
4. O que é a morte?
A morte é a cessação da vida terrena.
5. De acordo com a lição, o que é a salvação?
A salvação é uma dádiva divina que nos livra da maldição do pecado.