LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

2º Trimestre de 2024

 

Título: A carreira que nos está proposta — O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

Comentarista: Osiel Gomes

 

 

Lição 2: A escolha entre a porta estreita e a porta larga

Data: 14 de Abril de 2024

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.(Lc 13.24).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A porta estreita não é uma opção, mas a única alternativa disponível para o crente entrar no Céu.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Pv 15.24

A ideia da “porta estreita” presente no AT

 

 

Terça — Mt 5.39,48

Princípios celestiais da “porta estreita”

 

 

Quarta — Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24

Renúncia e a glória progressiva da “porta estreita”

 

 

Quinta — 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21

A recompensa de quem entra pela “porta larga”

 

 

Sexta — Is 1.15,16; 55.75; Jr 73.7

A “porta estreita” é um chamado ao arrependimento

 

 

Sábado — Pv 28.13; 1Jo 1.7

A “porta estreita” é um caminho de confissão e de perdão

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Mateus 7.13,14; 3.1-10.

 

Mateus 7

13 — Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

14 — E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

 

Mateus 3

1 — E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia

2 — e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

3 — Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4 — E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.

5 — Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão;

6 — e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

7 — E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

8 — Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento

9 — e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

10 — E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.

 

HINOS SUGERIDOS

 

208, 447 e 570 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, estudaremos a analogia da “porta estreita” e da “porta larga”, mencionada pelo Senhor. Veremos que nosso Senhor teve a pretensão de mostrar aos pecadores o caminho para a salvação. Para compreendermos melhor a soteriologia de Cristo, responderemos às seguintes questões: o que significa a analogia de Jesus concernente à “porta estreita” e ao “caminho apertado”? Por que devemos escolher a porta estreita? De que maneira o pecador pode entrar pela porta que o leva para o Céu? E, por fim, aprenderemos que a consistência da vida cristã tem por base o arrependimento, a confissão de pecados e a experiência do perdão.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Explicar a analogia da “porta estreita” e do “caminho apertado” do ponto de vista bíblico e teológico; II) Destacar que a decisão pela porta estreita requer uma vida de renúncia e disposição para enfrentar os desafios da caminhada cristã; III) Apontar que a entrada pelo caminho estreito está baseada no arrependimento, confissão de pecados e novo estilo de vida.

B) Motivação: As figuras da “porta estreita” e do “caminho apertado” confrontam as pessoas que ouvem a mensagem do Evangelho. Do mesmo modo, leva os crentes à reflexão a respeito de se estão, de fato, se portando de maneira digna a entrar na eternidade com Deus. Aproveite para conversar com seus alunos sobre o estilo de vida dos que estão aguardando ansiosamente pelo Arrebatamento da Igreja. Finalize este momento, perguntando: “Estamos, de fato, trilhando pelo caminho apertado?”.

C) Sugestão de Método: O primeiro tópico desta lição aborda o conceito de porta e caminhos de acordo com a perspectiva bíblica da salvação. A analogia “caminho” aparece no Antigo Testamento, especificamente, para ilustrar a vida de renúncia ao pecado e decisão pela prática da justiça. No Novo Testamento, a figura da “porta” é aplicada de maneira mais direta pelo próprio Cristo quando se compara à porta pela qual as ovelhas podem entrar, sair e encontrar pastagem (uma situação cotidiana das regiões camponesas de Israel). Relacione no quadro as duas situações e faça um exercício de correlação bíblica, isto é, identifique o sentido de cada ilustração no contexto bíblico. Você pode consultar as informações no Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, editado pela CPAD.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: A trajetória da vida cristã é marcada por ofertas de prazeres e deleites terrenos que são renunciados pelos crentes à medida que vivem um relacionamento estreito com Deus. O cristão comprometido com o Evangelho mantém a obediência aos preceitos da Palavra de Deus, pois sabe que a devoção verdadeira requer disposição para viver um estilo de vida que expresse, de fato, a renúncia às obras da carne e o cultivo do Fruto do Espírito.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Os dois caminhos: o largo e o estreito”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a ideia de escolha entre dois caminhos presente no Antigo Testamento; 2) O texto “Porta”, ao final do segundo tópico, apresenta o uso frequente da palavra porta no contexto bíblico, bem como seu uso literal e figurativo.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, estudaremos o símbolo da porta estreita e da larga, do caminho apertado e do espaçoso. Nosso propósito é pontuar algumas razões que nos mostram porque devemos escolher a porta estreita e, do ponto de vista bíblico, como entrar pelo caminho apertado.

Nesse sentido, veremos que o início da nossa jornada deve levar em conta o caminho que nos conduz ao Céu.

 

 

Palavra-Chave:

 

PORTA

 

 

I. PORTAS E CAMINHOS

 

1. A porta estreita. A ideia de uma “porta estreita” como caminho para a vida está presente tanto na literatura judaica quanto na cristã. Por exemplo, essa concepção é encontrada no Antigo Testamento (Pv 15.24). Sabemos que a porta é uma entrada existente em um edifício ou o muro de uma cidade, algo muito comum nos tempos antigos, em que a cidade era toda murada e, ao redor de todo o edifício, havia uma porta estreita. Era por meio dessa porta que todos entravam e saíam da cidade.

2. O caminho apertado. Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição. Nesse sentido, a linguagem figurada do “caminho apertado”, conforme Mateus 7, aponta para os que desejam a vida eterna. Não por acaso, a palavra “apertado” vem do verbo grego thlíbō que significa “prensar como uvas, espremer, pressionar com firmeza, caminho comprimido, contraído; metaforicamente, aborrecer, afligir, angustiar”. Assim, o caminho apertado é o que nos leva a praticar os ensinamentos de Jesus de modo bem concreto: amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt 5.39,48).

3. Porta larga e caminho espaçoso. A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo. Essa porta recebe muitas pessoas que expressam crenças e valores segundo a sua vã maneira de viver. Um caminho que tem seduzido muitos por meio da busca irrefreada do prazer e das ideias que negam a Bíblia como nossa única regra de fé e conduta. Tratam-se, pois, de uma porta e de um caminho em que entram pessoas que vivem segundo suas próprias ideias (Jz 21.25) e que não desejam ajustar-se aos ensinos das Escrituras Sagradas (Jo 7.38).

 

 

SINOPSE I

A porta estreita e o caminho apertado representam uma vida de compromisso com Cristo.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

“Os dois caminhos: o largo e o estreito (Mt 7.13,14). O caminho da morte e o da vida aparecem no Antigo Testamento, na literatura intertestamental, nos escritos de Qumran e na literatura cristã primitiva [...]. Na literatura de Qumran os dois caminhos são expostos como o ‘caminho da luz’ e o ‘caminho das trevas’. Jesus, de forma típica, apresenta as opções diante da audiência em paralelismo antitético: uma porta para a vida ou uma porta para a morte. A maioria das pessoas toma o caminho fácil, o qual é desastroso. A porta para a vida é difícil e restritiva; os verdadeiros discípulos são minoria. Dado o contexto de Mateus, a dificuldade da porta estreita é o caminho da justiça, na qual Jesus há pouco instruiu as pessoas” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Mateus — Atos. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.61).

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

 

 

“PORTAS DA CIDADE

 

No mundo antigo, as portas desempenhavam um papel crítico nas defesas de uma cidade. As portas geralmente eram o ponto mais fraco nos muros de uma cidade e, portanto, muitas vezes o ponto de ataque dos exércitos sitiantes. Para uma cidade ser forte, não bastavam muros maciços; tinha de ter portas fortes.

As portas da cidade também eram o local dos tribunais judiciais, bem como o local onde os impostos eram recolhidos. Jeremias 38.7 indica que o rei realizou a corte em uma das portas de Jerusalém. Quando os profetas do AT atacam a injustiça, eles frequentemente se referem às portas da cidade como lugar de justiça (Am 5.15).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Baker, editado pela CPAD, p.400.

 

 

II. POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL

 

1. Uma porta aberta, porém, difícil. A porta para a entrada na pátria celestial está aberta. Porém, há muitos impedimentos para que a alma humana a atravesse: o egoísmo, o ego inflado, a idolatria, dentre outros. Contudo, nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24).

2. As oportunidades da porta larga são atraentes. Para muitos, o caminho da porta estreita não é atraente, pois a porta larga oferece uma jornada de prazeres, deleites e libertinagem. Entretanto, os que andam nesse caminho são dominados pelas ilusões da vida, enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo e de desprezo a Deus (1Jo 2.15,16). Tragicamente, todos os que amam o mundo não terão direito a entrar nos céus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso, o cristão comprometido com o Evangelho de Cristo sabe que “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2.17).

3. As razões das exigências. Diferentemente da porta larga e do caminho espaçoso, a porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria. Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo como um pecador (2Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele como um novo começo (2Co 5.17). A partir dessa jornada, o Evangelho nos faz caminhar em santidade, seguir os passos de Cristo e andar como Ele andou (1Jo 2.6). Então, estaremos prontos para criar raízes e enfrentar os obstáculos de nossa jornada cristã (Lc 8.13,14).

 

 

SINOPSE II

Seguir pelo caminho apertado requer uma disposição em seguir na contramão da maioria.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

 

“Porta. Uma palavra mencionada muitas vezes na Bíblia Sagrada. Na versão KJV em inglês, é a tradução de sete palavras hebraicas e uma grega. Os dois termos hebraicos frequentemente usados são: delet, referindo-se à própria porta, e petah, uma porta de entrada. A palavra ‘porta’ é utilizada tanto no sentido literal como de modo figurativo.

Uso literal (por exemplo, Gn 19.6,9; 2Rs 9.10). As portas comuns eram feitas de madeira, mas às vezes eram feitas de espessos pedaços de pedra, tanto para casas como para tumbas. Cadeados de madeira, latão, ou ferro eram usados (Jz 3.24,25). Nas tendas as portas eram aberturas cobertas por uma aba (Gn 18.1,2).

Uso figurativo. Provavelmente, o uso mais frequente de porta de modo figurativo seja como símbolo de oportunidade, especialmente para o testemunho e o serviço cristão (por exemplo, 1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3; Ap 3.8). O termo porta é também usado para representar o caminho pelo qual uma pessoa entra em algum lugar. O próprio Cristo é a porta pela qual o ser humano alcança a salvação (Jo 10.9; cf. At 14.27; Os 2.15). Aquele que está próximo é considerado como ‘estando à porta’ (Mt 24.33; Tg 5.9; Ap 3.20; Gn 4.7).” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1576).

 

 

III. ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU

 

1. Arrependimento de pecados. Por meio das palavras do arauto divino, João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem pregada por ele para entrar no Reino de Deus é o Arrependimento. João é uma voz que ecoa entre a Antiga e a Nova Alianças, confirmando as palavras dos profetas do Antigo Testamento, pois sua mensagem de arrependimento era a mesma pregada por Isaías e Jeremias (Is 1.16,15; 55.7; Jr 73.7). Por essa razão, é importante ponderar que o arrependimento bíblico não é uma questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador. Por meio da pregação e da aceitação do Evangelho, mediante a ação regeneradora do Espírito Santo, o pecador renuncia ao pecado, reorienta a vida e firma uma resolução de deixar o caminho espaçoso para tomar o caminho que conduz para a vida eterna.

2. Confissão de pecados. O ministério de João Batista foi impactante, de modo que iam ter com ele toda Judeia e a província do Jordão (Mt 3.5). Os que iam até João confessavam os seus pecados para serem batizados. Ora, a Bíblia diz que todos pecaram e separados estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem que o homem reconheça que é pecador, jamais compreenderá que precisa de um Salvador. Nesse aspecto, a confissão pessoal dos pecados é uma perspectiva nova que aparece com o ministério de João Batista. Em Israel, a confissão era nacional e se dava em dia especial como no Dia da Expiação (Nm 5.7). Por meio do modelo de vida de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã. Desse modo, a pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando o homem reconhece em confissão que é um pecador, ele recebe o perdão de seus pecados (Pv 28.13; 1Jo 1.7).

3. Produzindo frutos de arrependimento. Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas verdadeiras da mudança de vida. Era preciso apresentar frutos na vida como a marca de um arrependimento sincero. Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de quem se arrependesse: honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14). Isso era a prova de que a natureza da pessoa havia sido verdadeiramente transformada. Portanto, uma pessoa que teve um encontro verdadeiro com Jesus produzirá frutos dignos de arrependimento, uma nova forma de pensar e agir, um novo estilo de vida (Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).

 

 

SINOPSE III

O verdadeiro encontro com Jesus produz no crente frutos dignos de arrependimento.

 

 

CONCLUSÃO

 

No momento que inicia sua jornada com Cristo, o cristão deve ter a consciência de que escolheu o caminho estreito e a porta apertada para trilhar o caminho do céu. Isso significa que precisamos renunciar ao eu, nossos pensamentos e desejos, para que Cristo apareça (2Co 5.17). Isso só é possível por meio de um verdadeiro arrependimento, confissão de pecados e a experiência do perdão.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. O que significa dizer “caminho apertado”?

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição.

 

2. O que a “porta larga” e o “caminho espaçoso” simbolizam?

A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo.

 

3. O que o Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer o caminho da “porta estreita”?

Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível.

 

4. O que a “porta estreita” requer da pessoa?

A porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.

 

5. Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?

Trata-se de uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A ESCOLHA ENTRE A PORTA ESTREITA E A PORTA LARGA

 

A aula desta semana destaca as figuras da porta estreita e da larga, bem como as dos caminhos apertado e espaçoso, como analogias que representam a escolha feita pelos humanos concernente à salvação e à obediência à vontade de Deus. A decisão por trilhar pelo caminho da salvação requer da pessoa a renúncia aos deleites e prazeres deste mundo e a disposição para enfrentar os desafios da jornada cristã em direção ao Céu. Nesse sentido, o assunto central desta lição é a necessidade de consistência da fé para uma vida cristã verdadeira com vista à vida eterna. A decadência espiritual de muitos crentes Ou até mesmo o abandono da fé é resultado da ambição de almejar por um “evangelho” que atende apenas às necessidades materiais ou emocionais com vista à vida terrena. A Palavra de Deus ressalta que se esperarmos em Cristo somente nesta vida somos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15.19). A esperança do salvo não pode estar neste mundo, pois ele passa e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1Jo 2.17).

Nosso Senhor salientou que muitos procurariam entrar pela “porta estreita”, mas não conseguiriam em razão de não abdicarem das concupiscências deste mundo (Lc 13.24). Como afirma o Comentário Pentecostal Novo Testamento: Mateus-Atos (CPAD), “a porta para o Reino, para a salvação, permanece aberta, mas é estreita. Embora as pessoas não precisem abrir a porta, elas têm de fazer muito esforço para entrar pela porta estreita. O verbo ‘porfiar’ (agonizomai) significa ‘agonizar’, sugerindo que todos devem se esforçar diligentemente para entrar pela porta estreita para o Reino. Deus oferece só uma porta para o céu, e é estreita. Nunca pode ser questão de escolher entre uma variedade de portas, nem a porta larga é como uma estrada federal. O único modo de atravessar essa porta é pelo arrependimento pessoal. Muitos obstáculos podem estar no caminho de nosso arrependimento e afastamento do pecado. Entre eles estão o orgulho próprio, a hipocrisia, a indiferença à graça de Deus e as obras da carne. Mas entrar pela porta estreita do Reino exige agonia diante de Deus e afastamento de viver negligentemente. Exige abnegação e compromisso com o caminho da cruz (Lc 9.57-62)” (2003, p.411). A trajetória da vida cristã é marcada pela renúncia às obras da carne, mas sobretudo pelo cultivo do Fruto do Espírito. A intimidade com Deus deve ser nutrida pela devoção, o distanciamento do pecado e a reflexão contínua acerca dos princípios da Palavra de Deus. Nesse processo, podemos contar com o auxílio do Espírito Santo, que não nos deixa caminhar sozinhos em nossa peregrinação rumo à cidade celestial (1Pe 2.11,12).