LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

2º Trimestre de 2024

 

Título: A carreira que nos está proposta — O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

Comentarista: Osiel Gomes

 

 

Lição 4: Como se conduzir na caminhada

Data: 28 de Abril de 2024

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.(Cl 4.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição a nossa maneira de viver.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Jo 13.15

O Senhor Jesus como nosso modelo de vida

 

 

Terça — Jo 4.34; 6.38; 17.4

Fazendo a vontade do Pai na caminhada

 

 

Quarta — 1Co 9.24-27

A jornada espiritual semelhante à de um atleta

 

 

Quinta — Pv 9.9,10

A necessidade da prudência na caminhada

 

 

Sexta — Ef 2.2,3

Não podemos trilhar o caminho dos néscios na jornada

 

 

Sábado — Cl 4.5

Remindo o tempo ao longo da caminhada

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 5.15-17.

 

15 — Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

16 — remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

17 — Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

 

HINOS SUGERIDOS

 

28, 126 e 378 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, trataremos sobre a conduta cristã neste mundo enquanto aguardamos o grande Dia da Redenção. Para essa jornada, nosso Senhor deixou orientações contundentes e necessárias a fim de que os seus discípulos não perdessem o ânimo, mas suportassem as aflições deste mundo (Jo 16.33). Na sequência, veremos também que o andar do crente deve ser prudente e com sabedoria, principalmente para com os que estão de fora. Por fim, a lição aponta que os dias são maus e, por isso, o crente deve ter um modo de vida vigilante.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Apontar o padrão de conduta cristã descrito na Palavra de Deus; II) Explicar que a caminhada cristã deve ser conduzida com prudência e sabedoria; III) Advertir qual deve ser o comportamento do crente frente aos dias maus.

B) Motivação: O maior desafio da vida cristã consiste em viver neste mundo de modo santo, justo e agradável a Deus. Para tanto, a Bíblia exorta quanto ao preparo espiritual do crente para lidar com os dias maus que não são poucos. Comente sobre esse preparo espiritual e pergunte aos seus alunos o que o crente deve fazer para se preparar para lidar com as adversidades.

C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição destaca a orientação do apóstolo Paulo a não andarmos como néscios, mas sim como sábios durante o tempo da nossa peregrinação por este mundo. A partir dessa reflexão, desenhe duas colunas, na lousa, uma denominada de Néscios e a outra, de Sábios; e pergunte aos alunos quais são os comportamentos observados nos néscios e nos sábios. Escreva as informações em cada coluna respectivamente e reforce que viver de modo sábio é ser semelhante a Jesus.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: O apóstolo Paulo destaca na Carta aos Romanos que não se envergonha do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Logo, praticar o Evangelho significa ter uma vida transformada de modo que a conduta da pessoa convertida é parecida com a de Cristo. Isso significa que viver o Evangelho não se resume a conhecer as Escrituras Sagradas, e sim a adotar seus valores e princípios como estilo de vida.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou” (1Jo 2.6), localizado depois do primeiro tópico, denota o estilo de vida a partir do exemplo de vida de Cristo; 2) O texto “Compreender a vontade do Senhor”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito de discernimento da vontade de Deus e que isso resulta em uma vida sábia e prudente.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Na jornada da vida cristã o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta para a vida eterna. Ele sinaliza como devemos agir ao longo desse caminho para o Céu. Por isso, como evidência do seu amor e cuidado, preparando tudo para que trilhemos bem o caminho da verdade, o Pai nos corrige em nossa jornada cristã. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito de como devemos nos conduzir pelo caminho que nos leva ao Céu.

 

 

Palavra-Chave:

 

CONDUTA

 

 

I. O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

 

1. Jesus como nosso padrão de conduta. Antes de analisarmos o texto bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir a respeito de um padrão geral de conduta para fazer a vontade do Pai nesta caminhada cristã. Há um padrão que o Senhor Jesus espera de seus discípulos para fazer a vontade de Deus nesta vida? A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou o seguinte: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). Ora, esse texto expressa que Ele é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida. Sim, há um padrão de conduta que tem como base o nosso Senhor e quem deseja fazer a vontade de Deus neste mundo deve olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2).

2. Fazendo a vontade de Deus. Como Filho de Deus, Jesus procurou agradar ao Pai na jornada desta vida, fazendo sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 17.4). Não por acaso, nosso Senhor nos incentivou a buscar a vontade do Pai na oração que Ele ensinou aos discípulos, o “Pai Nosso” (Mt 6.10; cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, parece muito difícil andar no padrão divino de Cristo. Entretanto, isso é possível quando buscamos o auxílio do alto, conforme oração ensinada por Ele (Mt 6.9-13). Logo, o cristão que deseja ir para o céu procura fazer a vontade de Deus, deixando de lado o caminho do egoísmo, do orgulho e da vaidade; procurando se aproximar e praticar a “Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lho também vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).

3. Uma vida cristã bem-sucedida. A respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo disse que estamos numa “competição espiritual” e, por isso, devemos procurar o caminho certo para nos acharmos qualificados (1Co 9.24-27). Dessa forma, o cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual bem-sucedida. Sabemos que pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em outras pessoas ilustres, equilibradas e resilientes (cf. 1Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte, de modo que o apóstolo Paulo escreveu sobre o nosso Senhor, exortando que o imitássemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).

 

 

SINOPSE I

Jesus é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida.

 

AUXÍLIO HISTÓRICO-CULTURAL

 

 

Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (1Jo 2.6).

 

“Andar é periepatesen, uma palavra frequentemente usada como uma imagem do ‘modo de vida’. Quem mantiver um íntimo relacionamento com Jesus Cristo irá demonstrar a realidade desse relacionamento vivendo uma vida cristã. Os tempos dos verbos deixam claro que João está falando a respeito de estilo de vida. O que se está afirmando não é que essa pessoa está salva, mas que ela está vivendo em comunhão com o Senhor — que ela ‘está nEle’. A prova desta reivindicação — não a prova da reivindicação de ser salva — é que essa pessoa mantém um modo de vida cristão. [...] João deixa claro que os princípios que movem o mundo estão em conflito direto com Deus e com tudo o que Ele representa. Desta forma, ninguém que esteja envolvido pela perspectiva que o mundo tem na vida irá fazer a vontade de Deus, nem desfrutar das bênçãos eternas conhecidas por aqueles que vivem eternamente” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.535,536).

 

 

II. FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

 

1. O que é prudência? Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma trajetória cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo Paulo ensina a respeito da caminhada do cristão neste mundo. Neste capítulo, a palavra “prudência” se destaca. De acordo com o Antigo Testamento, a palavra “prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em provérbios 9.10, quando se diz que o justo “crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar. No Novo Testamento, a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, ou seja, “toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.8). Então, podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

2. Não andeis como néscios! Apóstolo Paulo diz que não devemos andar como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo asophos, traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25); mas como “sábios”, ou seja, diligente, cuidadoso e sábio, cheio do Espírito Santo para fazer a vontade do Senhor. Ser néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o apelo do apóstolo Paulo para o crente é: “vede prudentemente como andais”. Em outras palavras: seja prudente. O apóstolo deixa claro que os que vivem na carnalidade jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

3. Andeis como sábios! O adjetivo que Paulo usa para qualificar quem caminha para o céu é “sábio”, do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, que habita o crente, seu andar é com discernimento, a sabedoria realmente o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. Há um compromisso de jamais voltar a conduta antiga do mundo. Contudo, é relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima. Por meio dessa sabedoria, andamos em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos semelhantes a Jesus (1Jo 3.2; Gl 3.26).

 

 

SINOPSE II

A sabedoria no crente o faz discernir entre o que deve ou não fazer.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

Compreender a vontade do Senhor

 

“Enquanto fazer o melhor uso das oportunidades está relacionado à diligência ou à sabedoria, compreender a vontade do Senhor está relacionado ao discernimento. A sabedoria na vida diária reside na vontade de Deus; e ao procurar discernir esta vontade, devemos sempre distinguir entre o que está relacionado ao geral e ao particular. O primeiro é encontrado nas Escrituras, por exemplo, Deus não quer ‘que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se’ (2Pe 3.9). Esse seu desejo particular pela vida de cada pessoa poder ser conhecido através dos princípios das Escrituras, dos conselhos comunitários ou da sabedoria, da oração e da orientação que nos foram revelados pelo Espírito Santo. ‘Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas’ (Pv 3.5,6). Quando toda nossa vida está relacionada à vontade de Deus, em suas dimensões geral e particular, então estaremos vivendo de forma prudente e sábia” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. Romanos — Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.450,451).

 

 

III. VENCENDO OS DIAS MAUS

 

1. Remindo o tempo. O versículo 16 de Efésios 5 apresenta o verbo remir como tradução do grego exagorázō. Ele possui dois sentidos: 1) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; 2) comprar para uso próprio. Então, podemos dizer que remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado. Com a expressão “remindo o tempo”, o apóstolo Paulo se refere ao cristão que se conduz de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).

2. Remindo o tempo e a Volta do Senhor. Quando se falava a respeito de remir o tempo entre os cristãos primitivos, estes tinham em mente a iminência da segunda vinda do Senhor Jesus, ou seja, esse esperado acontecimento poderia acontecer a qualquer momento (1Co 15.51). Por isso, os cristãos eram incentivados a procurar sabiamente aproveitar todas as oportunidades, em especial, no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia. Assim, a perspectiva da iminente volta do nosso Senhor faz com que não percamos tempo com coisas banais; antes, nos exorta a viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (1Ts 4.15).

3. Os dias são maus. Outra expressão que chama atenção é “os dias são maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar o nosso tempo e nos levar a prática do mal. Não podemos nos conformar com essa possibilidade, não podemos ser insensatos a tal ponto, mas entender “qual seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse modo, a vontade de Deus tem a ver com, como cristãos, aproveitarmos o tempo para fortalecer nossa vida espiritual, praticar o bem para com os outros, ler a Bíblia, orar, se consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25).

 

 

SINOPSE III

O crente deve fortalecer a sua vida espiritual para lidar com as adversidades dos dias maus.

 

 

CONCLUSÃO

 

Em nossa caminhada para as mansões celestiais precisamos seguir o padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra (2Tm 3.16). É preciso viver sábia e prudentemente, aproveitando bem as oportunidades de fazer o bem, e não deixarmo-nos dominar pelos dias maus, na certeza de que a Vinda do Senhor se aproxima e, isso, nos incentiva de maneira santa (Hb 12.14).

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. O que a palavra “padrão” expressa?

A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido.

 

2. Como o capítulo 5 da Carta aos Efésios pode ser dividido?

Podemos dividir capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma caminhada cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33).

 

3. De acordo com a lição, conceitue as palavras “prudência” e “néscio”.

Podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

 

4. Explique a expressão “remir”.

Remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado.

 

5. O que a expressão “os dias são maus” revela?

Essa expressão revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar o nosso tempo e nos levar a prática do mal.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

COMO SE CONDUZIR NA CAMINHADA

 

Na jornada da vida, o cristão deve atentar não apenas para o caminho que deve seguir, mas também para o modo como seguir. A Palavra de Deus ressalta que o cristão deve cuidar para que a sua comunhão com Deus e a saúde espiritual sejam preservadas, bem como zelar por uma conduta que seja exemplar e sábia, principalmente para com os que estão de fora (Cl 4.5,6). Para que a procedência do cristão seja correta, há um aspecto indispensável à conduta que deve ser observado. A Carta de Tiago discorre que se alguém tem falta de sabedoria deve pedir a Deus que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto (Tg 1.5). Ser sábio, do ponto de vista bíblico, é ter uma conduta de acordo com o que afirma e instrui a Palavra de Deus. Isso inclui tomar decisões corretas, falar ou responder prudentemente quando é indagado, e demonstrar mansidão diante das ofensas (Tg 1.19). O viver sábio é marcado pela forma como o cristão se relaciona com as demais pessoas. Tiago afirma ainda que a sabedoria deve ser adquirida pela oração com fé (Tg 1.6). Quem se aproxima de Deus deve crer convictamente que Ele é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). A conduta cristã deve ser norteada pela fé e não pela vista.

O livro de Provérbios destaca diversas lições no tocante ao comportamento sábio a partir da aquisição da sabedoria. Em sua obra o Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), Lawrence O. Richards observa que “a pessoa sábia não é o indivíduo de grande êxito intelectual, mas a pessoa que faz as escolhas apropriadas na sua vida diária. Saber o que é certo e fazê-lo é sabedoria, para você e para mim, assim como era para o hebreu antigo. A raiz hebraica traduzida como ‘sábio’ e ‘sabedoria’ aparece mais de 300 vezes no Antigo Testamento. Juntas, retratam uma pessoa sábia como sendo alguém que se sujeita a Deus e que aplica as orientações divinas quando faz escolhas diárias. Por sua vez, a tolice envolve a rejeição das orientações divinas, ou qualquer outra falta de aplicação delas, quando se toma decisões morais, ou outras. [...] A literatura de sabedoria não declara a lei divina, nem registra promessas divinas, mas simplesmente descreve o comportamento que exemplifica escolhas sábias e tolas que uma pessoa pode fazer” (2012, p.338).

Por fim, o viver sábio é também nutrir uma vida espiritual saudável, afastada do pecado e da aparência do mal, isto é, evitando qualquer circunstância que possa ser interpretada como pecaminosa ou imoral (1Ts 5.22). A Palavra de Deus exorta a ter uma vida íntegra e sossegada de modo que naquilo que os descrentes falam com malignidade, por vivermos em Cristo, fiquem confundidos em razão do bom procedimento (1Pe 3.16).