LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2024

 

Título: O Deus que governa o Mundo e cuida da Família — Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração

Comentarista: Silas Queiroz

 

 

Lição 4: O encontro de Rute com Boaz

Data: 28 de julho de 2024

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 4

 

 

TEXTO ÁUREO

 

O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.(Rt 2.12).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Gn 38.6-11; Dt 25.5-10

O costume do casamento conforme a Lei

 

 

Terça — Mt 5.13-16

A importância do testemunho pessoal em todas as áreas da vida

 

 

Quarta — Mc 2.15-17; Jo 4.3-27

Jesus, o homem puro que interagia com todos

 

 

Quinta — Mt 11.19

Humildade e mansidão como virtudes cristãs essenciais

 

 

Sexta — 2Co 9.6; Gl 6.7

A inflexível lei da semeadura na vida

 

 

Sábado — Jó 14.7-9

Quando a esperança brota em meio às tormentas da vida

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Rute 2.1-4,11,12,14.

 

1 — E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque; e era o seu nome Boaz.

2 — E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.

3 — Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da geração de Elimeleque.

4 — E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe.

11 — E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.

12 — O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.

14 — E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.

 

HINOS SUGERIDOS

 

178, 410 e 473 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A presente lição tem como tema o encontro de Boaz com Rute. Boaz aparece no capítulo dois do livro como um homem próspero e respeitado por todos. Ele tratou Rute como muito respeito. Nesse encontro, percebemos como Deus estava agindo para solucionar um problema familiar e, ao mesmo, configurar todo um plano de salvação que seria plenamente revelado em Jesus Cristo, o nosso Salvador.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a proposta de Noemi; II) Abordar a convicção amorosa de Rute em relação a sua sogra; III) Refletir a respeito da lei da semeadura na colheita de Rute.

B) Motivação: O encontro de Boaz com Rute revela a preciosa soberania de Deus conduzindo a história de uma mulher. Muitas vezes não compreendemos os caminhos que encontramos na vida. Entretanto, sabemos que tudo contribui para o bem dos que amam a Deus. A vontade de Deus é perfeita e agradável.

C) Sugestão de Método: No segundo tópico, temos um contraste muito interessante. Uma postura verdadeira de homem, acompanhada por ternura e respeito. Nesse sentido, enfatize o subtópico “a pureza não exclui a ternura”. Mostre, principalmente, aos homens da classe a Bíblia ensina que o homem deve exercer liderança e, ao mesmo tempo, transmitir carinho à esposa e aos filhos, de maneira gentil e generosa. Numa família, é importante corrigir e, igualmente, demonstrar afeto ao cônjuge e aos filhos. Isso traz segurança e equilíbrio a todos.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: A lição desta semana nos ensina a depender de Deus, a confiar nos seus desígnios. Com respeito e sensibilidade espiritual, devemos viver a nossa vida cristã honrando a Deus e esperando que o seu propósito e desígnios se revelem em nossas vidas.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Boaz”, localizado após o primeiro tópico, destaca o perfil e o caráter desse personagem; 2) O texto “O Contexto Histórico do Trabalho de Rute”, localizado após o último tópico, apresenta detalhes sobre o labor na colheita.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Na lição anterior, o assunto central foi a amizade entre Noemi e Rute; sogra e nora. Nesta, um novo personagem entra em cena: Boaz, o parente remidor. Veremos como o Deus da providência recompensa os que se doam a bons relacionamentos.

 

 

Palavra-Chave:

 

ENCONTRO

 

 

I. BOAZ, O REMIDOR

 

1. Um homem próspero. O capítulo 2 de Rute nos apresenta Boaz, um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Os termos “valente” e “poderoso” referem-se ao caráter íntegro e à influência de Boaz, além de seu poder econômico. Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23). Reunia qualificações e condições para cumprir o papel de remidor.

2. “Goel” e “Levir”. A expressão “da geração de Elimeleque” não nos permite saber o grau de parentesco entre Boaz e o marido de Noemi. Segundo uma tradição rabínica, era sobrinho. Como parente próximo, poderia ser o “goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3), como também poderia cumprir o costume antigo do casamento (Gn 38.6-11). Eram duas prescrições distintas contidas na Lei de Moisés. A do resgatador previa que quando um israelita ficasse pobre e precisasse vender suas terras, seu parente mais próximo tinha o dever de comprá-las de volta e restituir-lhe. E se o hebreu fosse comprado como escravo por um estrangeiro, um parente tinha o dever de resgatá-lo (Lv 25.25-28,47-59). Já a lei do levirato previa que o irmão do cunhado (“levir”) se casasse com a viúva e suscitasse descendência ao falecido (Dt 25.5-10; Mt 22.24-48). Tudo indica que essa prática foi ampliada, seguindo uma ordem de parentesco mais abrangente, semelhante à do resgatador (Lv 25.48,49). No caso de Boaz, havia um remidor “mais chegado” que ele (Rt 3.12).

3. Temor e respeito. A saudação de Boaz a seus empregados demonstra que ele temia a Deus. A invocação a Jeová (“O Senhor seja convosco”), dirigida a todos os segadores, indica, também, seu respeito aos que com ele trabalhavam. Os empregados lhe retribuem com uma saudação também amistosa e piedosa: “O Senhor te abençoe” (Rt 2.4). Patrões e empregados devem se tratar com mútua consideração, reconhecendo a posição e o papel próprios de cada um na relação de trabalho (Ef 6.5-9; Cl 3.22 — 4.1).

 

 

SINOPSE I

Boaz era um homem próspero e respeitado por todos que o cercavam.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

 

 

“BOAZ

 

Os heróis são mais fáceis de se admirar do que de definir. Eles raramente percebem seus instantes de heroísmo, e outras pessoas não podem reconhecer seus atos como heroicos. Eles simplesmente fazem a coisa certa no momento certo, quer percebam ou não o impacto causado por sua ação. Talvez a qualidade que compartilham seja uma tendência a pensar nas outras pessoas antes de si mesmos. Boaz era um herói.

Ao lidar com as pessoas, era sempre sensível às suas necessidades. Suas palavras para com seus empregados, parentes e outros eram generosas. Ele oferecia ajuda abertamente, não de má vontade. Quando descobriu quem era Rute, tomou várias atitudes para ajudá-la porque ela fora útil à sua sogra Noemi. Quando Noemi aconselhou Rute a pedir sua proteção, ele estava pronto a casar-se com ela, caso as implicações legais pudessem ser solucionadas.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).

 

 

II. O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

 

1. A pureza não exclui a ternura. Logo que chegou ao campo, Boaz notou a presença de uma moça diferente entre os que respigavam (Rt 2.5). Informado de que era Rute, dirigiu-se a ela de forma carinhosa. Chamando-a de filha, deu liberdade para continuar catando espigas em sua plantação e lhe assegurou de que seria tratada com o devido respeito: “não dei ordem aos moços, que te não toquem?” (Rt 2.9). Boaz se preocupou com a segurança de Rute. Assédio moral e sexual são atitudes pecaminosas e perturbadoras no ambiente laboral e em qualquer área da vida. Boaz era um cavalheiro, muito educado com todos. Um viver santo não exige que sejamos rudes e descorteses (2Rs 4.8,9). Jesus, o mais puro dos homens, convivia com todos (Mc 2.15-17; Jo 4.3-27).

2. Deus estava agindo. A atitude de Boaz surpreendeu Rute. Como estrangeira e pobre, certamente ela tinha receio de como seria tratada. Agia com educação e muita discrição (Rt 2.7). Impressionada com o gesto de Boaz, inclinou-se ao chão e, de forma humilde, reconheceu ser indigna do tratamento que recebeu (Rt 2.10). Havia uma motivação especial na conduta de Boaz: ele já conhecia a bela história de Rute (Rt 2.11). Um bom testemunho nos abre muitas portas.

3. Sensível e espiritual. Boaz conciliava firmeza moral e sensibilidade; ternura e espiritualidade. O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute (Rt 2.12). Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas. E como servo de Yahweh, estava sendo usado para abençoar uma piedosa moabita. Suas palavras tocaram profundamente o coração de Rute e lhe deram grande conforto (Rt 2.13).

 

 

SINOPSE II

Boaz tratou Rute com ternura, respeito e sensibilidade espiritual.

 

 

III. A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

 

1. A lei da semeadura. Uma cosmovisão secular produz a ilusão de que vivemos em um mundo “dos homens”, apartados de Deus e não afetados por Ele. Isso é fruto de uma incredulidade crescente (Lc 18.1-8; 1Tm 4.1). Essa visão dualista em nada condiz com as Escrituras e com a realidade dos que confiam no Senhor da providência. Rute decidiu servir ao Deus de Israel, em vez de Quemós, o deus dos moabitas, cuja adoração incluía o sacrifício de crianças (Nm 21.29; 1Rs 11.7; 2Rs 3.26,27). Agora, ela começava a experimentar a mão invisível de Jeová-Jireh agindo graciosamente em seu favor. A lei da semeadura funciona integralmente (2Co 9.6; Gl 6.7).

2. Os “acasos” de Deus. O primeiro sinal da ação de Deus foi a escolha aparentemente aleatória que Rute fez, indo apanhar espigas no campo de Boaz (Rt 2.3). Para ela, era apenas uma casualidade, quando, na verdade, era um inequívoco ato da providência divina. Deus tem o controle de tudo e age em favor dos que o amam (Rm 8.28). Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação (Rt 2.20). Uma esperança brotou no coração da pobre viúva (Jó 14.7-9).

3. O resultado da colheita. Alguns frutos de nossas ações são colhidos de imediato. Outros levam tempo para aparecer. Pela forma graciosa como era tratada, Rute colhia cereais em abundância diariamente nos campos de Boaz (Rt 2.17,21). A colheita garantia sua sobrevivência e de sua sogra. O trabalho árduo durou toda a estação: entre março e abril colheu cevada; e de abril a junho, trigo. Concluído o trabalho, ficou com a sogra (Rt 2.23). Uma “colheita” ainda maior seria feita por ela em tempo oportuno (Ec 3.1). Nosso Deus trabalha por aqueles que nEle esperam (Is 64.4).

 

 

SINOPSE III

A história de Rute com Boaz revela a validação da lei da semeadura e o bom plano de Deus em sua vida e no mundo.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

 

 

“O CONTEXTO HISTÓRICO DO TRABALHO DE RUTE

 

Quando o trigo e a cevada estavam prontos para serem colhidos, os ceifeiros eram contratados para cortar os talos e juntá-los em feixes. A lei israelita mandava que as laterais dos campos fossem deixadas de lado. Além disso, os grãos que caíam ficavam no chão para as pessoas pobres, que os apanhavam (ato de respigar) e usavam como alimento (Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19). O propósito desta lei era alimentar o pobre e impedir que os donos os armazenassem. Esta legislação fazia parte do programa de bem-estar em Israel. Por ser uma viúva sem meios de sustentar a si própria, Rute foi ao campo de Boaz apanhar estes grãos.

Rute foi para uma terra estranha. Ao invés de depender de Noemi ou esperar que algo de bom acontecesse, tomou a iniciativa e foi trabalhar. Não titubeou em admitir sua necessidade e buscou meios para supri-la. Quando saiu ao campo, Deus proveu-lhe todas as coisas. Se você espera pela provisão do Senhor, considere isto. Provavelmente Ele aguarda o seu primeiro passo, o qual demonstrará a importância de sua necessidade.

O trabalho de Rute, embora servil, cansativo e talvez degradante, foi feito fielmente. Qual é a sua atitude quando sua tarefa não corresponde com o seu verdadeiro potencial?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.358).

 

 

CONCLUSÃO

 

A atitude de fé de Rute estava sendo recompensada. Sua prontidão em cuidar da sogra levou-a a encontrar conforto e proteção naquele que seria o resgatador de toda a família e que a incluiria na genealogia do Redentor da humanidade. O Deus de Rute é o nosso Deus. Ele continua agindo por aqueles que decidem se abrigar debaixo de suas asas. Confiar nEle e viver fazendo o que lhe agrada é o meio infalível de alcançar sua misericórdia e favor.

 

VOCABULÁRIO

 

Respigavam: apanhavam no campo as espigas que ali ficavam; colhiam.

Laboral: Relativo ao trabalho.

Cosmovisão: Visão de mundo; forma de viver.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Quem era Boaz?

Um “homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque” (Rt 2.1). Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23).

 

2. Qual o significado de “goel” e “levir”?

“Goel”, ou seja, o resgatador da terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). “Levir”, o irmão do cunhado.

 

3. Qual o versículo-chave do livro de Rute?

O versículo-chave do livro é uma declaração feita por ele a Rute: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar” (2.11).

 

4. O que motivou Boaz a tratar Rute com tanta generosidade?

Boaz tinha uma profunda compreensão espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.

 

5. Qual a reação de Noemi quando Rute lhe informou sobre Boaz?

Quando Rute retornou para casa e contou onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação: “Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos [...]: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidores” (Rt 2.20).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

 

A lição desta semana tem como destaque o encontro de Rute com Boaz. De forma providencial, o Senhor promoveu este encontro maravilhoso, não apenas para honrar a fé da moabita Rute, que havia deixado tudo para seguir sua sogra, mas também para cumprir os Seus propósitos por meio do justo Boaz. Afinal de contas, o Senhor é recompensador daqueles que O buscam e desejam servi-lO com integridade (Sl 18.20,21). Na presente cena, Rute se desloca ao campo para recolher a sobra da colheita para sustento seu e de sua sogra. Imediatamente, Boaz, o dono da plantação, toma conhecimento da conduta generosa da moabita para com a sua sogra e ordena aos seus empregados que deixassem quantidade extra cair ao chão. Dessa forma, Rute teria um maior proveito do seu trabalho.

Lawrence O. Richards, sem sua obra Comentário Devocional da Bíblia (CPAD, 2012), argumenta que “a bondade de Boaz e a sua óbvia confiança em Deus (v.12) sugerem que ele era o tipo de pessoa que Deus desejava que cada israelita se tornasse, quando deu a lei a Israel. Boaz, mais que qualquer outra pessoa nesta história, recorda-nos de que até mesmo em sociedades pecadoras podem ser encontrados indivíduos devotos. Mas Boaz era incomum para esta época? O seu aviso aos lavradores para que não tocassem (violentassem) Rute, e a sua advertência a ela, para que não fosse colher em outro campo, lembram-nos de que a história tem um lugar no tempo dos juízes, quando ‘cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos’ (Jz 21.25). Boaz era uma exceção, um homem devoto, numa época em que a impiedade era a regra” (p.162).

Semelhantemente, ser honesto ou agir com benevolência em nossos dias são comportamentos vistos até mesmo com desconfiança. Afinal, vivemos em uma sociedade em que a maldade, a falta de amor e temor ao Senhor são cada vez mais notórias. Como cristãos, ter uma conduta na contramão desse tipo de comportamento significa preservar em si o “sal” e a “luz” de que falou nosso Senhor e Mestre (cf. Mt 5.13,14). Mas o nosso Deus sabe honrar aqueles que O honram e recompensar aqueles que almejam glorificá-lO por meio de um bom testemunho. Foi assim com Rute, bem como com Boaz. Ambos foram unidos em um relacionamento que trouxe bênçãos em vários sentidos. Além da remissão de Rute e da continuidade da descendência de Noemi, a bondade de Deus fez com que o justo Boaz se tornasse um homem feliz com uma bela família. Dessa união de justos descenderia o “Sol da Justiça” (Ml 4.2), Jesus Cristo, “o Justo” (1Jo 2.1).