LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2024

 

Título: O Deus que governa o Mundo e cuida da Família — Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração

Comentarista: Silas Queiroz

 

 

Lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu

Data: 15 de setembro de 2024

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 11

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!(Et 6.11).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Et 5.10-14; 6.1

Hamã foi dormir com tudo planejado, enquanto o rei Assuero perdeu o sono

 

 

Terça — Rm 8.28

Deus estava agindo poderosamente, fazendo tudo cooperar para o bem

 

 

Quarta — Pv 16.18-19; cf. Gn 3.1-5; Is 14.13,14

Presumir-se digno de honra reflete a soberba e o orgulho

 

 

Quinta — 1Pe 2.17; 1Ts 5.12,13

Honrar os que são dignos de honra agrada a Deus

 

 

Sexta — Et 6.7-9

A “síndrome de imperador” de Hamã revela o egocentrismo mascarado no ser humano

 

 

Sábado — Et 6.13

No lugar de receber consolo, Hamã recebe uma palavra aterradora que o deixou amedrontado

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Ester 6.1-14.

 

1 — Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.

2 — E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.

3 — Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.

4 — Então, disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.

5 — E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.

6 — E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?

7 — Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,

8 — traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;

9 — e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

10 — Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.

11 — E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

12 — Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.

13 — E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.

14 — Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.

 

HINOS SUGERIDOS

 

198, 200 e 344 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A lição desta semana demarca dois fatos importantes no Livro de Ester: a humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu. Esses fatos passam pela divina providência que, a partir do sono fugidio do rei, fez com que o rei se lembrasse de honrar a Mardoqueu devido a sua boa ação no passado. A lição também traça a personalidade doentia de Hamã, que achava ele mesmo ser digno de honra do rei. Assim, a lição de hoje nos lembra a respeito da humildade, uma virtude que agrada a Deus.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Identificar a ação de Deus no fato de o rei lembrar da boa ação de Mardoqueu; II) Descrever como Hamã foi chamado para honrar Mardoqueu; III) Traçar o perfil da síndrome de imperador.

B) Motivação: Hamã era rico e tinha poder para “comprar” seu respeito diante dos outros. Sua intensa busca pelo poder o transformou num homem obsessivo. Essa é uma importante imagem para nos alertar a respeito do cuidado que devemos ter com a popularidade, a fama, para não sermos levados a atos imorais.

C) Sugestão de Método: Para concluir esta lição, faça um resumo do perfil de Hamã e Mardoqueu. Mostre que Hamã era um homem rico, ambicioso, comprava a reputação com o dinheiro e o poder que tinha, tramava contra pessoas que ele não gostava ou entrasse em seu caminho; Mardoqueu, um homem que descobriu a conspiração para assassinar o rei, agia com lealdade para com o rei, cuidou de sua prima e quando foi honrado pelo rei voltou para o mesmo lugar de antes. Encerre a lição mostrando que esses dois perfis podem revelar traços de nossa personalidade. Que o Altíssimo nos auxilie a escolher sempre o caminho que honre e exalte a Deus.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: A presente lição nos ensina que Deus tem trabalhado pacientemente e, até mesmo em silêncio, em favor do seu povo. A Palavra de Deus nos ensina que os acontecimentos em nossa vida não são meras coincidências, mas a ação soberana de Deus no curso de nossa vida (Rm 8.28).

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Providência Divina por trás da História”, localizado depois do segundo tópico, aprofunda mais a respeito do episódio da honra de Mardoqueu; 2) O texto “Hamã”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do perfil de Hamã.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.

 

 

Palavras-Chave:

 

HUMILHAÇÃO E HONRA

 

 

I. O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

 

1. Uma noite decisiva. Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria.

Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).

2. Forca ou honra. Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; 1Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).

3. Cinco anos depois. Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).

 

 

SINOPSE I

Numa noite em que o sono fugiu do rei, Deus o fez lembrar da boa ação de Mardoqueu.

 

 

II. HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

 

1. Um ato de justiça. Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).

2. Presunção e autoconfiança. Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19). Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1Pe 5.7).

3. O devido lugar da honra. “Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?”. Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6,7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1Pe 2.17; 1Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

 

 

SINOPSE II

O rei chama Hamã para honrar Mardoqueu.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

 

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA POR TRÁS DA HISTÓRIA

 

“Sem poder dormir, o rei decidiu rever a história do seu reino, e seus servos leram para ele sobre as boas obras de Mardoqueu. Isso parece coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus também tem trabalhado em silêncio e pacientemente em sua vida. Os acontecimentos que concorrem para o bem não são mera coincidência; são resultado do soberano controle de Deus sobre o curso de nossa vida (Rm 8.28).

[...] Mardoqueu havia descoberto uma conspiração para assassinar o rei Assuero. Ele agiu com lealdade e salvou a vida do monarca (2.21-23). Embora suas boas obras estivessem registradas nos livros históricos, Mardoqueu não havia sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa dele para o momento certo. Assim como Hamã estava prestes a enforcar Mardoqueu injustamente, o rei estava disposto a recompensá-lo publicamente. Embora Deus tenha prometido recompensar nossas boas obras, algumas vezes pensamos que a recompensa está muito distante. Seja paciente. Deus no-la dará no momento mais adequado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693).

 

 

III. A SÍNDROME DE IMPERADOR

 

1. A soberba de Hamã. Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).

2. Um mau prenúncio. Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.

 

 

SINOPSE III

A soberba de Hamã revelou a síndrome de imperador que pode danificar traços da personalidade.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

 

 

“HAMÃ

 

As pessoas mais arrogantes são com frequência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.

Hamã era um líder extremamente arrogante. Ele reconhecia o rei como seu superior, mas não podia aceitar qualquer outro como igual.

Quando um homem, Mardoqueu, recusou-se a curvar-se em submissão a ele, Hamã quis destruí-lo. Ele foi consumido pelo ódio a Mardoqueu. O coração dele já estava cheio de ódio racial por todo o povo judeu devido ao prolongado atrito entre os judeus e os ancestrais de Hamã, os amalequitas.

A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã. Este via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos.

Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes deste homem assumir o poder durante o reinado de Assuero.

Ester, uma judia, tornou-se rainha, e Mardoqueu demonstrou lealdade ao denunciar uma conspiração para assassinar Assuero, deixando o rei em dívida para com ele. Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente.

Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado.

Em contraste com Ester, que arriscou tudo por Deus e venceu, Hamã arriscou tudo para alcançar seu propósito maligno e perdeu” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).

 

 

CONCLUSÃO

 

Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Quais os dois cenários distintos na noite que antecedeu ao segundo banquete oferecido por Ester?

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras.

 

2. O que levou o rei a decidir honrar Mardoqueu?

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). [...] Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como.

 

3. O que Hamã presumiu diante da pergunta do rei e o que isso revela de seu caráter?

Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho.

 

4. O que Mardoqueu fez após ser honrado pelo rei?

O que aprendemos com isso? Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

 

5. O que é a “síndrome do imperador”?

Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A HUMILHAÇÃO DE HAMÃ E A HONRA DE MARDOQUEU

 

Nesta lição, veremos com maiores detalhes o cuidado de Deus para com o Seu servo Mardoqueu. Após a intensa perseguição de Hamã, o que parecia ser a derrota definitiva e humilhação do servo de Deus se reverteu em bênçãos e honras significativas. Depois de atentar contra os judeus para destruí-los, a ganância de Hamã e a sua sede por destruição não pararam. Ao avistar Mardoqueu permanentemente à porta do rei e constatar a sua contínua resistência em reverenciá-lo, Hamã foi para casa e arquitetou um plano para levar o servo de Deus à forca. Mas Deus, que é onisciente e tem domínio sobre todas as coisas, interveio para que Mardoqueu não ficasse à mercê daquele projeto maligno. Na noite anterior ao pedido de Hamã para que Mardoqueu fosse enforcado, o rei Assuero teve um sonho que muito lhe inquietou. Deus o fez revisar os feitos que foram realizados a seu favor durante os 13 anos de reinado. Nessa ocasião, o ato benéfico de Mardoqueu de avisar ao rei sobre a conspiração de seus servos mais chegados foi trazido à memória. Esse fato nos mostra que Deus sabe recompensar seus sevos no tempo certo. A honra que Mardoque não recebeu anteriormente estava reservada para esta ocasião. Como diz o autor de Eclesiastes, “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).

A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995) discorre que “embora Hamã possuísse riqueza, glória, poder e posição social, era um homem insatisfeito e descontente. Mardoqueu, por outro lado, tinha força de caráter, convicções religiosas e confiança no seu Deus. Hamã sabia, dentro de si, que Mardoqueu era o melhor deles dois, e por isso o odiava. Aos olhos de Deus, a grandeza nunca consiste na riqueza, no poder ou na condição social, mas na fidelidade, na dedicação a Ele e na luta em prol dos Seus justos propósitos na terra (ver Lc 22.24-30).” (p.761).

Esse episódio que marca a humilhação de Hamã e a exaltação de Mardoqueu revela que o Senhor não se esquece da justiça praticada pelo justo e não apaga a injustiça praticada pelo ímpio. Se por um lado Mardoqueu plantou justiça, zelando às portas do rei, fazendo o que era bom e agradável ao coração de Deus, era justo que recebesse a recompensa. A conduta de Mardoqueu era consequência de sua fé e devoção a Deus. Em contrapartida, a humilhação de Hamã era o resultado de sua ganância e más escolhas. Como se não bastasse o mal que desejou aos judeus, ainda quis levar o justo Mardoqueu à morte. Mas a Escritura admoesta: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Essa deve ser a cosmovisão cristã que norteia nossa conduta, pois nosso Deus vê todas as ações praticadas pelos homens, quer boas, quer más.