Título: As Promessas de Deus — Confie e viva as bênçãos do Senhor porque fiel é O que prometeu
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 2: As Promessas de Deus para Israel
Data: 13 de outubro de 2024
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3).
Ainda que a queda espiritual tenha ocorrido com Israel, há uma gloriosa promessa ao remanescente fiel.
Segunda — Gn 15.6
Abraão creu e foi abençoado pelo Senhor
Terça — Gl 4.25-31
Isaque, o filho da promessa no Antigo Testamento
Quarta — Gn 29.32-35
Jacó, o pai das 12 tribos de Israel que dariam origem à nação
Quinta — Mt 1.23; Is 7.14
O Senhor Jesus, o Emanuel, o “Deus conosco”
Sexta — Mt 1.22-24
O nascimento de Jesus como cumprimento de uma promessa
Sábado — Rm 9.3-5
Cristo, a promessa cumprida do Antigo Testamento
Gênesis 12.1-3; Romanos 9.1-5.
Gênesis 12
1 — Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Romanos 9
1 — Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
2 — tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
3 — Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
4 — que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
5 — dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
380, 390 e 463 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Amigo(a) professor(a), nesta lição, estudaremos sobre as promessas de Deus acerca da nação de Israel. O plano divino para tornar a descendência de Abrão uma grande nação tinha como propósito que Israel cumprisse o seu papel de nação sacerdotal, povo escolhido e separado para testemunhar as virtudes do Reino de Deus entre as demais nações. Para compreendermos melhor o desenvolvimento desse propósito, precisamos analisar alguns aspectos da promessa feita a Abrão; considerar quais outras promessas estão inclusas no chamamento do patriarca; e identificar qual a compreensão bíblica da promessa de salvação para a nação de Israel na atualidade.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Detalhar a promessa divina a Abrão acerca de tornar a sua descendência uma nação sacerdotal que testemunharia os feitos de Deus entre as nações; II) Elencar as promessas de Deus a respeito de Israel para o seu desenvolvimento como nação; III) Destacar a posição de Israel no tocante à salvação e a promessa quanto ao seu futuro espiritual.
B) Motivação: As promessas feitas a Abrão eram acompanhadas de propósitos divinos específicos. Dentre estes propósitos, está a implementação e o estabelecimento do Reino de Deus de maneira plena na Terra, algo que acontecerá no Reino Milenial, em que o Nosso Senhor Jesus reinará sobre toda a Terra. Finalmente, os servos leais e obedientes à Palavra de Deus serão reis e sacerdotes nesse novo tempo. Aproveite para conversar com seus alunos sobre o testemunho cristão neste tempo presente. Faça a seguinte pergunta: como estamos cumprindo os desígnios de Deus enquanto a Igreja de Cristo está neste mundo?
C) Sugestão de Método: O primeiro tópico desta lição descreve a promessa feita a Abrão no tocante à sua descendência se tornar uma grande nação. Nesse compromisso, Deus prometeu abençoar os que abençoassem a Israel e amaldiçoar os que o amaldiçoassem. Partindo desse princípio, peça aos seus alunos que enumerem as ocasiões, registradas na Bíblia, em que essa promessa se cumpriu. Ao final, pergunte à classe: podemos afirmar que Deus tem o mesmo tratamento a respeito dos crentes atualmente? Permita um momento para que os alunos expressem suas opiniões.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: As promessas de Deus para a nação de Israel revelam os propósitos divinos para o seu povo no passado. De modo semelhante, as promessas que Deus nos faz apontam que Ele tem propósitos especiais para cada etapa da nossa vida. Se quisermos ver as promessas de Deus se cumprirem, assim como foi com os servos de Deus na antiguidade, precisamos assumir uma posição de fé e obediência constantes e não perdermos de vista a perspectiva quanto ao chamado divino (Veja 2 Pedro 1.3-11).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “PROMESSA”, localizado depois do primeiro tópico, destaca o cumprimento das promessas divinas registradas no Antigo Testamento; 2) O texto “OS FILHOS DE DEUS PELA FÉ (Gl 3.24 — 4.7)”, localizado após o segundo tópico, aborda a questão da descendência espiritual dos cristãos em Abraão, o patriarca do povo judeu.
INTRODUÇÃO
As promessas divinas para Israel foram proferidas há de mais de 4.000 anos antes do advento do Senhor Jesus. Tudo começou quando Deus chamou Abrão e fez-lhe promessas a respeito do divino propósito de formar uma grande nação. Nessa chamada, está implícita as promessas para Israel como nação ímpar dentre todos os povos da terra, a fim de, uma forma especial, cumprir os propósitos divinos para a humanidade. Por isso, nesta lição, veremos que muitas promessas de Deus para Israel são irrevogáveis. Elas foram feitas por Deus a Abraão, a Isaque, a Jacó, a Davi e confirmadas com o advento do Senhor Jesus Cristo.
Palavra-Chave:
DESCENDÊNCIA
I. ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO
1. “E far-te-ei uma grande nação” (v.2). Essa promessa tinha como objetivo mostrar a Abrão o propósito de Deus em formar, a partir dele, uma grande nação, diferente de todas as outras, a nação de Israel (Gn 12.2). Ao longo da história, esse propósito se cumpriu de maneira evidente e poderosa. Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos, e sua esposa, Sara, era estéril. Anos depois, Deus renovou a sua promessa de criar uma grande nação a partir de Abraão (Gn 15.4,5).
2. “E abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção” (v.2). Deus desejou promover o nome de Abrão numa dimensão jamais imaginada pelo patriarca. Entretanto, a promessa não era meramente materialista. A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão. Era uma promessa por demais significativa, pois Abrão era filho de uma família idólatra (Gn 12.1) e Deus o escolheu para ser pai de um povo que ainda surgiria: o povo de Israel. A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.
3. “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (v.3). Essa foi uma promessa dupla: de bênção e de maldição. Na verdade, Abraão seria uma grande influência para os que se relacionavam com ele. De modo que Deus abençoaria os que auxiliassem Abraão e castigaria quem o amaldiçoasse. Esse evento faria de Abrão uma influência mundial que perduraria em sua posteridade. Além disso, essa promessa é confirmada em Números: “Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (24.9).
4. “E em ti serão benditas todas as famílias da terra” (v.3). Essa promessa é considerada uma segunda profecia das Escrituras a respeito do Senhor Jesus (A primeira está registrada em Gênesis 3.15). Podemos ter essa confirmação por meio da Carta de Paulo aos Gálatas, em que uma bênção espiritual viria por meio de um descendente de Abraão, o pai dos israelitas. Essa bênção diz respeito ao advento do Senhor Jesus Cristo, sua boa notícia oferecida a todas as nações (Gl 3.8,16; cf. Jo 3.16).
SINOPSE I
A descendência de Abrão seria uma grande nação, acompanhada de um testemunho espiritual importante.
PROMESSA
“[...] A mensagem central do Novo Testamento é que as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas com a vinda de Jesus Cristo. As numerosas fórmulas de citação de Mateus são evidências desse tema. Em Lucas 4.16-21, Jesus pronuncia o cumprimento da promessa de Isaías (sobre o ministério do Messias, Is 61.1-3) na sua própria vida. O livro de Atos declara especificamente que o sofrimento e ressurreição de Jesus e a vinda do Espírito Santo são o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (At 2.29-31; 13.32-34). A identidade de Jesus como descendente de Davi (At 13.23) e como profeta semelhante a Moisés (At 3.21-26; cf. Dt 18.15-18) também é considerada o cumprimento do Antigo Testamento.
A visão de Paulo sobre as promessas de Deus está resumida nesta declaração: ‘Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para a glória de Deus, por nós’ (2Co 1.20). De acordo com Romanos 1.2,3, Paulo considera o evangelho como a mensagem que Deus antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho. Romanos 4 descreve a fé de Abraão em termos da sua confiança nas promessas de Deus, o que leva à sua justiça. Apresenta-o também como nosso modelo de fé nas promessas de Deus. A famosa expressão ‘segundo as Escrituras’ em 1 Coríntios 15.3,4 é, em certo sentido, entendido por Paulo como o cumprimento das promessas de Deus a respeito da morte e ressurreição de Cristo” (LONGMAN III, Tremper. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.407).
II. OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL
1. A promessa de um filho a Abraão. Além das solenes promessas de Deus a Abraão, o Senhor prometeu-lhe um filho. A promessa pareceu estranha ao patriarca, pois como vimos anteriormente, ele era avançado em idade, sua esposa também, além dela ser estéril. O pai da fé argumentou com Deus que provavelmente seu servo, Eliézer, seria seu herdeiro. No entanto, o Senhor asseverou-lhe que não. Deus iria cumprir a sua grandiosa promessa na vida de Abraão (Gn 15.4-6). O filho da promessa, portanto, seria Isaque (Gn 21.1-7).
2. A promessa de um filho a Isaque. Deus não se esquece de suas promessas. Após a morte de Sara, Abraão casou-se com Quetura. Ele tinha mais de 100 anos e teve seis filhos com ela (Gn 25.1-5). Antes de morrer, Abraão providenciou uma esposa para Isaque, por intermédio de Eliézer, seu servo. Este foi à Mesopotâmia, e lá, por direção de Deus, encontrou uma esposa, Rebeca, para o filho de seu senhor, e a levou a Isaque, que se casou com ela. No tempo próprio, ela deu à luz a dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25.24-26).
3. A promessa renovada. O Senhor falou com Jacó e reiterou a promessa feita a Abraão, de que lhe daria aquelas terras (Gn 26.3,4). Isaque foi considerado o herdeiro da promessa (Hb 11.17-19) e, por isso, antes de morrer concederia bênçãos para seus filhos. Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34). Orientado por seu pai, Jacó foi à casa de Labão, onde se casou com Raquel, que era estéril (Gn 28.1,2; 29.28). Por estratégia de Labão, Jacó se uniu com Leia e teve seis filhos com ela (Gn 29.21-27). Mais tarde, Deus abriu a madre de Raquel e esta concebeu dois filhos. Com sua serva, Bila, Jacó teve dois filhos; com Zilpa, serva de Leia, mais dois filhos; perfazendo as 12 tribos de Israel (Gn 29.32-35; 30.1-26); e teve mais uma filha, com Leia, Diná (Gn 30.20-21).
4. Promessa do Reino do Messias. Por intermédio do profeta Isaías, Deus falou que o Messias nasceria da descendência de Jessé, pai de Davi, para redimir Israel e a humanidade. Por isso, o Senhor Jesus é chamado de “O Filho de Davi” (Lc 18.37-40), o “Emanuel”: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cf. Is 7.14).
SINOPSE II
As promessas feitas a Abrão culminam na promessa de que o Messias viria para redimir Israel e a humanidade de seus pecados.
OS FILHOS DE DEUS PELA FÉ (Gl 3.24 — 4.7).
“[...] Se todos os crentes estão se tornando semelhantes a Cristo, se todos os crentes professaram a fé e se uniram ao corpo de Cristo, então esta união deixa de lado todas as outras diferenças superficiais. Embora seja verdade que, no corpo de Cristo, judeus, gentios, escravos, livres, homens e mulheres ainda conservam as suas identidades individuais, Paulo exalta a sua unidade — todos vós sois um em Cristo Jesus. Todos os rótulos tornam-se secundários entre aqueles que têm a Jesus em comum. [...] Tornar-se filho de Deus (Gl 3.26) e tornar-se um em Cristo (3.28) significa que aqueles que são de Cristo são descendência de Abraão. Os judeus acreditavam que eram automaticamente o povo de Deus porque eram descendentes de Abraão. Paulo concluiu que os filhos espirituais de Abraão não eram os judeus, nem aqueles que tinham sido circuncidados. Os filhos de Abraão são aqueles que respondem a Deus com fé, como Abraão tinha feito. A única diferença é que a nossa resposta deve ser a Cristo, como Salvador. Como nós respondemos positivamente, nós somos herdeiros. Em outras palavras, todas as promessas que Deus fez a Abraão pertencem a nós. Respondendo a Cristo com fé, nós seguimos o antigo caminho de Abraão, um dos primeiros justificados pela fé. Ele confiou em Deus, e nós também. Mas a nós foi acrescentada a oportunidade de valorizar o preço que Cristo teve que pagar para assegurar a nossa participação na promessa” (Comentário do Novo Testamento — Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.282,283).
III. A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL
1. A queda de Israel. O Novo Testamento mostra claramente a queda de Israel. A nação não conseguiu exercer o papel de nação sacerdotal no meio de outras nações (Lc 21.24). Por isso, os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos trata de algumas questões que muitos cristãos dos dias atuais se fazem hoje: Como as promessas de Deus para Israel podem permanecer válidas hoje? Elas foram revogadas? De fato, Israel permanece em rebelião contra Deus porque a nação não reconheceu o Senhor Jesus como o seu Messias verdadeiro (Rm 9.30-31; 11.11-15).
2. A tristeza de Paulo por Israel. O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo pelos judeus que não conhecem a Cristo (1Co 9.22). Sim, os judeus que não conhecem a Cristo estão em uma situação muito difícil, pois o Senhor Jesus descende diretamente deles, segundo a carne (Rm 9.5). Esse sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, uma atitude piedosa de sofrer pela salvação dos judeus, deve ser um compromisso permanente de cada cristão para a evangelização dos judeus (Mt 23.32).
3. Promessa de salvação a Israel. Quando orava por Israel, o apóstolo expressava o seguinte: “dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.3-5). Essas qualificações mostram que Deus cumpre a sua palavra, prometida àqueles homens que o buscam em sinceridade. Por isso, a Bíblia assegura que Israel será salvo, ainda que não totalmente. A Bíblia diz que esse povo será chamado de “filhos do Deus vivo” (Rm 9.26); que “o remanescente fiel de Israel” será salvo (Rm 9.27). O Libertador que virá de Sião fará isso (Rm 11.26).
SINOPSE III
A Bíblia assegura que o remanescente fiel de Israel será salvo pelo Libertador que virá de Sião.
CONCLUSÃO
As promessas de Deus para Israel não podem falhar. O que Deus prometeu a Abrão, a Isaque e a Jacó se cumpriu em parte; e terá seu cumprimento pleno nos tempos futuros, quando o Senhor Jesus voltar em Glória e implantar o seu glorioso Reino do Milênio. Lembremos da Palavra de compromisso do Senhor: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
1. Quantos anos Abrão tinha quando Deus disse que ele seria uma grande nação?
Quando Deus disse a Abraão que ele seria pai de uma grande nação, o patriarca estava com 75 anos.
2. Que promessas Deus fez a Abraão acerca de outros povos?
A bênção material deveria carregar um testemunho espiritual: “E tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Nenhuma nação teria dúvida de que era Deus que faria isso com Abrão.
3. Qual foi a promessa que o Senhor reiterou a Jacó?
A história hebreia comprova que o patriarca Abraão foi, de fato, uma grande bênção para os israelitas.
4. Por que Esaú perdeu o direito de primogenitura?
Esaú perdeu seu direito de primogenitura, pois o trocou por um prato de comida (Gn 27.30-34).
5. O que Romanos 9 demonstra?
O capítulo 9 de Romanos revela a demasiada tristeza do apóstolo Paulo pelos judeus que não conhecem a Cristo (1Co 9.22).
AS PROMESSAS DE DEUS PARA ISRAEL
Nesta lição, veremos que Deus estabeleceu um plano muito especial para a nação de Israel. Esse plano está fundamentado na promessa que Deus fez a Abraão, quando ordenou que partisse de Ur dos Caldeus em direção à terra de Canaã. A descendência de Abraão seria uma espécie de nação sacerdotal com a incumbência de testemunhar as virtudes do Reino de Deus entre as nações. Mas este não era o único propósito de Deus para Seu povo. A partir da descendência de Abraão, Deus suscitaria Aquele que seria o Príncipe da Paz, o Rei da Justiça, que governaria o mundo a partir de Israel. Algumas das promessas de Deus feitas a Israel estavam condicionadas à obediência dos israelitas. Entretanto, como narra a Bíblia, os filhos de Israel não permaneceram obedientes às ordenanças de Deus previstas na Sua Lei. Logo, tiveram de arcar com as consequências de ver a nação sofrer derrotas significativas, cativeiros e opressões por parte de povos vizinhos. Apesar disso, Deus preservou um remanescente fiel que teria a responsabilidade de preservar as promessas divinas.
Conforme a obra Teologia do Antigo Testamento (CPAD), a promessa divina consiste em duas partes: “A primeira parte da promessa — que a descendência de Abraão tornar-se-ia uma grande nação (Gn 12.2; 15.5; 17.4,5) — é um reflexo do mandamento para a humanidade registrado em Gênesis 1.28: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos’. O aspecto da soberania é visto claramente em referência aos reis que surgiriam na linhagem de Abraão (17.6,16). Estes reis exerceriam domínio sobre essa nação (e outras) que Deus levantaria como modelos dos propósitos da sua criação. Portanto, temos de admitir uma conexão direta com Gênesis 1.28: ‘Enchei a terra, e sujeitai-a; [e] dominai’. A segunda parte da promessa não encontra antecedente no mandato de Gênesis 1, mas, apesar disso, é para ser entendido em referência a ele. Este é papel que a nação abraâmica tinha de desempenhar como critério em referência ao qual, os povos da terra, seriam abençoados ou amaldiçoados: ‘Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra’ (Gn 12.3; 18.18; cf. Gl 3.8). Isso sugere uma função mediadora para esta nação escolhida, uma responsabilidade de levantar-se entre o Senhor soberano do céu e da terra e a criação caída para ministrar a graça salvífica divina” (2009, p.40).
Nesse sentido, enfatize que os propósitos divinos, implícitos nas promessas feitas a Abraão, estão ligados aos propósitos para a Igreja do Senhor nestes dias. Assim como Israel foi chamado a exercer seu papel no passado, atualmente a Igreja, como nação espiritual, tem a missão especial de ser a anunciadora da mensagem do Reino.