Título: As Promessas de Deus — Confie e viva as bênçãos do Senhor porque fiel é O que prometeu
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 8: A promessa de paz
Data: 24 de novembro de 2024
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27).
A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.
Segunda — Fp 4.9
O Deus de paz está conosco em todo o tempo
Terça — Cl 3.15
A paz de Deus domina os corações dos que o temem
Quarta — Mt 5.9
Os pacificadores são bem-aventurados
Quinta — Rm 5.1
Por meio de Cristo temos paz com Deus
Sexta — Is 9.6,7
Jesus, o nosso Senhor, é o “Príncipe da Paz”
Sábado — Fp 4.6,7
A paz de Deus excede todo o entendimento
Números 6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11.
Números 6
24 — O Senhor te abençoe e te guarde;
25 — O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
26 — O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Filipenses 4
6 — Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7 — E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
1 Pedro 3
10 — Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11 — aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
3, 178 e 364 da Harpa Cristã.
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a Bíblia descreve uma paz que excede todo o entendimento humano. Esta paz faz parte do plano de Deus para a humanidade. Infelizmente, ela foi interrompida no jardim do Éden por conta do pecado original. Mas Jesus, o Príncipe da Paz, prometeu resgatá-la, reconciliando o ser humano novamente com Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Enquanto esteve com os seus discípulos, o Senhor Jesus adiantou que essa paz estaria sempre disponível aos seus discípulos e a classificou como uma paz diferente daquela prometida pelo mundo. Essa paz traz calma para o coração diante das aflições deste mundo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Ressaltar que a paz faz parte do plano de Deus para a humanidade; II) Apontar que a paz do mundo é ilusória e consiste em promessas superficiais; III) Elencar as características da paz prometida pelo Senhor Jesus.
B) Motivação: O ser humano é continuamente compelido a buscar a paz para suas aflições. Essa paz, muitas vezes, é oferecida de forma enganosa pelo mundo. Mas a paz que nosso Senhor Jesus oferece é sublime e verdadeira. Vale ressaltar que receber a paz de Cristo não significa viver a ausência plena de conflitos ou intempéries, e sim que essa paz leva o crente a superar as aflições deste mundo com bom ânimo (cf. Jo 16.33). Assim sendo, reflita com seus alunos a respeito da forma como eles lidam com as aflições. Reforce que a paz de Deus nos proporciona a tranquilidade para crer que Deus continua no controle de todas as coisas.
C) Sugestão de Método: O terceiro tópico da lição ressalta a paz que Jesus prometeu. Essa paz coaduna com o Reino de Paz que será instalado por Ele, o Messias, o Príncipe da Paz. Com efeito, os seguidores do Reino podem desfrutar ainda hoje dessa paz. Para reforçar a compreensão a respeito da paz que excede todo o entendimento, organize um mapa conceituai com seus alunos. Destaque a palavra PAZ na lousa ou confeccione um cartão. Os alunos terão a tarefa de elencar quais são os efeitos dessa paz para a vida cristã. À medida que eles forem expressando, organize as informações de modo que o conceito de paz seja ampliado e explicado à luz da Bíblia.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ter a paz de Deus no coração tem sido mal compreendido por muitos crentes. Há quem pense que desfrutar da verdadeira paz é viver plenamente sem enfrentar problemas, desafios ou adversidades na vida. Entretanto, o Evangelho anunciado por Jesus caracteriza a paz como um recurso que encoraja e anima o crente a ter bom ânimo. Ao encerrar a aula, endosse que o Senhor Jesus afirmou que a verdadeira paz só pode ser encontrada nEle e, portanto, Ele nos fortalece para que possamos vencer o mundo mediante a fé.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O ESPÍRITO E O MUNDO”, localizado após o primeiro tópico, explica a paz de Cristo a partir da nova relação com Deus; 2) O texto “A RESTAURAÇÃO DA PAZ”, localizado após o segundo tópico, destaca que a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé.
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de Deus. Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu para cada um de seus seguidores.
Palavra-Chave:
PAZ
I. A PAZ NO PLANO DE DEUS
1. O significado de paz. No dicionário, encontramos os seguintes sinônimos para a palavra “paz”: “tranquilidade”, “repouso”, “silêncio”, “sossego”. No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representando tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).
2. A Paz na bênção sacerdotal. Os versículos 24-26 de Números 6 expressam a bênção sacerdotal sobre os filhos de Israel. Entre a bênção de proteção, benevolência e de misericórdia, encontra-se a bênção de paz (v.26). O sentido de paz que a palavra hebraica shalom carrega é de completude, satisfação e plena felicidade. Trata-se de uma bênção em que a ansiedade, a tensão e a contenda não teriam vez entre os filhos de Israel. A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo judeu poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto e ao entrar na Terra Prometida.
3. A Paz do Senhor. O Texto Áureo traz consigo a Paz do Senhor Jesus, em que nos lembra uma das principais características do Messias: “O Príncipe da Paz” (Is 9.6). Essa paz do Senhor Jesus é assunto do apóstolo Paulo em Filipenses, quando ele exorta a igreja a não ficar inquieta pelos últimos acontecimentos, pois a paz de Deus nos fortalece e protege o nosso coração e sentimentos em Cristo, o nosso Senhor (Fp 4.6,7). O apóstolo Pedro também reflete o mesmo ensino de Jesus no sentido de levar a vida numa perspectiva de paz, refreando a língua para não entrar em contendas e mentiras, apartando-se do mal, buscando a paz com os outros (1Pe 3.10,11). Dessa forma, como a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
SINOPSE I
Se a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.
“O ESPÍRITO E O MUNDO
[...] Jesus deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com o que vem antes, e qual é o significado de que vem antes, e qual é o significado de ‘paz’? O Espírito vem pelo nome de Jesus (v.26), ou seja, através da obra redentora de Jesus. ‘Paz’, neste contexto, refere-se ao que Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’. Quer dizer, por causa da obra de Jesus, as pessoas estão numa nova relação com Deus. Tal relação é tornada real quando a pessoa crê em Jesus. Esta nova relação é expressa simultaneamente de duas maneiras. Por um lado, a pessoa tem uma nova posição diante de Deus por causa da obra de Jesus. Jesus está no céu com o Pai, declarando que Ele fez a paz com Deus para as pessoas pecadoras. (Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas no céu). Por outro lado, o Espírito traz essa paz ao crente. É quando a reconciliação e a justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra parte advocatícia do Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem uma posição boa com o Pai no céu. [...] Esta ideia de paz está embutida na ideia de shalom (a palavra hebraica que significa ‘paz’), que tem longa história e está carregada de rico significado. Esta ideia havia juntado o significado do tempo do fim associado com o Messias. O termo shalom significava a presença da salvação de Deus, da inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com as outras. Na aparição da ressurreição em João 20.19-23, Jesus fala a paz para os discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize’ (v.27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. Volume 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.583).
II. A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
1. Uma paz enganosa. Muitos buscam a paz nos vícios, em substâncias tanto ilegais quanto legalizadas, nos jogos, nas baladas, em falsas religiões. Ao longo da história, as pessoas procuram sempre preencher uma lacuna em suas vidas com aquilo que não tem a capacidade de preenchê-las. Outras entendem que a paz é meramente a ausência de guerra, de dificuldades e problemas. A Bíblia revela que a paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano (Jo 14.27). O que Jesus oferece advém da eternidade e, por isso, preenche todas as nossas necessidades, independentemente das circunstâncias que vivemos (Jo 7.38). A paz do Senhor Jesus não é enganosa, mas verdadeira e sublime.
2. A “paz” das obras da carne. A Carta aos Gálatas apresenta uma lista das “obras da carne” que, muitas vezes, expressa a ilusão de uma falsa paz na vida das pessoas, e muitas confundem o prazer e os deleites da vida com a paz (Gl 5.19-21). Na verdade, é uma satisfação que ocorre por meio dos sentidos e, logo, se volta ao estágio de necessidade anterior. Assim, quem vive na prática das Obras da Carne imagina que desfruta de uma pretensa paz e, como consequência, pensa que vive uma vida feliz. Ledo engano! É impossível desfrutar da verdadeira paz que o Senhor Jesus oferece quando se viva na prática do pecado. Quem vive assim está se enganando, atendendo à vontade do Mundo, da Carne e do Diabo (Ef 2.3).
3. Uma falsa paz. Ensinando à igreja em Tessalônica, a respeito do Dia do Senhor, o apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5.3). Aqui, somos lembrados de uma falsa paz que haverá na Grande Tribulação. Uma paz superficial, frágil e apenas aparente. Quem se compromete com a falsa paz não saberá discernir os tempos de oposição tanto no presente quanto no futuro. Mas com Jesus, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
SINOPSE II
Com Jesus Cristo, o nosso Senhor, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.
III. A PAZ QUE JESUS PROMETEU
1. O Príncipe da Paz. O Profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a Israel e ao mundo. Uma de suas principais características é ser “O Príncipe da Paz” (Is 9.6,7). A vinda do Messias trará uma paz que o mundo não conheceu. Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”. Seus discípulos podem desfrutar hoje dessa paz que só Ele pode dar. Seu principado assegura-nos a verdadeira paz (Jo 14.27), que deve nos acompanhar, como seguidores de Jesus, onde colocarmos os nossos pés (Mt 10.12,13).
2. Uma promessa redentora. Em Gênesis, a paz foi transtornada por causa da estratégia do Diabo que iludiu o primeiro casal, fazendo-o desobedecer à ordem de Deus (Gn 3.1-7). Nesse contexto, Deus prometeu redimir o ser humano por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15). Essa promessa se cumpriu em Cristo, reconciliando-nos e estabelecendo a nossa paz com Deus (Rm 5.1). Ao mesmo tempo, a parede da separação foi derrubada e toda inimizade entre judeus e gentios foi desfeita, de modo que de ambos os povos Ele fez um, a Igreja (Ef 2.14,15). Por isso, no Novo Testamento há várias referências que nos mostram que a paz de Cristo está ao alcance de todos que nEle creem. Essa paz estará conosco (Fp 4.9), dominará os nossos corações (Cl 3.15) e, como pessoas pacíficas, desfrutaremos de verdadeira felicidade (Mt 5.9).
3. Uma promessa que excede todo o entendimento. A paz que excede todo o entendimento nos acalma diante das inquietações da vida (Fp 4.6). Essa paz acalmará o nosso coração, nos fortalecerá para resistir às intempéries diante de nós, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro que, mesmo preso numa cadeia típica do primeiro século, dormia um sono profundo e sereno (At 12.5-7). Esse episódio está de pleno acordo com o que o Senhor Jesus prometeu: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Mesmo diante de aflições e lutas, podemos confiar no Senhor e experimentar a paz que só Ele pode nos dar. Portanto, confiemos nas promessas de Jesus, bem como em sua providência!
SINOPSE III
A paz que excede todo o entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.
A RESTAURAÇÃO DA PAZ
“[...] Experimentar a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Esta ‘crença’ é mais do que apenas uma concordância ou aceitação intelectual. É uma confiança ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de Cristo pelos pecados e entrega o controle de sua vida à liderança de Cristo. Uma pessoa que responde a Cristo dessa forma é perdoada e justificada (isto é, torna-se reta diante de Deus) através da fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16). Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de Deus e obedecer aos seus mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3,6). Os profetas do Antigo Testamento declaram frequentemente que não há paz real para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10,16). A fim de que possamos experimentar continuamente a paz de Deus, ele nos deu o Espírito Santo, que desenvolve o seu caráter e os seus propósitos em nós, o que envolve a paz de Deus (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, devemos orar pela paz (Sl 122.6,7; Jr 29.7; Fp 4.7, nota), deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15), desejando e buscando a paz (Sl 34.14; Jr 29.7; 2Tm 2.22; 1Pe 3.11) e fazendo o melhor que pudermos para vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2Co 13.11; 1Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1288).
CONCLUSÃO
Vimos que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.
1. Escreva a respeito do conceito de paz.
No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representa tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).
2. O que a paz em Números 6 revela?
A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto.
3. Por que podemos dizer que a paz que o mundo oferece é enganosa?
A paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano.
4. Como os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus?
Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”.
5. De acordo com a lição, o que é a paz que excede todo o entendimento?
A paz que excede o todo entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.
A PROMESSA DA PAZ
Desde a antiguidade, quando Deus separou os hebreus e lhes entregou a Lei, havia uma promessa de paz e prosperidade reservada aos obedientes (Nm 6.24-26). Deus queria que Seu povo desfrutasse de maneira satisfatória das riquezas e alegrias presentes na Terra que Ele havia prometido. Afinal de contas, Israel, no futuro distante, seria governado pelo Príncipe da Paz (Is 9.6). É importante destacar que a paz do Senhor é uma paz diferente. No entanto, há muitos que não compreendem que essa paz, revelada nas Escrituras, não advêm daquela falsamente anunciada pelos homens. A paz de Deus que “excede todo o entendimento humano”, como afirma o apóstolo Paulo (Fp 4.7), trata-se de uma paz especial. O apóstolo ressalta que ela é poderosa para guardar nosso coração e mente em Cristo. Mesmo em meio a grandes tribulações, a confiança no Senhor leva o crente a sentir-se seguro em Deus, porquanto a paz domina sua razão e emoção.
De acordo com o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global (CPAD), “a paz de Deus é o oposto da ansiedade humana. Ela vem até nós quando clamamos a Deus com nossos corações totalmente dedicados a Cristo e à sua Palavra (Jo 15.7). [...] (1) Esta paz é um sentimento interior de tranquilidade e uma garantia da nossa entrega a Cristo pelo Espírito Santo que vive dentro de nós (Rm 8.15,16). Isto não é baseado em emoções ou circunstâncias, mas na base sólida do nosso relacionamento com Deus. Isto envolve uma firme confiança de que Jesus está conosco e que o amor de Deus estará ativo em nossa vida para o nosso bem (Rm 8.28,32; cf. Is 26.3). (2) Quando confiamos os nossos problemas e preocupações a Deus em oração, a sua paz fica de guarda na porta de nossos corações e mentes, impedindo que os cuidados, preocupações e tristezas da vida nos tragam perturbações e minem a nossa esperança em Cristo (v.6; Is 26.3,4,12; 37.1-7; Rm 8.35-39; 1Pe 5.7). (3) Se o medo e a ansiedade retornarem, podemos nos dirigir a Deus em oração com um coração agradecido, e, mais uma vez, Ele enviará sua paz para proteger os nossos corações. Estando sob a ‘custódia protetora’ de Deus, voltaremos a nos sentir seguros e seremos capazes de nos alegrar no Senhor” (2022, pp.2205,2206). Portanto, o papel de todo servo de Deus é preservar esta doce paz em seu coração. Em tempos difíceis como atualmente, muitos especialistas discorrem sobre a estabilidade emocional. Contudo, a Palavra de Deus continua a endossar que a maior e melhor paz só pode ser encontrada em Jesus Cristo. NEle, a alma cansada encontra o descanso e alívio, pois o jugo do Senhor continua sendo suave e o Seu fardo, leve (Mt 11.28-30).