LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2025

 

Título: Em defesa da Fé Cristã — Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

Comentarista: Esequias Soares

 

 

Lição 9: Quem é o Espírito Santo?

Data: 2 de março de 2025

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.(2Co 3.17 — NAA).

 

VERDADE PRÁTICA

 

É necessário primeiro conhecer a verdadeira identidade do Espírito Santo, à luz da Bíblia, para então poder defendê-la.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Sl 104.30

O Espírito Santo preserva e mantém todas as coisas criadas

 

 

Terça — Mt 28.19

O Espírito Santo é igual ao Pai e ao Filho

 

 

Quarta — 1Co 2.10

O Espírito Santo penetra todas as coisas até as profundezas de Deus

 

 

Quinta — 1Co 3.16

O Espírito Santo é Deus, esse mesmo Espírito habita em nós

 

 

Sexta — Tt 3.5

O Espírito Santo regenera o pecador

 

 

Sábado — 2Pe 1.21

O Espírito Santo falou por meio dos profetas e apóstolos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 14.16,17,26; 16.7-14.

 

João 14

16 — E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 — o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

26 — Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

 

João 16

7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 — E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:

9 — do pecado, porque não creem em mim;

10 — da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;

11 — e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

12 — Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.

13 — Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

14 — Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

 

HINOS SUGERIDOS

 

349, 387 e 511 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Nesta lição, temos o propósito de apresentar o Santo Espírito de acordo como está revelado na Palavra de Deus, bem como pontuar sua deidade, atributos e obras. Em seguida, veremos como, ao longo da história, algumas heresias em relação ao Espírito Santo se levantaram contra o ensino ortodoxo. Finalmente, veremos como essas heresias se apresentam atualmente.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Mostrar o Espírito Santo como o Consolador; II) Correlacionar a deidade, os atributos e a obra do Espírito Santo; III) Identificar as heresias antigas e as formas como elas se apresentam atualmente.

B) Motivação: O Espírito Santo é Deus. Para nós, de tradição cristã pentecostal, é indispensável o conhecimento e, ao mesmo tempo, a experimentação de uma vida guiada e dominada pelo Santo Espírito. Ter uma boa compreensão doutrinária a respeito da natureza do Espírito é fundamental para o cultivo de uma vida dependente de Deus.

C) Sugestão de Método: Inicie a aula desta semana relembrando a grande promessa que Jesus fez durante o seu ministério terreno e que se cumpriu em Pentecostes conforme nos informa Atos 2: a chegada do Espírito Santo. Leia com a classe o texto de Isaías 61.1. Diga que o Senhor Jesus foi ungido por esse mesmo Espírito para desenvolver o seu ministério na Terra (Lc 3.21,22). Esse mesmo Espírito nos capacita para desenvolvermos toda e qualquer obra para o Reino de Deus. O Espírito Santo opera em nós e por meio de nós.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Não podemos dar ouvidos a nenhum ensino que enfraqueça a pessoalidade do Espírito Santo, seu caráter capacitador, bem como sua obra regeneradora e santificadora. A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o divino Espírito Santo, foi-nos dado pelo Filho para nos guiar, consolar e capacitar.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Cremos no Espírito Santo”, logo após o primeiro tópico, aprofunda a identidade do Espírito Santo; 2) O texto “O Divino Espírito Santo”, ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto a respeito da deidade e atributos do Espírito Santo tal qual revelados na Bíblia, a Palavra de Deus.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

A identidade do Espírito Santo é revelada nas Escrituras desde o livro de Gênesis até o Apocalipse. É fato que a Igreja desde os dias apostólicos o reconhecia como Deus igual ao Pai e ao Filho. Essa deidade absoluta do Espírito Santo é revelada de maneira direta, nos seus atributos divinos e nas suas obras e funções pertencentes a Deus. Todos nós precisamos estudar e conhecer essa verdade bíblica, pois desde a antiguidade existem heresias sobre a Terceira Pessoa da Trindade. É sobre isso que vamos estudar na presente lição.

 

 

Palavra-Chave:

 

ESPÍRITO SANTO

 

 

I. O CONSOLADOR

 

1. O outro Consolador (14.16). Jesus disse aos seus discípulos que estava voltando para o Pai, mas que continuaria cuidando da Igreja, pelo seu Espírito Santo, seu Paracleto, alguém como Ele, que teria o mesmo poder para preservar o seu povo. A palavra “outro”, nesta passagem é, no grego, allos, e significa “outro”, da mesma natureza, mesma espécie e mesma qualidade. Se o Espírito fosse uma força ativa, impessoal, conforme o ensino equivocado das Testemunhas de Jeová, a palavra correta para “outro” seria heteros, que significa: “outro do usual, diferente”. O Dicionário Vine afirma: “O termo allos expressa uma diferença numérica e denota ‘outro do mesmo tipo’; o termo heteros expressa uma diferença qualitativa e denota ‘outro de tipo diferente’. Cristo prometeu enviar ‘outro Consolador’ — allos, ‘outro como Ele’, não heteros (Jo 14.16)”.

2. O Paracleto (16.7). O termo se refere ao Espírito Santo, mas os dicionários da língua portuguesa afirmam que se trata de uma pessoa que defende e protege alguém. O termo grego paraklētos vem da preposição pará, “ao lado de, próximo”, e do verbo kaléō, “chamar, convocar”, de modo que essa palavra significa “defensor, advogado, intercessor, auxiliador, ajudador”. Paracleto, então, é o Consolador. O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para ensinar os discípulos e fazer lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle (Jo 15.26).

3. Seu uso no Novo Testamento. O termo “paracleto” aparece apenas cinco vezes no Novo Testamento, nos escritos joaninos, quatro vezes no Evangelho, referindo-se ao Espírito Santo (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7). Além dEle, o nome é aplicado ao Senhor Jesus e traduzido por “Advogado” (1Jo 2.1).

 

 

SINOPSE I

O Espírito Santo é o nosso Consolador, o nosso auxiliador de todos os momentos da vida.

 

AUXÍLIO DOUTRINÁRIO

 

 

CREMOS NO ESPÍRITO SANTO

 

“Cremos, professamos e ensinamos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, Deus igual ao Pai e ao Filho: ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’ (Mt 28.19). O Espírito Santo é da mesma substância, da mesma espécie, de mesmo poder e glória do Pai e do Filho, pois é chamado de outro Consolador: ‘E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre’ (Jo 14.16). O Espírito Santo não é uma parte da Divindade, mas, sim, Deus em toda a sua plenitude e, por isso mesmo, é incriado, autoexistente e absolutamente autônomo: ‘o Espírito que provém de Deus’ (1Co 2.12), como havia declarado o Credo de Atanásio: ‘Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho incriado, e o Espírito Santo incriado... não há três incriados, mas um só incriado’. Ele é o Espírito eterno e existe por si mesmo. Ele pertence à mesma essência e substância indivisível e eterna do Pai e do Filho. Os homens e os anjos foram criados e dependem do Criador, mas Ele, o Espírito Santo, não depende de nada, pois Ele é o Senhor: ‘o Senhor é o Espírito’ (2Co 3.17 — ARA). [...] Declaramos e ensinamos a deidade absoluta do Espírito Santo” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.67,68).

 

 

II. SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS

 

1. Sua deidade. A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia de maneira que os nomes Deus e Espírito Santo aparecem sempre de forma alternada, tanto no Antigo Testamento como no Novo. O Espírito Santo é Javé na vida de Sansão: “O Espírito do Senhor possantemente se apossou dele” (Jz 15.14); no entanto, na sequência, lemos que depois de traído por Dalila, Sansão “(...) não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele” (Jz 16.20). Assim, tanto o Espírito de Javé e Javé, ou seja, o Espírito do Senhor e o Senhor são nomes divinos usados alternadamente. Fica claro, no Antigo Testamento, que o Espírito Santo é o próprio Deus. Esse tipo de linguagem na Bíblia mostra que Ele é Javé. Compare Êxodo 17.7 com Hebreus 3.7-9; Deus de Israel (2Sm 23.2,3). Essa forma de apresentação é frequente na Bíblia (At 5.3,4; 1Co 3.16; 2Co 3.16-18).

2. Seus atributos. A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia também nos seus atributos divinos, como acontece com o Senhor Jesus Cristo. Ele é onipotente (Rm 15.19), e as Escrituras Sagradas ensinam ser o Espírito a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1Co 12.9-11). A onipresença é outro atributo incomunicável de Deus presente na Terceira Pessoa da Trindade, o que mostra ser Ele onipresente (Sl 139.7-10). Ele conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus (1Co 2.10,11); conhece o coração dos seres humanos (Ez 11.5; At 53-9; Rm 8.26,27) e é conhecedor do futuro (Lc 2.26; Jo 16.13; At 20.23), isso por ser Ele onisciente. Possui o atributo da eternidade, pois é chamado de “Espírito eterno” (Hb 9.14).

3. Suas obras. São inúmeras as obras de Deus efetuadas pelo Espírito Santo. Ele gerou Jesus Cristo (Lc 1.35), dá a vida eterna (Gl 6.8), guia o seu povo (Sl 143.10; Is 63.14; Rm 8.14; Gl 5.18), é o Senhor da Igreja (At 20.28) e santificador dos fiéis (Rm 15.16; 1Pe 1.2).

O Espírito habita nos crentes (Jo 14.17; Rm 8.11; 1Co 3.16), é o autor do Novo Nascimento (Jo 3.5,6; Tt 3.5), da vida (Ez 37.14; Rm 8.11-13) e o distribuidor dos dons espirituais (1Co 12.7-11). Essas obras são exclusivas de Deus, realizadas pelo Pai, Filho e o Espírito Santo. Essas obras divinas evidenciam que o Espírito Santo é Deus igual ao Pai.

 

 

SINOPSE II

A Bíblia revela a deidade do Espírito Santo por meio de seus atributos e obra.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

O DIVINO ESPÍRITO SANTO

 

“O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia [...].

Em 1 Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por ‘demonstração do Espírito Santo’, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo.

E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujos efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1Co 2.4,5)” (GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.175).

 

 

III. HERESIAS ANTIGAS E NOVAS

 

1. As primeiras heresias. Não havia consenso sobre o Espírito Santo no Oriente nas primeiras décadas depois do Concílio de Niceia. Havia diversas interpretações.

a) Os arianistas. Ário considerava também o Espírito Santo como criatura, embora esse tema tivesse fora das discussões na época, pois o foco dos debates estava no Filho. Eunômio, um dos arianistas mais radicais, considerava o Espírito Santo como a mais nobre das criaturas produzidas pelo Filho a pedido do Pai, dizia que “o Filho é o criador do Espírito”.

b) Tropicianos. Eram uma seita do Egito, cujo nome vem de tropos, “figura”. Atanásio assim o denominou por causa da exegese figurada deles, diziam ser o Espírito Santo um anjo e uma criatura.

c) Pneumatomacianos. Surgiram depois dos tropicianos. O termo pneumatomachoi vem de pneuma, “espírito”, e machomai, “falar mal, contra”, eram os “opositores do Espírito”. Eustáquio de Sebaste (300-380) foi o principal defensor dessa heresia, o movimento negava a divindade do Espírito Santo.

2. As heresias na atualidade. O grupo religioso das Testemunhas de Jeová é seguidor da antiga linha teológica dos arianistas. Seus líderes negam a divindade e a personalidade do Espírito Santo; em sua literatura, grafam seu nome com letras minúsculas. Por exemplo, a Tradução do Novo Mundo (TNM) substitui o “Espírito de Deus” por “força ativa de Deus” (Gn 1.2) e usa a expressão: “e todos ficaram cheios de espírito santo” (At 2.4). A expressão hebraica rûach ’ĕlōhîm, “Espírito de Deus”, aparece 11 vezes no Antigo Testamento e somente nessa passagem é traduzida na TNM por “força ativa de Deus”.

3. O Espírito Santo em outras religiões. Em algumas religiões no Oriente, a noção sobre o Espírito Santo é confusa, mas se aproxima do pensamento antigo desses heresiarcas, “de modo que nada há novo debaixo do sol” (Ec 1.9).

a) Uma crença estranha. Os intelectuais da religião islâmica, por exemplo, se apegam às palavras do Alcorão atribuídas a Jesus: “sou para vós o Mensageiro de Allah, para confirmar a Tora, que havia antes de mim, e anunciar um Mensageiro, que virá depois de mim, cujo nome é Ahmad” (61.6). Eles interpretam essa passagem corânica como cumprimento da promessa que Jesus fez sobre a vinda do Consolador, do Paracleto. Eles confundem a palavra grega periklytós, “renomado ao redor, ilustre”, com paraklētos (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7). Assim, concluem equivocamente que Maomé é o Consolador prometido por Jesus. Convém lembrar que periklytós não é uma palavra bíblica, não aparece em lugar algum da Bíblia Sagrada, nem no Novo Testamento grego e nem na Septuaginta.

b) Resposta bíblica. Jesus disse que o Consolador é o próprio Espírito Santo (Jo 14.26). A promessa do Senhor Jesus é “para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). Trata-se de um ser que não morre, mas sim que vive para sempre, pelos séculos dos séculos. Jesus disse também que o Consolador “habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17) e que, “quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim” (Jo 15.26). Assim, o Espírito Santo testifica de Cristo, o nosso Senhor.

 

 

SINOPSE III

Os arianistas, tropicianos e pneumatomacianos procuraram enfraquecer ou subverter o ensino ortodoxo a respeito do Espírito Santo.

 

 

CONCLUSÃO

 

Vimos que a deidade e a personalidade do Espírito Santo estão presentes em toda a Bíblia de maneira abundante e tem sido crença da Igreja desde o princípio, por isso a relevância da defesa dessa doutrina. O Consolador é enviado pelo Pai, em nome de Jesus, para ensinar os discípulos e fazer lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle. Não é possível uma força ativa e impessoal ser enviada em nome de alguém tendo tais atributos.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. A quem mais o nome “Paracleto” é aplicado nas Escrituras além do Espírito Santo?

Além dEle o nome é aplicado ao Senhor Jesus e traduzido por “Advogado” (1Jo 2.1).

 

2. Como a divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia?

A divindade do Espírito Santo é revelada na Bíblia de maneira que os nomes Deus e Espírito Santo aparecem sempre de forma alternada, tanto no Antigo Testamento como no Novo.

 

3. Quais os principais grupos na antiguidade que negavam a divindade do Espírito Santo?

Os arianistas, tropicianos e pneumatomacianos.

 

4. Quem segue a linha teológica dos arianistas na atualidade?

As Testemunhas de Jeová.

 

5. Qual resposta bíblica podemos dar em relação a crença estranha a respeito do Espírito Santo?

Jesus disse que o Consolador é o próprio Espírito Santo (Jo 14.26). A promessa do Senhor Jesus é “para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). Trata-se de um ser que não morre, mas sim que vive para sempre.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

 

Conhecer a pneumatologia é extremamente importante, haja vista que em nossos dias há um número significativo de seitas e heresias que distorcem a perspectiva bíblica sobre a Pessoa do Espírito Santo. A primeira investida dos hereges é tentar justamente desqualificá-lo em sua pessoalidade. Todavia, os atributos divinos relacionados ao Espírito Santo, bem como sua capacidade de convencer o homem do pecado da justiça e do juízo (Jo 16.8) são evidências bíblicas de que não estamos falando de uma força ativa, e sim de uma Pessoa.

Um aspecto importante que qualifica o Espírito Santo enquanto Pessoa atuante na igreja é a sua ação santificadora, preservadora e capacitadora na vida dos crentes. A santificação é a separação do crente em relação ao pecado (2Ts 2.13). Nesse sentido, o Espírito Santo opera sobre o nascido de Deus para que vença o mundo (1Jo 5.4). Da mesma maneira, a preservação diz respeito ao sustento do Espírito para que o filho de Deus persevere na fé (Ef 1.13,14). Isso não significa que o crente não possa resistir à influência do Espírito, e sim que há uma cooperação para que a submissão a Deus seja efetiva. E, por fim, o Espírito distribui dons e capacita os crentes ao exercício do ministério para a edificação da Igreja (1Co 12.4-7).

A Declaração de Fé das Assembleias de Deus (CPAD) destaca que “a Bíblia revela todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo, como intelecto, emoção e vontade. Outra prova da pessoalidade do Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelos seres humanos. Pedro obedeceu ao Espírito Santo. Ananias mentiu ao Espírito Santo: ‘para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?’ (At 5.3); Estevão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo: ‘vós sempre resistis ao Espírito Santo’ (At 7.51); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo: ‘a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens’ (Mt 12.31); e os cristãos são batizados também em seu nome: ‘batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’ (Mt 28.19). O Espírito Santo relaciona-se com os crentes de maneira pessoal, pois somente uma pessoa poderia agir como mestre, consolador, santificador e guia. Cremos e declaramos que o Espírito Santo ensina, fala, guia em toda a verdade, julga, ama, contende [Gn 6.3], convida e intercede. Ele é Deus, Ele é pessoal” (2017, p.71).

Dentre tantas afirmativas na Bíblia acerca do Espírito Santo como Pessoa, a que mais nos anima é a de que o Consolador estaria conosco todos os dias e nos ensinaria todas as coisas (Jo 14.16,26). Que possamos buscar a intimidade com o Espírito Santo, amigo fiel e Deus presente.