LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2025

 

Título: Em defesa da Fé Cristã — Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

Comentarista: Esequias Soares

 

 

Lição 11: A Salvação não é obra humana

Data: 16 de março de 2025

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.(Tt 3.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A salvação é um ato da graça soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo e não vem das obras humanas.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Sl 49.7-9

Não há recurso humano que possa salvar o ser humano

 

 

Terça — Sl 146.3

Somente em Deus há salvação

 

 

Quarta — Jo 3.16

Jesus Cristo é o único Salvador do mundo

 

 

Quinta — Rm 5.1

A fé em Jesus é suficiente para a salvação

 

 

Sexta — Gl 2.16

Ninguém é salvo pelas obras da lei

 

 

Sábado — Jo 1.17

A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 2.1-10.

 

1 — E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 — em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;

3 — entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 — Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 — estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),

6 — e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

7 — para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

8 — Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.

9 — Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

10 — Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

 

HINOS SUGERIDOS

 

156, 227 e 535 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A lição desta semana traz o ensino bíblico a respeito da salvação. Nela, reafirmamos a afirmação bíblica da salvação pela graça mediante a fé em Cristo. Isso significa que a salvação se revela por meio da graça de Deus manifestada em Cristo Jesus, nosso Senhor. Ao mesmo tempo, também analisaremos algumas visões a respeito da salvação que contradizem o ensino bíblico. Veremos o quanto essas visões soteriológicas distorcidas são prejudiciais à vida cristã e que, por isso, podem trazer muitos prejuízos espirituais.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Ensinar a respeito da doutrina da salvação sob a graça de Deus; II) Elencar ensinos inadequados sobre a salvação na antiguidade; III) Correlacioná-los aos ensinos inadequados sobre a salvação na atualidade.

B) Motivação: Há ensinos a respeito da salvação que defendem uma ideia de redenção como um processo evolutivo da vida em que a ênfase recai no esforço próprio. Vemos isso nas religiões reencarnacionistas. Há também os legalistas, que atribuem a salvação à observação rigorosa da lei, também mediante ao esforço próprio, como nos judaizantes. O fato é que a Bíblia nos mostra que a salvação é pura graça de Deus comunicada a nós por intermédio do Espírito Santo, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo.

C) Sugestão de Método: Para introduzir o último tópico da presente lição, sugerimos que você crie uma tabela com a presença das três visões sobre salvação conforme descritas na lição: Islamismo, Testemunhas de Jeová e Mormonismo. Apresente essa tabela no projetor ou diretamente na lousa. À medida que você for apresentando as visões inadequadas da salvação, apresente o contraponto bíblico conforme explicado no primeiro tópico. Afirme a relevância do ensino bíblico preservar a iniciativa amorosa de Deus em salvar o ser humano (Jo 3.16).

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Somente pela graça de Deus é possível nos aproximar dEle, amá-lo e viver segundo a sua vontade. Para esse processo se tornar real em nossas vidas, temos o auxílio do Espírito Santo para nos conduzir de acordo com os propósitos de Deus.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Como a Morte de Jesus Pode Trazer o Perdão?”, logo após o primeiro tópico, aprofunda a obra salvífica de Cristo mediante a graça de Deus; 2) O texto “Alá É Idêntico ao Deus Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo?”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a distinção entre Islamismo e Cristianismo.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

O apóstolo Paulo mostra nessa Leitura Bíblica em Classe o contraste entre o estado espiritual da miséria humana e a restauração à comunhão com Deus. Além disso, deixa claro a impossibilidade de qualquer pessoa angariar a salvação por meio de seu próprio esforço, e até mesmo, de desejar a salvação ou sentir a necessidade de Deus, senão por intervenção divina direta, por meio do Espírito Santo.

 

 

Palavra-Chave:

 

SALVAÇÃO

 

 

I. A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS

 

1. A descrição do estado espiritual humano (vv.1-3). O relato da condição pecaminosa da natureza humana confirma a extensão da corrupção do gênero humano, estudado na lição anterior. O apóstolo emprega algumas expressões para reforçar a dura realidade do pecado: “mortos em ofensas e pecados” (v.1); andar “segundo o curso deste mundo” (v.2); “segundo o príncipe das potestades do ar” (v.2b); “do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (v.2c); “andávamos nos desejos da nossa carne” (v.3); “éramos por natureza filhos da ira” (v.3b). É uma triste fotografia da raça humana.

2. Mortos em ofensas e pecados (vv.1,5). As expressões “E vos vivificou” (v.1) e “nos vivificou juntamente com Cristo” (v.5) revelam a ação do Espírito Santo em favor dos pecadores, que a salvação só é possível mediante a graça de Deus, e sem ela ninguém pode ser salvo (vv.4,5). Mas há algo que precisa ser esclarecido, as expressões “mortos em ofensas e pecados” (v.1) e “mortos em nossas ofensas” (v.5) não devem ser entendidas literalmente por se tratar de uma metáfora, uma das figuras de linguagem para descrever o estado da queda espiritual. Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de Deus (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.

3. A exegese dos versículos 8-10. Essa passagem bíblica elimina qualquer interpretação ou tentativa da salvação com ajuda humana ou de qualquer esforço adicional para completar a obra de Cristo. O termo “graça” significa literalmente “favor imerecido”, o favor divino do qual não somos merecedores. A salvação é pela graça de Deus mediante a fé em Jesus e não vem das obras, pois não se trata de uma recompensa. Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de Deus” se refere à salvação pela graça e não à fé. Como afirma o respeitado erudito da língua grega, A. T. Robertson: “a graça é a parte de Deus e a fé é a nossa”. De modo, como dizia Norman Geisler, “a fé é o meio e a salvação é o fim. O meio vem antes do fim”.

 

 

SINOPSE I

O ensino bíblico sobre a salvação descreve o real estado do ser humano caído em pecado e ofensas. Por isso, só a graça de Deus pode salvá-lo.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

“COMO A MORTE DE JESUS PODE TRAZER O PERDÃO?

 

As Escrituras ensinam que toda a humanidade está manchada e corrompida pelo pecado, tanto por causa do pecado de nosso antepassado, Adão (Rm 5.12-21), como porque nós mesmos somos todos pecadores (Ef 2.1-3). Deus, como o justo Juiz, não pode ignorar o pecado, e não o fará, uma vez que o pecado viola a sua natureza e traz destruição para o mundo perfeito que Ele criou. [...] O Novo Testamento nos fala que a morte de Jesus propiciou o perdão, pelo menos de três maneiras. Em primeiro lugar, a morte de Jesus foi um sacrifício pelos nossos pecados. Cristo cumpre o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, sendo, ao mesmo tempo, sumo sacerdote e sacrifício (Hb 5.10). [...]

Em segundo lugar, o Novo Testamento fala sobre a morte de Cristo como uma ‘propiciação’ pelos nossos pecados (Rm 3.21-26). Esta palavra, hilasmos, tem o significado de ‘uma oferta que satisfaz a ira de Deus pelo pecado’, todavia, notavelmente, o próprio Deus fornece esta oferta. Quando Jesus morreu na cruz, clamou: ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ (Mt 27.46).

[...] Em terceiro lugar, e relacionado aos dois aspectos já mencionados, a Bíblia fala sobre a morte de Cristo como uma substituição. Jesus não veio para ser servido, mas para servir e ‘dar a sua vida em resgate de muitos’ (Mc 10.45). Jesus ‘se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau’ (Gl 1.4)” (Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1878).

 

 

II. SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE

 

1. Os reencamacionistas. Com o termo “soteriologia” nos referimos aos diversos ensinos religiosos inadequados sobre a salvação. O primeiro deles é a doutrina da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, originária do Hinduísmo, mas presente também no Budismo, no Jainismo e no Sikhismo. É defendida, pelos Hare Krishnas, kardecistas e muitos outros. Os adeptos da doutrina da reencarnação têm em comum a busca da perfeição por meio de um progresso evolutivo até que esses ciclos da roda de renascimento parem de girar. Em resumo: a salvação pelo seu próprio esforço e sem Jesus. Trata-se de uma crença antibíblica (Sl 78.39; Hb 9.27; Jo 9.1-3).

2. Os galacionistas. É o nome dado aos legalistas judaizantes opositores do apóstolo Paulo na província da Galácia (Gl 1.7). Esses judeus convertidos ao Cristianismo queriam que os gentios observassem a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1). A verdade bíblica é que “pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16).

3. Os gnósticos. No campo soteriológico, eles apregoavam uma visão dualista do universo, o maniqueísmo. O que é isso? Fundado por Mâni (216-276), na Pérsia, atual Irã, seu ensino era que o “universo é composto do reino das trevas e do reino da luz e os dois lutam pelo domínio da natureza e do próprio ser humano”. Desse modo, o ser humano, para ser salvo, precisa se libertar da prisão do mundo e de seus poderes planetários, e essa libertação só é possível por meio de um conhecimento místico, gnosis, uma espécie de iluminação espiritual limitada aos “espirituais”. Os demais são pessoas materiais e não podem receber esse conhecimento. De fato, sabemos da existência do mal, proveniente de Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente para medir força com Deus e o seu Filho, Jesus Cristo (Jó 1.12; 2.6, Mc 5.7-13). A salvação é para todas as pessoas (At 17.30; Tt 2.11).

 

 

SINOPSE II

As soteriologias inadequadas na Antiguidade passam pelas reencarnacionistas, galacionistas e gnósticas.

 

 

III. AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE

 

1. O Islamismo. Segundo essa religião, se as boas ações superarem as más, tal pessoa irá para o paraíso (Alcorão 13.22.23). Eles ensinam ainda que Allah não ama os pecadores, mas somente os piedosos: “Allah não ama os agressores... Allah não ama a nenhum ingrato pecador” (Alcorão 2.190, 276). Esta é uma das 24 vezes que o Alcorão afirma que Allah não ama os pecadores. Na concepção dos islâmicos, não há necessidade de expiação, logo, não existe salvação como no sistema cristão. A salvação no contexto deles é por mérito, pelas obras. Mas, à luz da Bíblia, o pecador recebe a vida eterna a partir do momento que passa a crer, no coração, que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos e confessa publicamente o nome de Jesus (Rm 10.9,10).

2. As Testemunhas de Jeová. A salvação não está em Cristo, mas na organização religiosa delas, diferente do que ensina a Bíblia (Jo 14.6). Existem dois grupos de salvos, um que tem direito ao céu, restrito a 144.000, a “classe dos ungidos”; outro grupo, a “classe da grande multidão” e a que vai herdar a terra, segundo a teologia do movimento. Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são filhos de Deus, não pertencem a Cristo, não têm o Espírito Santo, Jesus não é o Mediador delas nem têm esperança de salvação. A Bíblia nos ensina que não existe cristão sem o Espírito Santo (Rm 8.9) e que “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).

3. O Mormonismo. Os mórmons creem numa salvação geral, em que os não mórmons são castigados e depois liberados para a salvação, e numa perspectiva individual, em que a salvação é obtida pela fé em Jesus e pela obediência às leis e às ordenanças. Eles consideram ordenanças, segundo os artigos 3 e 4 das Regras de Fé, fé em Jesus, arrependimento, batismo por imersão e imposição de mãos, mas há outros requisitos. Um deles é aceitar Joseph Smith Jr. como porta-voz de Deus. Tal ensino, no entanto, diverge das Escrituras, pois elas nos ensinam que o Senhor Jesus não precisa de co-salvador. A Bíblia ensina que Ele é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A salvação não é por mérito humano, ninguém pode ser salvo pelas boas obras, mas somente pela graça, mediante a fé (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma salvação, e ela está à disposição de todos os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3).

 

 

SINOPSE III

O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o Mormonismo apresentam uma doutrina da salvação inadequada em nossos dias.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

 

 

“ALÁ É IDÊNTICO AO DEUS PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO?

 

Esta é uma pergunta difícil, especialmente na língua inglesa. Linguisticamente, quem quer que use o termo ‘Deus’ está basicamente dizendo a mesma coisa: estará se referindo ao Criador não criado do universo. Assim, muçulmanos, judeus, cristãos, hindus e todos os demais estão se referindo ao Senhor do universo quando usam a palavra ‘Deus’.

Com relação ao Islamismo, as similaridades entre Alá e Jeová são maiores, por dois motivos: (1) O islamismo é adepto do monoteísmo, que significa ‘um só Deus’, exatamente como o Cristianismo e o Judaísmo, e (2) Maomé usou muitas das pessoas citadas na Bíblia, quando criou o Corão, como Noé (Surah 6.84), Jacó (Surah 2.132) e Jesus (Surah 3.45-47). As similaridades, todavia, terminam aqui. Pense no Islamismo como uma forma de ‘mormonismo medieval’. Como o mormonismo, o Islamismo está baseado na premissa equivocada de que a descrição que a Bíblia apresenta de Deus e de Jesus Cristo é incorreta. Como o mormonismo, o Islamismo ensina que tanto o Cristianismo como o Judaísmo são falsas religiões, e que o Islamismo, por meio do Corão, é a única fé verdadeira.

[...] Em resumo, podemos afirmar o seguinte: o Islamismo rejeita a paternidade de Deus, a divindade do Filho e a pessoa do Espírito Santo. Não podemos modificar a natureza do Deus da Bíblia sem modificar o ‘deus’ que estamos apresentando. Não é o mesmo Deus” (Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1866).

 

 

CONCLUSÃO

 

Entendemos que somente pela graça é possível chegar-se a Deus, e isso é um ato soberano de sua graça e bondade. É a misericórdia divina que leva as pessoas ao arrependimento (Rm 2.4). Graça não é mérito, e nem o ato de o pecador receber a dádiva divina se constitui mérito pessoal. Mas Deus disponibilizou a sua graça para todos os seres humanos e não para uns poucos escolhidos. A Bíblia ensina que a salvação é para todos.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. O que a Bíblia quer dizer quando fala de “morte espiritual”?

Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de Deus (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.

 

2. O que esclarece uma boa exegese sobre a expressão, “isto é dom de Deus”?

Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de Deus” se refere à salvação pela graça e não à fé.

 

3. Quais os três principais movimentos dos primeiros séculos cuja soteriologia é inadequada?

As reencarnacionistas, galacionistas e os gnósticos.

 

4. Quais as três soteriologias inadequadas de hoje?

O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o Mormonismo.

 

5. O que ensinam os teólogos das Testemunhas de Jeová sobre a “classe da grande multidão”?

Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são filhos de Deus, não pertencem a Cristo, não têm o Espírito Santo, Jesus não é o Mediador delas nem têm esperança de salvação.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA

 

A salvação é um ato da graça de Deus manifestada ao mundo por intermédio de Jesus Cristo. Por meio da fé, somos aceitos por Deus e alcançamos o poder de nos tornarmos seus filhos (Rm 5.1; Jo 1.12). Compreender esta doutrina é fundamental para o exercício pleno da fé. Assim como no passado primitivo da Igreja, há muitos atualmente que não aceitam a suficiência da fé em Jesus como meio para alcançar a salvação e sobrecarregam a igreja com ensinamentos que distorcem a compreensão da graça divina. Em seus discursos, alegam ser as obras um requisito para desfrutar da salvação. Nesta lição, veremos que a graça e a verdade são o resultado da morte de Cristo na cruz do Calvário. Isso não vem das nossas obras, mas é fruto da bondade de Deus para conosco como descreve o apóstolo Paulo aos efésios (Ef 2.8-10).

No Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), Lawrence O. Richards discorre que “as boas obras não podem contribuir para a nossa salvação. Mas as boas obras são um resultado da salvação. Recebemos a vida para glorificarmos a Deus. E uma maneira de glorificarmos a Deus é praticando boas obras. O que são as ‘boas obras’? A palavra grega aqui é agathois, que significa ‘útil, proveitoso’. Deus nos salvou e nos colocou em um caminho cheio de oportunidades para sermos úteis aos outros, e profícuos para realizar os seus propósitos. Outra vez sentimos o contraste entre o que éramos, e o que somos. Corrompidos pelo pecado, não podíamos fazer nada por Deus, por nós mesmos, ou pelos outros. Vivificados por Deus em Cristo, somos diferentes. E fazemos a diferença!” (2012, p.855).

Há muitos que alegam haver certa discordância entre a perspectiva de Paulo e Tiago acerca da salvação. No entanto, não há divergência alguma, pois enquanto o apóstolo Paulo cuida de esclarecer em suas Cartas a respeito da fé para salvação (Rm 3.22-26; Ef 2.8-10), Tiago argumenta que quem tem a fé verdadeira e já alcançou a salvação produz boas obras (Tg 2.17,26). Como pode alguém dizer que é um verdadeiro cristão e tem fé em Jesus Cristo, porém não demonstrar por meio de suas obras a fé que alega ter (vv.14,20)? Nesse caso, há uma incoerência, pois aquele que é sincero para com Deus, obediente às Sagradas Escrituras, demonstra por meio de sua conduta e estilo de vida o desejo de agradar a Cristo. Que Deus nos ajude a demonstrar a verdadeira fé e comunhão que temos com o nosso Deus, não apenas com palavras, mas, sobretudo, com obras sinceras de amor ao próximo e santidade perante Deus.