Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2006

 

Título: Heresias e Modismos — Combatendo os erros doutrinários

Comentarista: Esequias Soares

 

 

Lição 6: A Mariolatria

Data: 7 de Maio de 2006

 

TEXTO ÁUREO

 

Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem(1Tm 2.5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O marianismo é um dos elementos que descaracteriza o Catolicismo Romano como religião puramente cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Lc 2.7

Jesus, o filho primogênito de Maria

 

 

Terça - Mc 5.3

Os outros filhos de Maria

 

 

Quarta - Mt 1.25

José não a conheceu até que nasceu o seu primogênito, Jesus

 

 

Quinta - Jo 2.3-5

Maria mandou obedecer a Jesus e não a ela mesma

 

 

Sexta - Lc 1.46-49

Maria afirma ser salva pelo Senhor

 

 

Sábado - Jo 19.25-27

Jesus encarregou o apóstolo João para cuidar de sua mãe

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Lucas 1.26-31,34,35,37,38.

 

26 - E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,

27 - a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.

28 - E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.

29 - E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta.

30 - Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus,

31 - E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.

34 - E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão?

35 - E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

37 - Porque para Deus nada é impossível.

38 - Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, a lição desta semana remexe em uma ferida religiosa quase incurável no Brasil — a idolatria. Esta prática está presente no país desde a colonização. Por esta razão, a idolatria, como manifestação religiosa, está incorporada na cultura brasileira. Há feriados específicos para o culto e adoração a determinados “santos”. Os estados brasileiros cultuam e veneram ídolos. Na cidade de Juazeiro, o Padre Cícero é reverenciado; enquanto na Bahia, é o Senhor do Bomfim. No sudeste, São Sebastião é cultuado como o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, e assim segue por todos os estados brasileiros. A adoração a Maria é unanimidade nacional nas famílias de tradição católica. Oremos ao nosso Verdadeiro e Único Deus, a fim de que a luz do evangelho resplandeça sobre o nosso país.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Interceder a favor dos mariólatras.
  • Definir os termos “idolatria”, “adoração” e “culto”.
  • Descrever os erros doutrinários da mariolatria.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

As primeiras ornamentações e pinturas nos templos cristãos surgiram a partir do século III, a fim de representar o cenário e os fatos do texto bíblico. Já no século V, as imagens foram inseridas no contexto das gravuras existentes e começaram a ser usadas como meio de instrução aos analfabetos, uma vez que muitos freqüentadores dos cultos não tinham acesso à educação formal. Entretanto, no Concílio de Nicéia (787 d.C), foi oficializado a veneração às imagens e relíquias sagradas. Quase cem anos depois, em 880, a igreja estabeleceu a canonização dos santos. Desde então, a Igreja Católica Romana ensina que para cada ocasião e dia da semana há um “santo protetor”. Em 1125, surgiram os primeiros ventos doutrinários concernentes a imaculada conceição de Maria — dogma definido em 1854. Em 1311, estabeleceu-se a oração da Ave-Maria e, somente em 1950, a assunção de Maria é transformada em artigo de fé.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Nesta lição, usaremos como recurso didático a Tabela Cronológica da Mariolatria. Por meio desta, apresentaremos aos alunos uma disposição das datas e acontecimentos relativos à mariolatria e a adoração às imagens. Reproduza a tabela abaixo de acordo com os recursos que a sua escola dispõe. Use esta cronologia ao término do tópico I.

 

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Palavra Chave

Controvérsias cristológicas: Embate doutrinário a respeito da natureza, obra e ofícios de Cristo.

 

O culto a Maria é o divisor de águas entre católicos romanos e evangélicos. O clero romano confere a Maria a honra e a glória que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus. Essa substituição é condenada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo à idolatria. Reconhecemos o honroso papel de Maria na Bíblia, como mãe de nosso Salvador, mas a Palavra de Deus deixa claro que ela não é co-autora da salvação e muito menos divina. É, portanto, pecado orar em seu nome, colocá-la como mediadora, dirigir a ela cânticos de louvor.

 

I. O QUE É MARIOLATRIA?

 

1. Idolatria. O termo vem de duas palavras gregas: eidōlon, “ídolo, imagem de uma divindade, divindade pagã” e latreia, “serviço sagrado, culto”. A idolatria é a forma pagã de adoração. Adorar e servir a outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálogo (Êx 20.3-5), e, também nas páginas do Novo Testamento: “portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Co 10.14).

2. Adoração. Os dois principais verbos gregos para “adorar”, no Novo Testamento, são proskynēo, que significa “adorar” no sentido de prostrar-se; e latreuō, que significa “servir” a Deus. À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras. Os principais elementos de um culto são: oração (Gn 12.8), louvor (Sl 66.4), leitura bíblica (Lc 4.16,17), pregação ou testemunho (At 20.9) e oferta (Dt 26.10).

3. O culto a Maria. O termo “mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecido pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos. A Bíblia ensina que é somente a Deus que devemos adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em Jesus e não meramente por ser a mãe do Messias (Lc 11.27,28). Somente a Deus devemos cultuar. “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10 — ARA). Os romanistas ajoelham-se diante da imagem de Maria e dirigem a ela orações e cânticos.

 

II. AS GLÓRIAS DE MARIA

 

1. Maria no Catolicismo Romano. O clero romano vai além do que está escrito em relação à Virgem Maria. No livro As Glórias de Maria, de Alfonso Liguori, canonizado pelo papa, Jesus ficou pequenino diante de Maria. Segundo Liguori: “Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus... A Santa Igreja ordena um culto peculiar à Maria”. Essas são algumas declarações de suas crenças mariolátricas. O que se vê, hoje, é a manifestação ostensiva e orgulhosa da mariolatria nos adesivos usados nos automóveis. Para os romanistas, Maria é mais importante do que o próprio Jesus.

2. A posição oficial do Vaticano. O clero romano nega terminantemente que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmente confirmado pelo Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico: adoração e veneração. Mas, as declarações de Liguori e as práticas dos católicos não ajudam a corroborar a afirmação dos romanistas. Uma análise honesta do correto conceito da palavra adoração, conferindo com o marianismo dos católicos romanos, prova de maneira irrefutável que se trata de adoração.

 

III. MARIA NA LITURGIA DO CATOLICISMO

 

1. As contradições de Roma. O Catolicismo Romano jamais admitirá que prega a divindade de Maria, da mesma forma que nega a adoração a ela. Entretanto, os fatos falam por si só e provam o contrário. Ela é também chamada de “Rainha do Céu”, o mesmo nome de uma divindade pagã da Assíria (Jr 7.18; 44.17-25); é parte de sua liturgia a reza Salve-rainha.

2. Orações a Maria. A Bíblia expressa ser somente Deus onipotente, onipresente e onisciente (Jr 10.6; 23.23,24; 1Rs 8.39). Se Maria pode ouvir esses católicos, que hoje são mais de um bilhão em toda a Terra, como pode responder às orações de todos eles ao mesmo tempo? Ou ela é deusa, ou esses católicos estão numa fila interminável, aguardando a vez de suas orações serem atendidas.

3. Distorção litúrgica. A oração litúrgica dedicada a Maria e desenvolvida pela Igreja Católica Romana evoca: “Ave-maria cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu ventre. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Essas palavras são tiradas de Lucas 1.28,42, mas a parte final não é bíblica, foi acrescentada em 1508. Essa oração é uma abominação aos olhos de Deus, pois não é dirigida a quem de direito (1Tm 2.5).

4. Mãe de Deus? A palavra grega usada para “mãe de Deus” originalmente significa “portadora de Deus”. A expressão “mãe de Deus” foi usada em razão das controvérsias cristológicas da época para dar ênfase à divindade de Jesus. A Bíblia diz que Deus é eterno (Sl 90.2, Is 40.28), e, como tal, não tem começo. Como pode Deus ter mãe? Há contra-senso teológico nessa declaração. A mãe é antes do filho, isso pressupõe a divindade de Maria, que seria antes de Deus, mas Ele existe por si mesmo (Êx 3.14). O Concílio de Calcedônia, em 351, declarou o termo “como mãe do Jesus humano”. A Bíblia esclarece que Maria é mãe do Jesus homem e nunca mãe de Deus (At 1.14).

 

IV. OUTRAS TENTATIVAS DE DIVINIZAR MARIA

 

1. “Cheia de graça” ou “agraciada” (v.28)? A forma grega da expressão “cheia de graça” procede de um verbo grego que significa “outorgar ou mostrar graça”. Sua tradução correta é “agraciada, favorecida”, e não “cheia de graça”, como aparece nas versões católicas da Bíblia. A tradução “cheia de graça” não resiste à exegese séria da Bíblia sendo contrária ao contexto bíblico e teológico. Mais uma vez, revela-se a tentativa de divinizar Maria. Há diferença abissal entre Jesus e Maria. Dele afirma a Bíblia: “e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14), pois Jesus é Deus (Jo 1.1).

2. O Dogma da Imaculada Conceição. Essa é outra tentativa de endeusar Maria, propondo que ela, por um milagre especial de Deus, nasceu isenta do pecado original. Essa declaração foi proferida pelo papa Pio DC, em 8 de dezembro de 1854, portanto, é antibíblica. A teologia cristã afirma que “todos pecaram” (Rm 3.23; 5.12). A Bíblia mostra o reconhecimento da própria Maria em relação a isso (Lc 1.46,47). O milagre especial de Deus aconteceu na concepção virginal de Jesus, que foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.34,35). Jesus nasceu e viveu sem pecado, embora tentado, nunca pecou (Hb 4.15).

3. O Dogma da Perpétua Virgindade de Maria. O clero romano defende a doutrina da perpétua virgindade de Maria, pois conclui que ela não gerou mais filhos além de Jesus. Sua preocupação é com a deificação de Maria, visto que não há desonra alguma em uma mulher casada ser mãe de filhos, antes, o contrário, à luz da Bíblia, isso lhe é honroso (Gn 24.60; Sl 113.9).

4. A família de Jesus. A Bíblia declara com todas as letras que José não a conheceu até o nascimento de Jesus (Mt 1.25). Os irmãos e irmãs de Jesus são mencionados nos evangelhos, alguns são chamados por seus nomes: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55; Mc 6.3). Veja, ainda, Mateus 12.47 e João 7.3-5. Afirmar que “irmãos”, aqui, significa “primos” é uma exegese ruim e contraria todo o pensamento bíblico.

 

CONCLUSÃO

 

As tentativas inglórias de fundamentar o marianismo na Bíblia fracassaram. As expressões: “O Senhor é contigo”; “bendita és tu entre as mulheres” (v.28) e “bendito o fruto do teu ventre” (v.42), não são a mesma coisa que: “bendita és tu acima das mulheres”. Devemos esclarecer esses pontos aos católicos, com respeito e amor, mas discordando de suas crenças, com base na Palavra de Deus. Muitos são sinceros e pensam estar fazendo a vontade de Deus.

 

VOCABULÁRIO

 

Abominável: Detestável; odioso; repugnante; tudo que provoca ojeriza ou repugnância.
Clero: Classe eclesiástica; corporação de todos os padres.
Exegese: Narração; explicação; comentário crítico de um texto quer sacro ou secular.
Hiperdulia: Forma especial e excelente de culto aos santos, reservada, por isso, a Maria. Segundo Guedes de Miranda: “O culto a Maria — a hiperdulia — quase constitui uma religião à parte no decorrer dos séculos XII e XIII” (Eu e o Tempo, p.17).

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

GEISLER, N. L.; RHODES, R. Resposta às seitas. RJ, CPAD, 2000.
REVISTA RESPOSTA FIEL. RJ: CPAD.
ROMEIRO, P.; RINALDI, N. Desmascarando as seitas. RJ: CPAD, 1996.
SOARES, E. Manual de apologética cristã. RJ: CPAD, 2002.

 

EXERCÍCIOS

 

1. Qual o resultado da substituição de Jesus por Maria?

R. A idolatria. É, portanto, pecado orar em seu nome, colocá-la como mediadora e dirigir a ela cânticos de louvor.

 

2. O que é a mariolatria?

R. O nome vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria. Este culto tem sido estabelecido pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos.

 

3. Em qual texto das Escrituras se afirma que Maria foi salva por sua fé em Jesus e não por ser a mãe do Salvador?

R. Lucas 1.46,47: “Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

 

4. Em que texto da Bíblia é condenada a oração “Ave Maria” dos católicos?

R. Mt 4.10: “Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás”. Podemos apresentar também todos os textos que proíbem a adoração aos ídolos e atesta o culto e adoração ao Único e Verdadeiro Deus, como por exemplo, Ap 19.10; 22.8,9.

 

5. Em que texto da Bíblia, lê-se que Maria teve outros filhos?

R. Mt 13.55,56: “ Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe veio, pois, tudo isso?” (ver Mc 6.3).

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Apologético

 

“Mariolatria

O teólogo católico romano Ludwig Ott, defendendo a doutrina espúria da veneração a Maria, mãe de Jesus, em sua obra Fundamentals of Catholic Dogma (Fundamentos do Dogma Católico), afirma: ‘À Maria, a mãe de Deus, confere-se o direito de receber o culto de hiperdulia’. Em outras palavras, segundo o catolicismo romano, ‘Maria deve ser venerada e honrada em um nível muito mais alto do que o de outras criaturas, sejam anjos ou santos. Contudo, essa veneração a Maria é substancialmente menor do que a cultus latriae (adoração) que é devida somente a Deus, no entanto, maior do que a cultus diliae (veneração) devida a anjos e aos outros santos’.

Essa doutrina católica romana é uma das mais frágeis em argumentação, uma vez que cria uma confusão terminológica em torno dos termos adoração e veneração, além de defender pontos sem respaldo bíblico. Veneração significa ‘render culto’, ‘adoração’, sendo condenada pela Bíblia, seja em relação a anjos ou a santos (Ap 22.9), exceto a Deus. Além disso, em nenhum momento a Bíblia fala que Maria é superior a qualquer outra criatura e que deva receber orações ou mesmo veneração.

Outra amostra do subterfúgio sem nexo do catolicismo romano está no fato de que a adoração a Maria (que por si só já é absurda) não está acima da adoração a Deus. Todavia, em suas orações, como na Novena de orações em honra a Nossa Mãe do Perpétuo Auxílio, declara-se, sem censura, que Maria é superior a Jesus: ‘Porque se me protegeres, querida Mãe, nada temerei daquilo que me possa sobrevir: nem mesmo dos meus pecados, pois obterás para mim o perdão dos mesmos [a Bíblia diz que só há perdão através de Jesus — At 4.12; 1Tm 2.5; 1Jo 1.7]; nem mesmo da parte dos demônios, porque és mais poderosa do que o inferno junto [a Bíblia diz que somente Jesus despojou os principados e potestades e só podemos expulsar demônios por Jesus — Cl 2.15; Mc 16.17]; nem mesmo de Jesus, o meu juiz, pois através de uma oração tua Ele será apaziguado [Maria seria a advogada e Jesus, o juiz, mas a Bíblia diz que hoje Jesus é o nosso advogado — 1Jo 2.1]’” (MARIOLATRIA. Revista Resposta Fiel, RJ: Ano 4, n° 12, p.6, junho/agosto 2004).